Reduto da boa música em Campinas (SP) terá concurso de samba, por Augusto Diniz

Tonico’s Boteco

Reduto da boa música em Campinas (SP) terá concurso de samba

por Augusto Diniz

O Tonico’s Boteco, uma das grandes referências para se ouvir boa música, receberá o 1º Festival de Samba de Campinas (SP). As inscrições estão abertas e devem ser feitas até o dia 5 de novembro deste ano. Qualquer músico no País pode participar. Regulamento e mais informações aqui.

O centenário casarão onde funciona o Tonico’s Boteco, no centro de Campinas, terá já em novembro as eliminatórias – serão selecionados 40 concorrentes para esta etapa. A final está prevista para 4 de dezembro, com 14 sambas selecionados.

Campinas tem tradição no samba paulista. O Tonico’s Boteco, aberto em 2001, tornou-se um marco à cidade por conta de sua programação voltada ao gênero.

A organização do festival é de Alex Freitas e Bruno Ribeiro. Alex é um dos fundadores do Pagode da Vó Tiana, uma das melhores rodas de samba do Estado de São Paulo. Já Bruno é jornalista especializado em cultura.

“Existe produção autoral grande, mas que se perde, limitando-se às rodas de samba – e muitas vezes nem isso. A ideia com o festival é dar visibilidade a esse compositor”, diz Bruno. “Queremos tornar o festival um espaço para o autor mostrar o seu trabalho”.

O samba inscrito no festival deve ter sido composto pelo próprio participante – ou em parceria. De acordo com o regulamento, pode participar qualquer composição do gênero samba, incluindo samba-enredo, samba-canção, samba-rock, samba de breque e partido alto.

Os critérios de seleção das músicas pela comissão julgadora envolvem qualidade de letra, melodia e interpretação. A originalidade da composição será ponto também avaliado. A composição não precisa ser inédita.

O samba que chegar ao primeiro lugar receberá prêmio de R$ 1.500. O melhor intérprete também terá premiação.

Bruno Ribeiro avalia que o samba não está em baixa e a produção segue acontecendo, mas perdeu espaço na mídia. “Existiam programas dedicados ao gênero na televisão e no rádio. O samba continua uma cultura viva, mas não tem mais a exposição midiática que possuía. Então carece de divulgação do que está sendo feito”, afirma o jornalista.

Redação

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