Gambiarra ou soluções definitivas?

Por que McGyver? Porque ele é o guru da gambiarra.

O personagem do seriado dos anos 80 estava à frente do seu tempo em vários aspectos:

1. Era um improvisador. Reagia rápido, não importa quão tensa fosse a situação.

2. Era criativo. Fazia o que dava com o que estava à mão. E que venham os Mith Busters desmistificá-lo.

3. Não acertava sempre. Sabia errar, identificar e admitir seus erros. Rapidamente se recompunha pra buscar uma nova solução.

4. Era bem-humorado. Não importa quão estressante fosse a situação, ele ajeitava o mullet e a encarava sem autopiedade ou reclamações inúteis. Sabia que quanto mais relaxado mentalmente você estiver, maior é a chance de manter controle da situação.

5. Evitava a violência. [parêntese geek] Quanta diferença do paranóico, perturbado e gadjeteiro Jack Bauer, do seriado 24 Horas, por exemplo. [/parêntese geek]

divulgacao magaiver

A redenção da gambiarra

Até há pouco tempo, a gambiarra era uma espécie de sub-pensamento. Uma solução que poderia mais atrapalhar do que ajudar. Em alguns aspectos, ainda pode ser – se você pode resolver algo de vez, é claro que deve fazê-lo. Mas o problema é que a vida se complicou tanto que hoje uma das qualidades mais importantes de qualquer profissional, ou melhor, de qualquer pessoa, é a flexibilidade.

Ou seja: o mundo das soluções definitivas e megaplanejadas está ruindo. Precisamos ser bons de improviso, ter criatividade – e calma – pra fazer muito com poucos recursos. Temos que ser espécies de magaiveres.

Por isso “Magaiver”. Abrasileirando o que já é muito brasileiro: a prática do “se vire, velho”.

Luis Nassif

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