Jornal GGN – O Índice de Confiança da Construção (ICST) recuou 0,7 ponto em dezembro, alcançando um total de 68,9 pontos, segundo levantamento elaborado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Em relação a dezembro de 2014, a queda acumulada ficou em 19,1 pontos.
De acordo com os dados apurados, a queda foi motivada pelo aumento do maior pessimismo em relação aos próximos meses : o Índice de Expectativas (IE-CST) recuou 2,6 pontos, alcançando 70,3 pontos, o nível mais baixo da série, iniciada em julho de 2010. Já o Índice da Situação Atual (ISA-CST) cresceu pelo segundo mês consecutivo, atingindo 68 pontos.
O indicador que mede o otimismo em relação à tendência dos negócios para os próximos seis meses exerceu a maior contribuição para a queda do IE-CST no mês, com recuo de 4,0 pontos entre novembro e dezembro, atingindo 70,3 pontos.
A maior contribuição para a alta do ISA-CST em dezembro foi dada pelo indicador que capta informações sobre a carteira de contratos no momento, que subiu 2,9 pontos em relação ao mês anterior, atingindo 68,6 pontos. Este indicador, no entanto, permanece muito abaixo da média histórica e do patamar observado há um ano. Para que este indicador sinalize uma efetiva recuperação da atividade, os contratos ainda terão que se elevar mais significativamente.
De acordo com o levantamento, os fatores apontados como limitativos à expansão dos negócios mostram o quadro do setor da Construção ao longo de 2015. Em dezembro de 2015, o principal fator limitativo foi a Insuficiência de Demanda, apontado por por 49% das empresas. Em dezembro de 2013, somente 24,9% dos empresários se preocupavam com esta questão.
Em contrapartida, a Escassez de Mão de Obra Qualificada, que em 2013 era assinalada por 34,5% das empresas, foi lembrada por 9,7% das empresas. Acesso ao Crédito Bancário foi um fator que apresentou forte crescimento, ao passar de 9,4%, em 2013, para 23,7% em 2015. As limitações associadas ao cenário macroeconômico também foram citadas.
“Houve uma pequena melhora na percepção corrente dos negócios. No entanto, o mercado imobiliário continua com excesso de estoques; o ajuste fiscal e a queda na arrecadação têm penalizado a infraestrutura; e os planos de investimentos das empresas vêm sendo sistematicamente adiados. Assim, as expectativas das empresas voltaram a piorar neste final de ano, atingindo a confiança. Os empresários chegam ao final do ano bastante pessimistas em relação à possibilidade de reversão da crise setorial no curto prazo” observou Ana Maria Castelo, Coordenadora de Projetos da Construção da FGV/IBRE.
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