Empréstimos do BNDES caem 1% em 2014, e atingem R$ 187,8 bi

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – Os empréstimos liberados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) totalizaram R$ 187.8 bilhões no ano passado, mostrando redução de 1% em relação aos R$ 190,4 bilhões liberados no ano anterior.

Segundo os dados divulgados pela instituição, a área que recebeu o maior volume de liberação foi a infraestrutura (R$ 68,9 bilhões), com  expansão de 11% na comparação com 2013. O setor teve a maior participação no total liberado pelo banco, da ordem de 36,7%.

No setor, os destaques foram os segmentos de transporte rodoviário e energia elétrica, que receberam, respectivamente, financiamentos de R$ 21 bilhões e R$ 19 bilhões. Ainda assim, as duas áreas apresentaram quedas de 1% e 5%, comparativamente a 2013. Em termos relativos, os segmentos que registraram os maiores aumentos de financiamentos, em 2014, foram telecomunicações (97%), com R$ 5,3 bilhões, e construção (84%), com R$ 2,75 bilhões.

Para o setor da indústria, foram desembolsados cerca de R$ 50 bilhões. A agropecuária obteve recursos da ordem de R$ 16,7 bilhões. Em relação a 2013, foram observadas quedas de 14% e 10%, respectivamente nessas áreas. O setor de comércio e serviços recebeu R$ 52 bilhões, com alta de 1% no comparativo anual.

O total de financiamentos do BNDES aprovados no ano passado foi R$ 204,8 bilhões, com diminuição de 14% em relação a 2013. Apesar disso, o banco informou que as aprovações para o setor de infraestrutura cresceram 9%, alcançando R$ 80,3 bilhões.

As consultas de financiamento feitas ao BNDES, em 2014, caíram 15% em relação ao ano anterior, somando R$ 236,2 bilhões. Elas foram influenciadas, em parte, pelo menor orçamento do Programa de Sustentação do Investimento (BNDES PSI). A assessoria destacou que da mesma forma que ocorreu com as aprovações, as consultas do setor de infraestrutura subiram 25% entre 2013 e 2014, totalizando R$ 105,5 bilhões no ano passado.

As micro, pequenas e médias empresas participaram, em 2014, com 31,7% do total de financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), atingindo R$ 59,37 bilhões. No comparativo com o ano anterior, houve retração de 7%. Em termos relativos, as grandes empresas seguem liderando as liberações de recursos do banco, com participação de 62,5% e um total de R$ 117,64 bilhões.

Em termos de quantidade de operações, o segmento das micro, pequenas e médias empresas registrou queda de 1% em 2014, na comparação com 2013, somando 1,086 milhão de transações. O resultado representou 96,2% do total de operações de financiamento do BNDES em 2014.

Segundo os dados divulgados, o desempenho do segmento foi influenciado pelo Cartão BNDES, que fez, ano passado, 795.242 operações, com liberações recordes de R$ 11,5 bilhões. Houve alta de 5% no volume de operações e de 15% nos desembolsos por meio do cartão.

Por região, os maiores aumentos de recursos foram direcionados pelo banco para o Centro-Oeste (4%), com R$ 21,6 bilhões; Sudeste (3%), com R$ 89,4 bilhões e Norte (2%), com R$ 14 bilhões. A maior queda nos desembolsos do BNDES ocorreu na Região Sul (11%), de R$ 38,35 bilhões. Em relação a 2013, o BNDES registrou no ano passado um crescimento dos financiamentos à inovação (14%), com um total de R$ 5,94 bilhões. Também os projetos da chamada Economia Verde tiveram expansão de 9% nos financiamentos, que chegaram a R$ 26,63 bilhões.

Para as micro, pequenas e médias empresas do Sul, os recursos liberados do BNDES recuaram 9,76%. Na sequência, vieram o Sudeste, com -8,51%, e o Centro-Oeste, com -4,57%. Tal segmento também concentrou os maiores volumes de liberações do BNDES no ano passado (R$ 28.694 bilhões) e de operações (823.048).

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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