Produção e venda de veículos perdem força em novembro

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O licenciamento de autoveículos em novembro, que registrou 294,7 mil unidades, foi 4% inferior no comparativo com outubro deste ano, quando 306,9 mil unidades foram registradas, segundo pesquisa divulgada pela Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Na análise com novembro de 2013 o resultado foi menor em 2,7%, quando foram comercializadas 302,9 mil unidades. No acumulado do ano a queda foi de 8,4% com 3,13 milhões de veículos este ano e 3,41 milhões no ano passado.

Em novembro a produção de 264,8 mil autoveículos representa retração de 9,7% tanto no comparativo com outubro, com 293,3 mil, quanto com o mesmo mês do ano anterior, quando foram fabricadas 293,2 mil unidades. Saíram das linhas de montagem nos onze meses transcorridos deste ano 2,94 milhões de veículos, baixa de 15,5% ao se defrontar com os 3,48 milhões de 2013.

As exportações no ano mostram declínio de 40,6% ao se comparar as 310,8 mil unidades deste ano com as 523 mil de 2013. Em novembro deixaram o País 26 mil veículos: crescimento de 10,5% com relação as 23,5 mil de outubro e contração de 42,6% no comparativo com as 45,2 mil de novembro do ano passado.

A comercialização de caminhões em novembro ficou estável ante outubro: ambos os meses registraram 12,2 mil unidades. Há crescimento, porém, na análise contra novembro do ano passado, quando foram vendidas 11,6 mil unidades, o que indica alta de 4,4%. No período acumulado de 2014 as vendas foram inferiores em 12% – 123,4 mil este ano e 140,1 mil em 2013. O resultado da produção de caminhões em novembro também ficou abaixo, em 5%, das 12,4 mil unidades de outubro e 20,2% menor sobre as 14,7 mil de novembro do ano passado. Os fabricantes registraram redução de 24,2% quando comparadas as 136,3 mil unidades deste ano com as 179,7 mil de 2013.

Já as vendas no segmento agrícola apresentaram retração de 16,6% até o décimo primeiro mês deste ano, com 64,4 mil unidades em 2014 e 77,2 mil no ano passado. Na análise de novembro contra outubro a baixa foi de 21%, com 5,3 mil produtos e 6,7 mil, respectivamente. No comparativo com as 6 mil unidades de novembro de 2013 a queda foi de 12,5%. A produção em novembro deste ano, com 6,4 mil máquinas, recuou 19,9% quando comparada com as 7,9 mil do mês anterior e 22,4% ante as 8,2 mil unidades de novembro do ano passado. No acumulado do ano, 78,7 mil unidades deixaram as fábricas, resultado menor em 16,2% frente as 93,9 mil unidades de 2013.

Na visão de Luiz Moan Yabiku Junior, presidente da Anfavea, apesar do resultado negativo o ritmo de vendas continua em ascensão no segundo semestre, “novembro registrou um dos melhores ritmos de vendas diárias do ano até agora, um sinal claro de que o consumidor continua ávido pela compra de veículos. A expectativa é de que este ritmo se mantenha ou até aumente em dezembro”.

O executivo avalia que, apesar do resultado negativo, os negócios diários fechados ao longo de novembro revelam um mercado mais aquecido, com média de vendas de 14.734 unidades, número acima da média anterior, 13 mil. Para Moan, se o comportamento do consumidor continuar no ritmo do registrado no segundo semestre, em 2015, é possível que no próximo ano as montadoras instaladas no Brasil tenham crescimento de vendas. Pelos cálculos dele, se neste mês, a comercialização for igual ou próxima da obtida no mesmo mês de 2013, haverá queda no ano de 7,6%.

De acordo com Moan, o setor foi afetado por um desempenho ruim no primeiro semestre: além de um mercado interno mais retraído, a baixa no mercado argentino dificultou as exportações, que caíram 2,5% em novembro ante outubro e acumulam redução de 29,9% em número de unidades. Em valores, o acumulado do ano atinge US$ 10,7 bilhões.

 

(com Agência Brasil)

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

1 Comentário

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  1. Com nossos carros com estes

    Com nossos carros com estes preços aviltantes já era de se esperar uma retração no mercado automotivo.

    Várias empresas do mundo todo vendo o nível da qualidade de nossos carros e a porcentagem obtida na venda de cada veículo vem pra cá se instalar e ganhar os tubos!!

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