Semestre marca abertura de 905 mil novas empresas

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O primeiro semestre registrou a abertura e início de operação de 905.468 novas empresas pelo Brasil, segundo levantamento elaborado pela consultoria Serasa Experian referente ao nascimento de empresas. O montante avançou 1,39% frente ao total de 893.034 empreendimentos iniciados durante os primeiros seis meses de 2012, e também ficou acima do apurado no mesmo período de 2011 (794.179 novas empresas) e 2010 (693.146 novas empresas).

Do total de empresas abertas, 68% do total (ou 614.972) foram de microempreendedores individuais (MEIs), seguido por 112.148 (12% do total) novas empresas individuais, 128.983 (14% do total) de sociedades limitadas e 49.365 (5% do total) de empresas de outras naturezas jurídicas. Segundo a consultoria, a participação dos MEIs tem avançado de forma progressiva, e hoje esse segmento representa cerca de dois terços do total de novos empreendimentos abertos.

O setor de serviços concentrou a maior parte das empresas criadas ao longo do primeiro semestre. Ao todo, foram 524.540 empresas de serviços que abriram suas portas, representando 58% do total. Em seguida, foram abertas 291.920 empresas comerciais (32% do total) no acumulado dos seis primeiros meses de 2013 e, no setor industrial, surgiram 73.498 empresas (8% do total) neste mesmo período. Ainda foram criadas 15.510 empresas de outros setores (setor primário, financeiro, terceiro setor etc.) no primeiro trimestre deste ano.

A participação das empresas de serviços no total de companhias criadas tem avançado ao longo dos últimos anos. De acordo com o levantamento, a parcela subiu cinco pontos percentuais entre o primeiro semestre de 2010 (53% do total) e o primeiro semestre de 2013 (58% do total). Por outro lado, a participação do setor comercial de empresas que surgem no país recuou de 35% no 1º semestre de 2010 para 32% no 1º semestre de 2013, ao passo que a participação das novas empresas industriais vem se mantendo estável, na casa dos 8%.

Na avaliação específica dos MEIs surgidos no primeiro semestre, 70.924 foram do ramo de comércio de confecções em geral (11,5% do total dos MEIs), seguidos por 57.656 novos MEIs do ramo de serviços de higiene e de embelezamento pessoal (9,3% do total). Logo abaixo, houve a criação de 55.207 novos MEIs no ramo de reparação e manutenção de prédios e instalações elétricas (8,9% do total) e de 55.152 novos MEIs de serviços de alimentação (8,9% do total). Apenas estes quatro ramos concentraram quase 40% de todos os MEIs criados durante o primeiro semestre de 2013.

Já a análise regional mostra que o Sudeste registrou o maior número de empresas abertas ao longo do primeiro semestre, com um total de 449.801 empresas, 49,68% do total. Em seguida aparece a Região Nordeste com 163.733 empresas (18,08% do total). Na Região Sul foram criadas 152.378 empresas nos primeiros seis meses de 2013 (16,83% do total) e no Centro-Oeste surgiram 88.444 empresas (9,77% do total) durante o primeiro semestre de 2013. Por fim, houve a criação de 51.113 (5,64% do total) empresas na Região Norte no primeiro semestre deste ano.

De acordo com os economistas da Serasa Experian, mesmo com a atividade econômica fraca e a inflação alta no primeiro semestre, os empresários de micro e pequenas empresas mostram confiança em abrir seu próprio negócio. Quanto ao avanço do setor de serviços, a consultoria considera tal desempenho natural por conta da perda de fôlego do varejo entre as micro e pequenas empresas, dada a grande concorrência do segmento, inclusive nos meios eletrônicos – além do fato de que o capital exigido para composição de estoque é muito menor que no comércio. Para o 2º semestre, o maior desafio para os micro e pequenos negócios será a continuidade da elevação dos juros, que já encarece o crédito e o torna mais seletivo.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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