Considerada por muitos como a primeira opção quando o assunto é investir, a poupança provou que continua favorita na preferência dos brasileiros. Segundo dados do Indicador de Reserva Financeira do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), mais da metade dos brasileiros poupadores ainda guarda dinheiro na caderneta.
Apesar de significativo, o número de pessoas no País que conseguem poupar algum dinheiro com frequência ainda não é o ideal. Segundo o estudo, apenas um terço dos brasileiros, cerca de 34%, tem o hábito de poupar.
Um dado ainda mais preocupante é o percentual de pessoas que não poupam e nem possuem reserva financeira. Nesse quesito, mais da metade dos entrevistados (51%) foi enquadrado nessa situação. Somente 7% daqueles que não estão poupando regularmente disseram que já têm uma quantia guardada.
Mesmo quem já possui uma reserva financeira não passou ileso pela dificuldade de controlar o orçamento. Isso porque a pesquisa revelou que 49% dos brasileiros com algum dinheiro guardado teve que sacar parte do valor para arcar com compromissos financeiros, entre eles imprevistos (14%), compras (13%) e dívidas (11%).
Esse dado mostra que, apesar da situação econômica e o desemprego terem sido fatores decisivos para os resultados, há outra justificativa: a falta de controle financeiro adequado. Muitos brasileiros, mesmo em cenários mais favoráveis para a economia do País, ainda figuram nas listas de inadimplência, muitas vezes pela ausência de planejamento para as próprias finanças.
Possibilidades vão além da poupança
Apesar da dificuldade de equilibrar a orçamento, 37% de quem consegue poupar o faz pensando nos possíveis imprevistos, como problemas de saúde e a perda do emprego, por exemplo.
A vontade de construir um futuro sem preocupações também é um dos principais motivos para poupar. Cerca de 24% dos brasileiros poupadores pensam no futuro da família na hora de fazer uma reserva financeira.
Na hora de destinar o dinheiro economizado em um lugar separado da conta corrente, o resultado não é diferente do que se imagina. 57% dos poupadores aplicam o valor na caderneta de poupança. Em segundo lugar, um dado ainda mais assustador: 27% dos participantes que poupam afirmaram que costumam deixar o dinheiro em casa.
Os resultado da pesquisa revelam o senso comum: a poupança é ainda a preferida dos brasileiros. Mesmo com o rendimento trazendo resultados poucos satisfatórios, os poupadores do País ainda preferem fazer aplicações na caderneta devido à sua praticidade e fácil acesso.
Ou seja, o estudo indica que os brasileiros ainda têm um perfil muito conservador e que dão prioridade, à segurança em detrimento da rentabilidade.
A boa notícia é que outras modalidades de investimento estão ganhando cada vez mais adeptos. Entre os participantes que poupam regularmente, 9% aplica em fundos de investimento, 7% no Tesouro Direto, 5% em Certificados de Depósitos Bancários e 5% em ações.
Isso também pode indicar uma mudança, mesmo que tímida, no comportamento dos poupadores do País. Com a queda do rendimento da poupança, pode ser que muitas pessoas estejam em busca de opções tão seguras quanto a caderneta, mas com retornos mais interessantes.
A internet também tem sido uma grande aliada nessa transformação de panorama. O acesso a informação de qualidade tem ajudado muitos poupadores a descobrir e conhecer outras possibilidades de investimento. Agora, sair da poupança e aproveitar os melhores investimentos está ao alcance de todos os interessados.
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Poupança tem garantia. Outros investimentos, têm??
3 de jun de 2016 – Tesouro tem garantia do governo. A poupança é garantida pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC), uma entidade privada, sem fins lucrativos, que administra um mecanismo de proteção aos correntistas, poupadores e investidores. Ele permite recuperar os depósitos num banco em caso de quebra.
https://economia.uol.com.br/financas-pessoais/noticias/redacao/2016/06/03/poupanca-e-investimento-mais-seguro-que-o-tesouro-direto.htm