A bancada evangélica e o veto ao kit anti-homofobia

Por krishna

Sem entrar no mérito da questão relativa ao kit, mas analisando a notícia do JB, me vem a cabeça umas poucas questões:

– É ético, moralmente aceito e normal se utilizar de chantagem para impor seu ponto de vista? 

– As religiões e suas bancadas aprovam a chantagem? 

– O importante é barrar o tal kit, pouco importando se existe ou não corrupção?

– “Você me dá o que quero ou te infernizo a vida” , ” Se atender minha exigência te deixo fazer o que quiseres”, são bons dizeres para serem incluídos pelo MEC nas cartilhas escolares, como exemplo da grandeza e do desinteresse de políticos e como exemplo de ação para as novas gerações?

Desculpem minha santa ingenuidade. 

hare

Do Jornal Do Brasil

Evangélicos ameaçaram ir contra Palocci para coibir ‘kit gay’ 

Dayanne Sousa

Líder da Frente Parlamentar Evangélica, o deputado João Campos (PSDB – CE) confessa que o apoio ao ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, foi usado como moeda de barganha pelos religiosos contra o kit anti-homofobia do Ministério da Educação.

– Nos reunimos nesta terça-feira (24) a bancada evangélica e a católica, decidimos impor uma série de condições. Se o governo insistisse em manter o kit, bloquearíamos a votação na Câmara e apoiaríamos a convocação do ministro Palocci para dar explicações – relata Campos.

Depois da ameaça das duas bancadas – que somadas têm mais de 90 deputados e quatro senadores – o secretário-geral da Presidência da República, ministro Gilberto Carvalho convocou os parlamentares e anunciou o recuo do Planalto em relação ao material. “A presidenta Dilma não gostou dos vídeos, achou o material inadequado, e determinou que não circule oficialmente. Estão suspensas todas as produções de materiais que falem dessas questões”, disse o ministro.

Uma semana antes, o ministro da Educação, Fernando Haddad, havia anunciado que manteria o kit sem alterações, mesmo com a pressão dos religiosos. Campos avalia que houve uma mudança de posição no Planalto. “É claro que o governo se sentiu ameaçado porque está num momento delicado com Palocci, mas é esse o jogo político. Não quiseram nos ouvir antes, agora ouviram”.

Luis Nassif

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