A ministra das Mulheres do governo Bolsonaro, Damares Alves, criticou a iniciativa do presidente Alberto Fernandez, que enviou ao Congresso da Argentina um projeto de lei que descriminaliza o aborto nos primeiros meses de gestação. Em entrevista ao Clarín, Damares afirmou que o aborto eletivo não pode ser “agenda” das mulheres na América Latina.
“Lamento que o presidente da Argentina tenha feito isso. Que bom que não é meu presidente! Eu poderia investir mais na proteção das mulheres e na colocação de estupradores nas prisões. A agenda das mulheres não pode ser objeto de aborto”, disse Damares, quando questionada pelo diário argentino sobre os protestos de mulheres, pela América Latina, e o projeto de lei a favor da despenalização da interrupção da gravidez.
Damares – que no Brasil milita em grupos pró-vida e propõe abstinência sexual como método contra a gravidez precoce – ainda disse que “gostaria que todo o continente protegesse as duas vidas.” Para ela, o “aborto está violando o corpo da mulher, é algo da idade da pedra. Estamos em 2020.”
Damares ainda questionou por que Fernandez “não enviou um grande programa de planejamento familiar ao Congresso.” Para a pastora evangélica, “ele está muito enganado.”
“Vamos aguardar o senso comum do Congresso da Argentina e orar pelas crianças no ventre das mães na Argentina, e orar para que as governantes tenham bom senso. Graças a Deus, o presidente Bolsonaro é um homem que quer proteger as vidas de mulheres e crianças.”
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Alguém avisa a esse povo que estamos no século XXI ! Como o Brasil parou no atraso intelectual dessa forma…
Imagina as mulheres morando um um país que o direito dela de escolher ser mãe é respeitado? Imagina morar em país que todos nascem de uma MULHER e ser o quinto em mortes violentas por Feminicídio? Imagina morar em um país que 180 mulheres são estupradas por dia, que a cada 2 horas uma mulher é assassinada pelo companheiro ou ex companheiro? Imagina morar em um País que mesmo com a criminalização não impede que 1 milhão de abortos induzidos ocorram todos os anos no Brasil e que os procedimentos inseguros de interrupção voluntária da gravidez levam à hospitalização de mais de 250 mil mulheres por ano, cerca de 15 mil complicações e 5 mil internações e mortes de 2 mil mulheres por ano. A violência institucionalizada pelo estado e com apoio da sociedade que julga a mulher por não querer ser mãe, mas parabeniza os pais pelo abandono paterno.
Esta turma critica o aborto, desde que feito em segurança numa rede publica de saúde.
Mas se for em clinicas cladestinas, pagando uma grana e sem garantia de nada, tudo bem.
Escória!