Alckmin não comparece a reunião de prefeitos da Região Metropolitana de SP

Do ABCD Maior
 
Prefeitos da Região Metropolitana criticam Alckmin por abandono
 
Em evento marcado para debater a região, governador e secretário não comparecem

A falta de articulação regional do governador Geraldo Alckmin (PSDB) e a ausência do secretário da Casa Civil, Edson Aparecido (PSDB), foi a principal reclamação dos prefeitos da Região Metropolitana de São Paulo na reunião do Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana de São Paulo, realizada na manhã desta segunda-feira (16/09) em São Bernardo.

Na pauta de discussão estavam o piscinão do Jaboticabal, a criação do gabinete de Gestão Estratégica de Segurança da Região Metropolitana, Fundo Metropolitano, entre outros temas. Entretanto, apenas formalizaram a criação do Gabinete de Segurança, mas sem informações sobre como o instrumento de debate regional irá funcionar.

Participaram do encontro os representantes e prefeitos do ABCD; da Capital, Fernando Haddad (PT), e de outras 20 cidades da região metropolitana.  O governo do Estado mandou apenas o secretário de Segurança Pública, Fernando Grella, que fez um balanço dos investimentos da área e falou da expectativa do gabinete integrado de segurança pública.  

A ausência de Edson Aparecido para deliberar e tomar decisões acabou prejudicando o encontro. Os prefeitos Luiz Marinho (São Bernardo e presidente do Consórcio Intermunicipal), Donisete Braga (Mauá- PT), Haddad e  Sebastião Almeida (Guarulhos-PT) foram críticos quanto a posição do governo do Estado na articulação regional, inclusive, reclamaram pelo fato de Alckmin ter extinguido a Secretaria de Assuntos Metropolitanos.

Marinho disse que a reunião desta segunda-feira foi frustrante e que não chegaram a um consenso por falta de mobilização do governo do Estado. O prefeito de São Bernardo disse que o governador tem “jogado” cada vez mais a responsabilidade aos municípios.

Haddad, por sua vez, lembrou que o piscinão do Jaboticabal não saiu do papel por falta de vontade do governo do Estado. A obra é necessária para acabar com as enchentes nas divisas entre São Bernardo, São Paulo e São Caetano.

A Prefeitura de São Paulo, inicialmente, iria disponibilizar a área para o Estado fazer a obra, entretanto, Haddad já disse que a administração municipal não tem recursos próprios para comprar área. “A área tem um valor milionário. É tão alto que não sei o valor ao certo e não tem como São Paulo ou qualquer outro município arcar com o custo. O governo do Estado é que tem de puxar a responsabilidade para si”, disse Haddad.

Para Marinho, chegou a hora do Conselho Metropolitano, junto com o governo do Estado, tomar as decisões. “As propostas já existem, agora faltam as decisões. O encontro de hoje foi frustrante porque quem tem de tomar essas decisões não está aqui. Não adianta mandar representantes”, criticou.

Articulação via Consórcio- O prefeito de Mauá, Donisete Braga, lembrou que as 39 cidades da Região Metropolitana precisam se articular. O petista deu como exemplo o Consórcio Intermunicipal, onde reúne os sete prefeitos do ABCD, e que já tem gerado resultado, principalmente, em recursos para mobilidade urbana.

No mês passado, a presidente Dilma Rousseff (PT) veio a São Bernardo anunciar investimento de R$ 2,1 bilhões na Região em obras de mobilidade urbana, habitação e saneamento.

Redação

5 Comentários

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  1. Omissão ameaça o futuro

    Nassif, car@s, desde quando o governo Alckmim atropelou o processo de discussão sobre a região metropolitana, já se sabia que teríamos problemas no enfretamento da temática urbana/metropolitana.

    É inadmissível o governador fazer uma desfaçatez dessas na região metropolitana mais crítica do hemisfério sul.

    Os prefeitos são parceiros do governo estadual em muitas frentes.

    Se há falta de interesse e posicionamento para discutir questões formais, que em outros arranjos institucionalidades já estão consagrados, qual será a estratégia do governo para os novos temas, por exemplo, as mudanças climáticas na RMSP?

    Abaixo segue um link com informações sobre a 01a. Conferência Nacional sobre Mudanças Climáticas, realizada na semana passada em São Paulo, e outro link para uma das apresentações, a da Rede Clima Cidades.

    Notem a necessidade de pensarmos as cidades e as regiões metropolitanas.

    Essa omissão do governador Alckmim não poderá passar em brancas nuves.

    A arrogância e a inabilidade do agrupamento político que submete o estado de São Paulo serão responsáveis pela derrota em 2014.

    Abraços, Gustavo Cherubine.

    http://www.fapesp.br/eventos/2013/09/conclima/10/Roberto_Carmo.pdf http://www.fapesp.br/conclima/ A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), no âmbito do Programa FAPESP de Pesquisa sobre Mudanças Climáticas Globais (PFPMCG), a Rede Brasileira de Pesquisa sobre Mudanças Climáticas Globais (Rede CLIMA), e o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Mudanças Climáticas (INCT-MC), têm a satisfação de convidá-lo para participar da 1a Conferência Nacional de Mudanças Climáticas Globais São Paulo, de 09 a 13 de setembro de 2013 O objetivo do encontro é difundir os avanços do conhecimento científico sobre a variabilidade climática nacional e global, resultantes de estudos recentes de observação e de modelagem climática, de forma a subsidiar a implantação de políticas públicas e estratégias de adaptação e mitigação das variações ambientais. A Conferência reunirá a comunidade científica, lideranças públicas, meios de comunicação e público em geral. Haverá exibição de pôsteres e lançamento do livro Organizadores: Laura De Simone Borma e Carlos Afonso NobrePara mais informações: http://www.fapesp.br/conclima

  2. Ai qui mim

    Este senhor conseguiu a façanha de ser o governador (e vice varias vezes) o mais lamentável da história do estado de São Paulo, sobre todos os aspectos que se analise, o que levando em conta a história paulista requer uma mediocridade acima de qualquer suspeita, suspeitas essas alias que morrem de ina(ni)ção nos corredores do ministério público estadual.

    Paulistas (e eu sou um deles) parece gostar muito de mediocridade.

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