Alckmin negocia apoio do PSB nas eleições estaduais

Sugerido por rmoraes

Do Valor

Alckmin recebe emissário de Campos para falar de sucessão em São Paulo 

SÃO PAULO  –  O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse nesta quarta-feira, em reunião com o prefeito de Campinas, Jonas Donizette (PSB), que um eventual apoio do partido à sua campanha à reeleição será recompensado com uma vaga em sua chapa. Seriam duas as opções: a vice de Alckmin ou ao Senado.

Donizette, que contou com o apoio do tucano para se eleger em 2012, foi escalado pelo governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), para atuar como interlocutor em São Paulo. Campos é pré-candidato de seu partido à Presidência da República e o apoio do PSB somaria cerca de um minuto à propaganda eleitoral de Alckmin no Estado.

A conversa com Donizette foi a segunda investida do governador paulista sobre o PSB nesta semana. Alckmin já havia falado com Campos por telefone. Na conversa, reafirmou a vontade de firmar uma aliança e elogiou a ex-senadora Marina Silva, hoje principal empecilho à coligação PSDB-PSB em São Paulo.

Marina se aliou a Campos depois que não conseguiu formalizar seu novo partido, a Rede, na Justiça Eleitoral. Ela é cotada para ser vice na chapa presidencial do pernambucano, mas pressiona para que o PSB invista em “caras novas” na política, especialmente em São Paulo.

Marina quer que o PSB tenha candidato próprio no Estado. Seu aliado, Walter Feldman, que deixou o PSDB para ajudar a senadora a fundar a Rede, é o seu principal nome.

A pressão de Marina para frear a aliança entre Campos e Alckmin em São Paulo causou desconforto nos dirigentes paulistas do PSB. O presidente da sigla no Estado, deputado Márcio França, indicou o secretário de Turismo do governo paulista e apoia Alckmin desde o início desta gestão. França tem a expectativa de ser o vice na chapa do tucano.

A expectativa é de que Alckmin e Campos voltem a tratar do assunto, agora pessoalmente, entre o fim de janeiro e o início de fevereiro, quando a candidatura presidencial do pernambucano já estiver oficializada.

Redação

12 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

    1. Absolutamente nada a ver

      O Brasil tem dois pólos hegemônicos na política. Obviamente um de situação e outro de oposição. Alternando posições, esses dois pólos são chefiados por PT e PSDB desde 1994. Os outros partidos tem sido satélites ou partidos que buscam sem sucesso se constituir em pólo hegemônico, quebrando a polarização já referida de duas décadas. Ao se aliar em quase todo o território nacional ao PSDB, depois de ter passado 11 largos e longos anos nos governos do PT, o PSB faz um giro de 180º e cai direto no colo da direita. Não há o que discutir em relação a isso e é justamente por esses motivos já abordados que o PSB pode, deve e tem que ser criticado. Sair da esquerda e ir para a direita, de forma oportunista e num piscar de olhos, é motivo de justas críticas no Brasil e em qualquer lugar do planeta Terra.

      1. PMDB!!!!!!

        Tem que ficar calado.

        O PMDB é o partido hegemônico no Brasil. PT, PSDB, PSB são satélites.

        Então porque o PT não sai em chapa única????????? Há tá., já fez isto, perdeu três vezes.

        Quando o PMDB largar o PT e se aliar ao PSB aí sim.

         

        1. é isso aí parem de nhenhenhem

          e assumam que as parcerias escolhidas para garantir a vitória eleitoral, eram as mesmas que a uns pleitos atrás representavam o atraso de vida do país.

          para os de memória curta (ou talvez seletiva, pois na verdade é coisa para se ter vergonha mesmo)  relembro no outro post a aliança com o psdb em minas.

        2. Nada é tão simples como parece. Ou é?

          Prezado amigo, é bom lembrar que o PT ganhou em 2002 com José de Alencar.

          Em 2002, a maiora das chapas para governadores não contemplou aliança entre PMDB e PT.

          A posição de Zé Alencar na chapa conferia um aspecto simbólico conhecido: acalmar as bases empresariais. No entanto, na costura da campanha de 2002, o PT não contou com o PMDB, que estava junto com o PSDB, chapa Zé Serra e Rita Camata.

          Zé Alencar foi vice até 2010, quando então o PMDB alcançou a vice com Temer.

          A aproximação se deu no pós-eleição de 2002, pelo fato óbvio que o PMDB detinha as chaves da governabilidade.

          O episódio mais grave desta negociação se deu como resultado de duas visões diferentes no planalto: Um setor desejava um acerto de porteira fechada e outro, um acordo ponto a ponto, no varejo, direto com o baixo clero, para minar o poder dos caciques pemedebistas.

          O caso dos Correios que desabou na ação 470 é fruto desta disputa, onde os grupos preteridos tiraram o pino da granada de abraçaram os inimigos. O resto é história.

          Então, há diferenças cruciais (embora para alguns dê no mesmo) entre o projeto do PT e este atual do PSB:

          01- O PT sempre foi a força hegemônica no campo onde disputava (progressista), e ganhou a eleição “sozinho”, para depois então negociar a governabilidade;

          02- O PT não esteve embarcado no projeto alheio até os 44 min do segundo tempo, para então lançar suas pretensões, buscando justamente o apoio dos setores que combatem este projeto do qual fez parte.

          Então, o PSB não está negociando governabilidade (ele não é governo) com o PSDB e Bornhausen e Heráclito, mas sim fazendo uma aliança programática que antecede as suas demandas por estabilidade parlamentar.

          São diferenças sutis, mas cruciais.

          Um cordial abraço.

           

           

           

  1. Aquele abraço

    Primeiro, para a Erundina, que fez muxoxo por causa de uma foto, pegou a bola e enfiou debaixo do braço dizendo “não brinco mais”, e desistiu de ser vice de Haddad por uma série de argumentos que, resumidos querem dizer, “meu ego é maior do que a cidade de São Paulo inteira”. Será um prazer vê-la no mesmo palanque de Heráclito e Bornhausen.

    Segundo, para o Aécio, que já deve estar se preparando para desistir da candidatura à presidência pra tentar salvar o governo de MG. José Serra sorri de orelha a orelha.

    Terceiro, para a Bláblárina, que conseguiu inventar a “nova” política fazendo só o que havia de pior na “antiga”. Seus eleitores se lembrarão disso o resto da vida, especialmente no Acre, onde não se elege sequer vereadora.

    Até nisso Heloísa Helena, outra traíra de xale, camiseta branca e chinelinho, se saiu melhor.

    É com isso que vocês querem levar de novo os coxinhas às ruas agora no dia 25/01? Qual será o mote da vez? “Não vai ter copa?” Nada como começar uma sexta-feira rachando o bico de tanto rir.

  2. O problema do Eduardo é esse:

    O problema do Eduardo é esse: se apresenta como novo, mas se alia com o que há de mais carcomido e mofado na política Brasileira.

    O PT também, dirão alguns.

    Bom, então o “novo” do Eduardo é fazer as velhas alianças incoerentes ideologicamente para campanha e governabilidade, como todos os “velhos” fazem.

    Assim, entre o “velho” que eu conheço e o “novo”que não é novo, é só um velho que eu não conheço, e quanto mais conheço, menos gosto….fico com a Dilma mesmo.

     

  3. Confirmação
    10/01/2014 às 00h00 no Valor

    Campos dá aval a acordo com Alckmin e isola Marina

     O presidente nacional do PSB e pré-candidato à Presidência, Eduardo Campos, orientou o comando de seu partido em São Paulo a aliar-se até o fim do mês com o PSDB e apoiar a reeleição do governador paulista, Geraldo Alckmin. A indicação do PSB para a vice de Alckmin, se confirmada, representará uma derrota política da ex-senadora Marina Silva (PSB), que rejeita a aliança com o tucano e defende o lançamento de candidato próprio no maior colégio eleitoral do país.

     

  4. então se campos é traíra, que nome se da em minas??

    Aliança PT-PSDB ajudou a eleger 149 prefeitos em 2004

    Em 51 desses municípios, houve dobradinha: um partido tem prefeito e outro o vice.
    Eleitos pela aliança, tucano e petista dizem querer manter parceria no pleito deste ano.

    amauri arrais Do G1, em São Paulo

    Tamanho da letra

    A-A+Beto Novaes / O Estado de Minas O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), e o prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel (PT) (Foto: Beto Magalhães / O Estado de Minas / AE)

    Estopim de discussões internas nos dois partidos desde que o governador tucano de Minas Gerais, Aécio Neves, e o prefeito petista de Belo Horizonte, Fernando Pimentel, decidiram costurar um acordo para disputar a prefeitura da cidade, PT e PSDB integraram em 2004 coligações que permitiram eleger 149 prefeitos, segundo dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Em 51 dos 149 municípios, um dos partidos tem o prefeito e o outro o vice.

     

    Para alguns desses governantes, além de ter ajudado na eleição, a aproximação entre os dois partidos – rivais no Congresso – traria benefícios à política nacional.

    O tucano Dagoberto Campos, que administra a pequena Pereira Barreto, cidade com pouco mais de 24 mil habitantes a 310 km de São Paulo, não vê razão para embates ideológicos.

    “Não vou fazer uma administração pública voltada por um ranço, um rancor de políticos regionais ou a nível de presidência partidária. Isso existe, mas são coisas contornáveis hoje”, avalia o prefeito que, com um vice petista, venceu o adversário do PTB em 2004.

    “Se você estender isso em nível partidário, a gente vê que a política municipalista não deve ser contaminada por disputas regionais ou nacionais”, completa.
     

    Divulgação A petista Moema Gramacho, prefeita de Lauro de Freitas (BA): ‘PSDB estará no leque de alianças’ (Foto: João Raimundo / Divulgação)  Camisa-de-força

    Na Bahia, onde a aliança PT-PSDB ajudou a eleger 16 prefeitos em 2004, o maior número entre os estados, petistas e tucanos têm uma explicação história para o bom resultado da parceria.

    “O PSDB sempre compôs com a gente a bancada de oposição ao ‘carlismo’”, conta a petista Moema Gramacho, prefeita de Lauro de Freitas, referindo-se às sucessivas administrações do senador Antonio Carlos Magalhães e seus aliados políticos no estado.

    Satisfeita com a aliança, a prefeita e ex-deputada, cujo vice e secretário de Administração é tucano, disse que o partido do presidente Lula nunca impôs limitações.

    “Não vejo nenhuma possibilidade, como militante petista que sou, de ter essa camisa-de-força. Acho que em nível nacional deve haver essa sensibilidade também de liberar os estados”, disse.

     

    Mesmo com a morte de ACM, no ano passado, e a derrota do carlismo nas urnas nas eleições para governador, a petista, que é pré-candidata à reeleição, acredita que a aliança deve permanecer.

    “Não posso garantir que vamos manter a vaga de vice porque essa situação ainda está sendo discutida, mas com certeza o PSDB estará no nosso leque de alianças”, diz.

     

    saiba mais

    PT pretende barrar coligações com partidos de fora da base aliadaPSDB libera alianças em todo país, até com petistasLula e Cabral definem apoio a candidato do PT no RioAécio e Pimentel minimizam frente contra PT-PSDB  ‘De portas abertas’

    “Tanto um quanto o outro [PT e PSDB] estiveram no governo federal e estão muito próximos na forma de administrar. Até porque o PT aproveitou muitos programas do PSDB, como o Bolsa Família, que já existia. Tenho que tirar o chapéu para o presidente Lula”, afirma Sidney Antonio de Sousa (PSDB), o Sidinho, prefeito da mineira São João del-Rei, terra da família de Aécio.

    Nesse caso, porém, um “problema administrativo” que envolveu funcionários da prefeitura provocou o rompimento com o vice, do PT, o que Sidinho diz lamentar.

     

    “Tivemos um golpe na prefeitura da ordem de R$ 3 milhões. Acionamos a polícia, informamos o Ministério Público e o Tribunal de Contas, apurou-se a irregularidade, prenderam-se os responsáveis e confiscamos parte dos bens. Infelizmente, o PT resolveu abandonar o governo”, diz.

    Mesmo diante do desentendimento com o vice, uma aliança com o PT na próxima eleição não está descartada em São João del-Rei. “O PSDB está de portas abertas para conversar com o PT. Essa chancela tenho do meu partido”, afirma.

     

    Xando P. O presidente do PT, Ricardo Berzoini, na posse do presidente do partido na Bahia (Foto: Xande Pereira / AE)  Prática comum

    Secretário-geral da Executiva Nacional do PSDB, o deputado Rodrigo de Castro (MG) não vê a aliança como uma tendência. “Se pegarmos os maiores municípios, não é uma pratica comum”, minimiza.

    Segundo Castro, mesmo no caso de Belo Horizonte, as negociações para uma possível aliança só provocaram discussões no partido por ser o estado governado por um possível pré-candidato a presidente em 2010.

    Na noite da última terça (25), a Executiva tucana aprovou resolução que submete a aprovação das alianças ao diretório estadual nas cidades com até 50 mil eleitores. Nas cidades com mais eleitores, a coligação será avaliada pelo diretório nacional.

    De acordo com o presidente nacional do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), o partido recomenda um elenco de alianças preferencial, mas também prevê exceções. “Sabemos que existem essas cidades, e o PT avalizou, não foi feito à revelia do PT”, diz.

    Um exemplo clássico, diz Berzoini, foi a aliança do PT com PSDB no Acre em 1998, que elegeu o ex-governador Jorge Viana. Isso ocorre porque, segundo o petista, nos municípios, “questões mais objetivas da gestão se colocam em relação à vida da cidade. O conflito ideológico está mais no plano nacional”, disse.

  5. Nada é tão simples como parece. Ou é?

    Prezados amigos, é bom lembrar que o PT ganhou em 2002 com José de Alencar.

    Em 2002, a maiora das chapas para governadores não contemplou aliança entre PMDB e PT.

    A posição de Zé Alencar na chapa conferia um aspecto simbólico conhecido: acalmar as bases empresariais. No entanto, na costura da campanha de 2002, o PT não contou com o PMDB, que estava junto com o PSDB, chapa Zé Serra e Rita Camata.

    Zé Alencar foi vice até 2010, quando então o PMDB alcançou a vice com Temer.

    A aproximação se deu no pós-eleição de 2002, pelo fato óbvio que o PMDB detinha as chaves da governabilidade.

    O episódio mais grave desta negociação se deu como resultado de duas visões diferentes no planalto: Um setor desejava um acerto de porteira fechada e outro, um acordo ponto a ponto, no varejo, direto com o baixo clero, para minar o poder dos caciques pemedebistas.

    O caso dos Correios que desabou na ação 470 é fruto desta disputa, onde os grupos preteridos tiraram o pino da granada de abraçaram os inimigos. O resto é história.

    Então, há diferenças cruciais (embora para alguns dê no mesmo) entre o projeto do PT e este atual do PSB:

    01- O PT sempre foi a força hegemônica no campo onde disputava (progressista), e ganhou a eleição “sozinho”, para depois então negociar a governabilidade;

    02- O PT não esteve embarcado no projeto alheio até os 44 min do segundo tempo, para então lançar suas pretensões, buscando justamente o apoio dos setores que combatem este projeto do qual fez parte.

    Então, o PSB não está negociando governabilidade (ele não é governo) com o PSDB e Bornhausen e Heráclito, mas sim fazendo uma aliança programática que antecede as suas demandas por estabilidade parlamentar.

    São diferenças sutis, mas cruciais.

    Um cordial abraço.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador