Antecipação da eleição? MST é contra

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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Antecipação da eleição? MST é contra

O MST e a ampla maioria dos movimentos da Frente Brasil Popular têm como linha política lutar contra o governo golpista de Temer e exigir a revogação do processo contra a presidenta Dilma, para que ela reassuma em 17 de agosto de 2016.

E já apresentamos à presidenta a necessidade de que anuncie ao povo brasileiro seu novo programa de governo, com uma nova política econômica que atenda às necessidades da população e tire o país da crise.

Montar um novo ministério em diálogo e representativo das forças da sociedade que a apoiaram. Ao mesmo tempo, que se comprometa a promover a reforma política, que somente poderá vir por meio de um plebiscito nacional que convoque eleições para uma assembleia constituinte exclusiva. Como, aliás, ela já se manifestou favoravelmente em recente entrevista à revista “Carta Capital”.

A crise na qual o país está envolvido somente será resolvida com uma ampla reforma política, que mude os critérios e garanta a verdadeira representação do povo.
Antecipar eleições presidenciais ou gerais não resolve os problemas da crise política e, ao contrário, poderia legitimar as mesmas forças conservadoras que deram o golpe, para implementar um programa neoliberal e conservador na sociedade.

Todos sabemos que a derrota dos golpistas no Senado, e a implementação da reforma política necessária somente virá com a pressão de mobilizações populares, que espero aumentem a cada dia.

Não há pois nenhuma fórmula mágica de antecipação de eleições que se viabilize no curto prazo e resolva os problemas da política. Se os senadores sérios fossem a maioria no Senado, já teriam aprovado a PEC de antecipação das eleições gerais (antes do processo de impeachment) e, melhor ainda, o projeto de lei que convoca um plebiscito sobre a reforma politica via assembleia constituinte, que estão lá dormindo nas gavetas do Senado.

NOTA DO GGN – Esta nota do MST é uma explicação para erro cometido por GGN, de incluir o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra à Frente Povo Sem Medo. Explicamos aqui, e pedimos desculpas ao MST, que o movimento a que estão vinculados é o Frente Brasil Popular. A outra nota foi corrigida e pode ser lida clicando aqui.

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

2 Comentários

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  1. Vamos ocupar as ruas

    Eh isso ai. Mas a luta para recuperar o mandato de Dilma Rousseff e de seu partido também deve ser de seu partido. O PT tem que ir pra luta de corpo e alma e dar a volta por cima. Dilma ainda pode ser uma grande presidenta da Republica. Dêem a ela condições e verão.

  2. Antecipação da eleição? MST é contra

    Nessa hora de assumir posições deve haver uma reunião entre os movimentos do campo ideológico visando firmar uma agenda comum para possibilitar a volta do governo legítimo de Dilma. A presença da presidente seria oportuna como forma de abrir-se para os movimentos sociais e suas pautas.

    A proposição de objetivos mínimos seria a base da carta de Dilma com os compromissos sociais, econômicos e políticos.

    Se não houver esse entendimento mínimo fica difícil aos senadores assumirem posições anti golpe.

    Ou a esquerda se une dentro do possível ou a direita segue saqueando os cofres públicos como está fazendo e, passado o governicho Temer para definitvo, teremos as brutais intervenções com a redução de direitos e arrocho no povo, os 99 %, em benefício dos rentistas nacionais e estrangeiros, com direito a dilapidação do patrimônio público.

    Ao PT cabe o papel de protagonista não de condutor.

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