Reportagem do La Nacional, diário argentino, informa sobre uma operação que levou à cadeia 22 pessoas ligadas a órgãos de segurança, que, durante o governo Macri, praticavam espionagem contra lideranças políticas de oposição.
Um deles chegou a encomendar a um traficante um atentado a bomba contra um ex-funcionário do Ministério da Justiça.
É um alerta relevante sobre as organizações clandestinas que se formam, sob o abrigo de instituições federais, para a prática de espionagem e terrorismo político. E um alerta sobre o que pode se esconder nas redes bolsonaristas, já que o fenômeno da infiltração de grupos de segurança em atividades políticas se disseminou pelo mundo.
O juiz federal de Lomas de Zamora, Federico Villena, ordenou a prisão de 22 pessoas. O comando dessas operações era de funcionários ligados à Agência Federal de Inteligência, correspondente ao nosso Gabinete de Segurança Institucional, durante o governo Macri.
A perícia efetuada nos celulares de um advogado e dois agentes identificou a existência de vários grupos de WhatsApp, o principal deles de nem “Super Mario Bross”, a partir do qual se articulavam as operações de espionagem.
Uma das detidas é Susana Martinengo, que foi Secretária de Documentação Presidencial no governo Macri. Era incumbida de receber os relatórios de inteligência na Casa Rosada, o palácio do governo.
Alan Ruiz, outro detido, foi Diretor de Operações da AFI nos dois últimos anos do governo Macri. Era incumbido de monitorar o Instituto Pátria, ligado a Cristina Kirchner. O acompanhamento era feito por equipes que trabalhavam 24 horas por dia, revezendo-se a cada 6 horas.
Diego Dalmau Pereyra foi outro detido. Ex-diretor de Contra-Inteligência da AFI e diretor da Escola Nacional de Inteligência, foi quem recrutou os agentes do grupo Super Mário Bross.
Jorge Horácio, o “Turco”, também é da AFI a integrou a Diretoria de Análise da Informação do Serviço Penitenciário Federal.
Leandro César Araque, especialista em inteligência criminal e trabalhando desde 2016 na AFI.
O advogado Facundo Melo, trabalhou para a AFI como agente e foi advogado de membros de torcidas organizadas. Um criminoso, detido por tráfico de drogas, declarou que Facundo o levou a colocar um dispositivo explosivo na casa de um ex-funcionário do Ministério da Justiça.
Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.
Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.
Os argentinos não passam o pano pros crimes políticos. Meteram na cadeia os generais que comandaram a Ditadura Militar naquele pais.
Enquanto isso, aqui no Brasil…