Augusto Aras muda estatuto e troca conselho de escola do MP

Nos bastidores, Procurador-Geral da República criticava “viés esquerdista” do órgão; medida foi vista como interferência autoritária

Augusto Aras, Procurador-Geral da República. Foto: Reprodução/Wikipedia

Jornal GGN – Em uma manobra autoritária, o Procurador-Geral da República, Augusto Aras, ignorou mandatos, mudou um estatuto e interrompeu os mandatos de 16 conselheiros e coordenadores de ensino da Escola Superior do Ministério Público da União (ESMPU).

O Procurador-Geral da República – que, segundo informações do jornal Folha de São Paulo, reclamava de um alinhamento à esquerda da instituição – já nomeou os 16 novos conselheiros e coordenadores, incluindo oito suplentes. Dentre os escolhidos de Aras, está Guilherme Schelb, defensor do projeto Escola sem Partido e que conta com a simpatia do presidente Jair Bolsonaro.

O procurador Sidney Pessoa Madruga foi nomeado suplente na coordenação de ensino da ESMPU na vaga indicada pelo MPF (Ministério Público Federal). Quando era procurador regional eleitoral do Rio de Janeiro, ele quis encerrar uma investigação contra o senador Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ) sem realizar nenhuma diligência.

Ex-dirigentes e integrantes de braços do MPU (Ministério Público da União) consideram a decisão uma interferência autoritária que busca doutrinar a instituição, e tudo indica que ela deverá ser questionada no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).

A Escola Superior do Ministério Público da União é voltada para a profissionalização de procuradores e servidores do MPU, além de responder pelo curso de ingresso pelo qual todo procurador precisa passar antes de trabalhar na área de forma efetiva.

Redação

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