Augusto Nunes: o Platinado de Taquaritinga e o Pavão de Tatuí

O fato é que a crítica ao decano do STF tem por trás um componente que diminui a pó a biografia do próprio jornalista. Com efeito, trata-se de uma adulação gratuita (?) e pueril ao presidente Jair Bolsonaro.

Segundo o site jurídico Migalhas, o jornalista Augusto Nunes atacou o decano do STF, Celso de Mello, alcunhando-o de o Pavão de Tatuí. Migalhas chama Augusto de Platinado de Taquaritinga.

Não costumo abrir espaço para qizilias jornalísticas, mas a comparação é divertida.

Do Migalhas

Jornalista Augusto Nunes critica decano do STF

Jornalista comenta a declaração de Celso de Mello, que criticou o fato de o presidente da República ter compartilhado vídeo que convoca para protesto contra Congresso e STF.

Em texto publicado no site R7, o jornalista Augusto Nunes critica de forma dura o ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal.

Nunes questiona a declaração de Celso de Mello que, ao saber do fomento presidencial ao protesto contra Congresso e STF, disse que é coisa de quem não está à altura do cargo.

Ao final do texto, o jornalista, de forma jocosa, afirma que em vez “do Águia de Haia” (sic) temos que nos conformar com “o Pavão de Tatuí”.

O tom é o mesmo de quem, dias atrás, já mostrando alteração dos sentidos, atracou-se com o jornalista Glenn Greenwald, no programa Pânico.

O fato é que a crítica ao decano do STF tem por trás um componente que diminui a pó a biografia do próprio jornalista. Com efeito, trata-se de uma adulação gratuita (?) e pueril ao presidente Jair Bolsonaro.

O que explica essa bajulação?

Enfim, além de ofender o ministro, o jornalista agride a história. De fato, o conselheiro Rui Barbosa não é conhecido como “nosso” Águia de Haia”, e sim como “nossa Águia de Haia”. O gênero do substantivo faz, neste caso, toda a diferença.

Mas já que o jornalista pelo visto gosta de epítetos, poderíamos ajudá-lo com uma alcunha. Que tal “O Platinado de Taquaritinga”?

E viva o interior de São Paulo!

PS – Em defesa de Augusto, pelo menos “o Águia de Haia” está correto.

Luis Nassif

7 Comentários

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  1. Uma vez puxa-saco, para sempre puxa-saco!
    Depois de adular os ditadores de outrora, se pendura no do bolçodória.
    Quando finalmente morrer, irá para o inferno e será visto grudado no saco do kapeta!

  2. Livro: Minha razão de viver. Memórias de um repórter. Samuel Wainer, Record, 11ª edição, 1988. Samuel Wainer (1912-1980).
    Organização e editoração: Augusto Nunes
    Copyright c 1987 by Bruno Wainer, Débora Leão Wainer (Pinky) e Felipe Abrantes Wainer.
    Prefácio: O Brasileiro Samuel Wainer, por Jorge Amado. – Apresentação: Pinky Wainer – Epílogo: Augusto Nunes.
    Apresentação – Pinky Wainer (trechos resumidos) – “As memórias de Samuel Wainer foram ditadas em três etapas, num depoimento que soma 53 fitas gravadas. Na primeira etapa (jan/fev-1980) e na segunda (25/06/1980), 35 e 4 fitas respectivamente, entrevistas coordenadas pelo jornalista Sérgio de Souza, e na terceira (jul/ago-1980), 14 fitas, pela jornalista Marta Góes, entre 6 de julho e meados de agosto. [Samuel morreria poucos dias depois]. (…) Samuel pretendia ele próprio escrever suas memórias, e certamente deixou para trás a decisão de publicá-las na íntegra (…) A morte poupou-o dessa decisão – e as memórias, organizadas e editadas pelo jornalista Augusto Nunes, aí estão, vivas e incólumes.”
    Meses atrás vendo um vídeo daquele jornalista gaúcho despirocado, o Peninha, o Paulo Coelho da historiografia, num vídeo gravado dentro de um fusca rodando em Porto Alegre, o Augusto Nunes surgiu na conversa com o motorista, e comentaram que na época em que militava na imprensa gaúcha não era a pessoa na qual se tornou atualmente.
    Conversa pra boi dormir, discordo frontalmente, ele sempre foi isso aí apenas ainda não havia tido oportunidade, era só uma questão de tempo. O “platinado de Taquaritinga” foi ao estúdio da Joven Pan com o plano arquitetado, com a única finalidade de produzir material para alimentar as redes sociais, com aquela tentativa de estapear, ridiculamente aos 70 anos, o jornalista Glenn Greenwald. Foi o mais perto que o gênio cosmopolita de Taquaritinga (achei no Google) chegou de um Pullitzer.
    Aí surge a questão de fundo: Pinky Wainer teria entregue as 53 fitas cassete em 1987 a Augusto Nunes para organizar as memórias do pai, se soubesse quem era de fato a pessoa que é e sempre foi? Completamente improvável, a julgar pela resposta que deu ao Abujamra, anos atrás, no programa Provocações, TV Cultura, a respeito do Carlos Lacerda e seus descendentes. Quanto ao Samuca, mais improvável ainda.
    O platinado de Taquaritinga ouviu em 1987 as 53 fitas cassete que lhe foram entregues, que supõe-se 53 horas de gravação, organizou o livro e escreveu o texto do epílogo, de quase uma página, onde reconhece o talento, a genialidade e o lugar de honra de Samuel Wainer no jornalismo brasileiro. E não foi capaz de aprender nada.

  3. O jornalista Vinicius Segalla do DCM trabalhou com o platinado e numa live disse que o mesmo vive “virado” na cocaína. Disse tê-lo visto cheirando cocaina direto no banheiro da Abril. Está defendendo o patrono dos seus fornecedores.

  4. Augusto Nunes disse o que a maioria dos brasileiros gostariam de falar deste prolixo do Supremo. Palavras diferentes para enganar as pessoas é o que costuma fazer o pavão.

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