Fotos: Agência Brasil/AFP
Jornal GGN – Pré-candidato à presidência da República, Jair Bolsonaro rompeu o silêncio sobre a execução da vereadora Marielle Franco apenas para afirmar que vai se manter “silente” sobre o caso.
Nesta quarta (21), o parlamentar demonstrou que sente incômodo com o fato da imprensa cobrar uma manifestação sobre o assassinato de uma defensora dos Direitos Humanos. “Nos enterros dos PMs nenhum presidenciável foi e vocês não deram porrada neles como dão em mim. Vou me manter silente (sobre Marielle)”, disse.
Bolsonaro ainda mudou de assunto e disse que preferia falar sobre a intervenção federal no Rio de Janeiro. Ele criticou a notícia de que o general Braga Netto demandou R$ 3,1 bilhões ao governo Temer e só deve receber R$ 1 bilhão. “Essa intervenção do Temer é política!”, disparou.
“O cara (sic) decidiu no meio do carnaval, nenhum chefe militara foi consultado. Tem de fazer um planejamento pelo menos 30 dias antes e anunciar na frente. Planejamento reservado e sem estardalhaço e não no meio do carnaval, por falta de matéria na mídia, sendo anunciado desta foma. Agora, não sabemos o que pode acontecer”, acrescentou Bolsonaro.
Segundo analistas, Temer, que sonha em disputar a eleição deste ano, quer dividir votos com Bolsonaro com uma agenda voltada para a segurança pública.
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o silencio gritante de bolsonaro
O silencio tem significado, mesmo que seja negativo. Ao não se pronunciar Bolsonaro não condena o assassinato, então de forma ‘negativa’ o ratifica. Mais do que isso, o bolsonaro sempre pregou o assassinato, o espancamento e o estrupo. Além disso ele tem falado como outras vozes: as dos seus apoiadores. Praticamente todos os perfis nas redes sociais que caluniaram Marielle apoiavam explicitamente Bolsonaro – caso do deputado Alberto Fraga e da ‘tal’ desembargadora que segue o ‘eu sou bolsonaro’.
Mas a cautela de Bolsonaro não é uma mudança de opinião, acho que nem mesmo um cálculo politico. Há fortes indicios de que o assassinato foi cometido por ‘profissionais’ pessoas com treinamento militar. E Bolsonaro tem grande apoio entre os militares, especialmente do Rio que é sua base.
Bolsonaro titubeante
Pode-se falar o que quiser sobre o Bolsonaro, que os seus eleitores vnao sempre elogiá-lo.
Mas até o mais fanático apoiador dele tem de admitir que Bolsonaro é titubeante demais.
Titubeaou quando roubaram a arma e a moto dele.
Titubeou em mais de 20 anos como deputado.
E titubeou agora ao nãos e manifestar nem em solidariedade pela morte de Marielle ou para desqualificá-la.
Se eleito, como agirá um Bolsonaro diante das inevitáveis crises? Irá titubear, como sempre?
Ele defende suas bases, militantes, miliciantes e meliantes.
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