Durante a estadia na embaixada da Hungria, em Brasília, o ex-presidente Jair Bolsonaro recebeu a visita do filho Carlos, na noite de 13 de fevereiro, terça-feira de Carnaval.
A visita foi revelada por fontes do clã Bolsonaro. Já as imagens das câmeras de segurança da embaixada mostram que um homem não identificado chegou à sede húngara no banco traseiro de um carro. Ele levava uma mochila. O visitante permaneceu na embaixada por 38 minutos.
As informações foram divulgadas pela coluna de Igor Gadelha, do Metrópoles, que pediu um posicionamento do ex-presidente, mas não obteve resposta. Carlos Bolsonaro não foi encontrado para comentar a notícia.
Ilógica
Os advogados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmaram em ofício ser ilógico sugerir que o ex-presidente se hospedou por dois dias na embaixada da Hungria para pedir refúgio político. A defesa negou também que houve uma tentativa de fuga das investigações.
A estadia na sede da Hungria em Brasília, onde o ex-presidente estaria fora do alcance das autoridades nacionais, foi justificada a partir da amizade com autoridades daquele país e para tratar temas políticos.
“[Bolsonaro] sempre manteve interlocução próxima com as autoridades daquele país, tratando de assuntos estratégicos de política internacional de interesse do setor conservador”, informa a defesa.
Os advogados alegaram ainda que o pedido de asilo político é infundado. “Diante da ausência de preocupação com a prisão preventiva, é ilógico sugerir que a visita do peticionário [Bolsonaro] à embaixada de um país estrangeiro fosse um pedido de asilo ou uma tentativa de fuga. A própria imposição das recentes medidas cautelares tornava essa suposição altamente improvável e infundada”, dizem os advogados, em resposta ao questionamento do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.
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