
Jornal GGN – O chefe de Comunicação Social (Secom) de Jair Bolsonaro, Fábio Wajngarten, acusado de corrupção, propôs durante sua defesa à Comissão de Ética Pública da Presidência, deixar a condição de sócio da empresa envolvida no esquema que recebe dinheiro de TVs e agências de publicidade contratadas pelo governo. Wajngarten quer transferir suas cotas na sociedade à esposa, a publicitária Sophie Wajngarten.
Wajngarten também sugere que a administração da empresa fique sob os cuidados da esposa. Atualmente, a função é do empresário Fabio Liberman, irmão do secretário-adjunto da Secom, Samy Liberman. As informações são da Folha de S. Paulo.
Caso a Comissão confirme as acusações sobre Wajngarten, uma advertência deve ser aplicada ao agente público para que corrija a irregularidade. Se houver insistência na impropriedade, cabe pedido de demissão do envolvido.
A empresa FW Comunicação e Marketing, da qual o secretário tem 95% da sociedade e sua mãe, Clara Wajngarten, outros 5%, mantém contratos com cerca de cinco emissoras de televisão e agências de publicidade, entre elas Band e Record, que repassam à ele dinheiro de publicidades contratadas pela própria secretaria.
A legislação brasileira proíbe integrantes da cúpula do governo de manter negócios com empresas ou pessoas físicas que possam ser influenciadas por suas decisões, a chamada prática “conflito de interesses”.