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Lourdes Nassif
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  1. Estadão destaca que Dilma brilha na Europa e irrita Temer e os g
    dilmabrilha-min

    Fotomontagem: Internet

    Política

    Estadão destaca que Dilma brilha na Europa e irrita Temer e os golpistas no Brasil! Saiba mais…

    Dilma foi recebida pelo diretor máximo da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Guy Ryder e por lideranças parlamentares. Ela será também a principal convidada de um festival de cinema. Além disso, dará uma palestra num dos principais centros de estudos internacionais da Europa. Mais de 700 pessoas estão inscritas para assistir ao discurso

    Publicado em11 de março de 2017  

    Até o Estado de São Paulo às vezes não consegue esconder que Dilma Rousseff (PT) foi afastada injustamente da presidência da república por um bando de golpistas e com o apoio desse próprio jornalão.

    Em publicação de ontem (10), o famoso Estadão destaca a visita de Dilma à Europa e enfatiza a maneira respeitosa e calorosa como ela está sendo recebida por autoridades, artistas e povo em geral.

    Veja alguns trechos da matéria:

    Em Genebra (Suiça), “ela foi recebida pelo diretor máximo da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Guy Ryder, na sede da própria entidade, com protocolo”.

    Dilma “também foi recebida pelo Conselho Mundial de Igrejas, entidade que também tem sede em Genebra e que tem se transformado em um local privilegiado de diálogos entre grupos de oposição”.

    “Em seu hotel, no centro de Genebra, a ex-presidente recebeu lideranças parlamentares da Suíça”.

    “Neste sábado, ela ainda será a principal convidada de um festival de cinema, que se transformou no principal evento paralelo às reuniões de direitos humanos da ONU”.

    “Já na segunda-feira, ela dará uma palestra num dos principais centros de estudos internacionais da Europa. Ela falará sobre “a defesa dos direitos sociais na América do Sul”. Mais de 700 pessoas estão inscritas para assistir ao discurso”.

    “Dilma ainda concedeu uma entrevista ao principal jornal da TV suíça, em horário nobre, e que vai ao ar no domingo”.

    Ao tempo em que faz acenos forçados à presidenta, o Estadão destaca que o governo brasileiro, isto é, os golpistas que se instalaram no Planalto, estão muito irritados com a agenda da petista.

    Em vão, o tucano Aloysio Nunes, dublê de Ministro das Relações Exteriores, tenta convencer a opinião pública internacional que no Brasil vai tudo muito bem e a democracia está a pleno vapor. Desespero.

    Quando até o Estadão dá espaço à Dilma é porque as coisas vão de mal a pior no cada vez mais instável governo Temer. Já morreu e faz que não sabe.

    http://maisvisto.com/2017/03/11/estadao-destaca-que-dilma-brilha-na-europa-e-irrita-temer-e-os-golpistas-no-brasil-saib

     

  2. Dilma: Temer, o ilegítimo, não pode querer ser popular com obra

    Brasil 247

    Dilma: Temer, o ilegítimo, não pode querer ser popular com obra alheia

     

    A presidente eleita Dilma Rousseff enquadrou neste sábado Michel Temer, que, ontem, inaugurou um trecho da transposição do São Francisco e tratou a obra como filha de mãe solteira; “Quem primeiro pensou nessa obra foi o imperador Pedro 2º. Mas quem implementou isso foi o Lula”, afirmou; Dilma também tratou Temer como “ilegítimo” e disse que ele “não pode tentar melhorar sua popularidade em cima da obra alheia”; sobre as delações da Odebrecht, ela aproveitou para alfinetar os políticos que promoveram o golpe e que estão todos enrolados até o pescoço por terem pedido doações milionárias e clandestinas; “Jamais pedi propina nem recebi propina”, afirmou; enquanto Aécio Neves foi delatado por ter recebido R$ 9 milhões do caixa dois da Odebrecht, Temer tratou de uma doação de R$ 10 milhões, no Palácio do Jaburu, que também saiu do departamento de propinas da empreiteira

    11 de Março de 2017 às 20:10

     247 – A presidente eleita Dilma Rousseff cumpriu agendas públicas neste sábado em Genebra, na Suíça, e bateu duro em Michel Temer, que chegou ao poder graças a um golpe parlamentar liderado por políticos corruptos que pretendiam se salvar da Lava Jato, como Eduardo Cunha e seus aliados. No discurso, Dilma criticou Temer por ter inaugurado um trecho da transposição do São Francisco e tratado a obra como filha de mãe solteira. “Quem primeiro pensou nessa obra foi o imperador Pedro 2º. Mas quem implementou isso foi o Lula”, afirmou. Ela também chamou Temer de “ilegítimo” e disse que ele “não pode tentar melhorar sua popularidade em cima da obra alheia.” Dilma também criticou a imprensa brasileira, por tentar acobertar a tragédia econômica produzida pelo golpe. “Embora a imprensa diga que a situação econômica esteja melhorando, tanto a crise econômica quanto a crise política se aprofundaram”, afirmou. “Havia uma versão pré-processo de impeachment que bastaria a minha saída para um processo de melhora da economia. Mas as razões profundas da crise econômica foram subestimadas.” Dilma, no entanto, fez uma autocrítica. “Achei que, diminuindo impostos do setor privado, teria um aumento dos investimentos. Me arrependo disso. Fragilizei o lado fiscal e, ao em vez de investirem, eles aumentaram a margem de lucros”, ponderou. Sobre as delações da Odebrecht, ela aproveitou para alfinetar os políticos que promoveram o golpe e que estão todos enrolados até o pescoço por terem pedido doações milionárias e clandestinas. “Jamais pedi propina nem recebi propina”, afirmou. Enquanto Aécio Neves foi delatado por ter recebido R$ 9 milhões do caixa dois da Odebrecht, Temer tratou de uma doação de R$ 10 milhões, no Palácio do Jaburu, que também saiu do departamento de propinas da empreiteira. “O sistema político brasileiro vai ser investigado, mas nenhum partido apenas pode ser chamado de corrupto. Duvido que vão continuar dizendo que o PT é corrupto. Porque não sobra ninguém nos outros”, disse ainda Dilma. http://www.brasil247.com/pt/247/poder/284532/Dilma-Temer-o-ileg%C3%ADtimo-n%C3%A3o-pode-querer-ser-popular-com-obra-alheia.htm

     

  3. Padilha tinha quatro senhas para receber propina da Odebrecht

    Brasil 247

    Padilha tinha quatro senhas para receber propina da Odebrecht

     

    Ministro licenciado da Casa Civil de Michel Temer, Eliseu Padilha era um dos principais operadores de propinas do PMDB, segundo o delator José de Carvalho Filho; ex-executivo revelou em depoimento ao TSE, que julga irregularidades na chapa de Dilma-Temer em 2014, que Padilha recebeu ao menos quatro senhas para pagamento de caixa 2 ao PMDB; as senhas eram: Foguete, Árvore, Morango e Pinguim; para repassar os códigos, Carvalho disse que esteve com Padilha ao menos quatro vezes; o valor chegou a R$ 5 milhões, sendo que R$ 500 mil teriam sido destinados ao ex-deputado Eduardo Cunha; delação é mais uma bomba a atingir o enfraquecido governo de Temer; Padilha segue afastado por licença médica

    11 de Março de 2017 às 17:12

    247 – A situação de Michel Temer e de seu aliado e ministro licenciado Eliseu Padilha só se complica. Em depoimento prestado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ex-executivo da Odebrecht José de Carvalho Filho afirmou que Padilha recebeu ao menos quatro senhas para pagamento de caixa 2 ao PMDB. As senhas eram: Foguete, Árvore, Morango e Pinguim.

    O jornal O Estado de S.Paulo revelou neste sábado que Carvalho afirmou ao TSE que Padilha intermediou o pagamento de caixa 2 para o PMDB. “Segundo fontes informaram à reportagem, Padilha teria acertado locais de entrega do dinheiro da empreiteira mediante senhas trocadas com o ex-executivo. O valor total destinado ao PMDB chegou a R$ 5 milhões, dos quais R$ 500 mil teriam sido destinados ao então deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ)”, diz o texto.

    O depoimento de Carvalho foi feito dentro da ação que apura se a chapa de Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (PMDB) cometeu abuso de poder político e econômico na eleição de 2014.

    O ex-funcionário da Odebrecht afirmou que, para entregar as senhas, esteve com Padilha pelo menos quatro vezes. Os repasses da Odebrecht ao PMDB teriam ocorrido nas seguintes datas, informa matéria do Estadão: 13/08/2014 (R$ 1,5 milhão, senha: foguete); 02/09/2014 (R$ 1 milhão, senha: árvore); 04/09/2014 (R$ 1 milhão; senha: morango), 10/09/2014 (R$ 1 milhão, não constaria a senha); 30/09/2014 (R$ 500 mil, senha: pinguim).

  4. Revolução francesa no Brasil: Lula mais comitês de base

    Carta Maior

     

    10/03/2017 00:00

    Revolução francesa no Brasil: Lula mais comitês de base

     

    A eleição de 2018 pode ser a derrubada da Bastilha. Mas as sirenes da história impõe requisitos inéditos para isso.

     

    por: Saul Leblon

     
     

    reprodução

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

    Limada pelo bisturi conservador, a espantosa violência econômica imposta à população brasileira nesse momento é confinada no calendário dos eventos pré-golpe.
     
    Algo que ‘passou’, martelam autoridades e seus autofalantes de aluguel e fé.
     
    ‘Culpa da Dilma’, sintetiza o decano da indignação seletiva da Folha, cuja argúcia econômica foi apurada em Davos.
     
    É assim que o colunismo isento esclarece uma nação afogada em desemprego recorde, cuja indústria retrocedeu ao tamanho de 2009, o investimento foi empurrado ao nível mais baixo em vinte e dois anos e a renda per capital diminuiu 9% em relação a 2014, amarrotando o consumo no patamar de 2011.
     
    ‘Culpa da Dilma’… Uma guerra aberta de interesses naquela que talvez seja a transição de ciclo de desenvolvimento mais profunda vivida pelo país, em meio à deriva da ordem neoliberal no mundo, condensada na maior crise do capitalismo depois de 1929, reduzida a isso.
     
    Para consertar ‘ a culpa da Dilma’ é preciso, primeiro, ‘purgar a imundícia’, diz o martelete especializado em divulgar a economia como um sistema hidráulico em equilíbrio, desde que dissociado da carne humana enervada nos esqueletos dos pobres.
     
    A expressão é emprestada do presidente norte-americano Herbert Hoover, que ocupou a Casa Branca nos primeiros quatro anos da quebradeira iniciada em outubro de 1929.
     
    O esfarelamento econômico e social, então, era encarado pelo contemplativo Hoover como uma ação autolimpante dos mercados, da qual o Estado deveria manter distância.
     
    O povo norte-americano foi salvo da faxina suicida por Franklin Roosevelt.
     
    Quatro anos depois de Hoover deixar uma sociedade convulsionada por acampamentos de desemprego que acossavam a Casa Branca e precisavam ser contidos pelo Exército, seu sucessor desativou a engrenagem infernal da autorregulação dos mercados.
     
    Trocou-a por um poderoso programa de obras públicas e controle estatal do mercado de dinheiro, logrando tirar a economia das mãos dos coveiros e os chefes de famílias do cemitério do desemprego.

    No caso brasileiro a ordem dos fatores alterou dramaticamente a soma do produto.
     
    Aqui, ‘Herbert’ veio depois de ‘Franklin’.
     
    Esse instalou com a determinação de ‘purgar’ um ciclo de traços rooseveltianos, ainda que imperfeitos, porque borrados de juros altos, liberdade para a conta de capitais, câmbio valorizado e, sobretudo, seu pecado capital: descaso com o papel fiador dos assalariados, do qual o criador do New Deal norte-americano nunca se descuidou.
     
    Mesmo acusado de comunista pelo colunismo isento da época, Roosevelt não abriu mão de promover a sindicalização em massa dos trabalhadores que recuperaram seu emprego no New Deal.
     
    Só assim o líder democrata resistiu a Wall Street e aos viúvos dos mercados desregulados.
     
    No Brasil, todo o aparato público, incluindo-se o judiciário e o legislativo, mas também a mídia e os sindicatos dos patrões, condensam-se no jato de um imenso wap de desinformação, ‘desinfecção’ e des-emancipação, sem o contraponto organizado dos  principais alvos do wap regressivo.
     
    É disso que trata a faxina em curso.
     
    Não de recuperar.
     
    Mas de produzir ruínas.
     
    Para soterrar com elas o pacto social desenhado na Carta de 1988.
     
    E impor no seu lugar outro, oposto, sem a devida consulta à sociedade.
     
    Na linha do jato desinfetante encontram-se o pleno emprego, a maior participação dos assalariados no fluxo da renda (mas não no estoque), o espraiamento dos direitos sociais, a multiplicação das oportunidades ascensionais pela educação, as iniciativas de afirmação cidadã e os instrumentos endógenos de comando do desenvolvimento, como o pré-sal, o BNDES, o banco dos Brics  e a Unasul.
     
    Enfim, a ‘imundícia’ toda que aguçou um conflito de classes protelado, inicialmente, por um desequilíbrio fiscal e monetário decorrente da elevada taxa de juro paga pelo Estado para tomar emprestado aquilo que deveria ser taxado.
     
    Era uma corrida contra o tempo hipotecada na hipótese de uma recuperação saneadora do comércio internacional, que afinal não veio.
     
    Os efeitos colaterais dessa corrida para frente assumiriam,assim, contornos de novos círculos de ferro  cada vez mais estreitos.
     
    Inclua-se aí o custo desindustrializante do real valorizado para atenuar outra expressão da escalada do conflito, a inflação, mitigada com importações.
     
    Mas também a asfixia do investimento público e privado no tríplice garrote do juro alto, dos subsídios inúteis ao investimento produtivo num ambiente rentista e do desequilíbrio progressivo nas contas externas.
     
    Não, senhores colunistas, não estamos diante do cqd ‘da culpa da Dilma’.
     
    O nome disso é luta de classes.
     
    Condicionada, no caso, por uma correlação de forças na qual a desorganização popular, de um lado, e a reengenharia midiática, de outro, engessariam o poder de iniciativa do governo.
     
    A distinção é preciosa.
     
    Não tanto para expor ao sol a toxidade da narrativa conservadora.
     
    Mas, sobretudo, para evidenciar os desafios –graúdos–  no passo seguinte da luta pela construção de uma verdadeira democracia social no país.
     
    ‘A culpa da Dilma’, na verdade, camufla dois incômodos com uma só cajadada.
     
    De um lado, releva a força determinante da sabotagem golpista, que semeava a ingovernabilidade já em 2013 para colher frutos nas urnas de 2014 –ou fora delas, se necessário, como foi.
     
    De outro, dribla a fragilidade crucial decorrente da ausência de organização popular compatível com a transição de ciclo de desenvolvimento vivida pelo país.
     
    Mais que isso.
     
    Coloca as forças progressistas diante de uma realidade histórica com a qual tem evitado se defrontar, mas que não poderá mais postergar na corrida para 2018.
     
    Não é uma referência nova: 1964 já o havia demonstrado.
     
    Mas se reafirmou agora com virulência dos rebotes históricos, para sacudir a memória adormecida.
     
    Ao primeiro sinal de aguçamento da disputa pela riqueza, a elite brasileira recusa-se terminantemente a discutir soluções coletivas para os gargalos da sociedade e do seu desenvolvimento.
     
    Opta pelo golpe em defesa do interesse unilateral.
     
    Os fatos são autoexplicativos, mas não custa rememorar o abc dos mandatos históricos em nosso tempo.
     
    A verdade é que mesmo aquelas tarefas denominadas genericamente de ‘revolução democrática’, constituídas basicamente da universalização do acesso aos marcos da civilização, não tem mais sujeito histórico nas elites.
     
    A liderança do processo terá que ser assumida por uma frente política solidamente capilarizada em organização popular de base, aliada a blocos de identidades minoritárias, assentada em respostas à emergência climática, à desigualdade alarmante nas esferas da riqueza e da tecnologia, abraçada a novas formas de viver e de produzir e fortemente comprometida em traduzir tudo isso numa desassombrada estratégia de inovação em políticas públicas que, de fato, democratize  e valorize o bem comum.
     
    Ou isso, ou a queda da Bastilha nunca ocorrerá por essas bandas.
     
    Partidos progressistas de massa e comitês de base espalhados por todo o país, se existissem de fato, teriam impedido a reengenharia midiática de acuar a nação na encruzilhada da falsa disjuntiva que hoje opõe a purga de direitos ao caos econômico.
     
    Houvesse a organização requerida,  a alternativa crível ao desmonte seria a taxação fiscal da riqueza, não a privação adicional cobrada da pobreza.
     
    É a consciência desse fio da navalha que explica a virulência recessiva imposta à sociedade brasileira nesse momento, como um instrumento funcional de desmobilização política e desarticulação ideológica enfeixadas no grito de guerra conservador: ‘Culpa da Dilma’.
     
    Ou seja, um dos mais violentos programas de ‘des-emancipação’ social  já registrados em tempos de paz e por um período tão longo de duas décadas seguidas.
     
    ‘Significa que toda uma futura geração está condenada, o que é inaceitável’.
     
    É assim que o relator das Nações Unidas para Pobreza Extrema, Philip Alston, qualificou a PEC do Teto, em dezembro do ano passado, antes ainda dos desdobramentos atuais nas esferas da previdência e pensões rurais, do salário mínimo e dos direitos trabalhistas (pela terceirização).
     
    Só uma recessão diluviana poderia escorar um projeto de poder dessa natureza, atado a vinte anos de concordata social, durante os quais os detentores da riqueza –e agora do poder— avocam-se a prerrogativa de desativar todo o aparato de direitos sociais e trabalhistas arduamente acumulados pelo povo brasileiro desde Vargas.
     
    A abrangência e a brutalidade do que está em curso corresponde a uma ruptura do pacto da sociedade –sem consulta-la, repita-se– o que dificilmente se completará sem atingir o núcleo duro das garantias individuais, as liberdades civis e os direitos políticos.
     
    Os liberais que hoje se oferecem à barganha com o golpe, incluindo-se um pedaço da classe média que supõe assim garantir suas ‘liberdades’ individuais, rapidamente serão afrontados pela violência de uma lógica que tem na ganância do mercado, sobretudo financeiro, o único compromisso sagrado de liberdade a preservar.
     
    De certa forma, o que se assiste hoje no Brasil, já se disse aqui, é a viagem de volta ao cuore liberal reinante no ventre do capitalismo selvagem dos séculos XVIII e XIX.  
     
    O termo ‘des-emancipação’, cunhado pelo filósofo marxista italiano, Domenico Losurdo, descreve o moedor de carne humana em ação nesses tempos pioneiros.
     
    Mais que negar novos direitos, o que ressalta do bordão atual das reformas é a mesma determinação de ‘des-emancipar’.
     
    Ou seja, devolver ao absoluto desamparo a parcela majoritária da sociedade, privada dos meios pelos quais se reproduziam as relações de poder e produção no capitalismo.
     
    É disso que se trata no caso das reformas trabalhista e previdenciária anunciadas pelo golpe no Brasil. O mesmo se pode dizer das consequências da PEC 55 no acesso a direitos públicos essenciais  –a escola e a saúde, entre  outros.
     
    O conjunto requer uma ruptura de ciclo histórico para se instalar. Mais que um golpe parlamentar, o regime da ‘des-emacipação ‘ no século XXI exige a fascistização dos instrumentos de Estado.
     
    A escalada policial de um Ministério Público e de um juiz que assombram a cidadania brasileira ao subordinarem o Estado de Direito a conveniências partidárias ilustra o calibre da espiral em marcha.
     
    Dela não escapará a classe média. Hoje simpática ao regime, amanhã será ela também tragada no arrastão de direitos e escolhas individuais, pela anemia das instituições e a desativação de sistemas regulatórios imiscíveis com a supremacia dos mercados entregues a sua própria lógica.
     
    A lavagem ideológica promovida pela reengenharia midiática inocula na sociedade a anestesiante ampola da naturalização de uma ruptura que hoje a imobiliza, amanhã a escravizará.
     
    A receita do Estado mínimo suprime do arsenal público não apenas as regulações que asseguram os diferentes espaços de escolha e liberdade, como a estabilidade da taxa de investimento na economia.
     
    Sem financiamento público, grandes obras e orçamentos sociais, o futuro do mundo do trabalho, inclusive o da classe média, insista-se, será debulhado num angu de terceirizações, precariado e ‘bicos’, que podem até receber denominações em inglês, mas nem por isso serão outra coisa que não o declive social depressivo e aterrador.
     
    Esse é o preço oculto naquilo vendido pela mídia nesse momento como o repto redentor ao lulopopulismo. Ou seja, uma subordinação escravizante do desenvolvimento, da democracia, da política e demais instancias da sociedade –inclusive a subjetividade do nosso tempo, aos impulsos irrefletidos dos mercados ordenados pelo retorno especulativo incompatível com a sobrevivência da economia, da sociedade e da natureza.
     
    A estagnação atual nas economias ricas deveria servir de alerta ao evidenciar a falta que faz tudo aquilo que  a democracia e o Estado cederam ao mercado nessas sociedades nos anos de apogeu do neoliberalismo  
     
    É nesse deserto do real que o conservadorismo brasileiro se inspira para golpear a democracia e reproduzir aqui receita que estrebucha no planeta.
     
    O que as ressurgências do capitalismo selvagem oferecem  à classe média brasileira agora–como o fazem os ideólogos da terceirização e da prevalência do negociado sobre o legislado na CLT–  é a premiação do mérito individual sobre o direito social universal.
     
    A platitude baseia-se na crença de que a construção da sociedade é movida pelo interesse  egoísta extrapolado, mecanicamente, na rudimentar ilação de que a luta individual pela felicidade leva ao fastígio coletivo.
     
    Aclamados pensadores liberais, como Adam Smith, condicionavam na verdade a centralidade do interesse próprio à irrepreensível obediência a referências morais e religiosas.
     
    Esse corpo moral percorreria um trilho ético rigoroso, rumo a uma comunidade de laços e valores impecavelmente compartilhados.
     
    Nesse ambiente sacro o papel profano do Estado seria mínimo.  
     
    No capitalismo realmente existente as coisas se dão de forma algo diversa.
     
    Não é difícil –aliás é muito fácil— deduzir o resultado da supremacia do interesse egoísta em sociedades nas quais, ao lado da luta desesperada de milhões de indivíduos desvalidos, avultam  interesses corporativos desmesurados, sobretudo aqueles cujo produto é o dinheiro, sua reprodução e as suas consequências.
     
    A crise do nosso tempo é obra dessa assimetria leonina, vendida aqui como solução.
     
    A inexcedível capacidade das grandes corporações submeterem indivíduos atomizados deixa pouco espaço à acomodação espontânea dos interesses contrapostos em uma sociedade onde tudo, rigorosamente tudo, passa a ser objeto de compra, venda e lucro.
     
    Não há mais espaços sagrados.
     
    Ou a regulação democrática impõe limites a sede do capital, ou a sociedade toda desidratará em servidão e catatonia.
     
    É sob esse pano de fundo que a ‘des-emancipação’ toca as trombetas do apocalipse social no Brasil, cujo Estado foi assaltado pelos mordomos dos mercados.
     
    A marcha dos acontecimentos não mente.
     
    A estratégia de ‘des-emancipação’ não se satisfará em extorquir uma década de ganhos reais de poder de compra dos salários.
     
    A faxina requerida é tão virulenta que convoca o árduo trabalho do escovão repressivo e do detergente ideológico para dissolver qualquer traço de resistência indevidamente alojado em estruturas de produção, consumo, serviços, meio ambiente e participação política.
     
    As sirenes da história anunciam confrontos intensos no front da liberdade e da economia.
     
    A eleição de 2018 pode ser a derrubada da Bastilha.
     
    Mas para isso as forças progressistas terão que se convencer, de uma vez por todas –e convencer parte da classe média–  que direitos clássicos das revoluções burguesas do século XVIII, hoje, só tem viabilidade amarrados a uma poderosa alavanca de organizações sociais, que subordinem a força criativa dos mercados aos projetos, metas e direitos pactuados pela democracia.
     
    Revolução francesa no Brasil é igual a Lula comitês de base.
     
    Ou isso, ou a restauração em curso.
     
    Com a violência  neoliberal ungida em Imperador do Brasil.

    https://www.cartamaior.com.br/?/Editorial/Revolucao-francesa-no-Brasil-Lula-comites-de-base/37847

     

  5. Rosangela Moro depôs contra o próprio marido no caso do sítio de

    Do DCM

    Rosangela Moro depôs contra o próprio marido no caso do sítio de Atibaia. Por Paulo Nogueira

     

    Postado em 11 Mar 2017  por :     Rosangela em ação

    Rosangela em ação

    A defesa de Moro feita por sua mulher Rosangela é um retrato perfeito da perseguição a Lula.

    Rosangela representou esta semana o marido no processo que Lula lhe move por abuso de poder.

    Ela insistiu no caso do sítio de Atibaia, para alguns a fábula dos Dois Pedalinhos.

    Veja a fragilidade de sua argumentação. Ela disse que o fato de terem sido encontrados objetos de Lula no sítio indica, “aparentemente, que ele é o real proprietário”.

    Aparentemente?

    Como assim? Depois de tanto tempo (e dinheiro público) gastos na investigação da propriedade do sítio, esta é a melhor expressão que Rosangela tem para defender o marido?

    A palavra “aparentemente” é fatal. Quem está habituado a escrever sabe disso. Você a usa quando não tem certeza sobre determinada coisa.

    Repito: quando você não tem certeza de alguma coisa. É uma proteção.

    Quando você vê nuvens carregadas pode dizer, por exemplo: “Aparentemente, vai chover.”

    A defesa de Rosangela Moro, na verdade, depõe contra Moro e a Lava Jato.

    E reforça o que os advogados de Lula têm dito: trata-se de uma perseguição em que a lógica é “danem-se as provas”.

    http://www.diariodocentrodomundo.com.br/rosangela-moro-depos-contra-o-proprio-marido-no-caso-do-sitio-de-atibaia-por-paulo-nogueira/

  6. Macbeth assombra Famiglia Temer
     

    Temer diz que sentia fantasmas no Alvorada

    Lula Marques

    “O Palácio da Alvorada tem um monte de quartos, uns oito, todos muito grandes. Tudo muito amplo, bonito. Mas senti uma coisa estranha lá. Eu não conseguia dormir, desde a primeira noite. A energia não era boa. A Marcela sentiu a mesma coisa. Só o Michelzinho, que ficava correndo de um lado para outro, gostou. Chegamos a pensar: será que tem fantasma?”, questionou Michel Temer, que deixou o Alvorada uma semana depois de uma reforma de R$ 24 mil; segundo o jornalista Fernando Brito, do Tijolaço, Temer sentiu o peso da traição

    12 de Março de 2017 às 06:39

     

     

    Do JB – Em entrevista para a revista Veja, o presidente Michel Temer revelou o que o incomodava no Palácio da Alvorada, a ponto de voltar com a família para o Jaburu depois de apenas uma semana na residência presidencial.

    “O Palácio da Alvorada tem um monte de quartos, uns oito, todos muito grandes. Tudo muito amplo, bonito. Mas senti uma coisa estranha lá. Eu não conseguia dormir, desde a primeira noite. A energia não era boa. A Marcela sentiu a mesma coisa. Só o Michelzinho, que ficava correndo de um lado para outro, gostou. Chegamos a pensar: será que tem fantasma? (risos).”

    Temer desistiu de morar no Palácio da Alvorada no começo de março, retornando com sua família ao Palácio Jaburu, residência oficial da Vice-Presidência da República, onde mora desde 2011.

    Até a revelação da entrevista, os assessores presidenciais diziam que ele não se adaptou ao palácio, de grandes proporções. Segundo eles, ele tem preferência pelo Jaburu, local mais aconchegante e com um estilo mais parecido ao de uma residência.

    Apesar da mudança, ele pretende manter no Alvorada grandes encontros com parlamentares e eventos diplomáticos. O presidente mudou-se para a residência oficial da Presidência em 18 de janeiro e nesta terça-feira (28), ao retornar da viagem para a Base Naval de Aratu (BA) durante o carnaval, voltou direto para o Jaburu.

    Ambos os palácios ficam às margens do Lago Paranoá, a poucos quilômetros do Palácio do Planalto.

    Desde setembro, quando a ex-presidenta Dilma Rousseff desocupou o Alvorada, havia a expectativa da mudança da família para o local, mas algumas adaptações para o filho de Temer, de 7 anos, atrasaram o processo. Desde então, o presidente promoveu, no Alvorada, reuniões com líderes partidários da Câmara e do Senado para discutir a aprovação de medidas enviadas pelo governo ao Congresso.

  7. Trump e os procuradores

    https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/efe/2017/03/10/governo-dos-eua-pede-renuncia-de-procuradores-nomeados-por-obama.htm

     

    O enderço acima nos remete a noticia de que o presidente dos estados unidos pediu/ordenou a renúncia de 46 procuradores da república.

    O fato foi noticiado ontem no uol, globo, estadao, e folha como um fato corriqueiro, normal, típico de uma democracia moderna. Não ouve nenhuma consulta por parte desses veículos a PGR, CNMP e Associações de procuradores, para tomar-lhes o pulso sobre a atitude do presidente americano, mesmo sabendo que lá o presidente tem sim o poder de nomear e tirar quando quiser os seus procuradores, isso já nos foi dito várias vezes pelo André Araújo.

    O que se esperava era que a “grande imprensa” saísse a campo para colher as opiniões de especialistas no assunto e tambem das partes para saber o que acham desse poder do presidente americano, se é nesse sentido que deve evoluir o governo brasileiro e outros mais atrazados.

    Fico pensando em Lula, Dilma e por que não, Maduro e sua ditadura, demitido e nomeando seus procuradores quando bem quiser e repercussão disso nos meios de comunicação. Aliás, 24 horas depois de sair, a noticia desapareceu de todos os sites noticiosos, como se todos tivessem publicado por engano ou o fato fosse totalmente irrelevante. Tive que perguntar ao google para resgatar.

    O curioso em tudo isso é que tambem os sites e blogues sujos não se interessaram se quer pela reprodução da matéria, quanto mais em pautá-la, em fazer uma reportagem sobre o tema. Ainda tá em tempo, embora a noticia tenha saido ontem.

  8. Trump e os procuradores

    https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/efe/2017/03/10/governo-dos-eua-pede-renuncia-de-procuradores-nomeados-por-obama.htm

     

    O enderço acima nos remete a noticia de que o presidente dos estados unidos pediu/ordenou a renúncia de 46 procuradores da república.

    O fato foi noticiado ontem no uol, globo, estadao, e folha como um fato corriqueiro, normal, típico de uma democracia moderna. Não ouve nenhuma consulta por parte desses veículos a PGR, CNMP e Associações de procuradores, para tomar-lhes o pulso sobre a atitude do presidente americano, mesmo sabendo que lá o presidente tem sim o poder de nomear e tirar quando quiser os seus procuradores, isso já nos foi dito várias vezes pelo André Araújo.

    O que se esperava era que a “grande imprensa” saísse a campo para colher as opiniões de especialistas no assunto e tambem das partes para saber o que acham desse poder do presidente americano, se é nesse sentido que deve evoluir o governo brasileiro e outros mais atrazados.

    Fico pensando em Lula, Dilma e por que não, Maduro e sua ditadura, demitido e nomeando seus procuradores quando bem quiser e repercussão disso nos meios de comunicação. Aliás, 24 horas depois de sair, a noticia desapareceu de todos os sites noticiosos, como se todos tivessem publicado por engano ou o fato fosse totalmente irrelevante. Tive que perguntar ao google para resgatar.

    O curioso em tudo isso é que tambem os sites e blogues sujos não se interessaram se quer pela reprodução da matéria, quanto mais em pautá-la, em fazer uma reportagem sobre o tema. Ainda tá em tempo, embora a noticia tenha saido ontem.

    Até porque, uma curiosidade me assola: Como fica a colaboração premiadíssima, para os de lá, dos nossos procuradores e juízes com os novos procuradores de lá? 

     

     

     

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