Clipping do dia

As matérias para serem lidas e comentadas.

Redação

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  1. O Poder da República do Pó

    “República do Pó” mostra seu Poder: Juiz se recusa a assumir o caso do helicóptero do pó

    Juiz estadual recusa-se a assumir o caso, federal questiona se não é competência da Justiça Militar, e prisão em flagrante é transformada em preventiva

    Novo Jornal

    Enquanto a sociedade aguarda uma resposta das autoridades, apresentando os verdadeiros responsáveis pelo tráfico de 450 quilos de cocaína utilizando o helicóptero da família Perrella, as autoridades do Poder Judiciário estadual e federal do Espírito Santo recusam-se a assumir suas funções, utilizando justificativas que não convencem.

    Exemplo? Segundo fontes do TRF, o juiz federal do Espírito Santo ao receber o processo transferido pelo juiz estadual solicitou parecer do Ministério Público, indagando se o caso não seria da “Justiça Militar” sob a alegação de que o crime “ocorreu dentro de uma aeronave”.

    Evidente que o crime não ocorreu dentro da aeronave, mas sim se utilizando de uma aeronave. Juristas que acompanham o caso afirmam que esta apreensão não é um fato novo, pois nos últimos anos a maioria do tráfico de drogas tem utilizado aeronaves.Embora guardada a sete chaves, Novojornal teve acesso agora à tarde a movimentação do processo 0010730-56.2013.4.02.5001, que passou a tramitar a partir desta sexta-feira (29) na Justiça Federal capixaba, demonstrando ser verdadeira a informação de nossas fontes sobre o despacho do Juiz Federal. A versão corrente é que nenhum magistrado quer assumir o feito devido aos envolvidos.Em Belo Horizonte, a imprensa ficou assustada com a novidade ocorrida no depoimento do deputado Gustavo Perrella, uma vez que por norma, nem mesmo os carros de delegados e agentes da PF passam pela portaria sem parar e identificar-se. Gustavo Perrella no depoimento prestado na última quinta-feira (28), dentro de um carro de vidros escurecidos passou junto com seu advogado direto pelo portão, dando a impressão que o mesmo teria sido aberto com a antecedência necessária para facilitar o ocorrido.Opinião unânime dos jornalistas que estão cobrindo as ações da Polícia Federal na apuração da apreensão do Helicóptero, pertencente à empresa da família Perrella, que estava transportando 450 quilos de cocaína, é que o comportamento que vem sendo adotado não é comum.Normalmente os delegados evitam emitir juízo de valor e antecipar conclusões investigatórias, o que não vem ocorrendo. Primeiro foi à informação transmitida mesmo antes de ser feito a perícia nos celulares apreendidos, assim como no GPS da aeronave sobre a ausência de suspeita de envolvimento do deputado Gustavo Perrella, agora o mesmo delegado apressou-se em informar à imprensa que a fazenda onde foi apreendida a aeronave não pertencia a um laranja ligado a “família Perrella”.O comportamento vem passando a impressão de que existe uma tentativa em ir pouco a pouco esvaziando o caso. O piloto, co-piloto e demais personagens flagrados descarregando o helicóptero tiveram nesta sexta suas prisões em flagrante revertidas para prisões preventivas pelo juiz estadual de Afonso Cláudio ao encaminhar o processo para o TRF.Gustavo Perrella prestou depoimento na tarde dessa quinta-feira (28) na sede da Superintendência da Polícia Federal, em Belo Horizonte. Ele foi convocado para dar explicações em inquérito aberto para investigar a apreensão dos 443 Kg de cocaína em seu helicóptero.O deputado chegou atrasado e, para evitar mais constrangimento, seu advogado tentou que ele fosse interrogado fora da delegacia, mas a PF não autorizou.Além dele, a irmã, sócia da empresa registrada como dona da aeronave, prestou depoimento. O outro sócio, André Costa, primo de Perrella, será ouvido em Divinópolis (MG).Após sair da PF, o deputado não deu entrevistas. Já Kakay, por sua vez, disse que Perrella respondeu a todas as perguntas, e voltou a afirmar que o deputado foi enganado pelo piloto do helicóptero.O senador Zezé Perrella (PDT-MG) também usou verba indenizatória do Senado para abastecer a aeronave apreendida no fim de semana passado com 443 quilos de cocaína. Desde que o pedetista assumiu a vaga de Itamar Franco (PDMB-MG), morto em julho de 2011, a Casa desembolsou mais de R$ 104 mil com verba indenizatória para custear notas de abastecimentos apresentadas pelo gabinete de Perrella, sendo que parte desta verba foi destinada ao combustível do helicóptero Robinson R-66.A maior concentração de gastos ocorreu em 2012, ano eleitoral. Neste período, o Senado desembolsou R$ 55 mil com abastecimento para Zezé Perrella. Este tipo de gasto chegou a R$ 38 mil em 2011 e, até outubro deste ano, a Casa reembolsou o senador em outros R$ 11 mil com combustíveis.O helicóptero apreendido por meio de operação conjunta da Polícia Militar (PM) do Espírito Santo e da Polícia Federal está registrado em nome da Limeira Agropecuária e Participações Ltda, fundada por Zezé Perrella e posteriormente transferida para seus filhos, o deputado estadual Gustavo Perrella (SDD), de Minas Gerais, e Carolina Perrella, além do sobrinho André Almeida Costa. A aeronave é a única da família.Apesar dos gastos com o abastecimento do helicóptero, feito principalmente na Pampulha Abastecimento de Aeronaves Ltda, o Senado ainda desembolsou R$ 58 mil reais de verba indenizatória para o ressarcimento de notas de passagens aéreas apresentadas por Zezé Perrella desde que ele assumiu o cargo.Segundo a assessoria do senador, todos os gastos feitos pelo Senado com abastecimento da aeronave, que ainda está apreendida, foram relativos ao uso do helicóptero para atividade parlamentar. A reportagem tentou falar com Zezé Perrella, mas ele não atendeu nenhum dos celulares.O Ministério Público de Minas Gerais abriu inquérito para investigar o uso de verba da Assembleia Legislativa do estado para o custeio de combustível do helicóptero do deputado Gustavo Perrella (SDD-MG), filho do senador e ex-presidente do Cruzeiro, Zezé Perrella. A aeronave foi apreendida no último domingo pela Polícia Federal (PF) após pousar em uma casa no Espírito Santo com quase meia tonelada de pasta de cocaína.O MP vai averiguar se o deputado usava o helicóptero, registrado como um bem de sua empresa, para fins particulares. Gustavo Perrella tem direito, como deputado estadual, a R$ 20mil de verba indenizatória. E parte dela foi destinada para financiar o combustível. Segundo o MP, se Perrella não provar que a aeronave foi usada para o mandato, o deputado será denunciado por improbidade administrativa.“O ônus é dele, do deputado. É ele que tem que provar que está certo” disse Eduardo Nepomuceno, da Promotoria de Defesa do Patrimônio Público de Belo Horizonte.Perrellla diz que o combustível serviu apenas para o mandato parlamentar. O deputado alega que visitava as bases eleitorais em Minais Gerais com a aeronave. Documentos que fundamentam a matéria:Movimentação do Processo na Justiça Federal do Espírito Santo.Despacho do Juiz questionando se a competência não seria da Justiça Militar.

     

    1. A parada em Divinópolis

      Sugiro colocar o texto acima como post.

      Lembram da parada estranha em Divinópolis? Fora de mão da trajetória entre a origem da carga e o destino da droga?

      Pois bem, o sobrinho do Zezé Perrella, André Almeida Costa, é de Divinópolis (um dos sócios da empresa proprietária)

  2. Operações de swap cambial do Banco Central do Brasil

    —A exposição total líquida nas operações de swap cambial alcançou R$140,8 bilhões em outubro. O resultado, ao longo do mês, dessas operações (diferença entre a rentabilidade do DI e a variação cambial mais cupom) foi favorável ao Banco Central em R$4,7 bilhões.—–

    Política Fiscal
    Banco Central do Brasil – NOTA PARA A IMPRENSA – 29.11.2013

    ZIP – 211 Kb—-download

    anexo:

  3. TVT recebeu autorização para transmissão digital em SP

    [video:http://www.youtube.com/watch?v=uVF7LJVu3nA%5D

    Em breve a TV dos Trabalhadores vai ter alcance maior na grande São Paulo para transmissão dos programas que mostram as ações dos movimentos sociais e dos trabalhadores.

     

    Uma dúvida: E a TV Brasil, não consegue essa autorização pq mesmo, tá passando da hora, a minha TV é digital e não pega TV Brasil

      

     

  4. cocaina
    Perguntas que merecem ser respondidas para a sociedade:
    – como a pm e a pf chegaram até o flagrante;
    – quem prometeu o pagamento ao piloto e copiloto; –
    -de quem é a fazenda onde foi apreendidoa a cocaina;
    – dequem é o terreno onde foi carregada a cocaina?
    /////
    Meu Deus! Se os tripulantes não assumirem o crime, suas familias vão morrer. Esse é o mundo das drogas. Sem volta.
    Eu quero ver até onde vai essa história de pilotos traficantes!
    Essas questões e tantas outras devem ser respondidas diretamente à sociedade. Nao devemos permitir que fique impune mais uma vez.
    Esse abandono magistral revela ainda mais a pressão ao poder paralelo exerce sobre as instituições.
    Outro absurdo: preso em flagrante, agora solto. Nao adiantou serem pegos com 450 kilos de pasta de cocaina. Daqi pra frente será um pega pra capar.

  5. Globo apoia fraudes em Honduras

    Globo apoia fraudadores de Honduras

     Por Altamiro Borges

    Os protestos diários contra as fraudes nas eleições presidenciais de Honduras, realizadas no domingo passado, ganharam importante reforço. O ex-juiz espanhol Baltazar Garzón, famoso por ter levado à prisão o falecido ditador Augusto Pinochet, deu entrevista à imprensa mundial confirmando o roubo. Ele acompanhou o pleito como observador da Federação Internacional de Direitos Humanos e afirma: “Há claros indícios de manipulação e fraude eleitoral”. Mesmo assim, a mídia colonizada do Brasil já parabeniza os fraudadores hondurenhos. O Globo é o porta-voz dos golpistas.


    Segundo o Tribunal Supremo Eleitoral da nação centro-americana, Juan Hernández, do direitista Partido Nacional, obteve 36% dos votos e venceu Xiomara Castro, mulher do presidente deposto Manuel Zelaya, que teve 29%. Vale lembrar que o poder judiciário local deu total apoio ao golpe militar de junho de 2009, orquestrado pelos EUA e pela oligarquia nativa. Além do partido Libre (Liberdade e Refundação), liderado por Xiomara, todas as outras legendas que disputaram as eleições de domingo questionaram o resultado do pleito.

    Para Baltazar Garzón, “o alcance da fraude ainda não está determinado, mas houve compra de votos, compra de credenciais, clara influência e tentativas de manipulação através da contagem eletrônica e da transmissão de atas”. O ex-juiz espanhol também criticou o financiamento da campanha do candidato governista. Há suspeitas de ingerência externa e do uso de dinheiro do tráfico de drogas. As críticas de Baltazar Garzón reforçam as mobilizações populares na capital hondurenha. Novo protesto está marcado para este sábado (1).

    Apesar das suspeitas de fraude, a mídia brasileira já manifestou total apoio ao ‘presidente’ direitista – assim como tinha apoiado o golpe no país. O Globo foi o mais descarado. Em editorial nesta quinta-feira (28), o jornal da famiglia Marinho festejou: “Chavismo sai derrotado em Honduras”, estampou no título. Para o diário, “com a derrota de Xiomara quem perde é o chavismo, ao qual Zelaya aderira; e, por tabela, o ex-presidente Lula, que apoiou a candidata… Mais uma vez, Lula não se furta à ingerência em assuntos internos de outro país para ajudar ‘companheiros’”.

    Contra as forças progressistas e populares da América Latina – sempre rotuladas de “chavistas” –, O Globo prefere mesmo a “ingerência” dos EUA, os golpes militares e as fraudes eleitorais! Num recente editorial, o jornal fez “autocrítica” do seu apoio ao golpe militar de 1964 no Brasil. Como se observa, era pura falsidade.

     

  6. A cobertura da velha mídia ao caso do helicóptero com cocaína

     

    É evidente a má vontade e o cinismo da velha mídia em cobrir com empenho esse caso e o Juca nada mais faz do que perguntar o que toda a blogosfera já está questionando. Mas, exatamente como quando ele, Juca, da outra vez, apontou o dedo para Aécio Neves, acusando-o de bater na namorada em público, insinuando semelhanças entre o senador mineiro e Collor, nas vésperas da definição da candidatura do PSDB  à presidência para as eleições de 2010, dessa vez também fica a impressão de trabalho encomendado pelos tentáculos serristas.

     

    Ofende perguntar?

     

    Juca Kfoury –  29/01/2013

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    Imagine que o helicóptero do Supla, que não tem helicóptero, mas é filho do senador Eduardo Suplicy, do PT, que nunca presidiu o Santos, seja pego com 500 quilos de cocaína.

    Você acha que o caso seria tratado com a mesma discrição do caso do helicóptero do deputado Gustavo Perrela, que é filho do senador aecista Zezé Perrela, que foi presidente do Cruzeiro, aeronave pega com 500 quilos de cocaina?

    Tudo bem.

    Nem Gustavo é conhecido como Supla, nem Zezé tem a importância política de Suplicy.

    Qualquer que fosse o político petista envolvido num caso semelhante seria tratado com tanta condescendência?

    Em tempo e novamente, para aplacar iras mal dirigidas: jamais fui petista.

     

     

  7. Os analfabetos políticos das redações

    Carta Maior

     

    29/11/2013 

    Os analfabetos políticos das redações

    Brecht dizia que nada havia de pior que eles, porque acabavam deixando a política nas mãos de pessoas como, bem, como Roberto Marinho.

     

    Paulo Nogueira

    Você certamente conhece os analfabetos políticos, os APs. Brecht dizia que nada havia de pior que eles, porque acabavam deixando a política nas mãos de pessoas como, bem, como Roberto Marinho, para trazer o assunto para um cenário brasileiro.

    Os APs estão em toda parte, até mesmo nas redações de grandes jornais e revistas. Os leitores podem imaginar que as redações sejam compostas de pessoas altamente politizadas, a negação dos APs.

    Mas não é assim.

    Considere.

    Recentemente, houve uma troca de tuítes entre Barbara Gancia e mim. A encrenca começou quando ela escreveu que estranhava Dirceu estar preso e Palocci não.

    Respondi que estranho mesmo era a Folha não dar nada sobre o documentado escândalo da sonegação da Globo.

    Primeiro, ela revelou ignorância sobre o caso. Atribuiu-o a uma “teoria da conspiração”, a despeito de todos os fatos amplamente comprovados.

    Depois, disse, em tons heroicos, que em 30 anos de colunismo na Folha jamais foi censurada.

    Respondi que isso se devia apenas a que ela jamais escrevera nada que incomodasse a família Frias.

    Foi então que o analfabetismo político de Barbara Gancia gritou: ela citou, como evidência de que é independente, um texto em que dizia que nos protestos de fora as pessoas são chamadas de manifestantes e no Brasil de vândalos.

    Bem, onde uma afirmação dessas poderia incomodar os Frias?

    Somente o analfabetismo político poderia enxergar numa banalidade daquelas prova de independência editorial.

    Coragem seria, para voltar ao caso, reclamar esclarecimentos sobre a sonegação da Globo.

    Muitos leitores vêem coragem onde não há nada que mereça uma única palma.

    Isso se manifesta com frequência entre os leitores de outro analfabeto político do jornalismo, Reinaldo Azevedo.

    “Parabéns pela coragem, Tio Rei”, gostam de dizer os obtusos leitores dele.

    Coragem?

    Ora, ele está sempre defendendo os interesses das empresas para as quais trabalha. É um bajulador dos poderosos.

    Coragem?

    Se ele tivesse escrito qualquer coisa que contrariasse os interesses dos que lhe pagam, aí sim, ele seria corajoso.

    É o famoso chapa branca vestido de rebelde, aspas e pausa para rir. Como todo chapa branca, ganha duas vezes: primeiro, indiretamente, do Estado, pelas mamatas desfrutadas por quem o emprega. Depois, pelas próprias empresas.

    Faça um teste. Azevedo poderia – liberal que é, aspas novamente – questionar a reserva de mercado para as companhias de mídia.

    Mas tente encontrar uma única linha sobre o assunto na vasta, tediosa, repetitiva obra de Azevedo.

    Provavelmente ele ignore a reserva de mercado da mídia. E também não saiba das mamatas estatais concedidas às companhias jornalísticas.

    Saberá Reinaldo Azevedo que o papel de cada página da Veja é imune de impostos? Saberá que o dinheiro público – empréstimos do BNDES e do Banco do Brasil a juros maternais, anúncios oficiais pagos com tabela cheia, lotes de assinaturas de governantes amigos – paga boa parte de seu salário?

    Talvez não. Por isso ele é um AP, um analfabeto político.

    O que ele sabe, quase certamente, é que nem o dinheiro dos anúncios de Alckmin bastaram para salvar a revista política na qual ele teve sua única experiência de comando.

    Nela, ele aprendeu com seu mecenas na ocasião, Luís Carlos Mendonça de Barros, a arte da grosseria, da insolência e da mistificação.

    A convivência entre os dois terminou na ruína de uma revista que, repito, não se sustentou sequer com dinheiro público.

    Mendonça não pode ser acusado de AP. É esperto demais para isso. Mas ele não ensinou seu pupilo nesse quesito, e hoje o aprendiz nos atormenta com suas demonstrações cotidianas de analfabetismo político.

    http://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Politica/Os-analfabetos-politicos-das-redacoes/4/29676

     

     

  8. Chauí defende reforma política

    IDEIAS PARA O BRASIL

    Chauí defende reforma política para acabar ‘com o que sobrou da ditadura’

    . Em debate, filósofa diz que essa é a única forma de politizar as manifestações que devem recrudescer no ano que vem durante o Mundial e afirma que movimentos devem prestar atenção a reivindicações. por Redação RBA publicado 29/11/2013 16:43, última modificação 29/11/2013 17:00 ABRAMOmarilenachaui_fpabramo.jpg

    Ao lado do presidente da FPA, Marcio Pochmann, professora diz que antigos devem aprender com novos

    São Paulo – A filósofa Marilena Chauí afirmou hoje (29) durante o Fórum Ideias para o Brasil, da Fundação Perseu Abramo, ligada ao PT, que o Brasil precisa de uma reforma política capaz de reduzir a corrupção, politizar as manifestações de rua e fazer a democracia avançar no país.

    “É preciso uma reforma política que acabe com o que sobrou da ditadura”, disse Chauí na mesa inaugural dos debates, que também teve participação do presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, e da cantora Karina Buhr.

    A reforma política defendida pelo PT e por outros partidos de esquerda – além de entidades altamente representativas como CNBB, OAB, CUT, UNE e MST – tem como foco principal o fim do financiamento empresarial das campanhas eleitorais, considerado a porta de entrada para os desvios que depois se instalam nas instituições da República.

    “Dá para entender por que muitos jovens dizem não gostar de política. Cabe a nós mudar isso”, afirmou a filósofa, para quem o atual modelo fez a corrupção se tornar “institucional”.

    Ela também disse que a CUT e outros movimentos precisam “prestar atenção” nas reivindicações que virão da nova classe trabalhadora (Chauí é contrária ao termo “nova classe média”). “Os antigos movimentos sociais precisam refletir sobre isso e aprender a conviver com essas novas formas, dialogando com elas”, disse.

    Segundo ela, o neoliberalismo continua sendo o modelo econômico global, precarizando e fragmentando os trabalhadores tanto quanto antes.

    Chauí também alertou para o esperado recrudescimento dos protestos de rua durante da Copa do Mundo do Brasil no ano que vem. “A única forma de politizar as manifestações que se radicalizarão durante a Copa é pautar a reforma política no país”, voltou a frisar.

    O Fórum Ideias para o Brasil vai de hoje a domingo (1º), com 18 mesas de debates sobre temas variados (Cultura, Direitos Humanos, Comunicação, Relações Internacionais, Economia etc.) no Mercure Nortel – Avenida Luiz Dumont Villares, 392, Santana, zona norte da capital. Confira aqui a programação.

     

  9. A opinião pública como gado

    Carta Maior

     

    29/11/2013 

     

    A opinião pública como gado

     

    O documentado condomínio entre o PSDB, cartéis e a prática sistêmica de sobrepreço nas licitações do metrô paulista era do conhecimento da mídia desde 2009.

     

    por: Saul Leblon
     

    Arquivo
     

     

    A régua seletiva da emissão conservadora vive mais uma quadra de exibição pedagógica.

    Vísceras, troncos e membros do grupo proprietário do Hotel Saint Peter, em Brasília, no qual trabalhará o ex-ministro José Dirceu, por apreciáveis R$ 20 mil, diga-se  – se fossem R$ 5 mil ou R$ 10 mil as suspeitas seriam menores?–  estão sendo trazidos a público em cortes sugestivos.

    Chegam desossados e moídos.

    Salgados e pré-cozidos, basta engolir, sendo facilmente digeríveis em sua linearidade.

    Sem guarnição, recomenda o chef.

    Assim costuma ser, em geral, com as informações que formam o cardápio de  fatos ou acusações relacionados ao PT.

    Uma farofa seca de areia com arame farpado.

    E assim será com o exercício do regime semiaberto facultado ao ex-ministro.

    A lente da suspeição equivale desde já a um segundo julgamento.

    Com as mesmas características do primeiro.

    Recorde-se o jornalismo associado ao crime organizado que  não hesitou em invadir o quarto de hotel do ex-ministro, em Brasília, para instalar aparelhos de escuta, espionar gente e conversas no afã de adicionar chibatadas ao pelourinho da AP 470.

    O cenário esquadrejado em menos de uma semana  –o emprego foi contratado na última 6ª feira— diz que não será diferente agora.

    O dono do hotel é filiado a partido da base do governo (PTN), revela a Folha. Tem negócios na área da comunicação. Uma de suas emissoras, a Top TV, com sede em Francisco Morato (SP), conquistou recentemente o direito de transferir a antena para a Avenida  Paulista.

    Suspeita.

    A Anatel informa que não, a licença foi antecedida de audiência pública. Sim, mas a Folha desta 5ª feira argui tecnicalidades, cogita riscos de interferência em outros canais etc

    Não só.

    Dono também de rádios, o empregador de Dirceu operou irregularmente uma antena instalada em terraço do Saint Peter, diz o jornal  ainda sem mencionar o andar.

    Deve ser o 13º.

    A mesma Folha investiga ainda encontros do empresário –membro de partido da base aliada–  com o ministro Paulo Bernardo. Da Comunicação. A esposa do ministro é pré-candidata ao governo do Paraná..

    Vai por aí a coisa.

    Alguém com o domínio de suas faculdades mentais imaginaria que o ex-ministro José Dirceu, um talismã eleitoral lixiviado há mais de cinco anos no cinzel conservador, obteria um emprego em qualquer latitude do planeta sem a ajuda de aliados ou amigos?

    O ponto a reter é outro.

    Avulta dessa  blitzkrieg  uma desconcertante contrapartida de omissão: quando se trata de cercar pratos compostos de personagens e enredos até mais explosivos, extração diversa, impera a inapetência investigativa.

    O braço financeiro da confiança de José Serra, Mauro Ricardo, seria um desses casos de inconcebível omissão se as suas credenciais circulassem na órbita do PT?

    A isso se denomina jornalismo de rabo preso com o leitor?

    Tido como personalidade arestosa, algo soberba, Mauro Ricardo reúne predicados e rastros que o credenciariam a ser um ‘prato cheio’ do jornalismo investigativo.

    O economista acompanha Serra desde quando o tucano foi ministro do Planejamento (1995/96); seguiu-o na pasta da Saúde (1998/2002), sendo seu homem na Funasa, de cujos funcionários demitidos Serra ganharia então o sonoro apelido de ‘Presidengue’, na desastrosa derrota presidencial de 2002.

    Nem por isso Mauro Ricardo perdeu a confiança do chefe, sendo requisitado por Serra quando este assumiu a prefeitura de São Paulo, em 2004/2006, ademais de acompanha-lo, a seguir, no governo do Estado.

    Quando o tucano foi derrotado  pela 2ª vez  nas eleições presidenciais de 2010, Mauro Ricardo voltou ao controle do caixa da prefeitura, sob a gestão Kassab. 

    Esse, o trajeto da caneta que mandou arquivar as investigações contra aquilo que se revelaria depois a maior lambança da história da administração pública brasileira: o desvio de R$ 500 milhões do ISS de São Paulo, drenados ao longo do ciclo Serra/Kassab por uma máfia de fiscais sob a jurisdição de Mauro Ricardo.

    O que mais se sabe sobre esse centurião?

    Muito pouco.

    Seus vínculos, eventuais negócios ou sócios, círculos de relacionamento e histórias da parceria carnal com o candidato de estimação da mídia conservadora nunca mobilizaram esforço investigativo equivalente ao requisitado na descoberta de uma antena irregular  num terraço do Hotel Saint Peter, em Brasília.

    Evidencia-se a  régua seletiva.

    Que faculta ao tucano Aécio –e assemelhados-  exercitar xiliques de indignação ante as evidências de uma fusão estrutural entre o tucanato de SP,  cartéis multinacionais e a prática sistêmica de sobrepreço  nas compras do metrô paulista – desde o governo Covas.

    Dados minuciosos do longevo,  profícuo matrimônio,  são conhecidos e circulam nos bastidores da mídia, de forma documentada, desde 2009.

    Quem  confessa é o jornal Folha de SP desta 5ª feira.

    Repita-se, o repórter Mario Cesar Carvalho admite, na página 11, da edição de 28/11/2003 do jornal, que se sabia desde 2009  da denúncia liberada agora pelo ‘Estadão’ –cujo limbo financeiro pode explicar a tentativa de expandir o universo leitor com algum farelo de isenção.

    Por que em 2009 esse paiol não mereceu um empenho investigativo ao menos equivalente ao que se destina aos futuros empregadores de José Dirceu?

    O calendário político da Folha responde.

    Em 2010 havia eleições presidenciais; o jornal preferiu investir na ficha falsa da Dilma a seguir os trilhos do caixa 2 tucano em SP.

    No seu conjunto, a mídia tocava o concerto do ‘mensalão petista’. Dissonâncias não eram, nem são bem-vindas.

    Transita-se, portanto, em algo além do simples desequilíbrio editorial.

    Temas ou versões conflitantes com a demonização petista mereceram, ao longo de todos esses anos, o destino que lhes reserva a prática dos  elegantes manuais de redação: ouvir o outro lado, sem nunca permitir que erga a cabeça acima da  linha da irrelevância.

    Assim foi, assim é.

    Só agora – picados e salgados os alvos em praça pública–  o pressuroso STF lembrou-se de acionar o Banco do Brasil para cobrar o suposto assalto aos ‘cofres públicos’ da AP 470.

    Pedra angular das toneladas de saliva com as quais se untou os autos do maior julgamento-palanque da história brasileira, só agora,  encerrado o banquete, cogita-se do prato principal de R$ 70 milhões esquecido na cozinha?

    O esquecimento serviu a uma lógica.

    Até segunda ordem, perícia rigorosa providenciada pelo BB ofereceu uma radiografia minuciosa de recibos e provas materiais dando conta do uso efetivo do dinheiro nas finalidades de patrocínio e publicidade contratadas.

    O documento capaz de trincar a abóboda da grande narrativa conservadora, nunca mereceu espaço à altura de seus decibéis no libreto dominante.

    Ao mesmo tempo, o que a Folha admite agora, como se isso mitigasse o escândalo do metrô (‘Papéis que acusam o PSDB circulam há mais de quatro anos’) corrobora a percepção de que estamos diante de uma linha de coerência superlativa.

    Ela traz a marca de ferro do que de pior pode ostentar quem se evoca a prerrogativa da informação isenta.

    ‘Cumplicidade’ diz o baixo relevo inscrito nas páginas e na pele daqueles que ironicamente, destinaram à  opinião pública, durante todos estes anos, o livre discernimento que se dispensa ao gado na seringa do abate.

    http://www.cartamaior.com.br/?/Editorial/A-opiniao-publica-como-gado/29675

     

  10. Não satisfeita com condenação

    Não satisfeita com condenação e prisão de Genoíno, Dirceu & Cia a mídia corporativa faz bullying que pode levá-los à pena de morte

     

    Bullying é uma situação que se caracteriza por agressões intencionais, verbais ou físicas, feitas de maneira repetitiva por pessoa ou grupo contra outra pessoa ou grupo.

    Não é o que a imprensa está fazendo com Dirceu, Genoíno & Cia, mas especialmente os dois primeiros?

    Não basta que estejam presos. Eles são humilhados. Doença, menosprezada. Anúncio do emprego de Dirceu, ridicularizado. Direitos, tratados como mordomia. Sofrimento, recebido com alegria, satisfação e zombaria. Isso todos os dias as 24 horas do dia.

    A todo instante a incitação ao linchamento moral, que, no caso da Papuda, pode se transformar em linchamento físico (já se anuncia aqui e ali uma “insatisfação dos demais presos” com supostas “regalias” ao grupo). Parece ser o que desejam. A pena de morte.

     

    http://blogdomello.blogspot.com.br/2013/11/nao-satisfeita-com-condenacao-e-prisao.html

  11. Gasolina sobe 5 centavos na refinaria,Vamos ver quanto na bomba…

    Gasolina sobe 5 centavos na refinaria. Vamos ver quanto na bomba…

    29 de Novembro de 2013 | 19:51

     

    gasol

    Afinal, o tão especulado reajuste dos preços do combustível saiu.

    E a Petrobras vai, de novo, levar a culpa por uma aumento de preços que vai para todo mundo, muito mais do que para ela.

    Porque, de verdade, a Petrobras recebe apenas, em média, 36% do preço pago pelo consumidor que abastece seu carro.

    Os governos estaduais levam, sem produzir nem uma gota de nada, 28% de ICMS.

    O etanol misturado à gasolina fica com 12%.

    8% são PIS e Cofins, únicos impostos federais, já que foi zerada a alíquota da Cide, a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico.

    E os 16 por cento restantes ficam para cobrir custos e margem de lucro de distribuidores e revendedores.

    Os 4% de reajuste anunciados hoje representam cinco centavos por litro.

    Um oitavo da diferença do preço da gasolina cobrado num posto da Avenida Brasil, no Rio, a R$ 2,80, para um posto junto à Lagoa Rodrigo de Freitas, onde custa R$ 3,20.

    Mas, na hora de reajustar, vocês vão ver se o preço vai subir cinco centavos, ou sete, como deveria ser contando a alíquota de imposto.

    Está mais do que na hora da Petrobras fazer uma campanha de esclarecimento para mostrar quem ganha o que no preço da gasolina.

    Acho bacana os anúncios das tartarugas que ela salva no Projeto Tamar, mas seria bom investir também no esclarecimento do pessoal que fica achando que ela é a vilã do preço da gasolina.

    E a nossa imprensa, que fez tanta campanha para que as notas fiscais passem a discriminar o valor do imposto, bem que podia fazer uma tornando obrigatório colocar no postos a discriminação dos preços que compõem o valor final do combustível.

    Garanto que vai ter muita gente desejando a volta do tabelamento governamental.

    Afinal, a transparência deve valer para todos.

    http://tijolaco.com.br/blog/?p=10661

  12. Inteligência da Coreia do Sul usa Twitter para manipular eleição

    Inteligência da Coreia do Sul usou o Twitter para manipular eleição

    Milhões de mensagens enviadas através do sistema tinham o objetivo de favorecer a eleição de Park Geun-hye,

    Por Felipe Gugelmin em 29 de Novembro de 2013

    Inteligência da Coreia do Sul usou o Twitter para manipular eleição (Fonte da imagem: Reprodução/The Verge)

     

    O Serviço de Inteligência Nacional da Coreia do Sul (NIS) está sendo acusado de usar o Twitter para manipular a opinião pública durante as eleições presidências e parlamentares ocorridas em 2012. Segundo os promotores federais responsáveis pela denúncia, evidências apontam que tudo isso faz parte de um plano para eleger Park Geun-hye, que venceu seu adversário direto por uma margem de 1 milhão de votos.

    A promotoria afirma que um time de agentes da NIS publicaram 1,2 milhão de mensagens na rede social elogiando tanto Park quanto suas políticas sociais. Além disso, muitos dos textos tinham o objetivo de ligar seus adversários a movimentos que simpatizam com o governo da Coreia do Norte. A acusação mostra que, ao todo, foram criadas 26.550 mensagens que foram repetidas com o auxílio de um programa de computador desenvolvido pela agência.

    Embora não haja comprovação de que a campanha tenha afetado os resultados, a oposição acusa a presidente Park e o seu antecessor, Lee Myung-bak, de orquestrarem essa e outras operações com o objetivo de manipular o processo eleitoral. “O que está claro até o momento é que o Serviço de Inteligência Nacional e outras agências estatais se engajaram em uma intervenção sistemática e massiva das eleições”, afirma o líder de oposição Kim Han-gil.

    Os promotores também estão investigando o Comando de Guerra Cibernética, divisão secreta do exército sul-coreano, após descobertas de que ao menos quatro de seus membros estavam envolvidos em campanhas difamatórias. Segundo a mídia do país, os acusados estão sendo relacionados a 23 milhões de tweets favoráveis à eleição de Park.

    Atitude que gera protestos

    A controvérsia gerou vários protestos entre os habitantes do país, que exigem que o NIS se mantenha afastado de decisões que possam interferir com a política interna. Conhecida anteriormente como KCIA, a agência foi usada por ditadores como forma de reprimir dissidentes usando diferentes tipos de tortura, além de ter papel importante na manipulação de decisões políticas.

    As autoridades locais já indiciaram diversos oficiais de alta patente da NIS, incluindo seu ex-diretor, Won Sei-hoon, acusado de ser o principal responsável pela operação. Já a presidente Park afirma que desconhece as operações, tendo exigido publicamente que o serviço se mantenha afastado de assuntos do tipo. Por seu lado, a agência se defende afirmando que os tweets enviados eram parte de uma operação de rotina contra agentes norte-coreanos.

    Leia mais em: http://www.tecmundo.com.br/twitter/47668-inteligencia-da-coreia-do-sul-usou-o-twitter-para-manipular-eleicao.htm#ixzz2m7Bp4Ijx

  13. Simão Pedro (PT-SP) promete processar José Aníbal e Edson

    Simão Pedro (PT-SP) promete processar José Aníbal e Edson Aparecido, secretários de Alckmin

     

    Na última quinta-feira, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, concedeu entrevista coletiva para rebater acusações da cúpula nacional do PSDB contra si e contra o deputado estadual Simão Pedro (PT-SP) por terem aberto investigação na Polícia Federal sobre um esquema de corrupção envolvendo a multinacional Siemens e autoridades de governos do PSDB em São Paulo.

    Segundo o pré-candidato a presidente pelo PSDB Aécio Neves e os secretários do governo de São Paulo José Aníbal e Edson Aparecido, a autodenúncia que a alemã Siemens fez ao Cade e as investigações na Suíça envolvendo pagamento de propina pela francesa Alstom, na verdade seriam uma armação do PT, numa reedição do “escândalo dos aloprados”.

    A mídia deu imensa cobertura às acusações dos tucanos ao PT, mas ocultou ou minimizou a reação do ministro da Justiça e as explicações dele e de quem lhe remeteu cartas-denúncia enviadas ao ombudsman da Siemens, na Alemanha, e a autoridades brasileiras: o deputado Simão Pedro.

    Diante disso, o blog foi ouvir o deputado petista. Após a entrevista que você lerá a seguir, assista à íntegra da entrevista coletiva dada pelo ministro José Eduardo Cardozo na última quinta-feira, na qual rechaça o que chama de tentativa de tucanos de desviar o foco das investigações e, ainda, anuncia processos que moverá contra membros do partido adversário.

    *

    Blog da Cidadania – Deputado Simão Pedro, o senhor é o autor da denúncia ao Ministério da Justiça do esquema de corrupção envolvendo a alemã Siemens e governos do Estado de São Paulo durante as gestões do PSDB desde 1998. É isso mesmo?

    Simão Pedro – Veja bem, Eduardo, eu protocolei duas representações no Ministério Público de São Paulo de forma oficial, como deputado. A primeira foi em fevereiro de 2011, quando eu denunciei esse esquema da Siemens, a utilização de empresas offshore, os acertos que essas empresas faziam – a Siemens, a MGE – para burlar as licitações pagando comissões. Foi nessa representação que eu anexei a carta de uma pessoa que estava por dentro desse esquema.

    Depois, em 2012, pouco mais de um ano depois, eu fiz nova representação ao MP-SP denunciando um outro esquema envolvendo a Siemens, mas aí, também, envolvendo a Alstom, incluindo as reformas dos trens das linhas 1 e 3 do metrô de São Paulo. Agora com superfaturamento, burla da concorrência com acertos entre as empresas.

    Agora, já deputado licenciado, recebi, das mesmas pessoas que fizeram as primeiras denúncias, um conjunto de documentos que incluía cópia daquela carta ao ombudsman da Siemens e entreguei tudo ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, para que ele pudesse analisar, verificar se havia veracidade e se havia relação entre aqueles papeis e as investigações que o Ministério Público e a Polícia Federal já estavam fazendo.

    Blog da Cidadania – Por que o senhor entregou o segundo lote de documentos ao Ministério da Justiça e não ao Ministério Público? Talvez o senhor tenha sentido que, no Ministério Público de São Paulo, a investigação não andou?

    Simão Pedro – Provavelmente foi isso. Os promotores do MP-SP diziam que tinham dificuldade de enviar a denúncia à Justiça porque, mesmo com os documentos, mesmo com cópias de documentos que mostravam a Siemens contratando lobistas e direcionando concorrências eu achei melhor entregar tudo a uma autoridade da Justiça, o ministro José Eduardo Cardozo.

    Blog da Cidadania – O senhor não acha estranho que enquanto essas denúncias, com tantos elementos, foram amplamente investigadas no exterior, aqui no Brasil não tenham sido investigadas pelo MP de SP?

    Simão Pedro – Isso me intriga muito e intriga até hoje toda a bancada do PT e as pessoas bem-informadas em geral: por que a Siemens fez uma devassa nos seus contratos na Argentina, nos Estados Unidos – onde o processo de punição atingiu a mais de 300 executivos –, aqui no Brasil o que a Siemens fez em toda parte não teve consequência nenhuma.

    O Ministério Público de São Paulo já tinha arquivado mais de 15 processos, muitos deles produto de representações não só minhas, mas da bancada do PT, que tenta abrir investigações no Brasil desde 2008. E aí temos o caso do procurador De Grandis, não é, que arquivou pedidos de investigação da justiça europeia – da Suíça – envolvendo o caso Alstom.

    Você vê a dificuldade que temos para investigar denúncias de corrupção aqui em São Paulo… Foi preciso a Siemens procurar o Cade para se autodenunciar, fazendo com que os casos denunciados pelo PT e arquivados pelo Ministério Público fossem reabertos, porque, do contrário, nada teria acontecido.

    Blog da Cidadania – De quem o senhor recebeu os documentos que enviou ao Ministério da Justiça?

    Simão Pedro – Não posso dizer porque, na condição de parlamentar, muitas pessoas me procuram. Por isso, nessa condição me reservo o direito ao sigilo da fonte, assim como fazem os jornalistas.

    Blog da Cidadania – O PSDB afirma que as cartas em português e em inglês que o senhor enviou ao MJ e que denunciam o escândalo são o mesmo documento, mas os tucanos o acusam de ter inserido, por conta própria, trechos na versão em português que não constam na versão em inglês. Como o senhor responde a isso?

    Simão Pedro – Vou encaminhar uma ação judicial por difamação caluniosa contra os secretários do governo Alckmin José Anibal e Edson Aparecido porque eles afirmaram que eu burlei documentos. Também vou fazê-lo contra esse advogado do Heitor Teixeira porque ele disse que eu “lavo” documentos. Eu não vou tolerar essas calúnias.

    Tudo isso é desespero. Eles querem esconder o sol com a peneira. Desviar o foco. Eu venho denunciando problemas no metrô desde 2006. Eduardo, eu denunciei, em maio de 2006 – fiz uma representação – dizendo que ia acontecer uma tragédia na linha 4 do metrô de São Paulo. Infelizmente, nada se fez e, em 2007, houve uma tragédia.

    Denunciei, em fevereiro de 2011, esse esquema da Siemens, dizendo que havia um esquema de pagamento de propina, ninguém deu bola e, neste ano, a própria Siemens procurou o Cade para se autodenunciar. Ou seja: as minhas representações têm sido encaminhadas e têm dado resultados.

    Blog da Cidadania – Tenho, agora, uma pergunta um pouco longa, mas é necessário que assim seja. Após a entrevista coletiva do ministro Cardozo, na última quinta-feira, quando ele afirmou, como o senhor diz, que são dois documentos distintos, endereçados a pessoas diferentes, o deputado Carlos Sampaio, líder do PSDB, contra argumentou, em entrevista ao Jornal Nacional, que o protocolo do material enviado ao MJ cita “tradução” de carta em inglês.

    Disse Sampaio:

    “Foi o próprio ministro que recebeu esse documento e ele tem clareza de que é uma tradução, porque, no índice que o denunciante entregou para ele, está escrito ‘documento original’ e, embaixo, ‘tradução’. Isso o ministro não explicou”.

    Em resposta, o ministro Cardozo deu a seguinte declaração:

    “O sumário consta ‘tradução’. Por que consta tradução? Eu não sei. Não sei nem quem fez. É a Polícia Federal quem vai apurar. Será que aqui ia vir uma outra carta? Será que não vinha? O que é? O que será? Eu não sei, está aqui. Agora, o que está aqui e o que eu recebi, não é tradução. São duas cartas distintas, dirigidas a pessoas diferentes, com conteúdos diferentes e alguns aspectos iguais”

    Supostamente, quem elaborou esse “índice” ou “sumário” foi o senhor, o denunciante. Por que o índice da documentação diz “documento original e tradução”?

    Simão Pedro – Isso foi apenas um erro da pessoa que fez a denúncia e que preparou a entrega da documentação e tentou organizar o material. Há informações parecidas nos dois documentos, mas são dois documentos diferentes. O primeiro, em inglês, dirige-se ao ombudsman da Siemens na Alemanha. O segundo, o denunciante dirige-se às autoridades brasileiras. É um outro documento baseado no documento ao ombudsman da Siemens. Apenas isso.

    Sabe o que é isso? Eles estão tentando achar um carrapato na vaca e, por causa dele, matar o animal, é isso o que os tucanos querem fazer.

    http://www.blogdacidadania.com.br/2013/11/simao-pedro-pt-sp-promete-processar-jose-anibal-e-edson-aparecido-secretarios-de-alckmin/#comment-656333

  14. Acadêmicos apoiam alunos em protesto contra o ensino de economia

    Acadêmicos apoiam alunos em protestos contra o ensino de economia

    Em carta ao The Guardian, professores argumentam contra o “compromisso intelectual dogmático” em favor da ortodoxia e contra a diversidade intelectual.

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    Philip Inman, do The Guardian Photograph: Mark Benedict Barry/Corbis

     

    Um grupo proeminente de acadêmicos da área de economia passou a dar respaldo aos protestos de estudantes contra o ensino de economia neoclássica, engrossando a pressão para que as universidades mais importantes façam reformas em cursos que, segundo críticos, são dominados por teorias de livre mercado que ignoram o impacto da crise financeira mundial.

     

     

     

    Acadêmicos de algumas das instituições de ensino de maior prestígio no Reino Unido, incluindo as universidades de Cambridge e de Leeds, declararam que alunos têm sido enganados por seus cursos, e acusaram os organismos de financiamento à educação superior de serem uma barreira a reformas.

     

     

     

    Em ataque surpreendente às agências que provêm bolsas de estudo e pesquisa, eles disseram que uma “monocultura intelectual” é reforçada por um sistema de financiamento estatal baseado na avaliação de revistas científicas “que são muito enviesadas em favor da ortodoxia e contra a diversidade intelectual”.

     

     

     

    Em carta ao The Guardian, os acadêmicos declararam que um “compromisso intelectual dogmático” com teorias de ensino baseadas na racionalidade de consumidores e trabalhadores com demandas ilimitadas “contrasta agudamente com a abertura de ensino em outras ciência sociais, que frequentemente apresentam paradigmas divergentes”.

     

     

     

    Eles disseram: “alunos podem, atualmente, obter um diploma de economia sem jamais terem sido expostos às teorias de Keynes, Marx ou Minsky, e sem terem aprendido nada sobre a Grande Depressão.”

     

     

     

    As críticas fazem coro aos protestos na Universidade de Manchester. Os alunos de lá, responsáveis por formar a Post Crash Economics Society, disseram que seus cursos pouco se empenharam em explicar a razão dos economistas terem falhado em alertar sobre a crise econômica, mas tiveram grande foco na formação de profissionais para integrar o mercado financeiro.

     

     

     

    No início deste mês, um grupo internacional de economistas, respaldados pelo Institute for New Economic Thinking, de Nova York, prometeram revisar os programas de ensino econômico e oferecer às universidades um curso alternativo.

     

     

     

    Em congresso realizado pelo Tesouro Britânico, em seus escritórios em Londres, eles prometeram oferecer um programa de ensino de primeiro ano pronto para ser ministrado no ano acadêmico de 2014 e 2015, contemplando o ensino de história econômica e um conjunto mais amplo de teorias econômicas concorrentes.

     

     

     

    O debate sobre o futuro do ensino econômico é resultado de vários anos de discussão sobre o papel da academia, sobretudo nos Estados Unidos, no provimento de uma base intelectual para a farra dos empréstimos e dos negócios que levou à crise econômica de 2008.

     

     

     

    O volume de empréstimos pessoais bateram recordes em vários países, e os negócios dos estranhos derivativos, frequentemente financiados com instrumentos de dívida, subiram a um nível em que pouco executivos de bancos entenderam sua vulnerabilidade no momento de uma estagnação de crédito.

     

    Muitos economistas, incluindo o vencedor do prêmio Nobel em 2013, Robert Shiller, afirmam que as correntes ortodoxas de economia ensinam, erroneamente, teorias baseadas na manutenção de mercados abertos competitivos e na ideia de que compradores e vendedores bem informados eliminam o risco dos preços dos ativos crescerem para além de um nível sustentável por um período prolongado.

     

     

    Os acadêmicos, liderados pelo professor Engelbert Stockhammer, da Universidade de Kingston, disseram: “Nós entendemos a frustração dos estudantes com a maneira como a economia é ensinada na maioria das instituições no Reino Unido.”

     

     

    “Há uma comunidade vibrante de economistas pluralistas no Reino Unido e em toda parte, mas esses acadêmicos foram marginalizados dentro da profissão. As deficiências na maneira como a economia é ensinada estão diretamente relacionadas a uma monocultura intelectual, que é reforçada por um sistema de financiamento universitário baseado em revistas acadêmicas fortemente enviesadas em favor da ortodoxia e contrárias à diversidade intelectual”, declararam.

     

     

     

    Tradução de Caio Hornstein. http://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Educacao/Academicos-apoiam-alunos-em-protestos-contra-o-ensino-de-economia/13/29662

  15. Corinthians assina contrato com a Caixa para financiar Itaquerão

    Elaine Patricia Cruz
    Repórter da Agência Brasil

    São Paulo – Dois dias após o acidente no canteiro de obras do Itaquerão e que provocou a morte de duas pessoas, Corinthians assinou hoje (29) contrato com a Caixa Econômica Federal para a liberação de R$ 400 milhões de financiamento de longo prazo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para obras do estádio.

    Segundo nota do clube, o contrato de financiamento se dá no âmbito do Programa ProCopa Arenas, que apoia projetos de construção e reforma dos estádios que receberão os jogos da Copa do Mundo de 2014. O Itaquerão, como é conhecido do estádio, será palco do jogo de abertura do Mundial.

    Procurada pela Agência Brasil, a Caixa confirmou a assinatura do financiamento e informou o valor de R$ 400 milhões. O empréstimo do BNDES será intermediado pela Caixa.

    De acordo com o BNDES, esse tipo de contrato prevê o financiamento de até 75% do custo total das obras dos estádios da Copa, limitado a R$ 400 milhões por projeto. O desembolso é feito em parcelas. Sobre o financiamento incidem taxa de juros de longo prazo (TJLP) de 5% ao ano, uma remuneração básica do BNDES (de 0,9% ao ano), uma taxa de intermediação financeira (de 0,5% ao ano), uma remuneração à instituição financeira (o valor não foi divulgado pela Caixa) e uma taxa de risco ao crédito (que varia conforme o risco).

    Com a assinatura do contrato de hoje – que já tinha sido aprovado pelo BNDES mas faltava ser liberado pela Caixa – soma mais R$ 3,87 bilhões aos valores já liberados de financiamento para as obras dos estádios que vão sediar a Copa do Mundo. Foram aprovados anteriormente os empréstimos para as arenas de Belo Horizonte (R$ 400 milhões), do Rio de Janeiro (R$ 400 milhões), de Cuiabá (R$ 393 milhões), Porto Alegre (R$ 275,1 milhões), do Paraná (R$ 131,1 milhões), de Natal (R$ 396,5 milhões), de Fortaleza (R$ 351,5 milhões), do Recife (R$ 400 milhões), de Manaus (R$ 400 milhões) e de Salvador (R$ 323,6 milhões). A construção do estádio de Brasília não foi financiada pelo BNDES.

    http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-11-29/corinthians-assina-contrato-com-caixa-para-financiar-itaquerao

  16. Fundamentos da economia são as pessoas, ó turma do tripé…

    emprego

    A pesquisa Síntese de Indicadores Sociais, divulgada esta manhã pelo IBGE é longa e detalhada.

    Merece, portanto, que suas mais de 250 páginas sejam lidas e analisadas com atenção.

    Mas há alguns dados impressionantes, que seleciono para vocês.

    Dados  que mostram a imensa injustiça e o imenso desafio de corrigi-las.

    E como uma década de políticas socialmente justas nos fizeram avançar.

    O homens e mulheres que vivem enchendo a boca para repetir, como um mantra, a tal história da “perda das conquistas”  de Fernando Henrique, de “tripé macroeconômico”, deveriam ver estes números olhando nos olhos das pessoas que eles retratam, porque se trata de gente e não de simples números.

    Vamos, portanto, a eles, olhando seres humanos em cada uma destas informações.

    escolA média de anos de escolaridade dos 40% mais pobres aumentou  significativamente.

    Entre os 20% mais pobres, passou de 3,3 para 5,2 anos e, nos 20% seguintes, de 4,1 para 6,1. Dois anos a mais na escola.

    Mas ainda temos 8,7% de analfabetismo, concentrado no Nordeste (17%) e entre os 20% mais pobres (taxa de 15%). A proporção de crianças de 8 anos de idade que ainda não haviam sido alfabetizadas, é alta: 10,2%, embora tenha baixado dos 17,1% registrados em 2002.

    Mas é no ensino superior que o salto é mais expressivo: em 2002, apenas 29% dos jovens brasileiros entre os 18 e 24 anos de idade estava, como deveria estar, cursando o ensino superior. Dez anos depois, esta proporção passou para 52%.  E vejam, dentro deste total, como apesar das cotas raciais, a injustiça ainda é grave: entre os jovens brancos essa proporção chegou a 67%, enquanto entre os jovens negros e pardos está em apenas 37%. Um belo recado para o “dromedário”, não é?

    Enfim, os indicadores são todos ainda muito ruins, mas certamente muito melhores do que quando se encerrou o período do professor Fernando Henrique.

    O salto mais espetacular foi, porém, no emprego.

    Veja lá em cima 0 gráfico sobre o número de empregos formais, com vínculo empregatício. E as observações com que procurei traduzir o que aquilo significa: o de que quase dobrou o número de empregos formais, com garantias trabalhistas, disponíveis para cada homem e mulher deste país!

    Não é preciso fazer um texto de tom “ideológico”, basta transcrever os comentários técnicos do IBGE:

    “Nesta década, houve um aumento significativo da proporção de trabalhadores em trabalhos formais, que passou de 44,6%, em 2002, para 56,9%, em 2012. Neste período, o crescimento foi de 12,3 pontos percentuais e ocorreu uma variação um pouco maior no caso das mulheres (13,1 pontos percentuais). Dentre os fatores que contribuíram para esse resultado, pode-se citar a retomada do crescimento econômico, o aumento da renda real, a redução do desemprego, a política da valorização do salário mínimo e a política de incentivo à formalização,como, por exemplo, a criação do Simples Nacional.”

    E junto com o trabalho decente veio uma renda menos indecente:

    “Na última década, o crescimento do rendimento real da população ocupada de 16 anos ou mais de idade foi de 27,1%; para a população em trabalhos formais, esse crescimento foi de 13,6%, enquanto entre os informais o aumento foi de 31,2%. Para as mulheres em trabalhos informais, esse ganho real chegou a 38,5%. A política de valorização do salário mínimo e o aumento da remuneração em algumas categorias ocupacionais, como a de trabalhadores domésticos, cuja variação tem sido superior à da inflação para o período, influenciaram esse resultado.

    A remuneração do trabalhador brasileiro ainda é muito baixa, mas aí estão os inegáveis avanços, muito embora permaneçam as distorções regionais, de gênero e, sobretudo, ainda existam cerca de 30 milhões de trabalhadores à margem dos direitos previdenciários.

    Mas o que se conseguiu em 10 anos, mais que uma vitória porque ainda temos muitas vergonhas nesta terra, é a certeza que o Brasil não pode deixar que voltem os fantasmas do passado, mesmo que travestidos de rostinhos novos, carregando as mesmas ideias velhas.

    Essa é a batalha deste momento na longa guerra que teremos de travar contra cinco séculos de exclusão, atraso e desumanidade.

    E é por isso que nós não precisamos nem conversar sobre o que nos compete fazer por nosso povo, pelo país de nossos filhos e de nossos netos.

    http://tijolaco.com.br/blog/?p=10613

     

  17. Mais a direita que a própria

    Mais a direita que a própria direita americana…

     

    É um comentário para ver o se propaga em sinal aberto para a população BRASILEIRA…

    É esse tipo de gente que gera TODA ESQUIZOFRENIA que vivemos no Brasil.

    Onde reclamam da condição da violência, mas produzem LIXO na mídia e chamam de MODERNO.

     

    http://www.youtube.com/watch?v=ybysrwqP-Wo

  18. Médicos superam alcance do Bolsa Família em 14 Estados

    Médicos superam alcance do Bolsa Família em 14 Estados

     

    Folha de S.Paulo

     

    A meta do governo federal de espalhar 13 mil profissionais em postos de saúde de todo o país no ano que vem fará o programa Mais Médicos “superar” o alcance do Bolsa Família em 14 Estados.

    Segundo a projeção do governo, esse exército de médicos será responsável pelo atendimento de quase 46 milhões de pessoas no primeiro semestre de 2014 –média de 3.500 pacientes por médico.

    Já o Bolsa Família, programa criado em 2003, alcança cerca de 49,1 milhões de pessoas (ou 13,6 mi de famílias).

    Análise: Mais Médicos dá a Dilma marca social para sair da sombra de Lula

    Tabulada pela Folha, a diferente distribuição regional dos médicos e dos beneficiados pelo programa de transferência de renda expõe a liderança do Mais Médicos no número de atendidos: 14 Estados, contra 12 e o Distrito Federal pelo Bolsa Família.

    No Rio Grande do Sul, por exemplo, 3,8 milhões de pacientes devem ser atendidos pelo programa em 2014, ante 1,5 milhão de beneficiados pelo Bolsa Família.

    Essa vantagem do programa de médicos se repete em Estados como São Paulo, Minas e Santa Catarina.

    Já na Bahia, 6,3 milhões de pobres e miseráveis recebem o repasse do Bolsa Família. Já o teto do Mais Médicos no ano que vem no Estado é estimado em 4 milhões de pessoas.

    VITRINE SOCIAL

    O Mais Médicos, com profissionais nas periferias das capitais e no interior do país, é a principal aposta de vitrine social para a campanha de reeleição de Dilma em 2014.

    Não é possível fazer esse cruzamento, mas, pelo público-alvo de ambos os programas, é possível estimar que muitos dos pacientes do Mais Médicos sejam também beneficiários do Bolsa Família.

    Para especialistas ouvidos pela Folha, o Mais Médicos terá impacto eleitoral positivo na candidatura à reeleição de Dilma, mas é difícil comparar o alcance do programa em relação ao Bolsa Família.

    Segundo o cientista político e colunista da Folha André Singer, da USP, chama a atenção a abrangência de potenciais pacientes, mas é difícil comparar com o efeito eleitoral do Bolsa Família.

    “[O Mais Médicos] é importante, mas não tem impacto tão direto, geral e permanente quanto o Bolsa Família.”

    “Um cidadão, que é o eleitor, pode ir mais ao médico, ficar mais ou menos doente. O Bolsa, não: cada uma dessas famílias recebe o dinheiro todo mês”, afirma o ex-secretário de Imprensa de Lula.

    Enquanto Singer considera que o Mais Médicos deve, em algum grau, render dividendos à imagem de Dilma em 2014, Ricardo Ismael, cientista político da PUC-Rio, diz que os louros com o programa já foram colhidos.

    Ele se refere à queda de popularidade com a onda de protestos de junho e a consequente retomada, que coincidiu com o início da implementação do Mais Médicos.

    Para Ismael, como o Mais Médicos obteve aceitação popular, a estratégia da oposição ao PT será a de explorar os outros problemas da saúde pública que as famílias carentes bem conhecem.

    “Nessas localidades falta leito em hospital, laboratório, remédio. Logo, a população atendida pelo médico sabe que irá se deparar com fila de espera para cirurgia, com demora em exames”, diz.

    Já para o cientista político Rudá Ricci, diretor-geral do Instituto Cultiva, o Mais Médicos será tanto ou mais capaz de angariar votos para Dilma como o Bolsa Família.

    “O impacto deve ser ainda maior quando o programa for executado em massa, porque essa saúde pública é a atual crítica popular”, afirma.

     

  19. Dilma cresce e oposição encolhe, aponta Datafolha

    Folha de S.Paulo—30/11/2013 – 17h00—FERNANDO RODRIGUES—DE BRASÍLIA

    De junho para cá, os pré-candidatos a presidente fizeram o possível para recuperar a popularidade perdida por causa do abalo provocado pelas manifestações de rua em todo país. Por enquanto, só a presidente Dilma Rousseff segue em trajetória ascendente. A oposição oscila entre bons e maus momentos, e agora encolheu um pouco mais, segundo o Datafolha.
    Dilma ou seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, ambos do PT, lideram a corrida presidencial em todos os cenários mais prováveis para 2014 –o Datafolha testou nove combinações de nomes.
    A presidente pontua de 41% a 47%, dependendo de quem são seus adversários. Lula oscila de 52% a 56%.

    O Datafolha entrevistou 4.557 pessoas em 194 municípios na quinta e na sexta-feira. A margem de erro máxima é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
    Apesar do conforto momentâneo que oferecem a Dilma, os eleitores emitem um sinal contraditório para a petista. Dois terços dizem preferir que “a maior parte das ações do próximo presidente seja diferente” das adotadas por ela.

    Entre todas as simulações com os nomes dos pré-candidatos, o cenário que parece mais provável hoje é também aquele em que Dilma está mais bem colocada. Ela tem 47% contra 19% de Aécio Neves (PSDB) e 11% de Eduardo Campos (PSB).
    Em outubro, ela pontuava 42%. O tucano tinha 21% e o socialista, 15%.
    Nesse cenário, o percentual de eleitores que vota em branco, nulo ou que se diz indeciso ficou inalterado em 23%, de outubro até agora. Ou seja, a petista cresceu extraindo votos dos dois adversários diretos nesse período. Ganharia no primeiro turno.

    A presidente só não venceria hoje a eleição na primeira votação nos cenários em que Marina Silva aparece como candidata. Ocorre que a ex-senadora se filiou ao PSB e não é certo que vá concorrer como cabeça de chapa nas eleições do ano que vem.
    Numa das simulações, a petista fica com 41% contra 43% dos outros dois adversários somados (Marina registra 24% e José Serra 19%). Mas Dilma está se recuperando. Em outubro, tinha 37%, contra 28% de Marina e 20% de Serra.

    O presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, testado num dos cenários, aparece com 15%, numericamente em segundo lugar. Dilma, com 44%, venceria no primeiro turno. Aécio teria 14%. Campos, 9%.

    Diferentemente de Dilma, o ex-presidente Lula venceria a disputa no primeiro turno nos quatro cenários em que seu nome aparece –inclusive contra Marina e Serra.

    URL:

    http://www1.folha.uol.com.br/poder/2013/11/1379114-dilma-cresce-e-oposicao-encolhe-aponta-datafolha.shtml
     

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