Clipping do dia

As matérias para serem lidas e comentadas.

Luis Nassif

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  1. Energia solar terá preço-teto de R$262 por MWh em leilão

    Edital do Leilão de Energia de Reserva nº 8/2014 é aprovado pela Agência 30/09/2014—-Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL)

      

    A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) aprovou hoje (30/9), durante Reunião Pública, o Edital do *Leilão de Energia de Reserva (LER de 2014). O objetivo é a contratação de energia de reserva proveniente de empreendimentos de geração a partir das fontes solar fotovoltaica, eólica e biomassa composta de resíduos sólidos urbanos e/ou biogás de aterro sanitário ou biodigestores de resíduos vegetais ou animais, assim como lodos de estações de tratamento de esgoto. O início do suprimento de energia será a partir de 1º de outubro de 2017.

       De acordo com o edital, o Custo Marginal de Referência – CMR do Leilão será de R$ 262,00/MWh; o Preço Inicial do Produto Quantidade, por fonte, será de R$ 144,00/MWh, para Eólica, R$ 262,00/MWh, para Solar, e R$ 169,00/MWh, para Biomassa.

       As principais alterações propostas no Edital em relação aos certames anteriores dizem respeito à simplificação de procedimentos, redução de exigências burocráticas e flexibilização de prazos internos, voltadas à diminuição dos prazos de processamento do leilão e de emissão das outorgas de autorização.

    O leilão será realizado em 31/10/2014 na sede da Câmara de Comercialização de Energia (CCEE), em São Paulo.

       O edital ficou em audiência pública no período de 27/8 a 15/9 e recebeu 55 contribuições. (PG)

    *Leilões de Reserva: Servem para incrementar a garantia física do sistema e, nesse caso, a energia pode ser contratada com qualquer antecedência.

    URL:

    http://www.aneel.gov.br/aplicacoes/noticias/Output_Noticias.cfm?Identidade=8146&id_area=90

  2. Escolher ou regredir?

    Carta Maior

     

    09/10/2014 00:00

     

    Escolher ou regredir?

     

    Conquistas e riquezas promissoras podem florescer ou regredir nos próximos anos. Não cabe lavar as mãos em princípios imaculados. Nem edulcorar a rendição.

     

    por: Saul Leblon

        
     

         

    Arquivo

     

    Pela segunda vez nesta campanha, uma densa onda de ‘consenso’ se arremete do dispositivo conservador para sequestrar o discernimento crítico da sociedade, inoculando a prostração nos espíritos e o interdito na reflexão.

    Um pouco como fazia o coro neoliberal, no arrastão ensurdecedor dos anos 70. ‘Rendam-se, não há alternativa!”, ordena a fuzilaria que coordena denúncias não comprovadas, mas oportunamente vazadas na largada do segundo turno, farto bombardeio seletivo na economia e clima de já ganhou nas bolsas e demais circuitos do dinheiro grosso.

    Lembra um pouco, também, o massacre de agosto, quando a então recém assumida candidata do PSB, Marina Silva, emergiu para a disputa levitando em um aluvião de quase santidade, apoios em cascata e inexorabilidade histórica.

    A fase alegre dos consensos em torno da terceira via, como se sabe, liquefez-se em semanas.

    O que se tenta agora é reeditar o embalo, com um material já de partida um pouco mais gasto.

    Sai a terceira. Turbina-se o revival da ‘via única’ dos anos 90, revisitada –acredite-se– na forma de salvação nacional.

    À falta de algo melhor, um Churchill das gerais assume o comando.

    Se não possui la physique du rôle por conta de outros tantos predicados que não propriamente anatômicos, não se vexa de avocar-se o portador da ‘eficiência e da decência’.

    Passemos.

    Não se pode negar a audácia diante de uma trajetória –tanto a biográfica, quanto a moldura histórica mais geral– ainda fresca, recheada de marcadores em sentido flagrantemente oposto ao evocado pelos novo salvacionismo.

    Apenas para ilustrar: fruto justamente das receitas e práticas servidas agora como o manjar da redenção nacional, o mundo se arrasta há seis anos na maior crise vivida pelo capitalismo desde 1929.

    Advém desses hiatos de coerência a sofreguidão perceptível com que os juízes do imaginário social tentam encerrar o jogo antes da hora.

    Vale tudo para garantir o placar logo na saída. E há compradores nessa feira de liquidação de escrúpulos.

    Epitáfios biográficos saltam aqui e ali do mutirão convocado a dar forma palatável à gororoba indigesta que se enfia na goela da sociedade.

    ‘Às vezes, o reacionário serve de avanço”, salpica o dirigente do Partido Socialista Brasileiro, Roberto Amaral.

    O PSB tem história como trincheira da dignidade política.

    Nele militaram intelectuais e socialistas como Antonio Cândido, Fúlvio Abramo, Adalgiza Nery, Barbosa Lima Sobrinho, Sergio Buarque de Hollanda, Rogê Ferreira e Arraes, entre outros.

    Nesta 4ª feira, a sigla se juntou à nervosa escalada rumo ao que, algo difusamente, denomina-se ‘candidatura da mudança’.

    Registre-se, não sem um contundente protesto.

    Enquanto a executiva do PSB juntava-se ao PSDB de Aécio Neves, Fernando Henrique e Serra, para derrotar o PT de Lula e Dilma, a deputada Luiza Erundina retirava-se da reunião do partido por não aceitar o cediço passo.

    ‘Farsa’, disparou na saída.

    O jogral conservador insiste que se trata de outra coisa.

    Qual seja, salvar o Brasil das mãos do ‘intervencionismo’ anacrônico, que atrapalha os mercados, solapa a confiança dos investidores, dilapida as estatais, paralisa o crescimento.

    Nem mais um país; na verdade uma ilha de crise, cercada da oceânica prosperidade mundial, da qual inadvertidamente se apartou.

    Será? Vejamos:

    ‘A produção industrial despencou 4,8% em agosto em relação a julho; as encomendas à indústria caíram 5,7% no mês; sem novas encomendas, outros tombos virão até o final do ano; as exportações cresceram apenas 0,9% no ano passado, contra 8%, em média, antes da crise; as perspectivas de expansão pelo comércio exterior são reduzidas; a queda mensal de 5,8% nas exportações em agosto é a maior desde janeiro de 2009; a tendência do PIB no terceiro trimestre ante o anterior é de uma expansão medíocre da ordem de 0,3%..’

    O que mais será preciso dizer?

    É preciso dizer que essa autópsia não se refere ao suposto defunto Brasil.

    Estamos falando da poderosa Alemanha, de Angela Merkel, que a ninguém ocorreria acusar de negligente com os fundamentos dos mercados. Os mesmos fundamentos vendidos aqui como a redenção da lavoura pelo candidato a Presidente que faz borbulhar de alegria as bolsas.

    Dona do parque fabril talvez o mais avançado do mundo, e um dos mais competitivos do planeta, 0 gargalo da Alemanha sugere que a festança da plutocracia brasileira talvez não incorra apenas em prematuro júbilo eleitoral.

    Mais grave é o equívoco de diagnóstico embutido na celebração.

    São os ‘erros internos que impedem o Brasil de crescer’, insiste a manchete da Folha, desta 4ª feira, em dueto com o FMI.

    A incomoda informação de que a referência de pujança mundial, a inoxidável economia alemã, chafurda na areia movediça da estagnação global, que nem mesmo a recuperação norte-americana consegue romper, não cabe na narrativa da ‘mudança’.

    Às favas os ‘detalhes’.

    Para glosar Roberto Amaral, ‘às vezes a mentira é o caminho da verdade’.

    Sendo assim, espete-se no governo brasileiro os crimes de subsidiar empresas, proteger o mercado interno, gerar empregos, apostar nos Brics e na integração latino-americana, administrar preços, valorizar o poder de compra das famílias assalariadas, multiplicar o crédito, investir em gigantescos programas de infraestrutura, decretar a soberania no pré-sal, impor exigências de conteúdo nacional nas aquisições da Petrobrás etc

    Enfim, criar uma barragem de mercado interno que dificulta a aterrisagem da crise, melhor, da ‘bonança mundial’ no país.

    Pior que isso: privar os livres mercados da liberdade para faze-lo, desbastando o custo do trabalho por essas bandas, como fizeram outras nações na esteira da crise.

    A essa tarefa tardia se propõe agora a candidatura conservadora.

    Os soluços ecoados pela poderosa locomotiva alemã sugerem que o diagnóstico talvez não seja exatamente esse que justificaria o lacto purga ortodoxo. E por uma razão que o conservadorismo finge não saber: o comércio internacional foi soterrado pela aplicação disseminada da receita de arrocho social e fiscal que se pretende adotar aqui.

    A ideia genial dos armínios globais de deslocar a oferta de cada economia para a demanda do vizinho colidiu com as leis da física.

    Na medida em que todos pularam de cabeça simultaneamente no mesmo espaço, a busca da salvação transformou-se em estagnação coletiva.

    O crescimento das exportações tem sido decepcionante em todos os países.

    O caso alemão é pedagógico. Mas de igual sina não escapam outros colossos.

    Habituada a um crescimento médio das exportações da ordem de 20%, a China assiste ao recuo dessas taxas a menos da metade (8,5%).

    Mesmo a festejada recuperação norte-americana carece de demanda externa que compense a anêmica capacidade de consumo de sua arrochada classe média, cujo poder de compra real não cresce há 15 anos.

    Que a Casa Branca se desdobre em esforços para impor acordos de livre comércio em todas as latitudes, a exemplo da Aliança do Pacífico, na América Latina, não surpreende.

    O que surpreende é a cínica defesa da mesma agenda pelas elites locais, como se isso fosse de fato redimir a economia e o crescimento.

    Vai piorar.

    A Organização Mundial do Comércio (OMC) prevê que o oxigênio externo ficará ainda mais rarefeito para os EUA, à medida em que o afrouxamento da liquidez se esgota.

    A previsível valorização do dólar tende a encarecer produtos made in USA , dificultando adicionalmente o uso da exportação como acelerador da retomada — a menos que o velho espírito da ALCA volte a reinar abaixo do Rio Grande, por exemplo.

    Esse é o mundo em marcha.

    Segundo a OMC, nele não há mais espaço para um crescimento do comércio internacional de 5,3% em 2015, como previa. A taxa foi reduzida para 4%, sujeita a novos recortes.

    O funil explica também a revisão do FMI, que cortou novamente a previsão para o crescimento mundial em 2015.

    Nesse ambiente entupido de produção sem demanda, com elevada capacidade ociosa na indústria, ter moeda valorizada, como é o caso do Real há duas décadas, sem dúvida abre um túnel complacente a importações maciças de manufaturados, com toda a sorte de efeitos deletérios .

    A saber: cerca de 25% da manufatura consumida no Brasil atualmente é importada; o déficit externo da indústria local foi de US$ 108 bilhões em 2013, mais de ¼ das reservas cambiais; em uma economia que roça o pleno emprego, as demissões de mão de obra qualificada superam as de menor formação.

    Reverter esse flanco é crucial. Não tanto para redimir as exportações, pelas razões expostas acima e, sim, para proteger a industrialização brasileira, trunfo desdenhado pelo conservadorismo.

    Não se trata de um cacoete do desenvolvimentismo, como querem os armínios e assemelhados.

    A indústria é a usina disseminadora da produtividade na economia.

    O investimento industrial qualifica e muda a escala do crescimento. Faz mais que isso: multiplica o excedente indispensável a uma sociedade que aspira dar novos saltos de convergência da renda e de direitos.

    A defesa da industrialização brasileira é um imperativo da democracia e do desenvolvimento. E ela colide com as teses da derrubada irrestrita de tarifas protecionistas esposadas pelo conservadorismo.

    Não só.

    Se o Brasil asfixiar seu dinamismo interno, pela receita do arrocho, num mundo em que nem a lubrificada máquina exportadora germânica funciona, o que lhe restará?

    Restará uma nação encurralada no menosprezo aos seus próprios trunfos, entre eles um gigantesco mercado de massa e uma indústria já carente de impulsos para modernizar-se.

    Delineiam-se, portanto, dois caminhos na travessia para um novo ciclo de desenvolvimento.

    Um, implica a repactuação democrática das linhas de passagem que garantam a matriz de um crescimento ordenado pela justiça social.

    Não é isenta de algum sacrifício programado, alerte-se.

    Mas disporá de salvaguardas que interliguem esse passo a um calendário de ganhos progressivos.

    A outra, simplifica a tarefa. Terceirizando-a à ‘racionalidade’ dos livres mercados, como vem sendo feito em uma Europa em carne viva, há quatro anos submetida à lixadeira neoliberal.

    A escolha conservadora dispensa o penoso trabalho de coordenação política da economia, associado à mediação dos conflitos inerentes às escolhas do desenvolvimento.

    Dispensa-se a reforma política, prescinde-se da maior participação social, rejeita-se, por incompatível, uma regulação do sistema de comunicação, capaz de torna-lo mais poroso à expressão dos diferentes interesses da sociedade.

    A festejada ‘racionalidade dos mercados’, no entanto, é só nome fantasia do despotismo econômico.

    Na verdade, armínios e assemelhados, organicamente conectados aos detentores da riqueza local e global, manipulam as ferramentas macroeconômicas arbitrando quem vai ganhar e quanto as famílias assalariadas vão perder na contabilidade do processo.

    O que o conservadorismo pleiteia neste 2º turno é sancionar essa carta branca sob o difuso guarda-chuva de ‘mudança’, para não se defrontar com a questão-chave da disputa.

    O Brasil vai passar pelas dores do parto que marcam o reordenamento do seu novo ciclo econômico.

    É uma repactuação incontornável na vida da nação.

    E ela terá que ser construída sobre um tecido social redesenhado pela emergência dos grandes contingentes populares que ingressaram no mercado e na cidadania nos últimos doze anos.

    A escolha é reordenar a macroeconomia em negociação permanente com eles.

    Ou contra eles.

    Não há terceira via, via única ou neutralidade que elida essa disjuntiva.

    Não se trata de discurso do medo.

    É mais grave que isso.

    É um divisor histórico. Local e global.

    Os próximos quatro anos serão decisivos na construção do país que o Brasil quer ser no século XXI.

    Conquistas e riquezas promissoras podem florescer ou regredir.

    Não cabe lavar as mãos nas águas dos princípios imaculados.

    Nem edulcorar táticas de rendição.

    Nenhum projeto reacionário serve de avanço quando ele tem o comando do processo.

    Nenhum princípio tem pertinência política se é incapaz de agir na correlação de força de uma época.

    As ideias pertencem ao mundo através da ação.

    A ação hoje inclui uma escolha: lutar para avançar ou regredir?

    Dilma ou Aécio?

    http://www.cartamaior.com.br/?/Editorial/Escolher-ou-regredir-/31964

  3. A Verdade nua e crua

    O povo brasileiro só conta com sua própria lucidez

    12 de outubro de 2014 | 18:01 Autor: Fernando Brito –  Site: Tijolaço

    Slucidez

    Nenhum de nós, neste momento, tem o direito de ser ingênuo com o que está acontecendo.

    Não há um processo eleitoral democrático, normal, onde as forças políticas se confrontam e disputam a preferência do eleitor.

    Tanto que se empurra ao favoritismo um homem que se formou no conforto do nepotismo e cuja  virtude política é sua própria nulidade pessoal.

    Existe, sim, uma tentativa em marcha – e avançada – de conduzir o povo brasileiro não à eleição de um candidato, mas ao linchamento de um governo.

    Uma espécie de 1954 com urnas eletrônicas.

    O povo brasileiro está sitiado.

    Ocultaram-lhe que seria Aécio – e não Marina – a enfrentar Dilma no segundo turno e, assim, deixaram sua nulidade no “freezer”, até que fosse a hora de plantá-lo, ao velho como novidade, para a cartada final.

    E, para ela, não foi preciso mais que articular o comportamento de um canalha de terceiro escalão ao qual se prometem prêmios por “delações”, com um juiz que o faz prestar um depoimento genérico, sobre fatos  que, depois de meses de investigação, ele já teria de ter revelado, para que seja divulgado em redes de televisão, enquanto se nega o acesso a quem é acusado às informações sobre o que é dito, especificamente.

    Parte do Judiciário se junta ao que é generalizado.

    A imprensa, as instituições, a economia, seus políticos  estão de goela aberta, prontos a devorar seu futuro.

    Estão prontos a tudo que lhes signifique uma chance de tirar este país do povo brasileiro.

    Os que o defendem estão mudos ou anulados, perdidos em seus próprios equívocos, acomodações e conveniências.

    Respeitaram, como em nenhuma outra época da história brasileira, o livre funcionamento das instituições e não tocaram nos privilégios de nossa elite, exceto o de ser a única dona do Brasil.

    Todas estas forças, agora,  se unem contra um processo político que o afirmava.

    Um processo do qual, nem mesmo ele, o povo, tem uma consciência que vá além de sua pele, de seu instinto.

    Porque suas vanguardas política abriram mão de sê-lo, na ilusão de que podiam ser “de todos”

    Como naquele momento terrível de nossa história, o “mar de lama” que sem pintava não era real e muito menos Getúlio Vargas estava nele mergulhado.

    Mas a histeria moralista da UDN de nossos tempos conseguiu arrastar parte da classe média.

    Marina Silva é só a expressão desta hipocrisia, de um movimento que há 60 anos agita corrupção e anticomunismo como se fossem honrados e defensores das liberdades, mas compactua com o saque colonial de nosso país e com todo o autoritarismo que  tivemos e temos.

    Temos uma elite perversa, que compreende que a fome só faz escravos e que vê escravos da comida os que deixam de passar fome.

    Que odeiem um médico cubano porque aceita trabalhar ganhando R$ 4 mil quando R$ 10 mil não bastam a um médico recém-formado no Brasil para trabalhar de oito às cinco na periferia.

    Tornamo-nos o país do ódio.

    As manchetes de jornal são o que teria dito um crápula, um ladrão, em troca de um perdão e sabe-se mais o que lhe tenham prometido, para declarações cronometradas a coincidirem com o momento das eleições.

    No entanto – que maravilha! – o povo brasileiro resiste.

    Só tem seu instinto a defendê-lo.

    Mas o instinto, tão desprezado, é muito poderoso, se ele encontrar referências.

    Se tivermos, porém, a coragem de lhes dar a verdade.

    Temos 15 dias e um desafio imenso pela frente.

    Nestas duas semanas, temos de usar os programas de TV e os debates para desmontar, corajosamente, as montagens marteladas a cada dia pela mídia.

    Já não é hora de posturas defensivas ou de jogos estratégicos.

    Campanhas são longas, como a que fizeram de junho de 2013 para cá, quando fizeram um país que acreditava estar indo no caminho certo parecer um lugar onde parecia que tudo estava errado.

    E como, assim, conseguiram os incautos esquecer de anos, décadas em que a classe dominante fez, de fato, tudo dar errado para o nosso país e nosso povo.

    Mas o que temos agora não é uma campanha, mas uma batalha.

    Nelas, é preciso coragem, ousadia e líderes.

    Se deixarmos que se percam as referências, a força de nosso povo se dispersa e pode ser vencida.

    Mas se elas surgem, deixando de lado os cálculos políticos convencionais, o povo brasileiro pode  sair do isolamento em que o querem colocar.

  4. Dilma e Aécio, dos 17 aos 21

    Carta Maior

    12/10/2014 –

     

    Dilma e Aécio, dos 17 aos 21

     

    Há uma diferença radical de trajetórias entre Aécio Neves e Dilma Rousseff e também entre a maneira como eles reivindicam as suas biografias.

     

     

        

    Katarina Peixoto Arquivo

     

    Dos 17 aos 21 anos, Aécio Neves vivia no Rio com a família. Seu pai era deputado federal da Arena, partido sustentáculo da ditadura. Segundo o site da Câmara dos Deputados, neste período, ele teve um cargo de secretário de gabinete parlamentar na Câmara Federal, localizada em Brasília, embora morasse no Rio.

    Durante esses anos, conforme relatos publicados na imprensa brasileira, Aécio foi um “menino do Rio”, que gostava de surfar, de festas e estudava em escolas de elite. Entre 1977 e 1981, período em que o Brasil vivia sob ditadura civil-militar, o jovem de família ligada à Arena, partido de sustentação da ditadura, gozou a vida enquanto o Brasil vivia sob o tacão de um regime ilegítimo.

    Como todo regime autoritário, a ditadura brasileira tinha na oligarquia do país o seu sustentáculo da manutenção do poder via a censura e controle da imprensa (que só podia existir como cúmplice) e a força bruta: a tortura, a perseguição e o desaparecimento de dissidentes.

    Dos 17 aos 21 anos, Dilma Rousseff resistia à ditadura civil-militar. Segundo ela mesma e os documentos da época, engajou-se na resistência armada que reagiu ao Ato Institucional n. 5 e foi, entre os 18 e 21 anos, barbaramente torturada, pelo governo que tinha, entre outros sustentáculos, a família do candidato Aécio, filho ele mesmo de um deputado da Arena.

    Entre 1977 e 1981, Dilma Rousseff morava em Porto Alegre. Estudou, casou, teve uma filha, reerguendo a própria vida e tomando parte na resistência democrática e na luta pela reabertura do país, pelas eleições diretas, pela anistia, pelo fim da ditadura, pela democracia.

    A trajetória de Dilma não começou em Porto Alegre, assim como a de Aécio não começou no gabinete de Sarney, onde esteve, por ser neto de Tancredo Neves.

    Não é correto, a não ser que se defenda, como o candidato Aécio defende, a redução da maioridade penal, atribuir responsabilidade penal a adolescentes.

    Mas é correto, quando se tem compromisso com a democracia, levar a memória, a história e as responsabilidades a sério. A origem social de ninguém, numa democracia, deve ser destino, e menos ainda garantia. Por isso, é inegável reconhecer esta diferença tão radical de trajetórias dos candidatos e da maneira como eles reivindicam as suas biografias; uma candidatura é representante da democracia e da luta histórica pela democracia; outra, da oligarquia e da luta histórica contra a democracia. Em nome dessa luta e de sua legitimidade histórica, é preciso que Aécio seja derrotado pela democracia.
     
    Nota da Redação aos desavisados: é óbvio que Carta Maior não teve acesso às imagens do candidato Aécio quando jovem surfista no Rio. O grotesco é intencional, deliberado e atende a propósitos ostensivamente pedagógicos.

    http://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Politica/Dilma-e-Aecio-dos-17-aos-21/4/31981

     

  5. Pres do PSB, reconhece erro da Executiva e pede para militância

    SOCIEDADE SUSTENTÁVEL

     Pres do PSB, reconhece erro da Executiva e pede para militância votar em Dilma

     

    http://pafranco2005.blogspot.com.br/

     domingo, 12 de outubro de 2014 

     

    Por Paulo Franco

     
    Ao tomar a corajosa decisão de apoiar Dilma Rousseff e recomendar a toda a militância socialista a votar nela, Roberto Amaral, lembra o legado do PSB e os nomes das grandes personalidades responsáveis pela construção do partido, numa tentativa, “antes tarde do que nunca”, de corrigir um erro histórico cometido pela Executiva do partido.

     Confesso aqui, que tenho presenciado posicionamentos políticos decepcionantes nestes últimos tempos.  Estou acostumado com a politicagem no pior significado da palavra.  Conduta exemplares adotadas por Roberto Freire e Ivete Vargas são revoltantes, mas dentro do contexto da normalidade política, que sempre admitimos existir pontualmente, tipo mau-caratismo, trairagem, entreguismo, entre outras. Mas quando nos deparamos com ícones do pensamento humanitário e de um comportamento exemplar como é o caso de Roberto Amaral, a gente ficar perplexo, sem conseguir reunir palavras explicar a conduta dele alinhada com essa nova trajetória que seu partido resolveu trilhar. 

    CIENTISTA POLÍTICO MONIZ BANDEIRA , ALERTOU AMARAL SOBRE O DESASTRE

     É oportuno lembrar que em meados de setembro o reconhecido cientista político Moniz Bandeira, especialista em política externa e relações internacionais, escreveu uma carta a Roberto Amaral, exortando-o a renunciar à Presidência do partido antes da reunião Executiva do dia 27 de setembro, para preservar sua reputação política.  O ilustre cientista Moniz Bandeira fez essa recomendação ao, não menos respeitado, Prof. Dr. Roberto Amaral pela analise do cenário político que envolvia a determinação de Marina Silva em candidatar-se à Presidência e sua notória inconformidade e também dos interesses que a representam, com a condição de vice. Moniz Bandeira profetizou que Marina e aqueles que representam os interesses por traz de sua candidatura faria algo para inverter essa situação. Porque motivo Marina se recusou a revelar o nome das entidades que lhe repassaram R$ 1,6 milhão (oficialmente declarado) como pagamento de conferências.  A confidencialidade nesse contexto pode conter indícios nada interessantes.  O segredo pode expressar uma confissão. ____________________Postagens Relacionadas:  Há algo de podre no Reino da Dinamarca
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    Marina: Cavalo de Tróia dos EUA?
    Revolução à Americana
    Como o “potências ocidentais” fabricam “movimentos de oposição” 
    Who Paid the Piper (Quem Pagou a Conta) ?
    ____________________  Moniz Bandeira alerta que as posições assumidas por Marina Silva são radicalmente incompatíveis com as bandeiras do PSB.  Como a oposição ao Mercosul, a subserviência aos Estados Unidos,  a oposição ao direito de autodeterminação de Cuba, a revelação da pretensão de voltar aos tempos de Gal. Castelo Branco de proclamar a dependência do Brasil, conforme afirmou do general Juracy Magalhães, embaixador brasileiro nos EUA: “O que é bom para os EUA, é bom para o Brasil.” O Prof Roberto Amaral, respondeu com um lindo texto, mas deixando brechas  e exposição ao risco intelectual e político. Enalteceu o cientista e ratificou seus ideais e sua posição, fazendo uma afirmação tão firme quando arriscada: “Como militante engajado não posso me guiar por especulação de queda de avião por conspiração estrangeira e nem por premonições.  A famosa realidade objetiva não me permite.” Roberto Amaral mostrou sua idoneidade e militância política de natureza eminentemente socialista, lembrando a refundação do PSB, extinto pela Ditadura, promovido por ele, Antonio Houaiss, Jamil Haddad e posteriormente Miguel Arraes.  Reafirmou as bandeiras do PSB, cujas lutas jamais seriam abandonadas, como: Contra as desigualdades sociais, Pela reforma agrária, Pela defesa do meio ambiente, Pelo domínio de novas tecnologias, Pela ampliação e melhoria do sistema de ensinoPela segurança do cidadão; Pelos grandes projetos estratégicos, sejam os de infraestrutura para o desenvolvimento social e econômico, sejam os que darão suporte ao seu papel como ator global. Pelas iniciativas que respaldarão militarmente a política externa soberana e à aproximação com nossos irmãos africanos e latino-americanos. Pelo combate aos desvios do patrimônio público.

     

     ROBERTO AMARAL SE ILUDIU COM A ÍNDOLE POLÍTICA DE SEUS PARES

    Roberto Amaral respondeu taxativamente ao cientista que renunciaria sim, à Presidência do PSB se essas proposições fossem abandonadas.   Assume ainda, a responsabilidade como dirigente do partido, de zelar pelo cumprimento dos compromisso programáticos, “observada a realidade objetiva”.  Mancharia minha biografia, diz Roberto Amaral,  se acossado por  premonições e pela libertinagem do “livre pensar” optasse pela renúncia. Aqui, com meus botões, não sei o quanto ele ficou impactado pela grave suspeita do acidente fazer parte de um complô internacional ou pelas premonições anunciadas por Moniz Bandeira, mas ao que parece, Roberto Amaral foi atropelado pela “realidade objetiva” que ele mesmo elegeu como regra de conduta. Mesmo que ele não renunciasse para preservar a si mesmo, a sua história, poderia ter assumido posições mais firmes, valendo-se de sua autoridade de líder, de fundador do partido além de respeitado defensor do ideário socialista.  Refazendo-se do choque de “realidade objetiva”, ele tenta juntar os “cacos” emocionais e intelectuais e, antes tarde do que nunca, decide se posicionar conforme determina sua própria biografia.   Repudia categoricamente a posição da Executiva ao apoiar um projeto frontalmente contra as linhas dorsais e as bandeiras históricas do partido, representado pela candidatura de Aécio Neves, caracterizando uma verdadeira guinada para a direita mais conservadora do Brasil.  Alerta ainda,  para a contribuição do partido para os caminhos do retrocesso.  Ao tomar a corajosa decisão de apoiar Dilma Rousseff e recomendar a toda a militância socialista a votar nela, Roberto Amaral, lembra o legado do PSB e os nomes das grandes personalidades responsáveis pela construção do partido, numa tentativa, “antes tarde do que nunca”, de corrigir um erro histórico cometido pela Executiva do PSB.  

    CARTA ABERTA DE ROBERTO AMARAL 

     

    Mensagem aos militantes do PSB e ao povo brasileiro

    A luta interna no PSB, latente há algum tempo e agora aberta, tem como cerne a definição do país que queremos e, por consequência, do Partido que queremos. A querela em torno da nova Executiva e o método patriarcal de escolha de seu próximo presidente são pretextos para sombrear as questões essenciais. Tampouco estão em jogo nossas críticas, seja ao governo Dilma, seja ao PT, seja à atrasada dicotomia PT – PSDB – denunciada na campanha por Eduardo e Marina como do puro e exclusivo interesse das forças que de fato dominam o país e decidem o poder.

    Ao aliar-se acriticamente à candidatura Aécio Neves, o bloco que hoje controla o partido, porém, renega compromissos programáticos e estatutários, suspende o debate sobre o futuro do Brasil, joga no lixo o legado de seus fundadores – entre os quais me incluo – e menospreza o árduo esforço de construção de uma resistência de esquerda, socialista e democrática.

    Esse caminhar tortuoso contradiz a oposição que o Partido sustentou ao longo do período de políticas neoliberais e desconhece sua própria contribuição nos últimos anos, quando, sob os governos Lula dirigiu de forma renovadora a política de ciência e tecnologia do Brasil e, na administração Dilma Rousseff, ocupou o Ministério da Integração Nacional.

    Ao aliar-se à candidatura Aécio Neves, o PSB traiu a luta de Eduardo Campos, encampada após sua morte por Marina Silva, no sentido de enriquecer o debate programático pondo em xeque a nociva e artificial polarização entre PT e PSDB. A sociedade brasileira, ampla e multifacetada, não cabe nestas duas agremiações. Por isso mesmo e, coerentemente, votei, na companhia honrosa de Luiza Erundina, Lídice da Mata, Antonio Carlos Valadares, Glauber Braga, Joilson Cardoso, Kátia Born e Bruno da Mata, a favor da liberação dos militantes. O Senador Capiberibe votou em Dilma Rousseff.

    Como honrar o legado do PSB optando pelo polo mais atrasado? Em momento crucial para o futuro do país, o debate interno do PSB restringiu-se à disputa rastaquera dos que buscam sinecuras e recompensas nos desvãos do Estado. Nas antessalas de nossa sede em Brasília já se escolhem os ministros que o PSB ocuparia num eventual governo tucano. A tragédia do PT e de outros partidos a caminho da descaracterização ideológica não serviu de lição: nenhuma agremiação política pode prescindir da primazia do debate programático sério e aprofundado. Quem não aprende com a História condena-se a errar seguidamente.

    Estamos em face de uma das fontes da crise brasileira: a visão pobre, míope, curta, dos processos históricos, visão na qual o acessório toma a vez do principal, o episódico substitui o estrutural, as miragens tomam o lugar da realidade. Diante da floresta, o medíocre contempla uma ou outra árvore. Perde a noção do rumo histórico.

    Ao menosprezar seu próprio trajeto, ao ignorar as lições de seus fundadores – entre eles João Mangabeira, Antônio Houaiss, Jamil Haddad e Miguel Arraes –, o PSB renunciou à posição que lhe cabia na construção do socialismo do século XXI, o socialismo democrático, optando pela covarde rendição ao statu quo. Renunciou à luta pelas reformas que podem conduzir a sociedade a um patamar condizente com suas legítimas aspirações.

    Qual o papel de um partido socialista no Brasil de hoje? Não será o de promover a conciliação com o capital em detrimento do trabalho; não será o de aceitar a pobreza e a exploração do homem pelo homem como fenômeno natural e irrecorrível; não será o de desaparelhar o Estado em favor do grande capital, nem renunciar à soberania e subordinar-se ao capital financeiro que construiu a crise de 2008 e construirá tantas outras quantas sejam necessárias à expansão do seu domínio, movendo mesmo guerras odientas para atender aos insaciáveis interesses monopolísticos. 

    O papel de um partido socialista no Brasil de hoje é o de impulsionar a redistribuição da riqueza, alargando as políticas sociais e promovendo a reforma agrária em larga escala; é o de proteger o patrimônio natural e cultural; é o de combater todas as formas de atentado à dignidade humana; é o de extinguir as desigualdades espaciais do desenvolvimento; é o de alargar as chances para uma juventude prenhe de aspirações; é o de garantir a segurança do cidadão, em particular aquele em situação de risco; é o de assegurar, através de tecnologias avançadas, a defesa militar contra a ganância estrangeira; é o de promover a aproximação com nossos vizinhos latino-americanos e africanos; é o de prover as possibilidades de escolher soberanamente suas parcerias internacionais. É o de aprofundar a democracia.

    Como presidente do PSB, procurei manter-me equidistante das disputas, embora minha opção fosse publicamente conhecida. Assumi a Presidência do Partido no grave momento que se sucedeu à tragédia que nos levou Eduardo Campos; conduzi o Partido durante a honrada campanha de Marina Silva. Anunciados os números do primeiro turno, ouvi, como magistrado, todas as correntes e dirigi até o final a reunião da Comissão Executiva que escolheu o suicídio político-ideológico.

    Recebi com bons modos a visita do candidato escolhido pela nova maioria. Cumprido o papel a que as circunstâncias me constrangeram, sinto-me livre para lutar pelo Brasil com o qual os brasileiros sonhamos, convencido de que o apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff é, neste momento, a única alternativa para a esquerda socialista e democrática. Sem declinar das nossas diferenças, que nos colocaram em campanhas distintas no primeiro turno, o apoio a Dilma representa mais avanços e menos retrocessos, ou seja, é, nas atuais circunstâncias, a que mais contribui na direção do resgate de dívidas históricas com seu próprio povo, como também de sua inserção tão autônoma quanto possível no cenário global.

    Denunciámos a estreiteza do maniqueísmo PT-PSBD, oferecemos nossa alternativa e fomos derrotados: prevaleceu a dicotomia, e diante dela cumpre optar. E a opção é clara para quem se mantém fiel aos princípios e à trajetória do PSB.

    O Brasil não pode retroagir.

    Convido todos, dentro e fora do PSB, a atuar comigo em defesa da sociedade brasileira, para integrar esse histórico movimento em defesa de um país desenvolvido, democrático e soberano.

    Rio de Janeiro, 11 de outubro de 2014.

    Roberto Amaral Postado por

     

    às

    17:09                                                                                                                                                                                                                                    

  6. O povo brasileiro só conta com sua própria lucidez

    Tijolaço

     

    12 de outubro de 2014 | 18:01Autor: Fernando Brito            

    Slucidez

    Nenhum de nós, neste momento, tem o direito de ser ingênuo com o que está acontecendo.

    Não há um processo eleitoral democrático, normal, onde as forças políticas se confrontam e disputam a preferência do eleitor.

    Tanto que se empurra ao favoritismo um homem que se formou no conforto do nepotismo e cuja  virtude política é sua própria nulidade pessoal.

    Existe, sim, uma tentativa em marcha – e avançada – de conduzir o povo brasileiro não à eleição de um candidato, mas ao linchamento de um governo.

    Uma espécie de 1954 com urnas eletrônicas.

    O povo brasileiro está sitiado.

    Ocultaram-lhe que seria Aécio – e não Marina – a enfrentar Dilma no segundo turno e, assim, deixaram sua nulidade no “freezer”, até que fosse a hora de plantá-lo, ao velho como novidade, para a cartada final.

    E, para ela, não foi preciso mais que articular o comportamento de um canalha de terceiro escalão ao qual se prometem prêmios por “delações”, com um juiz que o faz prestar um depoimento genérico, sobre fatos  que, depois de meses de investigação, ele já teria de ter revelado, para que seja divulgado em redes de televisão, enquanto se nega o acesso a quem é acusado às informações sobre o que é dito, especificamente.

    Parte do Judiciário se junta ao que é generalizado.

    A imprensa, as instituições, a economia, seus políticos  estão de goela aberta, prontos a devorar seu futuro.

    Estão prontos a tudo que lhes signifique uma chance de tirar este país do povo brasileiro.

    Os que o defendem estão mudos ou anulados, perdidos em seus próprios equívocos, acomodações e conveniências.

    Respeitaram, como em nenhuma outra época da história brasileira, o livre funcionamento das instituições e não tocaram nos privilégios de nossa elite, exceto o de ser a única dona do Brasil.

    Todas estas forças, agora, se unem contra um processo político que o afirmava.

    Um processo do qual, nem mesmo ele, o povo, tem uma consciência que vá além de sua pele, de seu instinto.

    Porque suas vanguardas política abriram mão de sê-lo, na ilusão de que podiam ser “de todos”

    Como naquele momento terrível de nossa história, o “mar de lama” que se pintava não era real e muito menos Getúlio Vargas estava nele mergulhado.

    Mas a histeria moralista da UDN de nossos tempos conseguiu arrastar parte da classe média.

    Marina Silva é apenas expressão desta hipocrisia, de um movimento que há 60 anos agita corrupção e anticomunismo como se fossem honrados e defensores das liberdades, mas compactua com o saque colonial de nosso país e com todo o autoritarismo que  tivemos e temos.

    Temos uma elite perversa, que compreende que a fome só faz escravos e que vê escravos da comida os que deixam de passar fome.

    Que odeiam um médico cubano porque aceita trabalhar ganhando R$ 4 mil quando R$ 10 mil não bastam a um médico recém-formado no Brasil para trabalhar de oito às cinco na periferia.

    Tornamo-nos o país do ódio.

    As manchetes de jornal são o que teria dito um crápula, um ladrão, em troca de um perdão e sabe-se mais o que lhe tenham prometido, para declarações cronometradas a coincidirem com o momento das eleições.

    No entanto – que maravilha! – o povo brasileiro resiste.

    Só tem seu instinto a defendê-lo.

    Mas o instinto, tão desprezado, é muito poderoso, se ele encontrar referências.

    Se tivermos, porém, a coragem de lhes dar a verdade.

    Temos 15 dias e um desafio imenso pela frente.

    Nestas duas semanas, temos de usar os programas de TV e os debates para desmontar, corajosamente, as montagens marteladas a cada dia pela mídia.

    Já não é hora de posturas defensivas ou de jogos estratégicos.

    Campanhas são longas, como a que fizeram de junho de 2013 para cá, quando fizeram um país que acreditava estar indo no caminho certo parecer um lugar onde parecia que tudo estava errado.

    E como, assim, conseguiram os incautos esquecer de anos, décadas em que a classe dominante fez, de fato, tudo dar errado para o nosso país e nosso povo.

    Mas o que temos agora não é uma campanha, mas uma batalha.

    Nelas, é preciso coragem, ousadia e líderes.

    Se deixarmos que se percam as referências, a força de nosso povo se dispersa e pode ser vencida.

    Mas se elas surgem, deixando de lado os cálculos políticos convencionais, o povo brasileiro pode  sair do isolamento em que o querem colocar.

    http://tijolaco.com.br/blog/?p=21930

  7. Isto é que é promiscuidade e envolvendo candidatos

    Marina apoia Aécio, depois de Armínio Fraga dizer que favorecerá Itaú.

    http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com.br/2014/10/itau-e-fhc-enquadram-marina-para-apoiar.html

      Armínio Fraga, o mentor econômico de Aécio Neves (PSDB), disse que “não sabe o que vai sobrar do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal” se o tucano se eleger.

    Nem precisa desenhar que o Itaú vai eliminar dois maiores bancos brasileiros de sua concorrência, caso Aécio seja eleito. O que favorecerá muito os donos do Itaú, incluindo Neca Setúbal, que coordenou o programa de governo de Marina Silva.

    Coincidentemente, após essa declaração, Marina Silva declarou hoje apoio a Aécio Neves, se dizendo “convencida de que há proximidade dos programas de governos”.
      Que pena, Marina. Em vez de se redimir e voltar às origens, rendeu-se definitivamente à velha política das oligarquias bilionárias do Banco Itaú, Citibank  e foi conduzida a apoiar Aécio Neves, depois de visitar FHC.

    http://oglobo.globo.com/blogs/ilimar/posts/2014/10/10/a-fusao-psdb-dem-551815.aspSó para refrescar a memória, o Itaú bancou FHC nos últimos anos:

    http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/2012-05-29/fhc-aproveita-tour-com-itau-e-lanca-livro-em-japones.html
    Agora os sonháticos que acreditaram em “nova política” terão que procurar abrigo no Partido Pirata.

    Vamos em frente que o voto é do eleitor e é até provável que a decisão de Marina agrade os demotucanos de sempre, os envenenados pelo ódio e pelo PIG que já não votariam em Dilma, mas desagrade justamente o eleitor com o qual nós temos mais afinidade, aquele mais idealista, que quer um Brasil mais fraterno, com toda criança tendo direito a ter uma vida que qualquer filho de classe média tem, onde todos os adultos tenham estudo e empregos dignos, condições de ter a casa própria, cuidar bem da família, e todos os idosos tenham uma vida de aposentado digna, com direito à saúde e a desfrutar do tempo livre para contar histórias e “causos” deliciosos que só os avôs e avós sabem contar, passar a experiência de vida para os mais novos, passear, visitar os amigos e familiares. 

     

  8. Eleição divide empresários no sertão do Piauí
    13-10-2014—-João Fellet (Enviado da BBC Brasil a Paulistana (Piauí)

    Em um restaurante à margem da BR-407, que corta ao meio a pequena cidade de Paulistana, no sertão do Piauí, um empresário chama a garçonete de canto para tentar convencê-la a mudar seu voto para presidente.

    Contrariando o senso comum, ele queria que a jovem desistisse de votar em Aécio Neves e apoiasse Dilma Rousseff.

    Não conseguiu. Mãe de três filhos, Valdene de Sousa, 27 anos, se dizia determinada a apoiar Aécio “porque Dilma está investindo muito em Cuba, mas não no Brasil”.

    A opção da garçonete é minoritária no município, onde o tucano recebeu apenas 5% dos votos e ficou atrás de Marina Silva (13%) e Dilma (80%). Em todo o Piauí, Aécio também ficou em terceiro, com 13,8% dos votos, contra 14% de Marina e 70,6% de Dilma.

    Moradores de Paulistana disseram que a maioria dos simpatizantes de Aécio no município tem o mesmo perfil de Valdene.

    São em geral jovens assalariados, moradores de áreas urbanas e que escapam por pouco dos critérios para receber o Bolsa Família: integrar família com renda per capita de até R$ 154 por mês e composta por gestantes ou jovens de até 17 anos.

    O empresário que tentava mudar o voto de Valdene – e que não quis ser identificado na reportagem para “evitar atritos com amigos” – deixou o local resignado.

    ‘Mais preparado’

    A poucos metros dali, também na beira da estrada, o dono do maior restaurante da cidade se engajava em esforço contrário: convencer clientes a votar no candidato tucano.

    Francisco das Chagas Rodrigues, o Chaguinha, é um dos raros cabos eleitorais de Aécio em Paulistana. É dele a única caminhonete a circular pela cidade com adesivos do tucano.

    Chaguinha pegou o material no município vizinho de Acauã, onde há dois anos se elegeu vereador pelo PSD. Nacionalmente seu partido apoia a reeleição de Dilma, mas ele diz que manterá sua posição.

    “O Aécio desde pequeno mexe com política e é mais preparado do que quem virou político do nada”, ele diz referindo-se a Dilma, que ao vencer a eleição à Presidência assumiu seu primeiro cargo eletivo.

    As queixas de Chaguinha se direcionam a Dilma, mas não necessariamente ao PT: ele conta que, se Lula saísse candidato, teria seu voto.

    Chaguinha elogia os programas sociais da gestão do ex-presidente, entre os quais o Bolsa Família, mas afirma que Dilma não fez as políticas avançarem.

    “O que a Dilma fez, não fez direito.”

    O empresário critica a decisão da presidente de entregar às prefeituras brasileiras máquinas para reformas urbanas, como retroescavadeiras, sem ter destinado recursos para seu uso.

    Segundo Chaguinha, nenhum prefeito de município pequeno gostou das doações. “Eles não têm dinheiro para a manutenção e o povo começa a cobrar, porque vê os equipamentos lá parados e acha que o prefeito não faz nada por falta de vontade”.

    Embora reconheça a força do PT na região, ele diz que mais e mais moradores têm anunciado o voto em Aécio.

    “O povo está querendo adesivo e não tem.”

    Mais dinheiro na região

    No que depender de um casal de empresários de Paulistana, porém, o tucano não decolará na cidade.

    O engenheiro João Bosco Souza Nery, 55 anos, circula pelo município distribuindo material de campanha de Dilma e tentando evitar adesões a Aécio no boca a boca.

    Dono de uma pequena construtora, ele ainda divide com a esposa, Diva Nery, a administração de uma loja de presentes e de uma farmácia. O casal agora se prepara para inaugurar seu maior empreendimento, um supermercado.

    Diva e Bosco dizem que o sucesso nos negócios se deve, em boa medida, ao dinheiro que passou a circular na região por causa do Bolsa Família e da valorização do salário mínimo nos governos petistas.

    Nos últimos anos franquias de grandes marcas como Hering e O Boticário abriram filiais na cidade, encravada numa região com um dos piores índices de desenvolvimento humano do país.

    Outra explicação para o crescimento da economia da cidade, segundo o casal, é a maior oferta de linhas de microcrédito, entre as quais destacam a do programa Crediamigo.

    Em 2013, o programa – oferecido pelo estatal Banco do Nordeste com recursos do governo federal – realizou 3,4 milhões de operações, ao custo de R$ 5,8 bilhões.

    Diva diz já ter contraído dois empréstimos pelo programa para reformar sua loja. A maior parte dos financiados, no entanto, atua informalmente: são ambulantes, vendedores de cosméticos, bijouterias e lingerie.

    A construtora administrada por Bosco, por sua vez, beneficiou-se do aquecimento na construção civil. A empresa ganhou um contrato para erguer 40 casas pelo programa federal Minha Casa, Minha Vida no município vizinho de Acauã.

    Ele diz, no entanto, que não apóia a presidente por ter recebido o contrato. “Eu comparo, e nos anos do FHC nunca teve investimento aqui.”

    Bosco afirma que a maior prova da transformação ocorrida nos governos petistas se nota nos tempos de seca.

    Antes de Lula, diz ele, quando a estiagem era severa, “faltava tudo e o pessoal saqueava supermercado, caminhão”.

    “Ninguém tinha sossego: era gente pedindo esmola em todo canto, criança jogando cascalho na estrada para ganhar umas moedinhas.”

    “Na última seca, ninguém foi para a rua, ninguém foi para o supermercado saquear, ninguém invadiu para roubar comida. Isso tudo acabou.”

    URL:http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/10/141012_eleicoes_piaui_empresarios_jf 

  9. Nassif, os comentários desse

    Nassif, os comentários desse Pedro Penido parece estarem fora da ética deste blog. A gente uma sequências de palavras chulas dispostas num texto sem nenhum conteúdo. Sequer entendi a quem foram dirigidas tantas agressões. 

  10. Instituto Millenium e o combate à corrupção

    E o Instituto Millenium acha que a Lei Anticorrupção não devia ser regulamentada, além de achar que o orçamento da CGU  está hipertrofiado…

    http://www.clicfolha.com.br/noticia/38678/nova-lei-anticorrupcao

    23/09/2014 às 20h04

    Nova lei anticorrupção

    Por Denis Alves Guimarães

       Sem comentários

    O Brasil está aguardando o governo federal regulamentar a chamada nova Lei Anticorrupção (Lei 12.846/2013) desde fevereiro deste ano, quando a lei, que deve ser aplicada pela União, estados e municípios, entrou em vigor. Grandes entidades federativas já regulamentaram a lei. É o caso, por exemplo, do estado e do município de São Paulo. Entretanto, a maioria dos estados e municípios aguarda o decreto presidencial para tomar sua decisão sobre a própria regulamentação. Tal argumento é bastante razoável, de forma a aumentar a responsabilidade do governo federal pela ausência de aplicação efetiva da lei.

    Muito se especula sobre o porquê de essa tão aguardada regulamentação ainda não ter sido expedida. De acordo com o ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Jorge Hage, a minuta do decreto regulamentador está pronta há alguns meses e aguarda aprovação da Casa Civil; evidentemente e como de costume, o fato de estarmos em ano eleitoral pode ser um fator para tal demora – note-se que o tradicional argumento já foi utilizado inclusive pelo secretário-executivo da CGU, Carlos Alencar. Especula-se que alguns grupos de interesse, pertencentes aos setores privado e público, estejam tentando assegurar que a regulamentação expedida seja aquela considerada a mais benéfica sob seu ponto de vista; também são relevantes as notícias sobre as carências de recursos humanos e outras, também de caráter orçamentário, enfrentadas pela CGU; e assim sucessivamente.

    Dentre os pontos destacados acima, cabe apontar que, em princípio, tal interferência dos grupos de interesse no processo regulamentar é legítima. Não há nada de errado quando entidades do setor privado, preocupadas com a forma pela qual a legislação será aplicada, tentam transmitir às autoridades envolvidas suas dúvidas, preocupações e seu entendimento sobre a regulamentação. O mesmo se afirma em relação a entidades do setor público que podem vir a ter papel central no processo de aplicação da nova lei e que pretendam ver seus pontos de vista bem amparados pelo decreto regulamentador. Entretanto, ao contrário do que ocorreu durante o processo legislativo que resultou na Lei 12.846/2013, não nos parece que o debate sobre a regulamentação esteja sendo feito no mesmo (bom) nível de transparência do debate ocorrido na Câmara dos Deputados.

    Finalmente, quanto à questão das dificuldades orçamentárias enfrentadas pela CGU, há de se perguntar se a política de combate à corrupção é prioridade neste momento no Brasil. Os recursos orçamentários destinados à CGU serão tanto maiores quanto mais positiva for a resposta a essa pergunta. Por outro lado, não se deve perder de vista que, em última análise, o foco das ações anticorrupção é preservar o patrimônio público. Isso quer dizer que, sob o ponto de vista de uma análise econômica, não faz muito sentido que os órgãos de combate à corrupção tenham estruturas excessivamente caras. Trata-se do onipresente debate sobre o tamanho do Estado e a eficiência de suas ações.

    Transparência e eficiência são apenas dois dos grandes desafios relacionados à nova Lei Anticorrupção, mas talvez os que mais bem representem as razões para o atraso da regulamentação.

    DENIS ALVES GUIMARÃES, doutor em Direito Econômico e Financeiro pela Universidade de São Paulo, é especialista do Instituto Millenium.

     

     

  11. 2018VALTER POMAR13 de Outubro

    2018

    Valter  PomarVALTER POMAR13 de Outubro de 2014 às 10:51A pior das ilusões é a que ouvi, talvez não por coincidência, no Dia da Criança: se viéssemos a perder as eleições agora, voltaremos em 2018

     

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    Em 2010, na campanha eleitoral, eu ouvi que o melhor controle social da mídia seria o controle remoto.

    Acontece que o oligopólio da mídia tem várias cabeças, mas fala uma só língua. E de pouco adianta mudar o canal.

    Em 2013, lá na Quadra dos Bancários, durante o ato de inauguração do XIX Encontro do Foro de São Paulo, eu ouvi que os jornais estariam superados, que o futuro seria digital etc e tal.

    Acontece que as redes não são tão democráticas e neutras como parecem ser. E, sem redações permanentes de nosso lado, quem define a pauta é o lado de lá. E se jornais e revistas semanais fossem instrumentos dispensáveis na luta política, por quais motivos a classe dominante investe tanto nos seus?

    No início de 2014, eu ouvi que “venceríamos no primeiro turno”, até porque nossos inimigos seriam “anões políticos”.

    A crença na vitória em primeiro turno eu já conhecia, de 2006 e de 2010. Nos dois casos, só serviu para produzir desânimo na tropa, quando chegou o segundo turno.

    Já quanto aos “anões políticos”, bom…

    Aécio é um playboy, o candidato perfeito dos coxinhas e das madames. Mas não é a primeira vez que a direita brasileira recorre, no desespero, a “salvadores da pátria”. Ademais, como subestimar um inimigo que prosseguiu mesmo quando viu sua campanha virando pó?

    Lá para maio de 2014, foi a época das ilusões na chamada terceira via.

    Havia de tudo: os que achavam que a terceira via não ia ter candidato, os que achavam que se tivesse não decolaria, os que achavam que se decolasse poderia ser até melhor, os que achavam que a candidatura da terceira via poderia nos apoiar contra os tucanos….

    Hoje sabemos onde foi parar a terceira via.

    A partir de setembro de 2014, foi a vez das pesquisas. Cada uma que saia apontando que podíamos ganhar no primeiro turno, consumia energias imensas em discussões infindáveis…

    Agora, o mesmo: cada pesquisa que sai, gera também discussões infindáveis, consumindo energias que poderiam ser melhor aplicadas no debate político com a população.

    Existem os que acreditam que, com nossos 10 minutos no programa de TV, seremos capazes de responder-bem-respondido cada uma das acusações feitas nas demais 23 horas e 50 minutos da programação…

    Melhor, penso eu, utilizar nosso tempo demarcando os dois projetos e apontando ações de futuro que empolguem a classe trabalhadora, os setores populares, a juventude, as mulheres, os setores progressistas e de esquerda, todos os setores que vão garantir a nossa vitória.

    Mas a pior das ilusões é a que ouvi, talvez não por coincidência, no Dia da Criança: se viéssemos a perder as eleições agora, voltaremos em 2018.

    Bom, todo mundo é livre para sonhar. No caso, me fez lembrar uma história ilustrada da Segunda Guerra, da editora Renes, que eu lia quando tinha uns 10 anos.

    Eram vários títulos: Tobruk, Guadacanal, Comandos, A batalha das Ardenas, O Dia D…

    Dentre tantos, me impressionaram muito os que contavam a história da invasão da URSS.

    No começo, os nazistas entraram com tudo. Mas a partir de certo momento, a resistência foi crescendo e a ofensiva nazi foi perdendo energia.

    Há mil e uma razões para isto. Mas nos livrinhos da Renes, era citada uma que nunca esqueci: os nazistas eram muito cruéis.

    Cruéis com o povo, pois eles consideravam que os eslavos eram um povo inferior. Para usar a linguagem de alguns coxinhas, os eslavos eram “nordestinos”.

    E cruéis com os oficiais do Exército e com os militantes do Partido, para quem havia ordens de fuzilamento sumário. Para usar a linguagem de algumas madames, eram “petralhas corruptos”.

    A crueldade nazista era tamanha, que num determinado momento da guerra não era mais necessário convencer ninguém: cada cidadão soviético, cada soldado raso, cada dirigente do governo ou do exército, sabia que a luta era de vida ou de morte.

    Ou derrotavam os nazistas, ou seriam transformados em escravos por muitas e muitas gerações.

    Acho que esta convicção, entranhada em cada indivíduo, motivou boa parte da bravura, do empenho, do espírito de sacrifício, de milhões de combatentes que, no final das contas, ganharam a guerra e derrotaram os nazistas.

    Isto posto, a quem fica se iludindo sobre 2018, eu prefiro dizer o seguinte: o caminho para ganhar em 2018 passa por ganhar em 2014.

    Se um feitiço entregasse a presidência ao playboy dos coxinhas e das madames, não acredito que viveríamos quatro anos normais e depois uma “eleição limpa”.

    Se um feitiço entregasse a presidência ao playboy dos coxinhas e das madames, o mais provável é que tivesse início um período de muitos anos de perseguição contra o povo, contra os sindicatos, contra os movimentos sociais, contra a esquerda, contra o PT e especificamente contra Lula.

    Afinal, as elites aprenderam com 2005. Naquele ano, eles acharam que nós íamos sangrar, sangrar e perder nas eleições. E, de fato, nós sangramos, sangramos, mas também lutamos e ganhamos em 2006 e 2010.

    Agora, se um feitiço desse a presidência ao playboy, é muito pouco provável que a direita cometesse o mesmo erro de 2005. Pelo contrário, tentariam criminalizar, processar e condenar o maior número possível de lideranças da esquerda. A começar por aquela que é a liderança mais querida pelo povo brasileiro.

    Por tudo isto, não cabe ter nenhuma, absolutamente nenhuma ilusão no lado de lá. Eles já demonstraram várias vezes não ter limites.

    É preciso que nossa militância, nosso eleitorado, nosso povo tenha muito claro o que está em jogo, até porque esta consciência aumenta o empenho que todos e todas estamos dedicando à reeleição de Dilma Rousseff.

    E é desse empenho, do empenho de cada um dos milhões de brasileiras e brasileiros que sabem o que está em jogo, que virá nossa vitória no dia 26 de outubro.

     

    http://www.brasil247.com/pt/247/artigos/156765/2018.htm

     

  12. Seca obriga cidades mineiras a adotarem racionamento de água
    Seca obriga cidades mineiras a adotarem racionamento de água
    Viçosa, Igarapé e Passos tomam medidas, formais e informais, para minimizarem problema

    iG Minas Gerais | Janine Horta |

    11/10/2014 03:00:00

     

    Amanda Costa / Divulgacao
    A água está no fim. Serra Azul, reservatório da Copasa localizado nos municípios de Juatuba, Mateus Leme e Igarapé, um dos responsáveis pelo abastecimento da RMBH, está praticamente seco

     

    A seca que castiga Minas Gerais há meses, e que se agrava enquanto não há sinais de chuva, já provoca grandes mudanças na vida de muitas cidades no interior, como Viçosa, na Zona da Mata, Igarapé, na região metropolitana e Passos, na região Sul. Viçosa anunciou ontem um esquema de rodízio no fornecimento de água para todos os bairros, em que o abastecimento será interrompido por 12 horas seguidas em horários definidos pelo Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae), a autarquia municipal responsável pelo serviço de água.

    Na próxima segunda-feira, o Ministério Público Federal estará presente numa reunião entre prefeitura de Viçosa e representantes da Universidade Federal de Viçosa (UFV), para definir a distribuição da água entre a comunidade acadêmica e a cidade. “Temos dois locais de captação de água. Em um deles, o reservatório do rio São Bartolomeu, a vazão de 300 litros/segundo (da qual captávamos 100 litros/segundo para a cidade e 50 litros/segundo para a universidade), caiu para 37 litros/s”, conta o diretor-presidente do SAAE, Antônio Lima Bandeira. No outro local de captação – o rio Turvo – embora o volume da vazão tenha caído menos, por estar em ponto mais baixo, atende apenas parcialmente à cidade e não atende à universidade, que capta apenas no rio São Bartolomeu.

    A prefeitura de Igarapé, atendida pela Copasa, informou que decretou estado de emergência, criou um comitê para enfrentar a crise e “implantou o rodízio no fornecimento de água na cidade; a suspensão do regamento de praças, campos e jardins municipais; a suspensão da utilização de caminhões-pipa para molhar estradas, da lavação dos veículos municipais, com exceção da higienização interna das ambulâncias; implantou uma campanha de conscientização do uso da água nas escolas e demais órgãos públicos; além da intensificação do cercamento de nascentes.” A Copasa, também por meio de nota, informou que “O período de estiagem reduziu a vazão do córrego Estivas – responsável por 40% do abastecimento da cidade – provocando intermitência. Para atendimento à população, a empresa tem realizado manobras operacionais no sistema e deslocado caminhões-pipa para reforçar o abastecimento de hospitais, escolas e creches”.

    Funcionário de uma farmácia no centro de Igarapé, Adão Bastisteli, contou que no bairro onde mora, a água chega dia sim, outro não. “Vamos economizando para não usar toda a água da caixa em casa”, disse.

    Nem Igarapé e nem Viçosa chegaram a pedir ajuda à Defesa Municipal Estadual, que listou até o momento, 155 municípios em situação de emergência por causa da seca. Sendo assim, as duas cidades estão fora da lista do órgão estadual, o que pode significar que o problema em Minas Gerais pode ser bem maior do que se conhece até o momento.Caminhões-pipa.

    Em Passos, Sul de Minas, não tem racionamento, mas, segundo relatos de moradores, já começou rodízio no abastecimento por causa da queda do nível do rio Grande. Segundo o Saae da cidade, os dois sistemas de captação do município estão comprometidos.

     

     

  13. O sentimento de náusea do mundo político pernambucano

    Blog do Jolugue, de Michel Zaidan Filho

    http://blogdojolugue.blogspot.com.br/2014/10/michel-zaidan-filho-o-sentimento-de_12.html

     

     

    Quando Miguel Arraes de Alencar  tomou posse, pela terceira vez, do Governo de Pernambuco, ele citou uma conhecida frase de Carlos Drummond de Andrade que dizia: “tenho duas mãos e o sentimento do mundo”. Se foi mais do que uma  mera frase de efeito, significaria que o velho líder do PSB queria dizer que, embora despojado de riqueza e poder, era portador do sentimento fundo das iniquidades sociais e que trabalharia para combatê-las, no exercício do seu último mandato. Infelizmente não pode fazê-lo,  em função da política de “terra arrasada” praticada contra ele pelo governo do PSDB e do PFL (leia-se Fernando Henrique  Cardoso e Jarbas Vasconcelos). Negaram-lhe até a antecipação de receita da privatização da CELPE, com que ele poderia pagar a folha dos servidores do Estado, no fim do seu melancólico mandato.

                É, portanto, com um sentimento de náusea  que se pode contemplar o espetáculo degradante em que se tornou o mundinho político de Pernambuco, reduzido aos interesses de uma família (mãe, nora, filho, irmão, primo, cunhada etc.) Foi nisso que se transformou o calvário da prisão e do exílio do velho Arraes: na formação de mais uma oligarquia familiar, que certamente pensa que o estado é seu  e pode ser rateado ou distribuído entre os parentes, os amigos e apaniguados. Alguns, muito novos, aliados de vésperas ou de conveniência. É nisso que se transformou o “leão do norte”. Um mero botim para satisfação da ambição e a cupidez de uma minoria, atrelada  -na última hora  -à carruagem do vencedor.

               E as denúncias só se acumulam. Quando vamos desengavetar os processos sobre as licitações fraudulentas, que tratam de propinas aos políticos do PSB e PSDB, entre nós? Quando será apurado a denúncia do propinoduto da Petrobrás e o superfaturamento da Refinaria Abreu e Lima? – E os grampos da Polícia Federal, que surpreenderam as ligações promíscuas entre empresas e políticos do PSB. E o avião fantasma de Eduardo Campos? – E a doação post-mortem do ex-governador à irmã Marina Silva? E o favorecimento do candidato vencedor a empresários que intermediaram a compra da aeronave? – Nada vai ser apurado? Vai tudo para debaixo do tapete, como aconteceu com os escândalos do longo governo do FHC?

                Se nada for feito para apurar as denúncias e esclarecer a opinião pública, temos de convir que o processo eleitoral e seus resultados estão sob suspeita. A vitória eleitoral está longe de ser um indulto  ou anistia  para os crimes cometidos durante a campanha política. Pelo contrário: essa vitória será contestada, a cada minuto, pelas perguntas, dúvidas, incertezas, silêncio em relação aos indícios apresentados, desde o início, do processo eleitoral.Nem a morte, nem a vitória representam a  porta larga dos cortesões ao paraíso, por mais atraentes que sejam as burras de dinheiro do erário público, os cargos, as demissões, o tráfego de influência, o nepotismo, o troca-troca de favores e apoios recebidos etc.

               Se o Estado for mais do que um mero mercado persa, um balcão de negócios ao arrepio da lei e do controle da sociedade, é preciso agir: dá um basta a este festim alimentado pela memória de um morto, mas a serviço dos vivos, bem vivos – que sobreviveram para contar o dinheiro, as benesses, as vantagens auferidas pela necrofilia política praticada pelos amigos e correligionários.

               Os nossos ancestrais indígenas comiam a carne de seus adversários mortos (o banquete totêmico) numa espécie de homenagem à força, a sabedoria e a coragem dos inimigos. Mas esse canibalismo político atual, visa exclusivamente o botim, as vantagens, o lucro. Não a grandeza, despojamento, vocação de serviço, carisma, dom ou seja lá o que for. Apenas interesses. Só interesses.

                       Quanto tempo mais, estaremos dispostos a suportar esse triste espetáculo?

     

  14. Documento do Vaticano defende mudança na relação entre a Igreja
    Documento do Vaticano defende mudança na relação entre a Igreja e os gays

    Por Reuters |

    13/10/2014 14:15- Atualizada às 13/10/2014 15:36

    Segundo documento da Igreja Católica, os homossexuais têm “dons e qualidades a oferecer”

     



     
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    Numa grande mudança de tom, um documento do Vaticano declarou nesta segunda-feira (13) que os homossexuais têm “dons e qualidades a oferecer” e indagou se o catolicismo pode aceitar os gays e reconhecer aspectos positivos de casais do mesmo sexo.

    O documento, preparado após uma semana de discussões sobre temas relacionados à família no sínodo que reuniu 200 bispos, informou que a Igreja deveria aceitar o desafio de encontrar “um espaço fraternal” para os homossexuais sem abdicar da doutrina católica sobre família e matrimônio.

    Embora o texto não assinale nenhuma mudança na condenação da igreja aos atos homossexuais ou em sua oposição ao casamento gay, usa uma linguagem menos condenatória e mais compassiva que comunicados anteriores do Vaticano, sob o comando de outros papas.

    A declaração será a base das conversas da segunda e última semana da assembleia, convocada pelo papa Francisco. Também servirá para aprofundar a reflexão entre católicos de todo o mundo antes de um segundo e definitivo sínodo no ano que vem.

    “Os homossexuais têm dons e qualidades a oferecer à comunidade cristã: seremos capazes de acolher essas pessoas, garantindo a elas um espaço maior em nossas comunidades? Muitas vezes elas desejam encontrar uma igreja que ofereça um lar acolhedor”, afirma o documento, conhecido pelo nome latino de “relatio”.

    “Serão nossas comunidades capazes de proporcionar isso, aceitando e valorizando sua orientação sexual, sem fazer concessões na doutrina católica sobre família e matrimônio?”, indagou.

     

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