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  1. Jornalistas do Valor se queixam de ‘pressões’ da direção para…

    Jornalistas do Valor se queixam de ‘pressões’ da direção para falar mal de Dilma

    do Diário do Centro do Mundo

     

    Um amigo do DCM com boas conexões em Brasília enviou o texto abaixo:

    A direção de redação de Brasília do jornal Valor Econômico baixou uma ordem aos seus repórteres: ignorar qualquer ato ou palavra da presidenta afastada Dilma Rousseff. Exceto, quando a notícia seja negativa, ainda que mentirosa. (O Valor é uma sociedade entre a Globo e a Folha.)

    Isso significa veto a qualquer apuração para se comprovar a veracidade ou a mentira de informações produzidas pela turma de oportunistas que se aproveitou do golpe para chegar ao poder. Um exemplo é a manipulação dos números que deram origem ao anúncio do “rombo” de R$ 170 bilhões nos cofres públicos anunciado pelo ministro da Fazenda de Temer, Henrique Meirelles. Não é apenas censura nos mesmos moldes da ditadura – é proibir os jornalistas de pensarem e questionarem o que está sendo feito.

    Exemplo concreto é o silêncio imposto nas reportagens e análises sobre o fato de o novo presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, ser um dos maiores acionistas do Banco Itaú – um dos que mais ganham com os juros da dívida pública.

    O jornal impõe o que interessa aos endinheirados e seus representantes: os gastos sociais (Saúde, Educação, Bolsa Família etc.) são altos demais – e precisam ser cortados, para preservar a fortuna diária que vaza para os cofres do setor financeiro

    A ordem é abrir espaços no jornal para toda e qualquer notícia relacionada ao presidente provisório Michel Temer. Exceto, é claro, quando ele é relacionado com um dos mentores do golpe, Eduardo Cunha.

  2. PERRELA

    MP ANALISA DESVIO DE R$ 18,9 MI

    Convênio da Epamig entre 2007 e 2011 previa recebimento de sementes que nunca foram entregues; uma das empresas investigadas é a Limeira, da família de Zezé Perrella

    OTEMPÓ | TÂMARA TEIXEIRA  | PUBLICADO EM 17/06/16

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    Limeira. Senador Zezé Perrella (PTB) foi sócio da empresa até 2008, quando era deputado estadual

    Promotor do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), Eduardo Nepomuceno abriu um inquérito para investigar convênios firmados pela Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) para compra de sementes que, conforme atestou a Controladoria Geral do Estado (CGE), não foram entregues, o que teria gerado um prejuízo de R$ 18,9 milhões aos cofres do Estado entre 2007 e 2011, em valores atualizados.

    Segundo o controlador geral de Minas, Dany Andrey Secco, uma sindicância interna investiga o possível envolvimento de dez servidores nas fraudes no programa Minas Sem Fome. Eles estavam lotados na Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater) e na Epamig, que era, no Estado, responsável por pagar pelo material. Os insumos seriam entregues à população rural.

    Uma das empresas investigadas é a Limeira Agropecuária, que pertence à família do senador mineiro Zezé Perrella (PTB) e da qual ele foi sócio até 2008, quando era deputado estadual. Todos os fornecedores que aparecem envolvidos nas supostas irregularidades têm ligação com o petebista. Na lista estão um irmão dele, um ex-assessor e a empresa desse antigo funcionário.

    Segundo a CGE, o cálculo do prejuízo considera as cerca de 2.407 toneladas de sementes de arroz, feijão, milho e sorgo pelas quais o Estado pagou, mas que não teriam chegado até os beneficiários do programa. Entre 2007 e 2011, foram adquiridas 3.729 toneladas de sementes qualificadas. Segundo a auditoria, foram encontradas falhas em 247 municípios, atingindo 138.482 beneficiários, 38% do total de 360.225.

    A Epamig assinou à época Termos de Parceria Técnica com a Limeira Agropecuária, os cooperados Geraldo de Oliveira Costa, irmão de Perrella, Manoel Luiz Silveira Pinhão, ex-assessor do senador, e a Agroshop, que pertence a Pinhão.

    O programa Minas sem Fome é executado pela Emater desde 2004 com o objetivo de estimular a produção de alimentos e a melhoria de renda dos agricultores familiares. Segundo Andrey Secco, o Estado, em 2007, decidiu que a Emater não precisaria mais fazer licitações para adquirir as sementes por ter avaliado que a Epamig teria condições de fornecê-las.

    A Epamig deveria contratar os cooperados, entregar a eles as sementes qualificadas para que as multiplicassem e providenciassem o ensacamento delas. O produto seria, então, devolvido à Epamig, que oferecia assistência técnica para esse processo.

    “Quando os cooperados entregavam as sementes, pela regra, tinha que passar pelo controle da Emater, mas isso passou a ser feito na Epamig, que enviava direto para as prefeituras e, às vezes, para os agricultores. Não havia conferência”, disse. Segundo ele, a auditoria não encontrou notas que comprovassem que os cooperados entregaram o volume de sementes contratado. Por amostragem, verificou-se ainda divergência entre o número de beneficiados e o de termos de recebimento apresentados.

    Histórico. Nepomuceno diz que o relatório da CGE reforça outra ação em curso no MPMG e que investiga os contratos sem licitação entre esses fornecedores e a Epamig no Minas sem Fome.

    “Temos ausência de notas fiscais relativas a várias operações em que teria havido a compra e venda dessas sementes, houve o pagamento sem entrega efetiva da nota fiscal. O local indicado para entrega dessas sementes é um local absolutamente impróprio para o armazenamento. Isso gerou desconfiança. Seria o caso de entregar semente num escritório, totalmente inaplicável. Outra situação é ausência de comprovação de pagamento de frete. Essa semente deveria ter sido transportada para o interior por carretas, caminhões e não existe nenhum documento demonstrando que o frete foi pago”, disse o promotor ao portal “G1”.

    Epamig e Emater negam fraude

    O programa Minas sem Fome, no qual teria ocorrido as fraudes que somam até R$ 18,9 milhões, entre 2007 e 2011, ainda existe no Estado. Segundo a Emater, contudo, as empresas e os cooperados que foram apontados como problemáticos na auditoria não são mais fornecedores do governo desde 2011.

    Ao contrário do que atestou auditoria da Controladoria Geral do Estado (CGE), a Emater nega que tenha havido irregularidades. “A Emater esclarece que não houve irregularidades nos processos de distribuição de sementes. A empresa tem o registro em seu sistema informatizado de toda a entrega de sementes feita pelo programa. Neste sistema constam nome, endereço e CPF de todos os 360.225 beneficiários, de 790 municípios, de 2007 a 2011”.

    A empresa informou ainda que “não foi a responsável pela compra e pagamento das sementes de 2007 a 2011. Portanto, não teve nem tem contrato com as empresas citadas”. Esse papel era da Epamig.

    A Epamig informou que participou do programa entre 2007 e 2011 e que recebeu, no período, R$ 19,9 milhões “para produção, aquisição e logística de distribuição, conforme definido pela Emater”.

    “Desconhecemos irregularidades. Houve questionamentos quanto à prestação de contas em decorrência da não apresentação de toda a documentação fiscal necessária, o que foi plenamente atendido e enviado à CGE”. (TT)

    Defesa de Perrella critica relatório final

    A defesa do senador Zezé Perrella criticou o relatório da Controladoria Geral do Estado (CGE) “concluído de forma precipitada”. Segundo o advogado da Limeira Agropecuária e do senador, Sérgio Rodrigues, nenhuma das duas partes foi ouvida até o momento, “razão pela qual não conhecemos todos os seus detalhes”, disse.

    “Causa estranheza que tal relatório, concluído há tempos e, repita-se, sem ouvir o senador, só tenha vindo a público meses depois de sua finalização, coincidentemente após o senador se destacar como defensor do impeachment da presidente afastada (Dilma Rousseff), que é aliada politicamente ao governo que controla o órgão que elaborou esse relatório”, diz Sérgio Rodrigues.

    Segundo o advogado, a Controladoria rejeitou um prazo para que a Epamig apresentasse documentos “estando suas conclusões pautadas na ausência de documentos”. O advogado critica ainda o trabalho do Ministério Público, que, antes da auditoria, já investigava o caso “sem apuração efetiva”.

    “Certamente, o interesse do senador e da empresa da qual seus filhos são sócios é demonstrar que sempre agiram da forma correta, o que já está sendo feito”, afirmou o defensor. Segundo ele, a Limeira está desde 2009 registrada em nome de Gustavo Perrella e Carolina Perrella, filhos do senador, e de André Almeida Costa, sobrinho do senador. A reportagem não localizou Manoel Luiz Pinhão, um dos cooperados contratados pela Epamig e ex-funcionário do político. (TT)

    http://www.otempo.com.br/capa/pol%C3%ADtica/mp-analisa-desvio-de-r-18-9-mi-1.1324402

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