Depois de dias de discussões, 198 países aprovaram nesta quarta-feira (13), em Dubai, Emirados Árabes Unidos, a declaração final da Conferência sobre Alterações Climáticas (COP) 28, na qual foi acordado pela primeira vez avançar a transição energética e “deixar para trás” a indústria dos combustíveis fósseis.
O texto da COP 28 toma como meta limitar o aumento da temperatura global a 1,5 graus Celsius acima dos níveis pré-industriais.
Conforme o documento, as nações almejam “reduções profundas, rápidas e sustentadas nas emissões de gases de efeito estufa de 43% até 2030 e 60% até 2035 – com relação a 2019. A meta até 2050 é atingir zero emissões.
Para o presidente da COP 28, o sultão dos Emirados Al Jaber, a declaração, adotada após vários dias de discussões, “é uma conquista histórica e sem precedentes”.
Movimentos ambientalistas consideram a resolução realmente um avanço em relação à minuta inicial com o pedido de “transição para longe” da indústria fóssil, embora o ideal teria sido a “eliminação progressiva da indústria fóssil” com prazos concretos e medidas.
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, disse que limitar o aquecimento global a 1,5°C será impossível sem a eliminação gradual dos combustíveis fósseis.
“Isto também foi reconhecido por uma coligação crescente e diversificada de países na COP 28. A era dos combustíveis fósseis deve acabar, e deve terminar com justiça e equidade”, disse Guterres na sua conta na rede social X.
Financiamento ficou de fora
Ponto crucial para a América Latina e grande parte do Sul Global, o financiamento para a realização da transição energética ficou de fora. Todavia, outros pontos foram de avanço.
Um desses avanços é a aceleração dos esforços para reduzir progressivamente a utilização de energia baseada no carvão sem sistemas de mitigação, além de triplicar a capacidade global de energia renovável e duplicar a taxa média anual global de melhoria na eficiência energética até 2030.
O texto contempla a aceleração dos esforços globais no sentido de sistemas energéticos com emissões líquidas zero, utilizando combustíveis com zero ou baixas emissões de dióxido de carbono até meados do século.
Com informações da TeleSur
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