Coronavírus: avanço de vírus coloca Irã em estado de alerta

País registra a maior taxa de mortalidade fora da China – e existe debate sobre até que ponto os dados oficiais são verdadeiros

Irã registra um dos maiores números de vítimas de coronavírus fora da China. Foto: Reprodução/Egypt Independent

Jornal GGN – Uma série de fatores fez do Irã o país com a maior taxa de mortalidade pelo surto de coronavírus fora da China, embora o número de vítimas seja questionado em meio a um embate sobre a repercussão do caso fora do país.

O jornal inglês The Guardian explica que desde o dia 19 de fevereiro – quando foi registrado o primeiro caso de coronavírus no país, provavelmente trazido por um comerciante iraniano que realizava viagens frequentes à China -, o país se viu envolvido em uma combinação fatal de forças, como o efeito dos anos de sanções norte-americanas, um serviço de saúde degradado e os baixos níveis de confiança nas autoridades.

Até o momento, os dados oficiais apontam 77 vítimas fatais, no maior número registrado em países fora da China. O avanço da doença levou a população a mudar sua rotina, ao ponto de as orações de sexta-feira serem canceladas pela primeira vez desde a revolução de 1979.

O departamento de saúde do Irã diz que seus números não estão sendo manipulados politicamente. Os dados do ministério indicavam que, na segunda-feira, havia o registro de 66 vítimas fatais e que o total de infectados chegava a 1.501 (um aumento de 50% em 24 horas) e que 291 pessoas se recuperaram. Na terça-feira, o número de casos subiu em 835 e as mortes em 11, e o total de pessoas recuperadas atingiu 435.

Embora a taxa de mortalidade tenha caído na terça-feira, o número de casos confirmados no país estava bem abaixo do que se poderia projetar, por conta das taxas de mortalidade registradas em outros lugares.

Enquanto o diretor geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom, disse não ter detectado evidências de que o Irã esteja encobrindo o caso, o governo iraniano acusa a Arábia Saudita e a mídia ocidental de tentarem enfraquecer a nação – e muitos questionam se o governo teocrático do país adotou a velocidade necessária para lidar com tal epidemia.

Redação

2 Comentários

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  1. A maior das batalhas da humanidade, a meu ver já perdida, é com respeito à falsidade, a mentira, o fake news. Até porque e como se tem visto, o 1% mais rico amealha muito mais cifrões no ambiente de especulação, onde a fofoca, o gossips, a intriga, o descrédito do outro, o achaque, a difamação são ingredientes e ao mesmo tempo proles entre si. Não é sem razão que a ditadura moderna é a do protagonismo da narrativa, da garimpagem de dados, da propriedade dos agentes de comunicação de massa. Só que este futuro é curto, pois a coisa que mais cresce em tal ambiente é a usura, a ganância e estes são trava no olho que deixa de enxergar que se é fato que a verdade é o que vos liberta, a mentira é o que vos escravizará. Lembrando que a quase totalidade do dinheiro no mundo atual é de “mentira”, não existe se é virtual, não tem lastro e depende totalmente da anuência de um estado que o 1% já não acredita que exista. A não ser que acredites que o sistema da xp caiu por acaso.

  2. Me pergunto se o largo uso das burkas não diminuiriam a frequencia de propagação do patógeno. Será que eles são permeáveis ao virus?

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