Coronavírus: Pacote de Bolsonaro é “para enganar trouxa”, diz Kennedy Alencar

"Só gogó não funciona contra o coronavírus", disse o jornalista

Jornal GGN – O jornalista Kennedy Alencar publicou artigo na noite de terça (17) afirmando que o pacote de R$ 147 bilhões que o governo Bolsonaro lançou contra o coronavírus está cheio de “medidas inócuas que parecem feitas para enganar trouxa.”

Na visão de Kennedy, as iniciativas não vão mitigar, de fato, o impacto que a epidemia terá sobre a economia nacional.

“Adianta adiar o pagamento do Simples para empresas que não vão faturar nada? O que terão a pagar sem faturamento?”

“Adianta estimular os bancos a oferecer empréstimo para quem não precisa de capital de giro ou não deseja investir? Ou será que haverá um surto de crescimento diante do vírus? Claro que não. Haverá uma recessão.”

Segundo Kennedy, “são necessárias medidas anticíclicas”, com “injeção de dinheiro para evitar a quebradeiras de pessoas físicas e jurídicas.”

É preciso “adotar um programa de transferência de renda para os mais pobres e de socorro aos pequenos negociantes.”

“Só gogó não funciona contra o coronavírus”, disse.

Ele recomendou que os seguidores leiam o que andam escrevendo as economistas Monica de Bolle e Laura Carvalho.

Ainda na visão de Kennedy, Paulo Guedes também pecou ao não aproveitar o primeiro ano de governo para entregar o máximo de resultados possíveis. Agora, fica às voltas com a agenda reformista que nem o Congresso considera suficiente para conter os estragos da epidemia.

Redação

4 Comentários

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  1. “Pode-se enganar a todos por algum tempo; pode-se enganar alguns por todo o tempo; mas não se pode enganar a todos todo o tempo”. – Abraham Lincoln

  2. Que tal identificar todo agente econômico (incluindo pessoa física) que vai precisar da ajuda financeira do Estado, e que controla títulos da dívida, fazendo uma negociação ganha ganha?

    Falo de tudo q for injetado pelo estado seja abatido da dívida, na medida do possível.

    Não eh o novo proer.

    Ex, a gol, CVC, etc precisa de 10 bilhões. Os controladores possuem 15 bi em titulos da divida.
    O q o gov der, seja por isenção ou não, será considerado recompra de títulos.

    Né não?

  3. Que tal identificar todo agente econômico (incluindo pessoa física) que vai precisar da ajuda financeira do Estado, e que controla títulos da dívida, fazendo uma negociação ganha ganha?

    Falo de tudo q for injetado pelo estado seja abatido da dívida, na medida do possível.

    Não eh o novo proer.

    Ex, a gol, CVC, etc precisa de 10 bilhões. Os controladores possuem 15 bi em titulos da divida.
    O q o gov der, seja por isenção ou não, será considerado recompra de títulos.

    Né não?

  4. A pandemia na qual nos encontramos implica reconhecê-la como um de estado de guerra. Guerra sanitária, mas guerra. A evidencia histórica mostra que em momentos de guerra o governo central assume a posição de grande coordenador da alocação dos recursos humanos e materiais da nação. Em períodos de guerra nunca existiu preocupação com déficit público. O governo central usa sua prerrogativa de emissor soberano e aumenta a quantidade de moeda disponível para fazer andar a economia. E faz isso comprando armas, munições, pagando soldo aos recrutas convocados para servir em armas, construindo a infraestrutura necessária para movimentar exércitos e respectivas provisões.

    Os efeitos do COVID 19 na economia do país são idênticos àqueles gerados por um ataque bélico que, além de destruir vidas, paralisa a capacidade operacional dos agentes econômicos. O isolamento social que ele impõe interrompe o intercâmbio de materiais e serviços entre pessoas e empresas destruindo o fluxo de moeda. Nesse instante de completa paralisia, aumentar a disponibilidade de crédito para as empresas e colocar dinheiro no bolso das pessoas não é capaz de trazer de volta as trocas de materiais e serviços. Ameniza a fome mas não produz a comida de que as pessoas necessitam para sobreviver.

    O que o Brasil e o mundo precisam nesse momento de calamidade sanitária e desordem econômica não é de um emprestador de último recurso capaz de imprimir moeda sem constrangimentos. O Brasil e o mundo precisam agora é de um governo que tem a possibilidade ilimitada de imprimir moeda para sustentar sua função indelegável de comprador de último recurso. Um comprador competente que além de armas e munições sabe comprar, e por isso é capaz de induzir a indústria nacional a voltar a produzir, equipamentos hospitalares, remédios, camas, os edifícios em que devem ser instalados, as ambulâncias que transportam doentes e as estradas onde precisam trafegar e principalmente o serviço indispensável de médicos, assistentes, enfermeiros, assistentes sociais e de todos aqueles que servem a vida, e não a morte.

    Lamentavelmente o Brasil vive o paradoxo ser governado por militares que se mostram incapazes de mobilizar e conduzir a nação no seu esforço de guerra contra o COVID 19.

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