Coronavírus: Paris se prepara para receber de volta os ‘exilados’ do lockdown

Em Paris, houve um êxodo de moradores nas horas que antecederam o estrito bloqueio, que entrou em vigor ao meio-dia de 17 de março. A situação gerou polêmicas.

Jornal GGN – Os ‘exilados’ do coronavírus de Paris devem retornar à cidade no final do bloqueio na França, em 11 de maio. A decisão foi transmitida pelo ministro dos Transportes Jean-Baptiste Djebbari, mas não deverão voltar de uma só vez.

Em Paris, houve um êxodo de moradores nas horas que antecederam o estrito bloqueio, que entrou em vigor ao meio-dia de 17 de março. A situação gerou polêmicas. Os que deixaram a capital foram acusados de espalhar o vírus para áreas rurais onde possuíam casas de férias, e também evidenciou as desigualdades do Covid-19 em dividir os parisienses entre aqueles que tiveram a sorte de ter segundas residências que pudessem fugir de Paris e aqueles confinados em apartamentos pequenos, muitas vezes sem jardins, terraços ou varandas, e que não tinham escolha a não ser ficar.

Aqueles que retornam à cidade de trem deverão reservar seus lugares, que serão limitados à metade do número de passageiros em lotação normal, para evitar aglomerações.

O primeiro-ministro Édouard Philippe alertou que viagens de longa distância não essenciais – jornadas de mais de 100 km – serão desencorajadas, mesmo após 11 de maio. Além disso, maio é um mês com muitos feriados na França, e Philippe já disse que a população não deveria nem pensar em viajar no fim de semana.

Esquema de reabertura gradual

O governo francês publicou várias datas importantes para a reabertura gradual da vida pública, mas ainda condicionando à propagação do vírus. Caso os casos ainda estejam em alta, o alívio das restrições acontecerá por regiões, com consulta às autoridades locais.

30 de abril: o chefe da autoridade sanitária francesa Jérôme Salomon começará a fornecer dados sobre o vírus em cada setor francês, em seus números noturnos de coronavírus. Esses dados serão usados ​​para decidir onde as restrições de bloqueio serão flexibilizadas e onde algumas podem continuar.

7 de maio: Dependendo de onde o vírus está “circulando”, cada setor será designado “verde”, onde as restrições serão levantadas em 11 de maio ou “vermelho” onde não puderem.

11 de maio: Máscaras estarão disponíveis para o público em geral. Lojas – excluindo shoppings e centros – e as empresas reabrirão. O transporte público estará em funcionamento, mas as máscaras serão obrigatórias e metade dos assentos dos trens, metrôs, bondes e ônibus permanecerão vazios para manter o distanciamento social.

O pessoal do berçário e da escola primária retornará ao trabalho para se preparar para a reabertura dos estabelecimentos. Locais de culto podem reabrir, mas nenhum serviço deve ser realizado. Alguns parques serão abertos em áreas designadas “verdes”.

12 de maio: reabilitação de creches e escolas primárias. Crianças em grupos de no máximo 10 anos sem contato entre elas.

18 de maio: são abertos os dois anos da escola secundária mais baixa (faculdade em francês). Classes de no máximo 15 alunos, máscaras obrigatórias para alunos e professores e gel para as mãos, amplamente disponíveis nas escolas.

Maio / junho: decisão a ser tomada sobre quando reabrir bares, cafés, restaurantes, cinemas e estabelecimentos culturais.

2 de junho: Serão introduzidas novas flexibilidades ou restrições, dependendo da presença e disseminação do coronavírus nas três semanas anteriores.

Com informações do The Guardian.

Redação

1 Comentário

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  1. Daqui há 10 dias. Apenas 10 dias e toda esta histeria criada a a partir de Italia e Espanha, tradicionalmente negligentes e omissas com sua grande População Idosa, abandonadas sozinhas em seus aptos e casas, terá derretido junto doenças e mortes tipicas do rigoroso Inverno Europeu. Com altas temperaturas de Primavera que prenuncia Férias em alta estação de Verão, a total normalidade já desembarca no Continente Europeu. E Continente Europeu são 50 países. E não somente Italia e Espanha. Assim como os gigantescos, território e população, da China não é somente Wuhan. Com o calor das altas temperaturas da Primavera, a histeria mundial não chegou em números ao absurdamente populoso Sudoeste Asiático, Continente Africano, América Latina, India,….Igualmente quentes e tropicais. Seria coincidência?

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