Diálogo extremado

Barbara Gancia, FSP, 15/03:

América Latina. Um continente, diga-se, que a despeito da globalização, prefere insistir em variações paternalistas de modelo chavista ou peronista liderados por “pais dos pobres” carismáticos, dos quais a população continua a exigir garantias de emprego, educação, saúde, enfim, de tudo menos reformas que combatam a corrupção e em que primitivos sistemas de referendos e cooperativas sejam substituídas pela economia de mercado e instituições que formem democracias representativas de base sólida.”



Luiz Seixas, e-mail, 15/03:

“Leia-se neoliberalismo ou capitalismo neoliberal, o mesmo que fodeu com a Europa e os EUA (os pobres de lá, porque os ricos continuam explorando você). Porra, se não quer ser criticada, não escreva essas merdas reacionárias e desmentidas pela contemporaneidade. Foi a própria essência do que vc chama de economia de mercado que jogou o mundo no buraco. Os “pais dos pobres” e as variações paternalistas dos modelos chavistas, peronistas, getulistas, lulistas, são os responsáveis pela melhoria da qualidade de vida na América Latina. Pela sobrevivência física e pela evolução cultural e educacional, conforme o PNUD.

E eu fico perdendo meu tempo com você!”



Barbara Gancia, e-mail, 15/03:



A melhoria pela qualidade de vida da sociedade latino-americana se deve ao fim da inflação. E o tal do Getúlio a quem vc se refere é aquele cujo coração pendeu fortemente pro lado do Hitler e que queria se perpetuar no poder? E por que essa inflamação toda, hein, rapaz? Não sabe conversar sem implodir?   



Luiz Seixas, e-mail, 15/03:



Ao fim da inflação uma ova. E os 54 milhões de miseráveis brasileiros em 2002, 8 anos após o plano real? Quanto ao Getúlio, que não é o foco principal dessa conversa, o coração pendeu para Hitler no início dos anos 30, como o de D. Helder, antes que o nazismo mostrasse a face monstruosa do racismo e da intolerância. Você tem espaço na mídia do PIG e é irresponsável usar esse privilégio para defender ideias falsas e nocivas, como a substituição de cooperativas e ações solidárias pela selvageria do capitalismo neoliberal.

 

 

Ah, sim, a inflamação. Aguardei 60 anos por um período de justiça social e liberdade de opinião. Considero que esse período teve início em 2003, com a ascensão de Lula e do PT ao poder executivo. As opiniões que você expressa vão de encontro ao que esperei por tanto tempo. Não me restam mais tempo e paciência neste mundo para voltar atrás e recomeçar a luta. Por isso, os que pregam o capitalismo neoliberal são meus inimigos pessoais e figadais.

Deu para entender?”

 

 

 

Barbara Gancia, e-mail, 15/03:

 

 

Deu. Só que o foco da coluna também não é se eu defendo ou não o ponto de vista do papa. Mas o que o Vaticano tem em mente para desviar a atenção das mazelas da igreja. E pode crer que será uma ação barra-pesada! Em todo caso, sua opinião é muito respeitável. Sua educação nem tanto.

Bom fim de semana,

Barbara

 

Redação

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