Esquerda não reage adequadamente à ascensão da extrema-direita, diz cineasta britânico

"O crescimento da extrema-direita é o mesmo que nos anos anteriores [à Segunda Guerra Mundial] ou até maior, porque agora é liderado pelos EUA, e o temos no Brasil com Bolsonaro"

Jornal GGN – Ken Loach, diretor de cinema britânico, lotou a Universidade de Valência, na Espanha, para falar sobre a ascensão da extrema-direita sobretudo na Europa, mas sem esquecer do fenômeno nos Estados Unidos e no Brasil sob Jair Bolsonaro. Na visão dele, a esquerda não reage adequadamente à inclinação da sociedade sem esperança ao autoritarismo ou populismo de direita.

Loach, que teve a infância marcada pelos impactos da segunda guerra mundial, alertou para o perigo da nova extrema-direita.

“Pensamos que estamos em um momento de perigo, temos a sensação de que a extrema-direita está em andamento novamente. Agora, olhamos por toda a Europa e temos Lepen na França, Boris Johnson na Inglaterra, que é a versão em quadrinhos de Salvini, na Itália.”

“O crescimento da extrema-direita é o mesmo que nos anos anteriores [à Segunda Guerra Mundial] ou até maior, porque agora é liderado pelos EUA, e o temos no Brasil com Bolsonaro. E a resposta da esquerda tem sido totalmente inadequada”, afirmou ele.

Para o cineasta, “em geral as pessoas jogam para a direita quando estão desesperadas e perdem a esperança, e isso significa que há um erro na esquerda, porque a esquerda deveria representam os interesses da classe trabalhadora.”

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Redação

2 Comentários

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  1. Pelo comentário, ele parece muito ciente daquilo que a esquerda no Brasil vem fazendo.
    A diferença fundamental é que, no Brasil, falar que se é trabalhador é só na hora de tomar batida da polícia e/ ou pra se dizer que é honesto ou honrado, um atributo moral.
    Falar que se é membro da classe trabalhadora soa coisa de outro mundo e não uma condição específica real e de origem.
    E nem estou falando de consciência que se é de uma classe específica.
    Quando um britânico fala de “classe trabalhadora”, ele se refere de modo muito marcado e muito claro no dia a dia, diz respeito, inclusive, em seus respectivos hábitos. Não é uma definição sociológica. As pessoas usam realmente no cotidiano. Ao contrário daqui.

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