Família Bolsonaro parte para o ataque contra Moro

Presidente usa narrativa de golpe de Estado à apoiadores em Brasília; ex-ministro da Justiça depõe em Curitiba neste sábado

Foto: Reprodução

Jornal GGN – Antes mesmo do depoimento do ex-ministro Sergio Moro em Curitiba, a família Bolsonaro partiu para o ataque contra o então “indemissível” ministro, seja pelas redes sociais ou pessoalmente.

Os apoiadores do presidente têm adotado a narrativa de golpe de Estado em andamento, e arregimentado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) – que, nos últimos dias, suspendeu a posse de Alexandre Ramagem do cargo de diretor-geral da Polícia Federal e derrubou as restrições à Lei de Acesso à Informação em meio à pandemia do coronavírus.

Na manhã deste sábado, o presidente Jair Bolsonaro chamou Moro de “Judas” diante de apoiadores na porta do Palácio do Planalto, e afirmou que ninguém dará um golpe em seu governo.

Segundo informações do jornal Folha de São Paulo, a declaração do presidente foi feita depois que um dos apoiadores citou o Supremo Tribunal Federal (STF). “Fizemos vaquinha para vir aqui para te dar apoio para repudiar o que aquele Supremo Tribunal Federal está fazendo com o senhor”, afirmou um dos presentes.

“Ninguém vai fazer nada ao arrepio da Constituição, fiquem tranquilos. Ninguém vai querer dar um golpe em cima de mim, não, podem ficar tranquilos”, disse.

Pouco depois, o presidente publicou um vídeo sobre as suspeitas sobre o mandante da facada que levou durante a campanha presidencial de 2018.

A ofensiva foi engrossada pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), que usou seu Twitter para afirmar que, “pela primeira vez, um ministro do STF nomeia o diretor-geral da PF (ao arrepio da Constituição)”.

 

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Redação

7 Comentários

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  1. Não se deixem enganar, ele tá acuado. O negócio é ir pra cima. Vão gritar, mentir, ladrar, até mesmo agredir. Estão f*rrados.
    Já pediu “ajuda” pro Centrão, o quero-quero da República.

  2. acusou o golpe.
    Agora é evidente, os adversários vão para cima.
    Dependendo das provas, não haverá nenhum processo de afastamento, muito menos de renúncia.

    Será de fuga pelo aeroporto mais próximo,provavelmente com a família toda.

  3. O Técnico que analisa e comenta o video identifica pelo menos 3 pessoas que falam com Adelio. Certamente são seguranças do Bolsonaro. O Técnico pensa que é um complô contra Bolsonaro e acha que tem que investigar a fundo. Na verdade foi um complô a favor de Bolsonaro, por isso ninguém descobriu nada: Levou uma facadinha de nada, mal aparece sangue, ninguém viu a faca – dizem que era de cozinha – , havia um lenço ou toalha pronto para encobrir o “ferimento”, o Albert Einstein já de prontidão. Para quem viu as cicatrizes da Cirurgia, vão por todo abdômen abaixo, sendo que a facada parece ter sido próximo ao peito. Bolsonaro tinha um histórico de dores no abdômen, certamente algo grave como um câncer, que tinha que ser operado. Por isso foi operado pelo maior especialista em cirurgias de câncer do Albert Einstein! Se em plena campanha, tivesse que operar um cancer, não chegaria ao segundo turno. Com a história da facada, passou a ser vítima, ibope gratuíto, disparou nas pesquisas, e, de brinde, não precisou (por recomendação médica) participar de nenhum debate. Ganhou a eleição!

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