FHC: produto midiático e a realidade paralela da velha mídia.

Seria saudável pensar a realidade de FHC, Aécio, Serra, Alckmin, Moro, Gilmar Mendes, Cunha, alguns mais, e agora, Temer dentro de uma lógica de VALE-TUDO a eles oferecida em seus cotidianos, porque estes personagens da Política ou ligados à ela por afinidades ideológicas defenderam e defendem desde sempre os interesses do 1% da sociedade, o mesmo procedimento de defesa ativado pela Velha Mídia capitaneada pela Rede Globo e algumas poucas mídias mais desde tempos remotos.

Quando falo em VALE-TUDO falo da blindagem excessiva de seus atos em terras brasileiras, primeiramente, blindagem midiática e, segundamente, blindagem da Justiça.

FHC está dentro da classe política ligada ideologicamente à velha mídia.

Por exemplo. Moro, Igor de Paula e Gilmar Mendes têm a possibilidade de fazer o que fazem porque estão, também, ideologicamente ligados à velha mídia.

Os meios de comunicação oligopolizados no Brasil capitaneados pela Rede Globo & Cia., que o Nassif chama de velha mídia, são detentores de mais de 80% de todas as fontes de informação possíveis para a população brasileira saber dos acontecimentos diários do Brasil e do Mundo e no idioma nativo: o Português.

Bem sabemos, ou quem não sabe com um pouco de desprendimento e observação pode saber, há um procedimento padrão neste oligopólio midiático, a proteção e valorização dos políticos e membros do Judiciário que estiverem ao lado da velha mídia, ou seja, que defendam seus interesses e de seus aliados na Economia e na Sociedade.

Um aliado da velha mídia pode cometer todos os erros administrativos, pode ir contra os interesses nacionais e pode agir de maneira nada Ética no trato do dinheiro público, pode ainda enriquecer de forma ilícita e fazer da corrupção um modo de Governar e de vida. Ele será blindado e, ainda, tratado como um sujeito de respeito e capacitado, uma pessoa que quer o bem dos brasileiros, mesmo que não queira e, ainda, faça tudo diferente, aja  em direção oposta aos interesses nacionais.

E, como se pode dizer que a blindagem é eficaz?

Imaginemos termos no Brasil quase todos os meios de comunicação nas mãos de apenas 5 ou 6 famílias, defendendo um mesmo interesse Econômico e Social para o Brasil, sem a menor preocupação em dissociar o interesse de uma empresa privada e seus aliados na Economia e na Sociedade dos interesses públicos e dos brasileiros?

É o que ocorre neste País. Os interesses privados e de aliados na Economia e na Sociedade da Rede Globo & Cia. e seu oligopólio midiático sobrepõem-se aos interesses do Brasil. Se eu tenho uma força brutal de controle da informação e consequente formação da opinião pública brasileira, via monopólio da notícia, eu posso defender meus interesses e cooptar dentro das instituições que formam a sociedade meus aliados e defensores.

Na Política e no Judiciário a velha mídia coopta seus aliados e defensores. E, estes, ao lhe defender e agir conforme os interesses do oligopólio midiático ficam imunes ao noticiário negativo, ao controle de seus erros administrativos, e atos eticamente reprováveis. Até a corrupção é tolerada; esconde-se do noticiário os fatos reprováveis do Juiz, do Político e pronto.

A grande maioria da população não fica sabendo dos atos reprováveis de um aliado da velha mídia. E a prova mais cabal do que digo é Aécio Neves, campeão de delações na Lava-Jato, quase se tornou Presidente do Brasil com um discurso de combate à-corrupção pela blindagem às suas corrupções na velha mídia e no Judiciário, que sempre fez vistas grossas às denúncias contra ele.

Aécio, um Político e aliado midiático do Século XXI, como FHC foi da última década do Século XX.

Com o oligopólio midiático a realidade brasileira vira uma realidade de mão-única. Todos os acontecimentos desembocam na direção de escolhas, minha Ideologia e meus aliados e defensores eu defendo até o último fio de cabelo, se este seguir à-perfeição meus quereres; já quem estiver do outro lado da ponte, for um não aliado eu ataco, eu retiro da pessoa a honradez, o direito de exercer a Política, de exercer a justiça com imparcialidade atacando-o, ou ameaçando/ agindo para um assassinato de sua reputação, até produzindo uma prisão arbitrária midiática. Sendo honesta ou não a pessoa.

Inventar corrupção e erros administrativos da pessoa honesta não é nenhum constrangimento. 

No Brasil da Era Lula e Dilma este procedimento chegou ao seu limite máximo. A velha mídia foi se especializando em não mais separar o interesse particular/privado dela e o Jornalismo.

E, assim, foi possível colocar em prática uma realidade jornalística que não obedecia aos fatos, como eles são! Mas, segundo, como eles deveriam ser para, que a realidade fosse capaz de gerar um espelho dos desejos da velha mídia e, não, gerar: uma realidade expressa no mundo concreto e nas necessidades do País e dos brasileiros.

Imaginemos 13 anos de construção de uma realidade paralela, distante dos fatos reais que aconteceram com o PT no Poder e saberemos como foi possível FHC estar impune de qualquer constrangimento maior e de uma investigação mais apurada e imparcial da Justiça, e como foi possível o Golpe de Estado em andamento contra a Presidenta Dilma, sabidamente, uma pessoa honesta, e que não cometeu nenhum crime de responsabilidade, medida necessária para haver, na Constituição brasileira, a possibilidade de Impeachment.

Um PIB nacional 5 vezes maior em 13 anos de Governo petista, a retirada do Brasil Mapa da Fome da ONU, a ascensão social de mais de 40 milhões de pessoas rumo à classe média, o ingresso de mais do dobro de estudantes nas universidades brasileiras do que toda a História Universitária do Brasil juntada, etc. noticiados/relatados como fatos insignificantes, e, porque não dizer: inexistentes, para a velha mídia, porque ideologicamente quem os produziu na realidade do País não foram seus aliados políticos e não são fatos a serem conseguidos e do interesse da velha mídia, que tem Ideologia outra, Ideologia que defende outra Economia e Sociedade para o Brasil.

Eis, então, a realidade paralela se sobrepondo ao mundo concreto.

Como o mundo real contradizia a vontade da realidade paralela a velha mídia e seus aliados construíam uma narrativa outra e para si mesmos, e dentro dela, se podia vivenciar o BRASIL deles, e a ser perseguido, diariamente, de dentro de uma Bolha, rigidamente construída e indestrutível internamente no país, e feita para autodefesa contra o inimigo externo a ela: o PT, Lula e Dilma.

FHC é um personagem desta bolha. Ele se acostumou a poder fazer de tudo, porque tinha a blindagem total da velha mídia.

Casos como o da Brasif e a Mirian Dutra, que foi Jornalista da Globo; a Agropecuária no centro de Osasco; a compra de votos para a sua reeleição, etc. nunca precisaram ser esclarecidos. A velha mídia e o Judiciário nunca o cobraram. E FHC se acostumou/ acomodou nesta situação de uma realidade paralela, onde, tudo pôde e pode, porque ninguém o incomoda, tanto no oligopólio da velha mídia como no Judiciário.

Imaginemos anos e anos seguidos de sossego, de camaradagem e de liberdade para fazer o que bem entender sem precisar prestar contas à sociedade brasileira? Sem ser investigado e cobrado por seus erros?

Tendo, ainda, todos os microfones da velha mídia para dizer o que bem entender, para falar mal do PT, de Lula e de Dilma, sem que os mesmos possam se defender nos mesmos meios de comunicação, que FHC escreve, fala, é entrevistado e que são as fontes possíveis e conhecidas de informação da grande maioria dos brasileiros?

FHC, como Aécio, Moro, Gilmar Mendes, Temer, etc., acabou preso na Bolha, na realidade paralela e foi perdendo a noção de limite e de senso de ridículo. Pôde e pode tudo.

E pôde e pode até participar da orquestração, que se tornou real, do Golpe de Estado.

FHC foi perdendo a noção do que produz. Estacionou na realidade paralela da qual é um integrante e se perdeu no/do mundo real, onde, os fatos do cotidiano do Brasil e do mundo não pertencem exclusivamente à velha mídia. 

Entrevistas dele fora da realidade paralela como a para a Al Jazeera acabam desnudando FHC, sem ele se dar conta.

FHC não está imunizado na Al Jazeera do vírus da blindagem, que a Bolha fabricada na parceria com a velha mídia produz. E a realidade se impôs. Não há um muro blindado de proteção, impedindo que ele precise sair da “casinha” e se contradizer, gaguejar, defender o indefensável. 

O desnudamento de FHC e sua falta de maior capacidade de argumentação, quando questionado, quando pego em contradição, o que não ocorre no mundo paralelo que vive no Brasil da velha mídia é, também, o desnudamento da velha mídia brasileira, é a ruptura, novidade alvissareira do Golpe de Estado em andamento, da Bolha, da realidade paralela, que se fez construir no Brasil do gritante oligopólio das comunicações.

FHC, Aécio, Serra, Moro, Gilmar Mendes, Temer, Rede Globo, Otávio Frias, etc. se desnudam aos olhos e ouvidos do Mundo inteiro.

Este desnudamento, pelo despropositado das suas formas de agir, ações sem limites externos da Sociedade e do Judiciário para coibi-las, ações sem responsabilidade para com a verdade e sem o medo da Lei os punir acaba sendo benéfico para o Brasil. 

Pensar FHC é pensar uma criança que nunca levou um puxão de orelha, que nunca foi cobrada por pôr os pés calçados no sofá da sala ou por gritar e pular sem parar no transporte coletivo e sempre pôde fazer tudo o que quis, sem haver cobranças dos pais; transferindo para a realidade adulta, sem prestar contas dos seus atos para com a Sociedade brasileira. Ele nunca foi cobrado pelas privatizações marcadas por fraudes, por preços irrisórios de empresas públicas, como o caso absurdo da venda da Vale do Rio Doce por, talvez, menos de 1% do seu valor de mercado.

FHC se tornou, como a velha mídia e todos os seus aliados e defensores pessoas sem os freios da vida em sociedade, e necessários em todo País civilizado.

Ausentes deles as noções de limite para os atos praticados se enredaram na realidade paralela, onde, o VALE-TUDO impera, talvez, em grande parte, tornado realidade paralela, mais inconsciente do que premeditada, e, certamente, prejudicial ao extremo para o Brasil e sua frágil Democracia.

FHC é um produto midiático e a sua produção em série existe em figuras como Serra, Aécio, Moro, Gilmar, etc., produto que se deveria reprovar, se apresenta aos olhos e ouvidos dos brasileiros que se prenderam na teia da velha mídia como normal e, FHC, consegue até ser visto como um Político competente e um bem-intencionado Senhor a partir da realidade paralela e que se alastrou Brasil afora.

E desta realidade paralela que nos assusta e nos deixa preocupados é triste constatar o fato de que quem deveria impedir a realidade paralela de existir, da qual FHC, velha mídia capitaneada pela Rede globo & Cia. adentrou  nela, se tornou vítima, acredita que ela é real e necessária para o Brasil do Futuro; e bem sabemos que não é.

A volta de uma Ditadura, do Brasil quintal dos Estados Unidos, do Estado mínimo, da “Escola sem Partido”, de um novo AI-5, do neoliberalismo ultrarradical na Economia, do fim dos programas sociais, do aliviamento do combate á corrupção, etc. não é nada saudável para o País e sua população, certo?

Enfim, passamos, nós! Sociedade! A sermos reféns de partes significativas do STF, do Ministério Público, da Polícia Federal, que são integrantes, hoje, inconscientemente, muitas das vezes, da realidade paralela construída pela velha mídia nos anos de PT no Governo Federal.

Eles têm o Poder da Justiça nas mãos. Prendem, soltam quem quiserem, decidem sobre legalidades e ilegalidades na nossa frente e pouco podemos fazer.

Quase todos tornados anti-petistas de carteirinha. 

Redação

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