Fora de Pauta

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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  1. O papo furado da “grande” abstenção

    Fernando Brito mata a cobra e mostra a cobra e o pau

    http://www.tijolaco.com.br/blog/o-monte-de-asneiras-com-temer-frente-sobre-abstencao-eleitoal/

    O monte de asneiras – com Temer à frente – sobre a abstenção eleitoral

    Por Fernando Brito · 03/10/2016

    paraguai

    Hoje, quando fui levar a faxineira ao ponto do ônibus, que é longe aqui de casa, ela repetiu o noticiário: Fernando, você viu quanta gente não foi votar? 25%!

    É o que ela ouve na TV e no rádio e que o próprio ocupante da Presidência da República diz, afirmando que se trata de uma anormalidade:

    “acabei de verificar um número imenso de abstenções, votos em branco e nulos , o que revela o que ouso dizer a indispensável necessidade de uma reforma política do país”.

    Em escala nacional, as abstenções foram de 17,5% , apenas 1% maiores que os 16,41% das eleições municipais anteriores, de 2012. E menores que os 20% das eleições estaduais e federais de 2014.

    Bobagem.

    O número de eleitores facultativos no Brasil – pessoas com mais de 70 anos, principalmente, e adolescentes entre 16 e 18 – é de 15% do eleitorado total.

    Há ainda outros fatores:a atualização dos óbitos e, principalmente, o fato de muitos estabelecimentos comerciais não fecharem mais no dia da eleição. Antes, era difícil para fumantes como eu comprar um maço de cigarros em dia de eleição. Hoje, quase nenhum posto de gasolina, loja de conveniência, supermercado, shoppings, etc fecha no dia das eleições. Seus trabalhadores são, muitas vezes, compelidos a deixar de votar pela necessidade de comparecer ao trabalho.

    O que talvez – e só talvez – mereça análise são os votos nulos e brancos, assim mesmo aqui e ali.

    São Paulo, por exemplo, onde tanto se fala nesta explosão, teve 1. 155 mil votos nulos e em branco, contra 891,7 mil em 2012.

    Naquele ano, abstenções, brancos e nulos – 2,4 milhões – também superaram com folga os votos de José Serra (1,88 milhão) e Fernando Haddad (1,77 milhão).

    Convenhamos que, com 4% de crescimento do eleitorado e, acima de tudo, dois anos de bombardeio de mídia apresentando a política como um antro de ladrões, diariamente, não há a mínima chance de chamar isso de uma “explosão” de abstenções, brancos e nulos”.

    Mas jornalistas de segunda e políticos de quinta categoria, como Temer, repetem a matraca.

    E a mídia amplifica isso, com uma clara intenção: se o povo não dá tanta importância ao voto é porque eleições têm, também, pouca importância.

    Olho nessa gente.

  2. A vitória do PCdoB nas eleições do Maranhão

    http://www.vermelho.org.br/noticia/287685-1

    Para Flávio Dino vitória do PCdoB no Maranhão foi espetacular

    Foto: ReproduçãoGovernador Flavio Dino analisa cenário eleitoral Governador Flavio Dino analisa cenário eleitoral

    O PCdoB havia conquistado quatro prefeituras em 2012, mas este ano foi vitorioso em 46 cidades e conquistou o prestígio de ser o partido que mais elegeu candidatos a prefeituras em todo o estado: 21,3% do total. Em segundo lugar ficou o PSDB, com 29 prefeitos, seguido do PDT, com 28 prefeitos eleitos e o PMDB ficou em quarto lugar, com 22 candidatos. Os dados são do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

    Em sua análise, Flávio Dino destacou como “bastante positiva e expressiva” a vitória do PCdoB no Maranhão. “Nós estamos felizes porque consideramos como uma continuidade no processo de 2014, como sinal de aprovação majoritária às políticas que nós estamos implementando”, afirmou.

    No campo de alianças, os partidos aliados ao governo estadual também saíram vitoriosos, com a eleição de cerca de 150 chefes do executivo municipal, do total de 217 cidades no estado.

    Para as câmaras municipais, foram eleitos 215 vereadores do PCdoB.

    Capital

    Por ter mais de 200 mil eleitores, São Luís, a capital maranhense, vai definir as eleições no segundo turno. Apoiado por Flávio Dino, o atual prefeito, Edivaldo Júnior (PDT), vai disputar o segundo turno com Eduardo Salim Braide (PMN). Edivaldo obteve 45% dos votos válidos e Eduardo recebeu 21% dos votos.

    Dos 31 vereadores eleitos para a Câmara Municipal da capital, a coligação “São Luís de todos nós” elegeu quatro candidatos, três deles, comunistas: Marcelo Poeta, Fátima Araújo e Ricardo Diniz. Bárbara Soeiro, do PSC também se elegeu.

    Atuação individual

    Flávio Dino, que já foi juiz federal, fez questão de frisar em sua avaliação o fato das eleições no Maranhão terem transcorrido sem aparato da máquina do estado. Segundo ele, “o que houve foi a atuação política do governador, dos seus secretários, mas jamais a atuação do governo”, disse e completou dizendo que tal atitude é “uma novidade em termos estaduais”, alfinetando à gestão passada.

    Eleições no Brasil

    No âmbito nacional, Flávio Dino avaliou que o campo da esquerda sofreu “imenso retrocesso”. “Nós tivemos muitas derrotas expressivas”, disse. “Isso deriva de uma série de fatores. É preciso que o nosso campo político em termos nacionais, aí eu incluo o meu partido, o PCdoB, reflita bastante sobre isso”.

    Do ponto de vista nacional, estas eleições apontaram uma tendência também conservadora do eleitorado e isso não se vincula apenas à questão do impeachment, avalia Dino, “tanto que o PMDB não foi um grande vitorioso”, mas “se vincula a uma visão geral da sociedade derivada de dois aspectos: primeiro, a operação Lava Jato; e segundo a crise econômica”. Para o governador, a crise econômica “profunda e persistente” refletiu na maioria das eleições no mundo desde 2008 e refletiu “também no caso brasileiro”.

    “Todos aqueles que acompanham a crise mundial sabem que em um contexto de crise econômica nós temos uma curva à direita desde o ‘nazifascismo’ dos anos 1930, e isso em termos internacionais se manifestou agora em vários países do mundo. Donald Trump polarizando as eleições nos EUA, houve essa inusitada rejeição do acordo de paz entre o governo da Colômbia e as Farc, voto pela saída do Reino Unido da União Europeia, e no caso brasileiro essa viragem conservadora”, avaliou.

    Antipolítica

    Outra consideração importante sobre o cenário nacional eleitoral feita pelo governador é o que chamou de “sintoma preocupante”, o da “antipolítica”, exposta neste pleito. Para Dino, esta característica demonstra “uma crise profunda de representação política traduzida nesse afastamento da sociedade com candidatos” e de candidatos que se apresentam como “não-políticos”. Segundo ele, é “uma fragmentação partidária bastante grande”.

    “É claro que obviamente alguém integrar um partido e disputar uma eleição já significa que ele é político”, mas o discurso contrário à política não colabora em nada e afasta ainda mais a população do dever social, explicou.

    Para o governador, outro fenômeno que justifica essa avaliação é o alto índice de abstenção, votos nulos e brancos. E lembrou que em alguns lugares esse número chegou a praticamente metade do eleitorado, como foi o caso dos grandes centros, como as cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo. “Essa é uma característica bastante preocupante porque sinaliza um afastamento de parcelas expressivas da sociedade em relação a um mundo institucional”, destacou.

    Organizações criminosas na campanha

    Dino ponderou sobre outro fenômeno preocupante marcado nestas eleições, como o aumento no número de violência e criminalidade presente na cena eleitoral. “Crime organizado, facções criminosas, organizações criminosas, milícias, disputando na política e disputando contra a política. Isso também em termos nacionais apresentou de modo bastante claro”, ressaltou o governador.

    Outro diferencial que se viu nestas eleições foram que alguns candidatos foram patrocinados por organizações criminosas. Há ponderações de que a ausência de financiamento público nas campanhas – com o fim da doação de empresas nas campanhas eleitorais –, como forma de não intervenção do setor privado no poder público, pode ter propiciado a participação de organizações criminosas nas campanhas políticas.

    Dino citou, como exemplo, as eleições na capital maranhense, que sofreu ataques de criminosos nos últimos dias e necessitou de medidas de segurança mais rigorosas para impedir ataques de organizações criminosas e garantir a paz no dia da votação, fato ressaltado como mais uma vitória do mandato Flávio Dino.

     

  3. Com leve simpatia pelo

    Com leve simpatia pelo Palmeiras( MUITO leve MESMO ! assissti o jogo contra o Santa Cruz–O Palmeiras ganhou na bacia das almas.

    Recentemente li  que o futebol bra

    sileiro,comparado ao futebol mundial,estaria na segunda divisão;

    Errado. Estaria na terceira ou quarta.–eu assisto futebol de outros paises.

    Se o Palmeiras é primeiro colocado,imagine os outros…-nem na várzea algum zagueiro cometitia um penalti como o zagueiro palmeirense cometeu.

    E os  chutões pra tudo que é lado ? Dá vergonha.

    E agora irão colocar mais times brasileiros na LI bertadores—uns 7.

    Por que não coloca os 20 de uma vez?

    Diferença nenhuma fará.

  4. O idiota e a política suicida, em 08.01.1995
    São Paulo, domingo, 8 de janeiro de 1995Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

    O idiota e a política suicida

     

    JOSÉ GERALDO COUTO 
    DA REPORTAGEM LOCAL

    Nas grandes cidades do mundo, o automóvel particular é, objetivamente, uma máquina obsoleta. Polui, faz barulho e, pior de tudo, não anda. Ou, antes, anda muito devagar.
    Para ter uma prova disso, basta observar qualquer grande avenida de São Paulo ou do Rio em qualquer hora do dia, não só na ironicamente chamada “hora do rush”. Não é certo dizer que o trânsito é intenso nessa hora, pois não existe trânsito algum: ninguém se mexe.
    É para evitar isso –e para garantir um mínimo de qualidade do ar– que as nações civilizadas buscam de todas as maneiras diminuir o número de automóveis em circulação nos centros urbanos.
    Em algumas cidades, cada carro particular só sai à rua dia sim, dia não (num dia os de chapa ímpar, no outro os pares). Em outros locais, há pistas exclusivas para os carros com mais de dois ocupantes. Certas cidades simplesmente proíbem o tráfego de veículos em amplas áreas de seu perímetro. Etc. etc. etc.
    É evidente que esse tipo de política restritiva é acompanhada de investimentos maciços no transporte coletivo (metrô, ônibus, trens, bondes) e em campanhas de opinião pública que mostram as vantagens daquele sobre a condução individual.
    Idiotas motorizados
    No Brasil, país que se mostra tão afoito para entrar na “modernidade”, ocorre exatamente o contrário. O transporte coletivo é literalmente sucateado, e só se fala em produzir mais carros, importar mais carros, acabar com o ágio dos carros, baixar o imposto dos carros. Em suma: atulhar mais ainda nossas já inabitáveis ruas.
    O mais impressionante –e assustador– nessa história é que há uma espécie de aliança nacional em defesa dessa política suicida. Governo e oposição, empresários e metalúrgicos, importadores e usuários: todos unidos em defesa do automóvel, todos caminhando sorridentes e de mãos dadas para o inferno de gases poluentes e ferro-velho em que nossas cidades estão se transformando.
    Não há nada mais representativo do imediatismo inconsequente do brasileiro. O cidadão quer o carro do ano, o político quer votos para a próxima eleição, o empresário quer o lucro já. O futuro –das cidades, dos indivíduos, do meio ambiente– que se lixe.
    A falta de escrúpulo dos políticos e o egoísmo dos empresários já viraram clichês aos quais sempre se recorre para justificar a burrice e a inação de todos os que não são políticos nem empresários.
    Mas a base do culto irracional do automóvel está no “cidadão comum” –seja ele pobre, rico ou de classe média. Aliás, ele é sempre de classe média, pois a classe média no Brasil não é uma condição econômica e social, é um estado de espírito.
    A classe média é o horizonte mental do pobre, e o rico é apenas um sujeito de classe média com um pouco mais de dinheiro.
    E o classe média brasileiro é, antes de tudo, um idiota motorizado. Seu paradigma é o idiota de classe média paulistano, que como apêndices do automóvel tem ainda um telefone celular no ouvido, um revólver no porta-luvas e um adesivo com mensagem estúpida em inglês de índio no vidro traseiro.
    O idiota paulistano de classe média é o que amarga oito horas num congestionamento para passar o réveillon no Guarujá enchendo a cara e jogando lixo na praia.
    Caso clínico
    É evidente que tamanha estupidez só pode ter raízes em desejos e pulsões inconscientes. É um tema rico para os psicanalistas, que não devem ter deixado de notar o óbvio componente sexual da obsessão automobilística. O idiota motorizado é o que tem uma ereção ao ver um carro zero e costuma dizer que determinada mulher é “uma máquina” ou que tem “duas mil cilindradas”.
    Os publicitários, pelo menos, nunca deixaram passar batidas essas associações. Um outdoor do mais recente salão do automóvel dizia: “Desfile em que você pode passar a mão nos modelos”.
    No seu processo de “conquista de espaço”, muitas mulheres de classe média assumiram também essa paixão pelo automóvel. Deixaram o antigo papel passivo (as “marias gasolinas” que só queriam circular no banco do passageiro) e assumiram o volante, exigindo sua porção de poder, truculência e burrice.
    Claro que essa tara coletiva não atinge só os brasileiros. A diferença é que, nos países civilizados, esse problema universal é relativamente controlado por meio da ação do poder público (como foi citado acima) e do cultivo de outros valores.
    Em cidades da Alemanha, empresários vão trabalhar de metrô. Na Holanda e na Suécia, até ministros de Estado usam o transporte coletivo. Já o brasileiro, para ir à padaria da esquina, vai de carro.
    Aqui, a doença infantil do automobilismo é incentivada por todo lado. Impedido de amadurecer, o brasileiro é condenado a uma espécie de adolescência permanente.
    Idéias arcaicas
    Entre os muitos fatores que alimentam a estupidez motorizada, não é pequeno o peso da atuação dos governantes. E, novamente, São Paulo é um caso exemplar.
    Cidade com 15 milhões de habitantes em sua área metropolitana, conta com ridículas duas linhas e meia de metrô, contra dez ou 12 em média em cidades européias bem menores (Paris, Berlim, Londres). Se essas cidades começaram seus metrôs mais cedo, era mais um motivo para que São Paulo se apressasse. Mas não. Quantas estações de metrô foram construídas, por exemplo, na recém-encerrada gestão do governador Fleury? Nenhuma, zero, nada.
    Mas o exemplo mais cabal do político perfeitamente adequado à tara automobilística é sem dúvida o prefeito Paulo Maluf.
    A idéia de administração pública de Maluf está associada a um estilo de governo absolutamente arcaico, o do prefeito “que faz” (leia-se: que “aparece”).
    Levantar tapumes, abrir avenidas, desfigurar o rosto da cidade, destruir bairros inteiros: esse jeito de administrar a cidade, que fez a fama de prefeitos como Prestes Maia e Faria Lima, é a opção explícita de Maluf.
    O slogan de sua gestão não deixa dúvidas: “São Paulo crescendo”. Ora, qualquer pessoa medianamente inteligente sabe que a cidade chegou a um ponto em que quanto mais cresce, pior fica. E qualquer político medianamente sério sabe que o que é preciso é melhorar a qualidade de vida de quem mora nesta selva.
    Maluf, quanto a isso, fez o quê? Diminuiu a frota de ônibus em circulação, cortou investimentos na saúde e na educação –tudo para poder erguer seus tapumes e colocar mais carros nas ruas. Seu ideal é uma cidade sem casas, só com avenidas, pontes e viadutos. As pessoas são um estorvo para seus planos –a não ser nas eleições.
    Mas não cabe crucificar o prefeito. Se ele está onde está, é porque representa a população da cidade, formada em sua maioria por idiotas de classe média motorizados –ricos ou pobres. Eles merecem. 

     

  5. Lava Jato

    O grande golpe do Juiz Sérgio Moro: A lava Jato só vai até a prisão de Lula, ou sua inelegibilidade para 2018.

                                        Resultado de imagem para podem voltar a roubar já tiramos a Dilma

    Sérgio Moro, que chefia a lava Jato, é o juiz premiado pela Globo, e também pelo governo estadunidense, e suas maiores revistas, Time e Fortune. Com certeza pelos serviços prestados! Isso porque, entre os grandes beneficiados pela entrega do pré-sal, Lei 4567/16, aprovada esta semana no Congresso Nacional, está a empresa de petróleo americana, Chevron, denunciada pelo Wikleaks, quando José Serra prometia favores aos americanos em detrimento da Petrobrás, caso eleito em 2009 (1).

    A mídia, e principalmente a Globo, no governo de FHC, fez campanha pela privatização da Petrobrás. Na época, a emissora comparava a Petrobrás a um paquiderme e chamava os petroleiros de marajás. A resposta da Petrobrás e dos petroleiros veio em 2006, com desenvolvimento de tecnologia inédita no mundo, o que permitiu a descoberta do pré-sal.

    Mesmo assim, a Globo continuou sua saga pela entrega do nosso petróleo: Em dezembro de 2015, lançou em editorial: “O pré-sal pode ser patrimônio inútil (3).” Além disso, enganando o povo fazendo parecer que quer acabar com a corrupção, esse juiz há quase dois anos vaza delações seletivas, que são manchetes na Globo, com o claro e único intuito de prejudicar a imagem da Petrobrás, viabilizando assim sua entrega.

    Os corruptos é que deveriam ser prejudicados, não a empresa, entretanto, num arremedo da lei, esses corruptos pagam suas penas em casa, verdadeiros clubes de lazer, construídos com dinheiro da corrupção na Petrobrás, simplesmente com uma tornozeleira eletrônica. Pedro Barusco, um dos maiores ladrões da Petrobrás, está pedindo transferência do apartamento de Ipanema para sua casa em Angra dos Reis (4).

    O juiz Sérgio Moro, contrariando o STF, ainda fica com dez por cento dos acordos de leniência (5). Nunca isso foi permitido em nosso país! Enquanto isso, além de nossas riquezas estarem sendo saqueadas, hum milhão e meio de trabalhadores já perderam seus empregos, por causa dessa Operação. A Lava Jato deveria punir os donos das empresas, mas deixar funcionando as obras, pois os maiores prejudicados são os trabalhadores que ficam sem o seu emprego e a economia do país .

    Nos EUA, onde Moro estudou, o punido em crime de corrupção, através da lei de leniência, são os donos das empresas, mas as empresas continuam funcionando para não prejudicar a economia e nem causar desemprego no país.

    O alvo maior do Juiz Moro é Lula, principalmente porque, quando assumiu a presidência, em 2003, revigorou a Petrobrás, que quase foi destruída no governo de FHC. O governo Lula levou o efetivo de funcionários de 33 mil para 85 mil; retomou a indústria naval, destruída por FHC. E o mais importante, foi no governo de Lula que a Petrobrás descobriu o pré-sal. E para desespero dos tucanos, Lula recomprou os 30% da Refap, que FHC vendera para a Rpsol. Lula representa uma ameaça aos planos dos entreguistas, principalmente em relação à Petrobrás.

    Mas a sociedade vai descobrir que o grande golpe da Lava Jato já está sendo gestado, com uma operação abafa. Isso após a prisão de Lula ou algum processo que o torne inelegível para 2018!  Aliás, isso já havia sido denunciado nas gravações do ex-presidente da Transpetro, Sergio Machado , que inclusive levou ao afastamento do ministro Romero Jucá (6) .

    A mesma coisa aconteceu no mensalão, onde teve participação do mesmo juiz Sergio Moro, como assistente da ministra Rosa Weber. Diziam que investigariam todos os partidos, vários petistas foram presos, entretanto o mensalão tucano está prescrevendo sem investigação. Com o agravante de que foi anterior ao do PT (8)! 

    O juiz Sérgio Moro não prendeu nenhum tucano, nem no mensalão, nem agora, nem nunca. Tudo foi artifício do golpe! Também não investigou o governo de FHC na Petrobrás, várias vezes delatado, o próprio FHC nem seu filho Paulo Henrique Cardoso (7). E apesar de provas cabais, deixa impunes Eduardo Cunha, Aécio Neves, Romero Jucá, o próprio presidente golpista, Michel Temer, e muitos outros citados em delação na operação!

    Todos eles serão beneficiados, pelos trabalhos prestados, no golpe que tirou a presidente eleita pela maioria dos brasileiros, e colocou um golpista no poder!

    Na verdade, o juiz Sérgio Moro, com a farsa do combate seletivo à corrupção, blinda os corruptos golpistas!  

     

     

    Fonte: 1 –  https://jornalggn.com.br/blog/luisnassif/wikileaks-as-conversas-de-serra-com-a-chevron-sobre-o-pre-sal

    2 –  http://g1.globo.com/politica/noticia/2016/05/quem-e-sergio-machado-autor-das-gravacoes-de-renan-sarney-e-juca.html

    3 – http://oglobo.globo.com/opiniao/o-pre-sal-pode-ser-patrimonio-inutil-18331727

    4 – http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2016/07/pedro-barusco-tem-negado-pedido-para-cumprir-pena-em-angra-dos-reis.html

    5 – http://www1.folha.uol.com.br/poder/2016/06/1785712-acordos-de-leniencia-preveem-repasse-de-10-para-a-lava-jato.shtml

    6 – http://g1.globo.com/hora1/noticia/2016/05/novas-gravacoes-de-sergio-machado-revelam-preocupacao-com-juiz-moro.html

    7 – http://www1.folha.uol.com.br/poder/2016/06/1777678-petrobras-orientou-negocio-com-firma-ligada-ao-filho-de-fhc-diz-cervero.shtml

    8 – http://www.brasil247.com/pt/247/minas247/136570/Mensal%C3%A3o-tucano-prescreve-para-tesoureiro-do-PSDB.htm

     

    Rio de Janeiro, 10 de outubro de 2016 

    Autor: Emanuel Cancella, – OAB/RJ 75 300 

    Emanuel Cancella que é da coordenação do Sindipetro-RJ e da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP)

    (Esse artigo pode ser reproduzido livremente)

     

    OBS.: Artigo enviado para possível publicação para o Globo, JB, o Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação.

     https://www.facebook.com/emanuelcancella.cancella

     http://emanuelcancella.blogspot.com.

     

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