Fora de Pauta

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
[email protected]

O espaço para os temas livres e variados. Podem ser colocados aqui os vídeos e as notícias em geral. Deixe sua dica nos comentários.

O espaço para os temas livres e variados. Podem ser colocados aqui os vídeos e as notícias em geral. Deixe sua dica nos comentários.

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

8 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. CARREFOUR OU CARREFURTO?

    31/03/2001 – 12h09
    Carrefour vendeu lote de celular roubado

    EDUARDO DE OLIVEIRA
    da Agência Folha

    A unidade de Recife (PE) da rede francesa de hipermercados Carrefour fez uma promoção de venda de celulares que faziam parte de uma carga roubada em São Paulo no ano passado.

    É o que revela o inquérito aberto pela Delegacia de Roubo de Cargas de Recife. De acordo com os autos do processo, pelo menos 500 aparelhos da marca Ericsson, modelo DH 668, foram colocados à venda na unidade.

    Os telefones faziam parte de um lote, avaliado em R¹ 1,5 milhão, que foi roubado na rodovia dos Bandeirantes no dia 3 de maio do ano passado.
    A investigação do roubo, que começou a partir de uma representação criminal feita por advogados da Ericsson, apurou uma trama cheia de personagens.

    Um representante da empresa em Pernambuco desconfiou de uma promoção do Carrefour em que os celulares estavam sendo vendidos por R4 199,00. Segundo o funcionário, cujo nome não foi revelado, o preço do modelo, pelas características do aparelho, estava muito abaixo do valor praticado no mercado.

    Ele comprou um aparelho, em agosto do ano passado, e o enviou para a sede da Ericsson, em São Paulo. A empresa constatou, por meio do número de série do aparelho (20407526133) na nota do Carrefour (064044 série F), que o telefone fazia parte do lote roubado na rodovia três meses
    antes.

    Intermediários

    Em depoimento à polícia, Altair da Silva, então gerente da unidade do Carrefour em Recife, afirmou que a carga havia sido comprada da Spryntt Celular Comércio e Serviços Ltda. A reportagem verificou que no endereço a que a nota fiscal remete, em Olinda, existe atualmente uma loja de venda de roupas.

    De acordo com o gerente, o lote de celulares foi oferecido ao hipermercado por Flávio Ferreira da Silva, representante comercial da Brigntpoint do Brasil Ltda., de Barueri (SP), uma das fornecedoras do Carrefour.

    Ouvido pela polícia, Flávio, por sua vez, disse que somente intermediou a informação de que havia no mercado um lote de telefones à venda, que teria sido repassada a ele por Ricardo José Rodrigues Gomes de Matos.

    Engenheiro civil que trabalhara no mercado de celulares de Recife, Matos disse que fora procurado, em junho do ano passado, por Luiz Ricardo Gusmão, que seria o dono da Spryntt e estaria à procura de compradores para um lote de celulares. A polícia não conseguiu localizar Gusmão.

    O delegado Luiz Roberto Bruto da Costa, responsável pelo inquérito, indiciou o então gerente do Carrefour, Altair da Silva, o representante da Brigntpoint, Flávio Ferreira da Silva, e o engenheiro civil pelos crimes de receptação de mercadoria roubada e formação de quadrilha.

    O relator da CPI do Roubo de Cargas, deputado Oscar Andrade (PFL-RO), disse que o episódio “confirma indícios de que grandes grupos empresariais estão envolvidos no roubo de cargas”. “Seria ingenuidade achar que os R$ 500 milhões que são roubados em cargas ano após ano alimentam apenas o comércio informal, o camelô. Hoje, o roubo já é feito sob encomenda”, afirmou.

    Ele disse que o motorista Jorge Meres, principal testemunha da comissão, “afirma categoricamente que já entregou mercadoria roubada no Carrefour de São José dos Campos”.

    “Os nossos trabalhos, na segunda fase da CPI, vão enfocar a questão da receptação de produtos roubados”, declarou o deputado.

    A Ericsson, por meio de sua assessoria de imprensa, informou que não poderia comentar o assunto, por orientação de seu departamento jurídico, pelo fato de estar sub judice.

    De acordo com a empresa, qualquer telefone celular pode ser habilitado em uma operadora desde que exista uma nota fiscal de venda ao consumidor.

    https://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u25942.shtml

  2. CARREFOUR OU CARREFURTO?

    CPI do Roubo de Cargas investiga interceptação em lojas do Carrefour

    E NÃO FOI SÓ CELULARES

    Da Redação | 13/03/2002, 00h00

    Agência Senado
    A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito que investiga o roubo de cargas aprovou a quebra do sigilo bancário da unidade dos supermercados Carrefour localizada no bairro da Torre, em Recife. A loja é acusada de ter colocado à venda, em 2000, 500 aparelhos celulares roubados, da marca Ericsson. Nesta quarta-feira (13), a CPMI ouviu o depoimento do diretor de assuntos corporativos do Grupo Carrefour, João Carlos de Figueiredo Neto. “Nós compramos carga roubada? Tudo leva a crer que sim”, admitiu ele.

    Dois depoimentos surpresa levantaram a suspeita de que outras lojas do grupo também já receberam mercadorias roubadas. O diretor do Carrefour negou que a empresa tivesse conhecimento de outros casos, além do dos celulares. “O grupo refuta toda e qualquer suposição de envolvimento com cargas roubadas”, afirmou.

    O motorista Sálvio Barbosa Vilar, que está preso por transportar cargas roubadas, afirmou que, em 1997, ajudou a entregar carregamento de cosméticos, eletrodomésticos e víveres roubados na loja de Recife, que receberia até seis cargas ilícitas por semana. Segundo ele, o próprio gerente da loja recebeu as cargas, divididas em três caminhões, e pagou, em dinheiro, cerca de R$ 2,7 milhões. Sálvio, que deu diversos detalhes sobre o esquema, também confessou ter entregue cargas roubadas no Carrefour de São José dos Campos (SP) em 1998.

    – As cargas mais valiosas, como eletrodomésticos, iam para o Carrefour. Tanto que, em Recife, eles pagam 60% do valor da nota, quando o normal é 40% – disse o motorista.

    Encapuzado, um negociante de cargas roubadas identificado apenas como Cleverson, afirmou ter entregue pelo menos cinco carregamentos de secos e molhados e mais de 200 celulares no pátio do Carrefour Sul de Brasília há cerca de dois ou três anos. Segundo ele, um homem que se dizia gerente da loja, chamado Ricardo (identificado pela CPI como Ricardo Rodrigues de Matos) recebia as mercadorias e pagava em dinheiro. As notas seriam recebidas em sacos de supermercado.

    Em nome da empresa, o diretor do Carrefour se comprometeu a esclarecer as novas acusações. No caso dos celulares roubados, João Carlos disse que foi realizada auditoria interna e que dois gerentes de Recife, Cícero Amorim e Altair da Silva, foram demitidos por terem descumprido as normas de compras da empresa e adquirido os celulares sem autorização da matriz, “mas não por roubo de carga”. Os funcionários teriam comprado a mercadoria diretamente, quando as regras da empresa exigem procedimentos centralizados em São Paulo de cadastro de fornecedores e compra. Os celulares teriam sido adquiridos de revendedor autorizado Ericsson, com nota fiscal e a preços compatíveis com o mercado, de forma que a empresa, segundo o diretor, não teria como saber que se tratava de mercadoria roubada.

    De acordo com o presidente da comissão, senador Romeu Tuma (PFL-SP), “é preciso esclarecer se o Carrefour é contumaz na interceptação”. Para ele, comprovadamente só há o caso dos celulares em Recife.

    – Os outros fatos descritos nos depoimentos são quase que convincentes. Mas nós não vamos nos antecipar e dizer que as informações são corretas – afirmou.

    Tuma anunciou que a comissão vai convidar representante da Ericsson para prestar esclarecimentos. Nesta quinta-feira, a CPI faz audiência pública em Recife para ouvir pessoas envolvidas com a intercepção dos celulares.

    Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

    Fonte: Agência Senado

    https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2002/03/13/cpi-do-roubo-de-cargas-investiga-interceptacao-em-lojas-do-carrefour

  3. Elio Gaspari | Até tu, OAB? Ordem dos Advogados do Brasil não pode deixar investigação sobre corrupção em seu tribunal de ética sair a preço de custo

    Na Folha de São Paulo

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador