Fora de Pauta

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Luis Nassif

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  1. As bandeiras da direita:inflacão, corrupção, insegurança, aut.

    ICIA na América Latina

     

    É importante perguntar o quanto um governo pode controlar a inflação, a insegurança e a corrupção em economias tão concentradas e com níveis tão elevados de controle estrangeiro

     

    09/05/2013

     

    Luciano Wexell Severo

     

    ICIA é uma sigla que poderia sintetizar a atual ofensiva dos setores mais conservadores da sociedade sul-americana. Condensaria as bandeiras de “luta” da classe alta, historicamente privilegiadas, contra os avanços progressistas e democratizantes promovidos principalmente pelos governos de Cristina Kirchner, Evo Morales, Rafael Correa e Hugo Chávez (agora Nicolás Maduro).

    As bandeirinhas da ICIA (“inflação”, “corrupção”, “insegurança” e “autoritarismo”) formam o quadrado reacionário, oligárquico e até mesmo fascista que orienta os discursos e as ações de uma parcela das oposições da região. Chama a atenção que o grau de “sensibilidade” destas quatro variáveis tem uma forte relação com dois agentes principais: 1) os grandes conglomerados industriais, financeiros e comerciais, controlados exatamente pela classe alta e pelo capital estrangeiro, e 2) os meios de comunicação hegemônicos, que também estão sob o controle das elites locais e das transnacionais do setor.

    Note-se que cada um destes dois agentes influi de maneira decisiva para a maior ou menor “gravidade” dos quatro problemas. Os primeiros, os grupos econômicos, na medida em que controlam grandes faixas de mercado, desempenham um papel crucial na determinação do preço final dos produtos. Além disso, por meio do açambarcamento e da especulação, podem gerar o desaparecimento, a escassez e o consequente aumento de preços. Essa foi a “receita para o caos”, que ajudou a derrubar o governo de Salvador Allende, no Chile, em 1973. A falta de produtos nas prateleiras dos supermercados e o encarecimento de bens básicos, tais como leite, açúcar, arroz e farinha, promoveram a insatisfação social e reduziram a popularidade do governo. É o que está se tramando, em diferentes graus, em países como Venezuela, Bolívia, Equador e Argentina.

    Por outro lado, e de forma complementar, esses mesmos elementos desestabilizadores resistem aos controles públicos que tentam atuar contra suas posturas criminosas. Os grandes conglomerados acusam governos intervencionistas de “autoritários”, de seguidores de Adolf Hitler e Benito Mussolini. Arremetem contra a ação do Estado sobre as altas taxas de lucro, as taxas de juros, as taxas de câmbio, o acesso a dólares e a melhora das condições de vida dos trabalhadores. Seu argumento central é o suposto “livre mercado”, que na verdade é uma tela de proteção para a livre atuação de grupos econômicos poderosos.

    O planejamento do governo é considerado uma “intervenção exagerada”, um retorno ao “populismo irresponsável” ou mesmo uma “ditadura castro-chavista-comunista”. São deprimentes a ignorância, o desconhecimento e a cultura do ódio presente nessas passeatas e panelaços de setores da oposição. Tudo faz lembrar às múmias chilenas que celebraram a chegada de Augusto Pinochet ao poder. Usam conceitos de forma primária, fazendo incompreensíveis saladas com termos desenterrados da Guerra Fria contra a “ameaça vermelha” e os “guerrilheiros marxistas”. O refrão é a ICIA.

    Aqueles que trabalham um pouco melhor com os conceitos sugerem que a volta ao nacional-desenvolvimentismo dos anos trinta, quarenta e cinquenta do século passado é um erro grave. Ao invés disso, propõem ir ainda mais longe. Buscam o velho liberalismo que tão bem apresentou, há 250 anos, o mestre Adam Smith. Sabe-se que a abordagem de um mundo liberal, que um dia pode ter sido parte dos sonhos de homens honestos, desde David Ricardo tornou-se uma proposta malandra, uma teoria hipócrita para beneficiar apenas os maiores e mais fortes. O alemão Friedrich List percebeu e denunciou isso há 170 anos.

    Ao mesmo tempo, os poderosos monopólios de desinformação e alienação em massa, controlados por duas ou três famílias em nossos países, também se tornaram caixas de ressonância da “corrupção” e da “insegurança”, supostamente surgidas com os novos governos. A campanha reacionária inclui a proposta de redução da maioridade penal como se fosse a grande solução para os problemas da criminalidade. Assim, “inflação-corrupção-insegurança-autoritarismo”, as quatro rodas da carroça opositora se convertem em “denúncias”, “provas” e “verdades”. Em ação orquestrada, se impõem a ICIA. Por isso, são os próprios meios de comunicação os autoritários e os que conspiram contra a liberdade de expressão. Autodenominam-se os defensores das liberdades individuais, os guardiões da justiça e dos direitos civis. Esses mesmos meios de comunicação são aqueles que nasceram, foram criados e se calaram durante as ditaduras militares. Os mesmos que festejaram a orgia neoliberal, promotora da corrupção, da privatização, da miséria e da insegurança.

    Respondendo aos seus inconfessáveis interesses econômicos, denunciam a existência de uma “inflação galopante”, a “maior corrupção da história”, o “autoritarismo crescente” e a “insuportável insegurança”. É uma fórmula para o caos do século XXI, neta do casamento entre os monopólios bancários e industriais e os monopólios de mídia. É o que se vê, com diferentes nuances, principalmente na Argentina, na Venezuela, na Bolívia e no Equador. No Paraguai, há menos de um ano, houve um golpe de Estado respaldado pela grande mídia. No Brasil, vislumbrou-se de forma muito clara a campanha da imprensa golpista contra o ex-presidente Lula e lideranças do seu partido. As hesitações e crescentes concessões do governo de Dilma Rousseff para os grandes grupos econômicos nacionais e internacionais mantêm uma paz aparente, quebrada apenas pelos panfletos porta-vozes de Washington que circulam em nossas bancas.

    Finalmente, é importante perguntar o quanto um governo pode controlar a inflação, a insegurança e a corrupção em economias tão concentradas e com níveis tão elevados de controle estrangeiro. Com especulação se gera inflação e, seguindo as receitas ortodoxas, se jogam as taxas de juros para cima, como forma de enriquecer o sistema financeiro. Com ações terroristas e conspirações, com playboys queimando pneus e motoqueiros armados, se aumenta a violência a níveis “intoleráveis”. Com shows de “denúncias” e bombardeios de TV, rádios, revistas e jornais se apresenta um clima de “corrupção generalizada” como “nunca antes”. E toda a ação interventora do Estado para enfrentar as reais causas da inflação (os monopólios privados), a corrupção e a insegurança (heranças do neoliberalismo) é taxada de autoritarismo.

    Portanto, devemos nos perguntar até que ponto os níveis de medição das quatro variáveis respondem à influência dos meios de comunicação. E em que medida a percepção das pessoas sobre esses problemas pode estar sendo dirigida pelos monopólios de mídia. A resposta, a nosso ver, leva a uma conclusão: não há nenhuma maneira de avançar com os processos progressistas, populares e democratizantes, sem a implosão e o extermínio destes dois tipos de monopólios privados. Pois, embora a combinação desses quatro fatores, que chamamos ICIA, seja etérea, gasosa e teatral, sua insistente utilização tem imposto constrangimentos e gerado freios consideráveis aos processos de mudança propostos pelos novos governos.

    A destruição destes monopólios privados -econômicos e dos meios de comunicação- é essencial e gera pavor nas elites e no capital estrangeiro. Por essa razão, os seus defensores são tão críticos a qualquer tentativa de ampliar o controle do poder público, do Estado, sobre essas duas estruturas. Quanto mais cedo os governos progressistas tenham a consciência da gravidade dessa situação, e quanto antes adotem medidas democratizantes, maior a sua chance de êxito. Por outro lado, continuar financiando esses monopólios com enormes e crescentes quantidades de dinheiro público, além de crime, pode ser considerado um estúpido tiro no pé.

     

    Luciano Wexell Severo é professor do curso de Economia, Integração e Desenvolvimento da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA), Foz do Iguaçu, Brasil. luciano.severo @ unila.edu.br

     

    http://www.brasildefato.com.br/node/12859

     

  2. Charlon afasta-se Meirelles por motivos políticos

    Dois artistas de 1ª grandeza do cinema mundial, Fernando Meirelles e César Charlon, separam-se profissionalmente por conta do  clima de ódio eleitoral fomentado pela direita. Até quando teremos de suportar essa palhaçada?

    Antipetismo leva o cineasta Fernando Meirelles a “divórcio ideológico” com sócio da O2

    Da Mônica Bergamo em blog na FolhaOnline: “Eles fizeram história ao serem indicados nas categorias principais do Oscar por ´Cidade de Deus` (2002), filme brasileiro que disputou quatro estatuetas em 2004. Enquanto Fernando Meirelles concorreu como diretor, César Charlone foi indicado pela fotografia do longa. Dez anos depois, o cineasta brasileiro e o fotógrafo uruguaio radicado no Brasil decidiram seguir caminhos profissionais diferentes. Desde março, Charlone, que também é diretor, deixou a 02, produtora de Meirelles. À repórter Eliane Trindade, ele definiu a saída como ´um divórcio ideológico amigável`. As diferenças ficaram evidentes nestas eleições. Enquanto Meirelles se engajou na campanha de Marina Silva e se coloca como anti-PT, Charlone defende a reeleição de Dilma Rousseff. ´Nesse momento de debate político aquecido fica difícil dividir. As posições estão acirradas. Não quero criar uma polêmica improdutiva com o Fernando, mas é necessário se definir. Não tenho nada contra a Marina, mas apoio Dilma.` Meirelles falou à coluna, por e-mail. ´Assim como o César, fiz programas e campanha para o PT, mas me decepcionei com a fisiologia, a falta de atenção com educação e meio ambiente, e não votei mais no Lula. Não consigo ser pragmático a ponto de achar que apoiar os Sarney ou os Barbalho possa ser um caminho para se chegar à justiça social, mas sempre respeitei César e muitos outros amigos que pensam que valem recuos táticos pelo fim desejado.` Charlone teme o acirramento de posições. ´O que me incomoda é esse ódio contra o PT. Uma coisa que nunca tinha visto no Brasil, nem na ditadura. Xingar a Dilma de nojenta. É um ódio de classe que surgiu das sombras.`” Texto completo – http://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabergamo/2014/10/1530495-antipetismo-leva-fernando-meirelles-a-divorcio-eleitoral.shtml

  3. Antipetismo e ódio de classe
    http://brasil.elpais.com/brasil/2014/10/08/politica/1412803414_859186.html Antipetismo e ódio de classe
    A partir das figuras do escravo e do dependente, formou-se entre nós uma massa a quem se nega o estatuto de “gente” Maria Eduarda da Mota Rocha 8 OCT 2014 – 18:23 BRT

    Bastou o resultado do primeiro turno das eleições ser divulgado e, mais uma vez, os insultos aos “nordestinos miseráveis analfabetos” eleitores de Dilma Rousseff pipocaram nas redes sociais. Enquanto isso, na grande imprensa, FHC reproduzia o preconceito em sua versão mais douta e sutil, associando o voto ao PT aos “menos informados” que, por “coincidência”, são os mais pobres.

    Na raiz do problema, uma velha tradição brasileira: a ausência de um arcabouço moral universalizado capaz de impor como dever o respeito a todos os seres humanos, em sua dignidade fundamental. Os “nordestinos miseráveis analfabetos” são a versão mais recente do que Jessé Souza chamou de “ralé brasileira”. Ele mostra como, a partir das figuras do escravo e do dependente, formou-se entre nós uma massa a quem se nega o estatuto de “gente”.

    No caso em questão, a dignidade desses tipos sociais é duplamente negada. Primeiro, contesta-se o seu direito à manifestação mais superficial de cidadania que é o voto. Eleitores tão desinformados não deveriam votar, está implícito. Mas esta primeira recusa está fundamentada em outra, muito mais profunda, que é a do direito ao reconhecimento social já mencionado.

    Ao fim e ao cabo, o que está em jogo é a grita contra a quebra do monopólio de recursos vitais para a reprodução das elites e para a manutenção do tipo obsceno de desigualdade que existe entre nós. Afinal, os governos petistas empreenderam uma política de valorização do salário mínimo e de distribuição de renda, o que fez cair a desigualdade econômica de modo contínuo, embora em ritmo mais lento nos últimos anos. A PEC das domésticas veio colocar mais lenha na fogueira porque, ao regular este tipo de trabalho, atacou o mais claro resquício da escravidão no país, uma relação que não tinha sequer uma jornada estabelecida.

    Mas foi sobretudo a democratização do acesso à universidade que feriu os brios das elites nacionais, porque afetou diretamente um dos mecanismos mais importantes para a sua reprodução: o acesso exclusivo ao ensino superior. As novas universidades, a política de cotas, a expansão das vagas convergiram para fazer muitas famílias verem um de seus membros chegar pela primeira vez a este nível de escolaridade.

    Para piorar a situação dos preconceituosos, já partir de 2006 as políticas inclusivas do Governo provocaram uma mudança da base eleitoral do PT, das classes médias mais escolarizadas para as classes populares, como mostrou André Singer. Eles acertam quando identificam a composição social do voto petista. Mas seu preconceito não os deixa ver que os pobres tem boas razões para isso, mesmo que o Governo tenha deixado intocados tantos outros monopólios, como o da própria mídia que agora o ataca, e que tenha se paralisado no último mandato em áreas tão importantes como a política cultural.

    A corrupção é a cortina de fumaça para muitos – mas não para todos – dos que repudiam o PT neste momento. A trajetória do partido faz os escândalos que o envolvem soarem mais fétidos do que os demais, porque ele começou a conquista do poder pelo legislativo, chamando para si a função de fiscal do executivo, desde a redemocratização. Agora, a pecha de “paladino da ética” é usada contra ele. Mas, todos sabemos (mesmo que a grande mídia e os eleitores do PSDB façam questão de esquecer) que a relação viciada entre o legislativo e o executivo é constitutiva da política brasileira.

    Tendo campanhas absurdamente caras, o Brasil vê chegar ao poder partidos comprometidos com grandes empresas e congressistas que votam por interesse, e não por convicção. Entretanto, por que os tantos indignados com a corrupção não defendem a reforma política que podia mudar esse estado de coisas? Porque a moralização do debate é uma forma de evitar sua politização. Politização que, aliás, avançou muito pouco durante o governo petista, o que agora pode lhe custar o Planalto. Os jovens pobres parecem ver suas conquistas como meramente pessoais, cedendo diante da ideia de meritocracia e esquecendo os fatores estruturais e a ausência de políticas públicas que explicam porque as gerações anteriores não tiveram as mesmas oportunidades. Por isso, a onda conservadora pode crescer ainda mais.

    Maria Eduarda Mota Rocha é pesquisadora e professora da Universidade Federal de Pernambuco

     

  4. O AQUIFERO DO ARENITO NUBIO E

    O AQUIFERO DO ARENITO NUBIO E RIO SUBTERRANEO ARTIFICIAL DA LIBIA

     

    http://en.wikipedia.org/wiki/Great_Man-Made_River#mediaviewer/File:Great_Man_Made_River_schematic_EN.svg

     

    Na parte oriental do deserto do Saara existe uma grande reserva de agua doce conhecida como Aquifero do Arenito Nubio, que contem uma estimativa de 150.000 quilometros cubicos de agua.  Há 20 anos foi iniciado um projeto para aproveitamento desse aquifero pelo governo libio de Muamar Khadafi.

    Foram construidos 2.820 kms de tubulações de grande capacidade, os tubos tem diametros onde cabe um automovel,

    com agua captada por 1.300 poços com profundidade de 500 metros.

    Estão sendo extraidos por dia 6,5 milhão de metros cubicos, que abastecem Tripoli, Benghazi e Sirte.

    Trata-se da maior obra de engenharia hidraulica do planeta.

    A retirada de agua corresponde a 2,37 quilometros cubicos por ano.

    O custo foi de US$25 bilhões e estima-se que para dessalinizar a agua do mar, como se faz na Arabia Saudita, o custo seria dez vezes maior.

    O Sistema Nubio poderia ser usado como parametro para a captação de agua do Aquifero Guarani para a Grande São Paulo, seria evidentemente um projeto muito mais simples por serem as distancias muito menores e a profundidade tambem  mais acessivel.

     

  5. Carcarás da Caatinga, e seu “Terrorismo” Light

    Carcarás da Caatinga – Grupo Nordestino Anti-bulling de Paulistas – Edital de Publicização.

    Por tudo quanto tem ocorrido nesta campanha eleitoral, principalmente no Estado de São Paulo, de manifestações de intolerâncias regionais desrespeitosas, preconceituosas e discriminatórias contra o povo nordestino, este grupo Carcarás da Caatinga passa a existir, a partir desta data de publicação de seu Edital, tendo em conta que o atual quadro de manifestações de ódio e intolerância praticados através da web tem despertado nossa preocupação com seus efeitos indiretos na auto-estima e valorização humana dos nordestinos, que não podem ser tratados como uma sub-espécie.

    Lembramos que o Anchluz nazista começou com algumas pequenas manifestações de incitação ao ódio ao povo judeu, passou para agressões verbais, depois físicas, depois houve a Noite dos Cristais; e logo a implantação oficial da política de extermínio dos Judeus, que terminou com o holocausto!

    Aqui no Brasil já tivemos esse incitamento ao ódio praticado por uma estudante de Direito em 2010, que exortou o povo para que fizesse “um favor a São Paulo, matando um nordestino afogado”!

    Agora, temos a nota publicada por um jornalista mineiro pedindo a separação do Brasil, e que os nordestinos preguiçosos fiquem com a Dima  e suas bolsas esmolas.

    Mais recentemente uma Procuradora da Justiça do Trabalho, cujo nome alemão pode não ser simples coicidência, Ingrid Berger, pediu “para jogarem uma bomba atômica igual a de Hiroshima sobre o Nordeste para que não nasça mais nenhuma flor por lá!

    E a mais estarrecedora de todas, um grupo reunido no facebook, que se diz composto por médicos e estudantes de medicina, (de medicina!!) propõe CASTRAR QUIMICAMENTE NORDESTINOS E OS FUNCIONÁRIOS ATENDENTES DE SEUS CONSULTÓRIOS, para que o Brasil fique livre da praga, e de Dilma Roussef”

    Por tudo isso, e para resistir a qualquer movimento social de segregação da cidadania, o grupo Carcarás da Caatinga passa a ter sua criação agora.

    Carcarás da Caatinga – Apresentação e outras disposições.

    Grupo ativista de nordestinos que não aceitam o tratamento discriminatório, preconceituoso e de intolerância praticado por paulistas contra a região nordeste.

    Quem pode se associar?
    R – Qualquer pessoa do mundo que queira combater esse comportamento.

    Qual o objetivo do Grupo?
    R – Elaborar medidas de resistência e combate à qualquer ato que signifique agressão à honra nordestina.

    Como colaborar?
    R – Escrevendo e publicando aqui notas e dizeres sobre a prática de resistência a ser oferecida contra as agressões verbais e físicas; o preconceito explícito ou silencioso; a intolerância e a discriminação dos paulistas.

    Protesto 1

    Sugestão

    Para cada manifestação de preconceito presenciada contra nordestinosCarcará da Caatinga!, Os Carcarás da Caatinga sugerem que cada nordestino que viva em São Paulo abra uma torneira de água de sua residência em vazão máxima por 10 minutos.

    Vamos secar São Paulo!

    Possíveis implicações legais.

    Não há ilícito porque a água é um bem de consumo que você paga para tê-la e a pode usar da maneira como lhe convém! Lembre-se que, mesmo em ameaça de colapso do abastecimento d’água, muitas pessoas continuam “varrendo” calçadas com água.

    Protesto 2

    Se a atitude da água como protesto não for suficiente para demover os paulistas de seus preconceitos, passaremos ao protesto 2.

    Sugestão

    Para cada manifestação de preconceito contra os nordestinos presenciada, Os Cacaás da Caatinga sugerem que cada nordestino que viva em São Paulo urine num saquinho de super mercado, amarre-o na boca com suas duas alças, e os atire de suas janelas de apartamentos por todaa as ruas de São Paulo.

    Vamos urinar em São Paulo!

    Possíveis implicações legais.

    Atirar sacos de urina pelas janelas quase não oferece riscos às pessoas, principalmente se forem feitos no silêncio da madrugada, com poucos transeuntes e ninguém para assistir. O máximo que pode haver é algum síndico madrugador o flagrar e queira multá-lo por atirar objetos pelas janelas.

    Protesto 3

    Mesmo que São Paulo, com o fedor de banheiros de estádio de futebol (agora é arena) não se renda ao respeito aos nordestinos, passaremos para o protesto 3, que tem a mesma concepção do protesto 2, só que se utilizando de dejetos sólidos.

    Por tudo quanto publicado aqui é a verdade e dou fé.

    Assinado
    Carcarás da Caatinga

  6. PROJETO EDUCACIONAL: CIDADANIA E SOLIDARIEDADE
    Rio de Janeiro 13 de outubro de 2014 PROJETO EDUCACIONAL: CIDADANIA E SOLIDARIEDADE Caros amigos (as) só vamos melhorar esse mundo, que vivemos, se plantarmos o bem, desde bem cedo. Pensando nisso gostaria de sugerir um projeto escolar, uma nova matéria, para se implantada nas escolas do Brasil e do mundo inteiro, CIDADANIA E SOLIDARIEDADE, onde os professores tentariam com ajuda de seus alunos melhorar esse mundo complicado que vimemos, passando tarefas e trabalhos nesse sentido. Amigos (as) tenho certeza, que se essa sementinha do bem for plantada vai dar bons frutos, para o nosso país e o mundo inteiro. De que adianta só saber fazer contas, se a pessoa não sabe ser solidária? Ambas matérias são importantes, para as nossas crianças, vamos fazer a diferença e pensar num mundo e futuro melhor para todos.  Atenciosamente:
    Cláudio José, um amigo do povo e da paz. 

  7. http://4.bp.blogspot.com/_gGZ

    http://4.bp.blogspot.com/_gGZRgjc93bY/TMls8w8xhpI/AAAAAAAAIwo/jQTnrahUIBs/s1600/cuban_missiles2.jpg

    A CRISE DOS MISSEIS EM CUBA COMPLETA 52 ANOS

     

    Em 14 de outurbro de 1962 um avião de reconhecimento  a alta altitude, do tipo U-2, comandado pelo Major Richard Heyser fez 928 fotos de uma grande area de terreno em San Cristoal, Provincia de Peinar del Rio, comprovando a existencia de 40 rampas de lançamento de misseis sovieticos capazes de transportar ogivas nucleares.

    Não era um segredo completo, o U-2 apenas fez a comprovação. Em 7 de outubro o Presidente de Cuba, Osvaldo Dorticos fez discurso na ONU onde dizia que Cuba ja tinha os meios de se defender de uma iinvasão, dando a entender que tinha uma arma nova. Mas a primeira informação veio muito antes, através do agente duplo Oleg Penkovsky, oficial da GRU, agencia de espionagem sovietica, que informou aos EUA sobre a remessa por navios de misseis sovieticos a Cuba, dando completos detalhes da operação.

    Com a comprovação por fotos da existencia de rampas de lançamento, os EUA deram noticia ao Kremlin que ou as rampas deveriam ser imediatamente destruidas e os misseis retirados de Cuba ou os EUA atacariam a base de lançamentos com os meios disponiveis. Foi sorte para o mundo que os dois lideres operavam na realpolitik e não no delirio, Kennedy e Kruschev resolveram a crise em duas semanas de conversações.

    Kruschev percebeu que não podia pagar a aposta e mediante condiçoes razoaveis mandou retirar os misseis. As condições que a URSS impos eram logicas:

    1.Compromisso do governo dos EUA de não invadir Cuba

    2.Neutralização de duas bases de misseis, uma na Italia e outra na Turquia, qued dispunham de misseis Jupiter, com alcance para atingir Moscou.

    3.Estabelecimento de uma “hot-line”, uma linha telefonica direta entre Kennedy e Kruschev para solucionar qualquer

    duvida sobre a implentação dos acordos, conhecida como “”Telefone Vermelho””.

    4.Os EUA se comprometeram a levantar o bloqueio maritimo que impuseram a Cuba assim que souberam da existencia de misseis, pois continuavam a vir navios sovieticos saindo de Odessa para Cuba com misseis.

    A crise foi resolvida pelos dois lideres CONTRA opinião nos EUA do Joint Chiefs of Staff (Estado Maior Conjunto) que queriam a imediata invasão de Cuba para destruir a base de misseis. No lado sovietico, Kruschev teve de ter a sensatez que Castro não teve, o cubano preferia o desafio aos EUA para mostrar valentia.  . Deveu-se aos dois lideres de forma muito rapida a neutralização da crise através de medidas sensatas de alcance mundial.

    A crise foi resolvida mas deixou  cicatrizes nos EUA com um embargo que permanece até hoje.

    Foi provavelmente a maior crise da Guerra Fria no sentido de risco para a paz mundial.

     

  8. Como foi a sessão da CAE do Senado: Armínio Fraga pra o BC

     

     

    Qual é a opinião hoje sobre Armínio Fraga Neto, de seus algozes na indicação para presidente do Banco Central do Brail em 1999.Atualmente alguns estão empenhados em eleger Aécio Neves, que disse que num eventual governo será seu ministro da fazenda?

    Na sessão da Comissão de Economia do Senador Federal de 26 de fevereiro de 1999, que durou 9 horas para sabatinar Armínio Fraga para a presidência do Banco Central, indicação do presidente Fernando Cardoso.

    Esta Casa quer saber a opinião de Vossa Excelência sobre a ética”, afirmou a líder do PT, senadora Marina Silva (AC), depois de frisar que Fraga deve ter “uma ética para o interesse público e outra para o interesse privado”. 

    O senador Lauro Campos (PT-DF) disse que a nomeação do economista para o Banco Central pode ser vista de três maneiras: “Um vampiro vai presidir um banco de sangue, a raposa vai tomar conta do galinheiro e, ainda, vão continuar amarrando cachorro com linguiça”. Fraga não levantou a voz nenhuma vez durante a sabatina. 

    Para o senador, a pátria de Fraga “é onde estiver o dinheiro”. Exaltado, Campos afirmou que George Soros, “que além de megaespeculador é megalomaníaco”, é o “patrão” de Fraga.

    Matéria de: Raquel Ulhoa – Agência Folha

    Oposição bombardeia Fraga

    Raquel Ulhôa
    Da Agência Folha – Brasília

    O economista Armínio Fraga sofreu um verdadeiro bombardeio dos senadores do bloco de oposição (PT, PDT, PPS e PSB). Foi chamado de “gênio do mal” por Saturnino Braga (PSB-RJ) e teve sua presença na presidência do Banco Central comparada, por Lauro Campos (PT-DF), à de um “vampiro cuidando de um banco de sangue”.

    Saturnino tachou Armínio de “homem de resultados”, com um caráter marcado pela “elasticidade ética”. Roberto Freire (PPS-PE), em uma intervenção exaltada, acusou Armínio de não ter “reputação ilibada” para ocupar a presidência do Banco Central, por sua relação com o mercado financeiro.

    “Não se pode jogar pôquer honesto conhecendo o jogo do adversário”, disse Saturnino. Freire chamou de “promiscuidade” a relação de Armínio com o mercado de investimentos e cobrou explicações sobre as suspeitas de que ele teria dado informações privilegiadas ao megainvestidor George Soros, seu ex-patrão.

    “Bata duro”, aconselhou o presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), que permaneceu ao lado de Armínio durante toda a arguição.

    “Não sou gênio. Mas sou do bem. Quero declarar minha indignação com as tentativas de me rotular como especulador e jogador. Não fazem justiça com a minha carreira profissional”, respondeu o economista.

    “Me senti ofendido”, disse Armínio, respondendo a Freire. “Vejo aqui uma tendência ao prejulgamento através (sic) de rótulos. Gostaria que o senhor procurasse se informar a meu respeito, para ter a tranquilidade de saber que está falando com uma pessoa de bem”, continuou.

    O economista, que manteve a calma durante todo a arguição, disse que, por não ser político, se sentia “acanhado” diante da “eloquência” de Freire. “A oposição foi grosseira”, disse ACM mais tarde.

    “Ser agressiva era obrigação da oposição. Há um clamor nacional contra essa política do governo de abrir o país à especulação. E ele (Armínio) representa isso. Estamos interpretando esse sentimento de indignação”, disse Saturnino.

    José Eduardo Dutra (PT-SE) comparou a uma “fábula” a versão do economista, que negou ter tido acesso a informações privilegiadas antes de sua indicação, durante jantar com o presidente Fernando Henrique Cardoso.

    Para Jefferson Peres (PDT-AM), Armínio não foi ético ao se empregar no fundo de investimentos privado de George Soros, depois que deixou a diretoria do Banco Central, no governo Collor.

    Pedro Simon (PMDB-RS) também contribuiu para o constrangimento de Armínio. Questionou o fato de ele ter deixado uma remuneração alta, trabalhando no setor financeiro privado, para vir ganhar um “salariozinho” como presidente do Banco Central.

    “Vossa excelência deu a entender que cansou de ganhar dinheiro. Pergunto: por quanto tempo? Vossa excelência conviveu com um homem amoral (Soros), que reconheceu em uma entrevista que sua atividade é amoral. Vossa excelência rompeu com esse homem?”, perguntou.

    A oposição obteve uma vitória no início da sessão, com a ajuda dos senadores Roberto Requião (PMDB-PR) e Pedro Simon (PMDB-RS). Eles conseguiram impedir que a arguição de Armínio fosse feita em conjunto com os outros cinco diretores indicados para o BC.

    Requião tentou, sem sucesso, adiar a arguição, pedindo diligências a respeito de processos do TCU (Tribunal de Contas da União) contra Armínio. Simon tentou adiar a votação da indicação em plenário. Queria aguardar a votação do projeto de lei que exige quarentena de membros da diretoria do Banco Central.

     

    VOTOS – O placar da votação secreta deixa em dúvida apenas um dos votos contrários à indicação de Fraga à presidência do BC. Cinco deles têm donos: os senadores do PT Eduardo Suplicy (SP), Lauro Campos (DF) e José Eduardo Dutra (SE), além de Roberto Saturnino (PSB-RJ) e Jefferson Péres (PDT-AM), do bloco da oposição. A supeita, inclusive de ACM, é que o outro voto seja do senador Pedro Simon (PMDB-RS), da base governista. 

     

    Simon não quis dizer como votou. Ele afirmou que, se fosse Fraga, não teria aceitado o convite para o cargo e tampouco o teria convidado se fosse o presidente Fernando Henrique Cardoso. Os 21 votos favoráveis partiram de senadores de partidos aliados ao governo. 

     

    PROTESTO – Galinhas, baldes e vassouras integraram a manifestação feita ontem em frente à sede do Banco Central contra a indicação de Armínio Fraga. O ato público “A raposa tomou conta do galinheiro” foi organizado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST), estudantes e partidos de esquerda. Reuniu pouco mais de 400 pessoas, para um policiamento com cerca de 170 homens, incluindo a Polícia Florestal. 

    Carregando galinhas, os manifestantes lavaram a entrada do prédio, gritando frases contra o FMI. 

    Fonte:http://zip.net/bgpTNk, acessado em, 12 julho de 2014.

  9. TODA CRIANÇA MERECE TER UM BOM LAR

    Tudo o que você precisa saber para adotar uma criança no Brasil

     

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    Atualmente existem muitas crianças que sonham em ter um lar. E existem muitas outras pessoas que almejam adotar uma criança, mas que têm muitas dúvidas em relação a como esse processo funciona. Se você faz parte do segundo grupo e não sabe por onde começar o processo, confira a seleção de dúvidas que respondemos para você.

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    Procedimento para adotar filhos é extenso e burocrático no Brasil. Foto: Shutterstock

    Como adotar uma criança?

    Perante a lei, estão aptos a adotar uma criança adultos com mais de 21 anos, independentemente do estado civil – podem ser solteiros, casados, divorciados ou viverem em união estável. Em casos decasamento e união estável, o casal deve fazer o pedido da adoção.

    Será feita uma avaliação de estabilidade da união. Além disso, considera-se pré-requisito a diferença de idade de pelo menos 16 anos entre a criança e a pessoa que pretende adotá-la. Não podem adotar uma criança pessoas menores de 18 anos ou que tenham algum grau de parentesco. Nesse caso, cabe um pedido de guarda ou tutela. O tutor não pode adotar o seu tutelado.

    Podem ser adotadas crianças e adolescentes com até 18 anos a partir da data do pedido de adoção e órfãos de pais falecidos ou desconhecidos. Além disso, entram na fila de adoção crianças e adolescentes cujos pais tenham perdido o pátrio poder ou concordarem com a adoção de seu filho.

    Só podem ser colocados para adoção as crianças e adolescentes que já tiveram todos os recursos esgotados no sentido de mantê-los no convívio com a família de origem.

    Passos para adotar uma criança

    Para adotar uma criança,é preciso apresentar alguns documentos específicos. São eles RG, CPF e comprovante de residência, cópia autenticada da certidão de casamento ou nascimento dos interessados no processo de adoção, cópia do comprovante de renda mensal, atestado de sanidade física e mental, atestado de idoneidade moral assinado por duas testemunhas, com firma reconhecida, e atestado de antecedentes criminais.

    Os procedimentos para se adotar uma criança no Brasil, ainda que não padronizados no país, seguem uma linha de padrões. O primeiro passo consiste em os interessados na adoção procurarem a Vara da Infância e da Juventude mais perto de sua residência. Feito isso, é de praxe que passem por uma entrevista.

    O terceiro passo é a apresentação dos documentos necessários. Depois de feita uma análise da documentação, os interessados passam por uma nova entrevista: desta vez, um assistente social vai até a casa do adotante para conhecer melhor a rotina a qual a criança será submetida.

    Depois disso, é iniciado o processo de escolha da criança. Depois, se for o caso, é dada a guarda temporária da criança para o adotante. Esse é o período de experiência e de avaliação.

    Caso o adotante seja aprovado, é iniciado então o processo na Justiça. A partir do início judicial do processo é que se considera que o procedimento começa efetivamente. Tudo se encerra com a sentença do juiz aprovando ou não a adoção.

    Gostou do artigo? Qual é a sua opinião sobre ele? Venha compartilhar suas experiências e tirar suas dúvidas no Fórum de Discussão DoutíssimaClique aqui para se cadastrar!

     

  10. Por que Sérgio Moro liberou trechos escolhidos dos depoimentos

    Por que o juiz Sérgio Moro liberou trechos escolhidos dos depoimentos justo agora??

    Fonte: Diário do Centro do Mundo, por Paulo Nogueira

    Um declarado eleitor de Aécio Neves, o advogado criminalista Antonio Carlos de Almeida Prado, o Kakay, disse o seguinte ao blogueiro Josias de Souza, do UOL: “Houve uma grave instrumentalização do Poder Judiciário.”

    Kakay estava se referindo à liberação seletiva de trechos dos depoimentos em casos de delação premiada pelo juiz paranaense Sérgio Moro.

    Repito: Kakay disse a Josias que vai votar em Aécio. “Até fui a um jantar de adesão. (…) Alternância no poder é importante. Não quero que o Brasil fique fossilizado como São Paulo, administrado há duas décadas pelo PSDB.”

    O ponto central de Kakay é: por que parte do vazamento é aberta e parte não, e justamente às vésperas de uma eleição presidencial?

    “Parece brincadeira. Aqui, tem segredo. Ali, é tudo aberto. Isto se chama instrumentalização. É muito grave. A poucos dias da eleição, as consequências são gravíssimas.”

    Nada foi aberto, por exemplo, em relação ao que os depoimentos trazem sobre Eduardo Campos, cuja família acaba de declarar apoio a Aécio.

    Por quê? A resposta mais provável é que por trás dos vazamentos estão razões políticas e partidárias, e não de justiça.

    Para Kakay, o juiz Sérgio Moro “está fazendo um jogo extremamente perigoso” – mas não surpreendente.

    Moro, no Mensalão, ajudou a juíza Rosa Weber em seus trabalhos. Rosa entrou para a história ao condenar Dirceu com as seguintes palavras: “Não tenho prova cabal contra Dirceu, mas vou condená-lo porque a literatura jurídica me permite.”

    Neste exato momento, Moro é candidato à vaga de Joaquim Barbosa no Supremo. Eleito Aécio, quais serão suas chances?

    Num artigo publicado na Folha algumas semanas atrás, Kakay escreveu que os brasileiros estavam diante da seguinte situação: um delator – Paulo Roberto Costa – poderia ser o “grande eleitor” nas eleições presidenciais.

    Com base em acusações não investigadas e nem, muito menos, provadas. Em seu artigo, Kakay imaginava a seguinte situação: e se Costa decidisse, por algum motivo, citar Dilma? Os brasileiros, neste caso, teriam um novo presidente escolhido por um delator.

    Na entrevista a Josias, Kakay voltou à mesma lógica, apenas com o juiz Moro no lugar do delator.

    “Como deveria ter procedido o juiz?”, perguntou o blogueiro — também ele insuspeito de qualquer simpatia pelo PT.

    Respondeu Kakay: “A rigor, ele não cometeu ilegalidade. Os atos praticados nesta semana eram abertos. Mas as características do caso tornam a legalidade apenas aparente. Para evitar a burla à delação, o juiz deveria ter adiado os interrogatórios ou evitado a publicidade dos depoimentos até a eleição.”

    Legalidade apenas aparente. É uma frase doída, porque veraz.

    Esta é a Justiça Brasileira.

    Fala como Justiça, se veste como Justiça, respira como Justiça — só não age como Justiça.

    Pobre sociedade. Pobres brasileiros.

     

  11. Eleição

    Policial acusa Aécio de ligação com o tráfico

     

    Por Emanuel Cancella*

     

    Sempre repudiei a atitude de pessoas que se utilizam do fato do fulano ou beltrano serem usuários  de drogas para atacar sua dignidade. Creio que os usuários de drogas ilícitas assim como os alcoólatras, em primeiro lugar, são dependentes químicos, estão doentes, e como tal tem que ser tratados.

     

    Mas, ciente de que notícias divulgadas na internet merecem atenta verificação das fontes – no caso, a minha fonte foi o jornalista Luís Nassif – , depois de assistir ao vídeo do policial civil Lucas Gomes Arcanjo, de Minas Gerais, senti-me na obrigação de cobrar publicamente das autoridades desse país que investiguem a denúncia do policial mineiro que está acusando Aécio Neves de  “envolvimento com o tráfico de drogas”.

     

    Em novembro do ano passado a polícia apreendeu o helicóptero da família de Perrella com 443 quilos de cocaína. Lucas Gomes Arcanjo acusa o Senador Zezé Perrella, do PDT de Minas Gerais, de ser aliado de Aécio no tráfico. Conforme notifica no vídeo divulgado, o policial diz que já sofreu um atentado em consequência dessas  investigações.

     

    O policial também diz que o Ministério Público de Minas Gerais e o comando da policia no estado são controlados pelo ex-governador Aécio e pelo PSDB. Talvez por isso o mensalão do PSDB mineiro nunca tenha sido julgado. Lucas Arcanjo também denúncia, em vídeo que está disponível na internet, que “ a ida do processo do senador envolvido no caso do mensalão, Clésio Andrade do PMDB/MG,  seguiu para Minas a fim de que tivesse o mesmo destino dos outros acusados do mensalão de Minas: o arquivo.

     

    Corre nos bastidores que costumam ser perseguidos e ter a carreira precocemente interrompida os jornalistas que ousam criticar o senador Aécio Neves. É o caso de Marcelo Baeta, demitido da TV Globo mineira, e de Ugo Braga, demitido do jornal O Estado de Minas.  

     

    O jornalista Jorge Cajurú foi demitido no ar. Criticou o então governador Aécio Neves por comprar 10 mil ingressos para distribuir aos seus amigos enquanto o torcedor não tinha ingresso disponível para um determinado jogo. Depois do intervalo comercial não voltou mais. Fora demitido sumariamente pela ousadia (imagens disponíveis na internet). Parece evidente a tentativa da Globo e da Band de blindarem Aécio Neves.

     

    Mas até para limpar sua imagem, o ex-governador não deveria ser conivente com esse silêncio. É necessário verificar se, de fato, pode existir envolvimento de Aécio Neves com o tráfico de drogas, conforme denúncia o policial. Poderia este fato estar relacionado com a construção com dinheiro público de um aeroporto no município de Claudio, em Minas Gerais, em terras da própria família de Aécio? O que pensar do grave incêndio do galpão no referido aeroporto, logo depois que essa denúncia veio à tona? Queima de provas? A gravidade dos fatos exige criteriosa e urgente investigação, para que não pairem dúvidas.

    Quem quiser conferir os vídeos, seguem os links:

     

    Marcelo Baeta: https://www.youtube.com/watch?v=Y7t20KC068Q

     

    Video do policial: https://www.youtube.com/watch?v=IpTIheiuEpo

     

    Aeroporto de Claudios: http://oglobo.globo.com/brasil/fogo-atinge-galpao-da-prefeitura-de-claudio-em-minas-gerais-13603327

    Fonte: Emanuel Cancella é diretor do Sindipetro-RJ e da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP)

     

    Rio de Janeiro, 13 de outubro de 2014;

     

     

     

      1. Policial acusa Aécio de ligação com o tráfico.

        Caro Luis Nassif a fonte de acesso ao video do policial que acusa aécio de ligação com o tráfico foi o seu blog.

  12. Proibido de apoiar Dilma Xico Sá deixa a Folha

    Do Brasil 247

    Um dos mais veteranos colunistas da Folha, o jornalista Xico Sá deixou o jornal após ser impedido de publicar artigo em que declarava seu apoio à presidente Dilma Rousseff; em email ao 247, o editor-executivo da Folha, Sergio Dávila, confirmou a saída; “Sim, Xico Sá pediu demissão da Folha. Em sua última coluna semanal, que seria publicada no sábado 11/10 no caderno Esporte, ele declarava voto num dos candidatos à corrida presidencial, o que fere a política do jornal, segundo a qual os colunistas devem evitar fazer proselitismo eleitoral em seus textos”; Xico Sá declarou seu voto em Dilma no Twitter, no sábado, e criticou a “imprensa burguesa”; “Pq não investigar todos?”, questionou

    247 – O jornalista e escritor Xico Sá pediu demissão da Folha de S. Paulo depois de ter tido um artigo vetado pelo jornal. Na coluna, que seria publicada no sábado 11, no caderno Esporte, ele declarava seu voto na presidente Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição. A informação foi confirmada ao 247 nesta tarde pelo editor-executivo do jornal, Sérgio Dávila. Leia abaixo seu email:

    Sim, Xico Sá pediu demissão da Folha. Em sua última coluna semanal, que seria publicada no sábado 11/10 no caderno Esporte, ele declarava voto num dos candidatos à corrida presidencial, o que fere a política do jornal, segundo a qual os colunistas devem evitar fazer proselitismo eleitoral em seus textos. Se quiserem, podem escrever artigo em que revelam seu voto e defendem candidatura na pág. A3 da Folha. Esta opção foi dada a Xico Sá, que recusou a oferta.

    No sábado, Xico Sá disparou ataques contra o que chamou de “imprensa burguesa” e contra o candidato Aécio Neves (PSDB) em sua página no Twitter. Ele também declarou seu voto em Dilma na rede social.

    Continua aqui

     

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