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Redação

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  1. Genoíno não pode voltar prá cadeia

    Laudo diz que Genoino NÃO pode voltar para a cadeia, por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania


     

    Uma junta médica do Hospital Universitário de Brasília avaliou a saúde de José Genoino no último sábado e produziu um laudo que servirá de base para que o presidente do STF, Joaquim Barbosa, decida se o petista continua em prisão domiciliar ou se volta para a cadeia.

    O resultado desse laudo foi divulgado na tarde da última terça-feira em portais de internet e repercutido pelos telejornais da noite. De forma unânime, tanto os portais da grande mídia quanto os telejornais apresentaram esse resultado de forma distorcida.

    Manchete do portal UOL, por exemplo, afirmou que o “Laudo diz que prisão domiciliar para Genoino não é imprescindível”. Com poucas variações, o documento foi interpretado da mesma forma por todos os outros grandes portais e pelos telejornais.

    Que conclusão, leitor, você tira dessa manchete? Ora, se a “prisão domiciliar para Genoino não é imprescindível” isso quer dizer que ele pode voltar para a cadeia, certo? Errado. O Blog teve acesso à íntegra do laudo médico em tela e, com base nele, formulou essa conclusão.

    A avaliação da saúde de Genoino foi levada a cabo no terceiro dia após ele ter sofrido internação hospitalar de urgência por conta de uma crise de hipertensão arterial. O documento diz que, agora, ele está bem e que sua cardiopatia, neste momento, não é grave.

    Lendo o documento, descobre-se que o petista relatou aos médicos que o examinaram que “Em meados de 2012” submeteu-se a um “check-up clínico geral e cardiológico” no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, e que os médicos, na oportunidade, disseram-lhe que seu coração estava “ótimo”.

    Todavia, apesar do “ótimo” coração de Genoino, o laudo relata que, em julho deste ano, ele teve que se submeter a uma cirurgia de urgência para “correção cirúrgica” de um problema chamado “dissecção aguda da Aorta Torácica Ascendente”. Tradução: teve que substituir parte da Aorta por um tubo de cerca de 15 centímetros.

    Duas semanas depois, segundo o documento, Genoino sofreu um AVC (Acidente Vascular Cerebral), mas que não deixou “qualquer sequela neurológica”. Porém, devido à possibilidade de ocorrer novo evento dessa natureza, o paciente vem tendo que tomar um “anticoagulante” com regularidade.

    Você diria, leitor, que a saúde desse homem não é extremamente delicada e que ele não precisa ser mantido em condições que não a agravem? Se diz isso, o trecho seguinte do laudo diz o contrário.

    Segundo o documento, Genoino vinha se recuperando bem do trauma por que passou, mas só até que fosse submetido a “intenso estresse emocional”. Ou seja: a prisão agravou a saúde dele, que até então vinha vivendo sem maiores problemas.

    Após a cirurgia no peito do paciente para emendar a veia Aorta, irrecuperavelmente danificada no ponto em que foi substituída por uma prótese, é óbvio que se espera que o problema cardíaco dele tenha sido mitigado, daí que o laudo diz que, atualmente, ele não sofre de “Graves Doenças Cardiovasculares”.

    Isso significa que pode voltar à prisão? Não. O laudo diz que não precisa de “permanência domiciliar Fixa”, mas NÃO diz que pode voltar para a prisão. Pelo contrário, em sua página 8 diz, claramente, que NÃO deve ser submetido a fatores psicológicos estressantes”.

    Pergunta: como é, diabos, que alguém encarcerado em uma prisão brasileira pode evitar “fatores psicológicos estressantes”?

    Se Genoino não fosse um condenado pela Justiça, poderia levar uma vida normal. Não precisaria ficar confinado em sua casa. Mas como se encontra em regime de privação de liberdade, a prisão domiciliar oferece a possibilidade de cumprir sua pena sem ser exposto a condições que, tal qual ocorreu na semana passada, façam com que sofra uma nova crise.

    De mais a mais, Genoino não foi condenado a regime fechado, mas ao semiaberto. Mantê-lo em um regime mais duro do que aquele ao qual foi condenado, portanto, além de ser injusto ainda oferece risco à sua saúde, conforme diz o laudo que a mídia distorceu.

    *

    Abaixo, a íntegra do laudo sobre a saúde de Genoino.

     

     

  2. Revolta em aeroporto: Artistas recebem tratamento diferenciado

    Juliana Paes e Márcio Garcia recebem tratamento diferenciado e causam revolta em aeroporto

     

    26/11/201317p0

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    do BOL, em São Paulo

    AgNews

    26.nov.2013 - Juliana Paes e Márcio Garcia causaram revolta em outros passageiros ao receberem tratamento diferenciado em Fortaleza

    26.nov.2013 – Juliana Paes e Márcio Garcia causaram revolta em outros passageiros ao receberem tratamento diferenciado em Fortaleza

    Os atores Juliana Paes, 34, e Márcio Garcia, 43, acabaram causando uma confusão na sala de embarque do aeroporto de Fortaleza no último domingo (24).

    De acordo com o F5, alguns passageiros ficaram revoltados com o tratamento diferenciado dado aos atores no voo 3537 com destino ao Rio de Janeiro.

    Tudo começou quando, ao anunciar o começo do embarque, um funcionário da Tam saiu do portão e foi buscar Juliana, que estava sentada com um bebê de colo. A atriz então passou na frente das demais pessoas da fila de prioridades.

    Márcio Garcia, por sua vez, entrou com a família por outra porta. A esposa do ator, Andréa Santa Rosa, está grávida de quase quatro meses.

    Ainda de acordo com o site, as pessoas da fila de prioridade tiveram de esperar os atores “se acomodarem” para serem liberadas para entrar na aeronave.

    Revoltados, os passageiros reclamaram, e houve gritaria no embarque. Nas redes sociais, alguns desabafaram e afirmaram que outro funcionário chegou a pedir desculpas, mas ironizou ao questionar os passageiros se queriam que Juliana Paes fosse retirada do avião para que eles entrassem.

    Os dois atores, assim como outros famosos, estavam no Ceará para participar do festival zen Love & Peace Rocks. Consultada pelo F5 sobre o caso, a assessoria de imprensa da TAM afirmou ter agido “em acordo com as regras de acessibilidade da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil)” e ressaltou que a presença dos dois famosos não prejudicou a pontualidade do voo.

    “A TAM Linhas Aéreas esclarece que, em acordo com as regras de acessibilidade da Anac, realizou o embarque prioritário da passageira Juliana Paes porque a mesma portava uma criança de colo”, informou a empresa em nota. “Já o ator Márcio Garcia foi direcionado para um portão separado para evitar o assédio dos demais clientes, que poderiam prejudicar o embarque.”

    http://noticias.bol.uol.com.br/ultimas-noticias/entretenimento/2013/11/26/juliana-paes-e-marcio-garcia-recebem-tratamento-diferenciado-e-causam-revolta-em-aeroporto.htm

     

    1. Isso é FAKE. Ninguém poderá

      Isso é FAKE. Ninguém poderá ficar revoltado com a postura correta da TAM. Senhoras gravidas e ou com acompanhantes de menores no colo e em mãos DEVERÃO ser embarcados antes e em separado. Isto existe desde que há avião. Portanto, creio que quem escreveu essa asneira não sabe o que está escrevendo. Quanta besteira.  Vão de onibus, parodiando o Marcelo Adnet……ou estão de brincadeira. 

  3. A CONFERENCIA DE TEHERAN –

    A CONFERENCIA DE TEHERAN – Amanhã comemora-se 70 anos da crucial Conferencia de Teheran entre os Tres Grandes, Roosevelt, Stalin e Churchill, a primeira das tres conferencias que moldaram o mundo pelos 50 anos seguintes, o mundo da guerra fria e da ordem global bipolar.

    Foi a primeira vez que Roosevelt encontrou Stalin, para isso viajou 7.000 milhas, já com a saude muito debilitada, paralitico e carregado até a cadeira da conferencia, Churchill ao contrario, com otima saude e adorando viajar, já tinha estado duas vezes com Roosevelt nos EUA e duas vezes com Stalin em Moscou.

    O Marechal Stalin veio de Moscou de trem, não andava de avião e só viajava em territorio sob controle sovietico.

    O Irã (naquela época ainda tratado como Pérsia) estava dividido em duas metades, o norte sobr controle russo, incluindo Teheran e o sul sob controle britanico, incluindo os poços de petroleo e a refinaria na ilha de Abadan, então a maior do mundo. O Irã era rota vital de remessa de equipamento bélico para a União Sovietica, dos EUA até o Irã foram remetidos 11 milhões de toneladas de veiculos, armas, munições, alimentos, medicamentos, vestimentas, despachados via Cabo da Boa Esperança contornando a Africa e pelo Indico chegando aos portos do sul da Persia e dai de trem até a fronteira russa, um longuissima viagem, a unica outra rota eram os portos articos de Murmansk e Arcangel que só operavam dois meses por ano, no resto do ano estavam congelados.

    A Conferencia começou em 28 de Novembro as 4 horas da tarde no imenso palacio da Embaixada sovietica em Teheran, o bairro inteiro cercado por tropas do Exercito russo, havia rumores de atentados alemães contra os Três grandes. No dia seguinte, 29 de Novembro houve o grande jantar de gala oferecido por Stalin quando Churchill lhe entregou uma espada magniica, presente do Rei George VI em homenagem aos defensores de Stalingrado.

    Na Conferencia de Tehran foram tomadas decisões fundamentais para as operações de guerra e para o desenho do mundo do pós guerra.

    1.Fixou a abertura da Segunda Frente em Maio de 1944, objetivo altamente pressionado desde 1942 por Stalin.

    2.Apoio dos Aliados à resistencia comunista na Iugoeslavia, chefiada por Tito. Essa decisão foi importante porque havia dois grupos rivais na resistencia, o outro de partidarios da Monarquia, ao optar por Tito os Tres Grandes criaram a Iugoslavia comunista, uma vitoria de Stalin, que porem não contava que Tito não seria seu satelite.

    3.Desenhou-se que os seis paises da Europa do Leste ficariam dentro do bloco sovietico, inclusive a Polonia, que tinha um influente governo no exilio anti-comunista com sede em Londres, esse decisão custou politicamente muito cara tanto à Churchill como a Roosevelt, especialmente com relação à dar a Polonia à Stalin.

    3.Acertou-se que os Estados Maiores anglo-americanos e sovieticos se reuniram rotineiramente dai por diante para ajustar operações sincronizadas nas frente leste e oeste, especialmente após a abertura da segunda frente.

    4.Combinou-se uma pressão sobre a Turquia para declarar guerra à Alemanha. Não adiantou muito, a Turquia só declarou guerra em fevereiro de 1945, sem qualquer efeito pratico.

    5.Garantiu-se a independencia do Irã após o fim da guerra.

    6.Acertou-se a situação da Finlandia, pais pro alemão e anti-sovietico, que deveria fazer um tratado em separado com a URSS e não entrar na rendição geral dos paises do Eixo, a Finlandia tinha tido uma guerra particular com a URSS em 1939, que aliás ganhou valorosamente, era um pais pro alemão mas não nazista.

    Foi a mais importante das tres grandes conferencias, a anterior do Cairo teve menor importancia porque Stalin não estava lá. Foi em Teheran que traçou-se o que as outras duas, Yalta e Potsdam, completaram, a nova ordem global que vigorou até 1990. Alem do novo mundo do pós guerra, em Teheran se ajustaram as grandes operações que concluiram  a guerra na Europa, que só acabaria em 7 de maio de 1945.

     

  4. A escravidão da agenda e a relevância do que é relevante
    Hoje vejo a noticia de que o senado “aprovou” o fim do voto secreto …

    … para as cassações e vetos presidenciais.

    Estudam a possibilidade de aprová-la “já”, parcialmente (nos termo acima), insinuando talvez um casuísmo voltado aos condenados da AP470.

    Enquanto isso ficamos obrigados a discutir a mesquinhez, a hipocrisia, o cinismo e a pequenez desta mídia medíocre (de oposição ao país) que manipula (e até mente), promove a fofoca, o futrico, a vingança, o golpe baixo e o ódio na política.

    Os assuntos em pauta são: o salário de um gerente de hotel, a “farsa” do cardiopata recém-operado (que já passou por torturas e que, dos “bilhões” que roubou do dinheiro “público”, só quer ficar em seu sobradinho de 30 anos com a família), dos beijinhos do Neymar para a namorada no fêicebuque, nos bilhões roubados “por Haddad e sua quadrilha” recém chegada na prefeitura de SP, as bundas das globelezas e o que rolou em “Amor” (que asseguro-lhes prazeirosamente, jamais vi uma mísera fração de minuto de qualquer capítulo), as caras de “empregadinha” das doutoras cubanas e todo o vômito que escretam (oops) diária e continuamente.

    E ficamos nós aqui nesta Internet imunda, presos a discutir, tentar desmentir, ou tentar promover (um privataria tucana submerso em silêncio nas águas escuras desta mídia, ou escândalos bilionários de verdade), ou tentar desdesqualificar gente importante e de boa intenção pública ou de desmascarar bandidos que espoliam esta nação de milhões de pessoas sem oportunidades dignas e baixos índices de quase tudo econômico e social

    Falam em “acabar com a corrupção” (algo utilizado em todas as derrubadas de governos democráticos pelo mundo afora (exceto “eles”), mas aparelham a polícias, o MP (fulminando PECs em qq. escorregão) e os tribunais de todos os níveis, para prender só os inimigos, além dos(as) PPPs, naturalmente.

    Falam em “assalto ao estado”, mas enquanto roubam bilhões as dezenas e espoliam o “pobre coitado” (e seu patrimônio) através de ajustes propícios das leis e regras e financeiras (sempre bilionárias), desviam o foco deles, escandalizando os dólares em cuecas, Land-Rovers usadas e caixas 2 de campanha … dos inimigos como se estes fossem os REAIS problemas relevantes da nação.

    Fala-se em reforma política e a única coisa que destacam é o tal de voto distrital que de tão confuso (quem manda ser ignorante?) nem consigo perceber a “malandragem”.

    Mas sobre financiamento público de campanha, fazem cara de ameba e o deturpam de tal forma que o povo pensa que é “dar dinheiro público pra candidato”. Ou acabar com o voto obrigatório, para que os capangas possam controlar melhor quem vai votar.

    Sabemos das dificuldades de aprovação do fundo público, mas se existe lá no final do processo (o início é a eleição, o final é a votação parlamentar), um meio eficaz de monitorar, avaliar, aprender e amadurecer politicamente o voto, é exatamente em podermos saber TUDO que nossos representantes, delegados por nós ,votam.

    Este me parece um assunto de extrema relevância, tão ou mais eficaz que o fundo público (que não é uma panacéia), pela sua simplicidade e viabilidade.

    Mas como é um assunto não “vitaminado” pela míRdia e ficamos nós afogados em discussões (justas, mas que nem deveriam existir) sobre os futricos e armações sem fim, sequer discutimos (ou cobramos) assuntos relevantes como esse.

    Que já está se encaminhando, como sempre, para um desfecho corporativo e não de interesse público.

    Aí pergunto: cadê os movimentos de rua, para cercar o Congresso e exigir que o voto secreto seja abolido em TODAS as votações e em TODOS os níveis legislativos do país (mun/est/fed)?

    Cadê?

  5. A professora e o macartismo

    A professora e o macartismo: “Eles acusam, eles julgam, eles punem”

    Por Luiz Carlos Azenha

    O alerta veio pelo Facebook: “Meu nome é Cléo Tibiriçá, sou professora universitária concursada na FATEC e venho passando por uma situação absurda de perseguição ideológica”.

    O texto remetia a um link do blog Escola Sem Partido, que fica aqui.

    O blog diz que se dedica a combater a doutrinação ideológica nas escolas.

    Chama a atenção um banner em uma de suas colunas. Parece não se tratar de um blog apartidário, já que critica o PT:

    O blog Escola Sem Partido acusa a professora Cleonildi de fazer doutrinação ideológica. Baseou-se numa lista de leituras recomendadas por ela. O autor dos textos acusatórios, Miguel Nagib, não conhece a professora pessoalmente. Não a entrevistou. Nunca conversou com ela.

    Segundo a professora, Nagib fez uma seleção parcial e descontextualizada dos textos que ela leva a debate na sala-de-aula. Nagib menciona textos recentes publicados, por exemplo, na CartaCapital — mas a professora diz que já debateu textos de outras revistas, inclusive de Veja, com os alunos.

    A lista, segundo a peça acusatória:

    – Prefácio do livro “A Era dos Extremos”, do historiador marxista Eric Hobsbawn;

    – “Encontro com Milton Santos ou o mundo global visto do lado de cá”, documentário de Silvio Tendler sobre o geógrafo “marxista não ortodoxo” Milton Santos;

    – “Medíocres e Perigosos”, artigo do jornalista Matheus Pichonelli, publicado na revista Carta Capital;

    – “Direitos Humanos para humanos direitos”, artigo do jornalista Matheus Pichonelli, publicado na revista Carta Capital;

    – “Desassossego na cozinha”, artigo do sociólogo e militante do PSTU Ruy Braga, publicado no Estadão;

    – “Procuram-se domésticas, Paga-se bem”, reportagem publicada no Estadão;

    – “No Brasil a pobreza tem cor”, artigo do jornalista e vice-presidente do Partido Socialista Brasileiro Roberto Amaral, publicado na revista Carta Capital.

    – “Tinha que ser preto mesmo!”, texto do jornalista Leonardo Sakamoto;

    – “O sonho do ministro Joaquim Barbosa”, artigo no qual o professor de História e presidente do INSPIR – Instituto Sindical Interamericano pela Igualdade Racial, Ramatis Jacino, acusa o Min. Joaquim Barbosa de ingratidão por não haver retribuído com seu voto no julgamento do Mensalão o “favor” de haver sido nomeado ministro do STF pelo PT;

    – “Direita e esquerda – razões e significados de uma distinção política”, texto do economista Fernando Nogueira da Costa;

    – “O dia que durou 21 anos”, documentário dirigido por Camilo Tavares, sobre a participação dos EUA no golpe militar que depôs o Pres. João Goulart;

    – “Capitães de Abril”, filme sobre o golpe militar que pôs fim ao regime salazarista em Portugal;

    – “Tanto Mar”, canção de Chico Buarque sobre o mesmo golpe;

    – Entrevista do filósofo Edgar Morin no programa Roda Viva;

    – “Preconceito Linguístico”, livro de Marcos Bagno segundo o qual a norma culta é instrumento de opressão da classe dominante contra os pobres.

    E então, alguma dúvida? Obviamente, não. O que a Prof.ª Cléo está tentando “desenvolver” nos alunos, a julgar pelo escandaloso viés ideológico do material adotado em seu plano de ensino, é a maior aversão possível a tudo o que não se identifique com uma visão esquerdista ou progressista da sociedade, da cultura, da economia e da história.

    *****

    O autor da “denúncia” informou que enviaria cópias dos artigos que prometeu publicar — cinco ao todo, dos quais um já saiu — aos superiores hierárquicos da professora Cléo. Cometeu um erro: enviou ao secretário de Educação do Estado de São Paulo, quando as FATECs são subordinadas à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia.

    A resposta da professora foi publicada no blog Escola Sem Partido, mas com comentários adicionados pelo acusador. Ou seja, segunda ela se transformou em “outro libelo”. Uma tentativa de desqualificação. No extremo, diz a professora, de provocar algum tipo de punição a ela.

    Eis a resposta da professora Cleonildi, na íntegra, como foi enviada ao sr. Nagib:

    “Art. 20. Salvo se autorizadas, ou se necessárias à administração da justiça ou à manutenção da ordem pública, a divulgação de escritos, a transmissão da palavra, ou a publicação, a exposição ou a utilização da imagem de uma pessoa poderão ser proibidas, a seu requerimento e sem prejuízo da indenização que couber, se lhe atingirem a honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se se destinarem a fins comerciais.” (Código Civil)

    Sr. coordenador do blog escolasempartido:

    Em resposta a seu aviso de publicação de artigo em que veicula informações descontextualizadas e distorcidas sobre minhas aulas e minha correspondência particular com meus alunos – vale ressaltar que a simples publicização de informações circulantes em grupo fechado privado, sem previa autorização, já constitui irregularidade passível de responsabilização e penalidade previstas em lei –, venho notificá-lo de minha discordância e consequente desautorização da referida publicação, vinculando meu nome aos propósitos difamatórios do blog que o sr. coordena.

    Primeiramente, dado que a questão me é dirigida como docente, e não como simples cidadã, quero salientar, antes de qualquer coisa, a ausência de legitimidade de seu blog para julgar conteúdos ministrados por mim ou por qualquer outro professor. O direito à liberdade de expressão lhe garante a divulgação de suas opiniões sobre qualquer coisa, mas serão sempre, e apenas, opiniões. Ainda que o sr. tenha assumido, perante seu grupo ou seu partido, o papel de paladino da educação brasileira, nem o sr. nem seu blog são órgãos fiscalizadores do Ministério da Educação, nem podem pretender agir como tal, arrogando-se autoridade legal para censurar o pensamento e a livre expressão. Por isso, causa estranheza sua ameaça de que a “publicação será feita, a menos que eu demonstre não serem verdadeiros os fatos” (tendenciosamente) articulados, em que se pressupõe que, além de “fiscal”, o sr. atribui-se a posição de “julgador” do que seja a verdade (e isso, logicamente, sob sua lente particular e enviesada).

    Além disso, sr. preclaro autoproclamado paladino das liberdades democráticas, antes de tudo, deixemos evidente que quem se declara “sem partido” como o faz o seu blog está se declarando, na verdade, a favor do partido que sempre quis ditar os rumos desse país. Portanto, para começo de conversa, é imperativo esclarecer que é desse lugar de desinteligência que entendo partir sua ameaça, de resto, tendenciosa e infundada.

    Não pretendo perder meu tempo com excrescências de corte fascista, mas, como advogado que é, o sr. deve saber que devo notificá-lo, para alertá-lo sobre as consequências de sua não observância de minha desautorização. É assim que, ciente de meus direitos como cidadã e docente, bem como do que determina a Constituição Federal, notifico em resposta minha discordância e desautorização diante do que considero uma afronta de sua parte, passível de reparação nos termos da lei. Sem a menor intenção de dar-lhe qualquer explicação, mas a título de ressaltar fatos elementares, amplamente conhecidos, recordo-lhe que a autonomia didático-pedagógica assegurada às Instituições de Ensino confere à FATEC o poder-dever de determinar os programas de ensino da Instituição, conforme o artigo 207 da Constituição Federal: “As universidades gozam de autonomia didático-científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial, e obedecerão ao princípio de indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão.”

    Como professora contratada pela FATEC por meio de concurso público, igualmente me é assegurada a autonomia para, dentro de minha área de especialidade, definir o plano de ensino no formato em que julgar que deva sê-lo.

    Isso seria o bastante para apenas ignorar sua ameaça (e é disso que se trata, já que, salvo melhor juízo, não há qualquer embasamento científico que confira ‘foros’ de ‘parecer’ àquilo que, a despeito de ser livre exercício de manifestação de pensamento, é apenas tentativa de calar o que vai de encontro àquilo que o “partido” – seja lá qual for – da “escola sem partido” crê deva ser posto em debate); todavia, ameaças desse tipo, por mais inócuas que pareçam, não podem ser ignoradas. O sr., seus chefes e seus seguidores são adultos que devem assumir a responsabilidade pelas ações persecutórias que desencadeiam e suas consequências. E é o que acontecerá – o sr., seus chefes e seus seguidores responderão judicialmente caso tentem vincular meu nome à sua campanha de bullying ideológico.

    Posto isso e neste sentido é que deve seu blog – que considero um instrumento pernicioso de desinformação e desrespeito às liberdades democráticas – abster-se de publicar qualquer artigo com meu nome. Como advogado, o sr. deve conhecer o artigo 20 do Código Civil – que fiz constar na epígrafe desta carta-notificação –, onde se lê que:

    “Salvo se autorizadas, ou se necessárias à administração da justiça ou à manutenção da ordem pública, a divulgação de escritos, a transmissão da palavra, ou a publicação, a exposição ou a utilização da imagem de uma pessoa poderão ser proibidas, a seu requerimento e sem prejuízo da indenização que couber, se lhe atingirem a honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se se destinarem a fins comerciais.”

    Não é preciso grande esforço argumentativo para evidenciar que a mera citação de meu nome em qualquer publicação veiculada por seu blog incorreria em todos os aspectos previstos pelo referido artigo, tendo em vista que meu currículo de profissional graduada e pós-graduada pela melhor universidade da América Latina, pesquisadora atuante, pela mesma instituição, em grupo devidamente credenciado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), bem como minha irrepreensível conduta profissional como professora de ensino médio, técnico e superior de instituições educacionais públicas e privadas de reconhecido prestígio, garantem-me a honra, a boa fama e a respeitabilidade que seu tacanho projeto ideológico visa comprometer e a cuja preservação fica-me garantido o direito pelo já citado artigo 20 do Código Civil.

    Sendo, por ora, o que tenho a notificar, finalizo por registrar meu mais profundo sentimento de honra por saber-me listada entre os desafetos de seu grupo. Em minha humilde prática docente, é motivo de imensurável orgulho ser objeto da sanha persecutória do “partido” da “escola sem partido”, ao lado de autores e educadores, eles, sim, dignos de reconhecimento e respeito.

    Atenciosamente,

    Cleonildi Tibiriçá

    *****

    O post do blog Escola Sem Partido ganhou repercussão no blog de Rodrigo Constantino, no portal da revista Veja.

    A professora se diz assustada:

    “Tem aí uma tentativa de intimidação”, diz. Sobre a repercussão: “Eu estou indignada, porque o Constantino é uma pessoa igualmente violenta”. E mais: “Eu estou me sentindo atacada, cerceada, eu nunca imaginava viver uma situação como esta”.

    Sobre comentários que acompanham os textos: “Alguns comentários postados ao texto do sr. Constantino são muito preocupantes pela violência, pelo rancor, pela perversidade do conteúdo desses comentários”.

    É a primeira vez que a professora se vê no centro de uma polêmica: “Não há debate nenhum. Eles acusam, eles julgam, eles pedem a pena. É uma coisa muito parecida com aquela caça às bruxas. Ele está me acusando, ele está julgando e ele pede que acendam a fogueira para mim”.

    Apesar disso, Cleonildi se diz disposta a travar um debate público, “qualificado”, ao vivo, com o acusador Miguel Nagib. Um debate com a participação de outros professores e convidados.

    É um desafio e tanto.

    http://www.viomundo.com.br/denuncias/professora-que-se-diz-vitima.html

  6. Neto de Jango atuará pelo Programa Mais Médicos

    Neto de Jango atuará pelo Programa Mais Médicos

    Edição/247 Fotos: Folhapress/Reprodução:

    Formado em Cuba, João Marcelo Goulart, de 24 anos, neto do ex-presidente João Goulart, atuará já no próximo mês pelo programa na cidade de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense; “Nossa ideia é ficar no mínimo três anos”, declarou

     

    25 de Novembro de 2013 às 17:48

     

    Rio Grande do Sul 247 – Três meses após a primeira leva de médicos estrangeiros desembarcar no Brasil para atuar pelo Programa Mais Médicos, constatou-se um detalhe: João Marcelo Goulart, de 24 anos, atuará já no próximo mês pelo programa na cidade de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, conforme antecipou, neste domingo (24), o jornalista Ilimar Franco, em sua coluna Panorama Político, do jornal O Globo.

    Curiosamente, João Marcelo Goulart é neto do ex-presidente João Goulart e se formou em Cuba. Nascido em Porto Alegre (RS) e criado no Rio de Janeiro, ele foi para a capital da Ilha Caribenha, Havana, por intermédio da juventude do PDT, onde militava. “Desde que decidi fazer Medicina, pensava em ir a Cuba. Como minha família tem um vínculo político forte, sabia que havia bolsas”, disse ao Globo.

    A escolha pela Baixada foi feita em razão da proximidade com os seus parentes, pois tanto os pais como o irmão de Marcelo Goulart moram no Rio. “Quero ir o quanto antes, estou esperando sair o registro. Minha noiva (a médica equatoriana Sandra Pérez) já está lá, fazendo levantamento de campo, conhecendo comunidades. Nossa ideia é ficar no mínimo três anos”, declarou.

    Sobre o processo de exumação do corpo do seu avô, cujo objetivo é verificar a causa da morte de Jango, o médico diz não ter dúvidas de que o ex-presidente foi envenenado. “Há dez anos a família tem dúvida se ele foi envenenado. E sempre surgem novos indícios, vindos de documentos e escutas telefônicas”, afirmou João Marcelo Goulart.

    O resultado da exumação deve sair em seis meses. “Toda essa homenagem que foi feita é importante, ainda que a exumação seja dolorosa. Será uma forma de recontar a história do país”, acrescentou o filho de Jango.

    http://www.brasil247.com/pt/247/rs247/121860/Neto-de-Jango-atuar%C3%A1-pelo-Programa-Mais-M%C3%A9dicos.htm

  7. Por um circuito alternativo de filmes brasileiros na Bahia

    A recente trajetória do filme Cuíca de Santo Amaro revela perspectivas e impasses da circulação de filmes feitos  na Bahia

    Quando o filme documentário de longa metragem Cuíca de Santo Amaro for projetado no auditório da Uneb, em Salvador, no próximo dia 29 de novembro, estará concluída uma jornada de 157 exibições em 37 cidades e povoados de todas as regiões da Bahia, iniciada em 15 de agosto no Teatro Dona Canô,  em Santo Amaro da Purificação. Cuíca agora se prepara para percorrer outras capitais.

    O périplo inicial na Bahia revelou um cenário previsível e outro surpreendente. Eram esperadas a dificuldade e falta de estrutura de projeção (imagem e som) e, especialmente, o pouco interesse pelo filme no circuito comercial. Mas foi surpreendente a mobilização nas universidades e escolas de ensino médio. A trajetória do filme no circuito alternativo revela a existência de um público potencial, atraído pela possibilidade de tomar contato com a produção cultural e interagir com os realizadores.

    Cuíca de Santo Amaro desbravou um caminho. Comprovou ser possível a montagem de circuito alternativo de exibição de filmes com presença em todas as regiões da Bahia. Mas ainda é imprescindível a melhoria da qualidade técnica dos equipamentos de projeção de imagem e som. Com exceção dos centros de cultura do Estado e do auditório da UFRB/Cachoeira, os demais espaços funcionam com equipamentos que ainda não são os mais adequados para a exibição. Tal carência poderá ser tranquilamente superada pela união de esforços entre as secretarias de educação e cultura do Estado. É um investimento baixo, mas com um expressivo retorno cultural e educacional, que pode contribuir para a criação de referências culturais e na formação de um público qualificado.

    Aprovado no Edital Setorial do Audiovisual 2012, o projeto de exibição e circulação do filme Cuíca de Santo Amaro previa a exibição do documentário para um público médio de 50 pessoas. As sessões em universidades e centros de cultura alcançaram público médio de 100 pessoas. Nos cinemas de Salvador foram realizadas 116 sessões, em três salas, durante cinco semanas (44 sessões a mais do que o previsto). No interior, chegou a 36 localidades, sete a mais do previsto, com  41 sessões  para mais de 4 mil pessoas, inclusive com debates depois da exibição. Nestes debates foram discutidas questões como memória social, identidade, comunicação e ética na imprensa. Notícias do filme reverberaram para o público alcançado por meio de entrevistas em rádios, tevês, jornais e sites.

    Para obter este resultado, a principal estratégia de mobilização foi atrair o interesse de professores e estudantes de ensino médio e universitários.  Este “recorte” do público seria fundamental para garantir plateias para o filme, na medida em que a comunicação geral através de emissoras de rádio, tv e jornais e redes sociais virtuais, apesar de importante para a ampla difusão de notícias, é incapaz, por si só, de levar as pessoas aos locais de exibição. Além disso, o convite continha o “trunfo”  de poder doar para os professores cópias do DVD do filme, com 04 Extras e um encarte com sugestões para o uso do material em salas de aula.

    A plateia foi conquistada com uma “agressiva” forma de mobilização, empreendendo um corpo-a-corpo vigoroso, fazendo contatos com diretores e professores de unidades de ensino e, em seguida, indo diretamente às escolas e salas de aula convidando docentes e discentes para irem ver o filme. Esta estratégia, até o momento, tem se revelado auspiciosa.

    Entretanto, Cuíca não obteve o mesmo sucesso no circuito comercial. Apesar do filme ter ficado em cartaz durante cinco semanas nos cinemas de Salvador o número de pessoas que pagou ingresso ficou abaixo de mil. A única cidade do interior  em que foi exibido em cinema, ficou apenas três dias. O exibidor recusou-se a manter o filme em cartaz, tendo em vista que a resposta do público foi pífia. Passou longe da cabeça dos poucos frequentadores de filmes daquela cidade trocarem O Ataque e Círculo de Fogo – duas películas de ação norte-americanas que estavam em cartaz naquele momento – pelo tal Cuíca de Santo Amaro. O desinteresse do público levou o proprietário das salas do Extremo Sul  a cancelar as exibições previstas na outras duas cidades da região.

    Mas  a boa recepção de Cuíca nas Universidades, escolas e centros de cultura mostrou que é possível, sim, conquistar para o cinema brasileiro o público jovem, que hoje não frequenta as salas comerciais, são descapitalizados financeira e simbolicamente, público despossuído de referencias culturais oriundas do mundo letrado, porém disponível para receber políticas públicas articuladas de educação, arte, cultura, ciência e comunicação. Evidentemente este público só irá ao cinema se houver investimento permanente e persistente na sua formação educativa-cultural, que seja capaz de elevar sua qualidade de vida e de renda.

    A execução do projeto de exibição do Cuíca de Santo Amaro no interior da Bahia teve o apoio complementar de algumas prefeituras municipais e universidades. Este apoio gerou economias que, somadas à redução de custos com a mudança no sistema de exibição, possibilitaram a proposta de aditamento do prazo de conclusão do projeto com a ampliação do circuito de exibição para outras capitais brasileiras. Ou seja, além de cumprir e superar as metas iniciais, o projeto pode, sem recursos financeiros adicionais, alcançar um circuito de exibição nacional.

    A exibição e difusão do Cuíca de Santo Amaro em um conjunto de capitais brasileiras é parte fundamental deste processo de articulação para a montagem de circuitos alternativos de exibição. Essa incursão do filme em patamar nacional contribuirá para a consolidação e ampliação de uso do Circuito Alternativo de filmes brasileiros, a partir de contatos com pontos de exibição em centros de cultura e de educação, teatros, escolas e espaços diversos da Bahia e de vários estados do país (por Josias Pires).

    http://cadernodecinema.com.br/blog/por-um-circuito-alternativo/

  8. Patrão que não registrar doméstico poderá pagar multa

    Por Eduardo Bresciani | Estadão Conteúdo

    A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara aprovou um projeto que prevê o pagamento de multas para quem descumprir a legislação que regulamenta o trabalho de empregado doméstico e que prevê uma pena pecuniária mínima de, aproximadamente, R$ 588,00 para quem não registrar o funcionário. A penalidade poderá ser reduzida se o empregador reconhecer, voluntariamente, o tempo de serviço efetuando a anotação da carteira de trabalho e o recolhimento da contribuição previdenciária deste período. Todas as multas, pelo projeto, seriam revertidas para o trabalhador.

    Como já foi aprovado no Senado e tem caráter conclusivo, a proposta seguirá para sanção presidencial, salvo se for apresentado recurso por pelo menos 10% dos 513 deputados para levar o tema a plenário. A regra entrará em vigor 120 dias após a sanção. “A proposição tem o intuito de aplicar ao empregador doméstico as penalidades previstas na CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas) pelo descumprimento da legislação trabalhista, igualando, nesse ponto, os direitos entre empregados domésticos e celetistas”, diz o relator da proposta na CCJ, Luiz Couto (PT-PB). Couto sustenta ainda que a alteração está de acordo com o princípio de “isonomia” previsto na Constituição e também com o Direito do Trabalho.

    O projeto aprovado não tem vinculação direta com a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que igualou os direitos dos trabalhadores domésticos aos das demais categorias. A regulamentação sobre este tema já foi aprovada no Senado em julho prevendo como será o pagamento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), do seguro-desemprego, e a dinâmica da jornada de trabalho. Esta proposta, porém, está parada na Câmara sem previsão para votação.

    http://br.noticias.yahoo.com/patr%C3%A3o-registrar-dom%C3%A9stico-poder%C3%A1-pagar-multa-203100702–finance.html

  9. Vida e morte de um jornalista chamado Anselmo

    Por Magda Almeida

    De que morrem os jornalistas no Brasil? Dizem alguns estudiosos que as doenças cardiovasculares e o câncer vêm prevalecendo nos últimos anos. Mas há alguns subprodutos, como o álcool e as drogas, que ajudariam a aumentar essas estatísticas. Não chega a ser uma grande novidade, se lembrarmos dos muitos que já se foram em décadas passadas e nas mais recentes por alguma dessas razões acima. O que esses estudiosos pouco ou nada falam é de algo que costuma estar na raiz de muitas falências físicas e emocionais que vitimizam centenas de jornalistas vida afora: a solidão e tudo que vem com ela. Há especialistas que já a incluem no rol das causas dos males citados.

    Em meus 47 anos de redação, vi e ouvi de tudo, provei de todos os venenos, experimentei todas as dores alheias, as vividas e as ouvidas. Mas uma me fez repensar – em uma noite não muito remota – a profissão, seus ideais, suas contradições e os seus profissionais. Essa experiência tem nome: Anselmo de Souza, ou o que dele sobrou.

    Saíra da redação da Sucursal Rio do Estado de S.Paulo, à época instalada na Rua da Quitanda, às carreiras. Precisava chegar à Praça 15 a tempo de tomar a barca das 22 horas que me levaria à Ilha do Governador, onde morava. Já me aproximava da bilheteria quando ouvi meu nome. Era quase um sussurro. Olhei em volta e o único humano mais próximo era um mendigo, um entre tantos outros que aproveitavam a noite para dormir sob as marquises do comércio local. Não podia ser nenhum deles, pensei. Mas quem me chamava?

    E, então, ele se aproximou. Um monte de trapo, mal se equilibrando sobre um cabo de vassoura, cabelo e barba imundos e crescidos, cheiro insuportável. Uma das pernas permaneceu levantada e mostrava um curativo velho e sujo. Trazia na mão uma lata vazia de leite Ninho, que escondeu quando parei. Perguntou se eu não o reconhecia. Não, eu não o estava reconhecendo. Quem era? Eu tinha alguns trocados, lhe disse, já abrindo a bolsinha de moedas, mas estava com pressa. Não queria perder a barca. E aí, o mundo à minha volta como que congelou: “Sou o Anselmo, que trabalhou com você no Jornal do Brasil…”

    Bolsa integral

    Anselmo chegou à redação do Jornal do Brasil, então na mítica Avenida Rio Branco da década de 1960, recomendado por um professor do curso de jornalismo da PUC, onde era bolsista. Negro, pobre, morador da periferia, queria muito ser jornalista. Gostava de escrever, era safo na velha Olivetti, tinha um bom texto e a curiosidade necessária para aprender e crescer. Era o seu discurso. Não chegava a ser demasiadamente tímido, mas reservava-se para poucos.

    José Gonçalves Fontes, nosso saudoso chefe de reportagem, rapidamente simpatizou com aquele estagiário e logo o entregava a mim, para orientá-lo nas rotinas da redação. Anselmo usava sempre o mesmo amassado terno, o único que tinha e que não tirava nunca, mesmo tendo permissão para vestir-se mais informalmente.

    O tempo me mostrou que Anselmo era talentoso, mas esse mesmo tempo também me fez perceber que gostava de beber. Na verdade, era alcoólatra. Não era o único naquela redação e em muitas outras pelo país afora, mas eu temia que, tanto quanto o álcool, alguma coisa a mais o tornaria vítima do mais infame bullying que eu já vira praticado contra alguém… dentro de um jornal. E já vira muitos.

    A barca chegou, foi embora e eu fiquei. Buscamos um banco ali por perto e ouvi sua história ou o que dela ele ainda se lembrava. Não conhecera seus pais, fora adotado por uma tia e cresceu correndo atrás da família biológica, que nunca encontrou. Na juventude, aprendera a ler e a escrever com a ajuda de uma professora para quem fazia pequenos serviços domésticos. Foi arrumando a biblioteca de um escritor famoso que conheceu o prazer da leitura dos jornais e dos livros. 

    Nunca se casara, namorara pouco, era reconhecidamente um solitário. Mas queria muito ser jornalista. Conseguiu terminar o segundo grau, passou no ainda fácil vestibular para a PUC e, melhor ainda, deram-lhe uma bolsa integral. Trabalhar num grande jornal não era apenas o sonho da elite intelectual de então. Anselmo, negro, pobre, de pais desconhecidos, também sonhava com isso.

    Martírio e esperança

    O nome hoje é bullying, mas pode-se chamá-lo por vários outros nomes, alguns aqui impublicáveis. Dizem os psicanalistas que é coisa de criança e adolescentes, geralmente. Nem sempre. A maldade humana nunca conheceu seus próprios limites, atestam a História e o que dela se conhece. Muitas vezes, corri atrás de Anselmo, para tirar de suas costas bilhetes maldosos ali pregados e que ele corria o risco de levar para a rua. Disfarçava, dizendo que estava tirando pó do casaco. Ele ria, mas acreditava ou fingia que.

    Vez por outra, mandavam-no à sala dos copidesques, sob pretexto que estava sendo ali chamado. Território proibido para os não iniciados, era corrido de lá de forma humilhante. Um dia descobri porque chegava todo amassado à redação: dormia na rua, em qualquer banco, em qualquer praça. Tomava banho no próprio jornal, usando o banheiro do pessoal da limpeza. Com o tempo percebi que, à medida que as “brincadeiras” aumentavam, aumentava, também, o imenso sentimento de rejeição que o atormentava, traduzido nas piadas e nas maldades miúdas cada vez mais criativas. 

    Algumas vezes tinha que ir buscá-lo no Simpatia, um bar das proximidades, muito frequentado pela galera das redações localizadas no centro da cidade. Os rapazes da limpeza o empurravam chuveiro abaixo, enquanto eu e Fontes providenciávamos um reforçado café. Em algumas situações não o deixava chegar à redação, só pioraria seu estado emocional. Devolvia-o ao mundo. Um dia sumiu.

    O tempo passou, a madrugada chegou, a família se apavorou porque eu não chegava. Marido e filha já me procuravam, temendo o pior. Mas lá estava eu, ouvindo o que para todos era uma esquisita conversa entre uma provável maluca e um mendigo. Anselmo não suportara a vida como ela se apresentava naquela conturbada década de 1960. Fora humilhado acima do que lhe seria suportável, descobrira que não tinha estrutura emocional para tanto. O esforço de alguns poucos também não fora suficiente para ajudá-lo. O passado estava sempre presente; o álcool, sua única droga, era seu principal alento. Comia o que lhe davam, quando lhe davam. Conhecera a poesia e, quando não estava com sua latinha em busca de alguns trocados pelas ruas do centro da cidade, sentava no banco e escrevia.

    Pedi para ver. Ele tirou de um envelope, que um dia fora branco, um punhado de papéis com alguns incompreensíveis garranchos escritos a lápis. Não deixou que eu levasse. Eram garranchos, ele reconhecida, mas era tudo que sobrara de uma época em que o martírio se juntou à esperança. Venceu o primeiro.

    O que faz a diferença

    Anselmo morreu e foi enterrado como indigente. Ainda o procurei lá pela Praça 15 e arredores, mas nunca mais o encontrei. Soube pelos outros mendigos da área que havia morrido e estava enterrado, provavelmente, em um cemitério localizado em Ricardo Albuquerque, subúrbio da Zona Oeste do Rio, e único em todo o estado voltado para o sepultamento de indigentes e de cadáveres produzidos pela polícia. Sofria de diabetes em grau elevado, que nunca tratou. Quando ainda estava no JB, várias vezes lhe perguntei a quem deveria procurar, caso adoecesse. Fugia da resposta, como se o assunto fosse um doloroso tabu.

    Infelizmente, casos como o do Anselmo não são raros em nossas redações, embora o dele tenha sido o mais trágico, pela forma como era humilhado publicamente. Meus heróis eram de barro e Anselmo, entre outros, me mostrou isso. Também não foi o único que socorri em situação desesperadora. E nem sempre o álcool foi o maior problema. A droga fez muitas vítimas também. A Aids levou amigos e colegas queridos. Que tipo de ajuda poderiam receber de seus próprios pares e das empresas onde trabalhavam? Muita, mas eram ignorados, além de ridicularizados. Faziam parte, como numa espécie de catarse coletiva, daquela porção folclórica das redações.

    Por que nada se publica a respeito? De que e de quem temos medo? Por que essa blindagem em torno de uma realidade que ninguém desconhece? Para nos manter como heróis perante essa garotada desinformada que sai das universidades sem a menor noção para onde estão indo? Por que posamos de deuses, se não passamos de seres humanos fragilizados por um trabalho que, se numa ponta nos gratifica, na outra nos mata aos poucos?

    O jornalismo brasileiro não precisa de heróis. Ele precisa, isso sim, de profissionais qualificados, éticos, menos comprometidos com a fama e mais com o bom sentimento do dever cumprido, em todos os níveis. Principalmente, mais coerentes com aqueles princípios que fazem a diferença entre os bons e os maus. 

    Ouvi de um grande brasileiro uma frase que marcou a minha vida em muitos sentidos: a gente conhece os bons não tanto pelo que fazem, mas justamente pelo que NÃO fazem.

    http://www.observatoriodaimprensa.com.br/news/view/de_um_jornalista_chamado_anselmo

  10. Futebol: Paixão de muitos, negócio para poucos

    Em algum momento, entre os anos sessenta e hoje, o futebol deixou de ser um esporte, com participação massiva e emocionada de torcedores – com estádios cheios e sem violência, e converteu-se num negócio milionário para poucos.

    O futebol não está mais no gramado nem na arquibancada, mas sim numa nuvem global que transporta toneladas de dinheiro através da TV, dos direitos de imagem, das grandes publicidades. O estádio cheio não paga, às vezes, o salário de um único jogador, já a nuvem remunera salários de pop-star a poucos jogadores e enriquece cartolas do mundo todo. São notórios os numerosos episódios de corrupção entre a FIFA e a CBF, malas brancas e malas pretas, entrega da copa da França aos franceses, entrega da copa da Argentina aos argentinos, etc. Os dirigentes da CBF fugindo para paraísos fiscais. Árbitros corruptos.

    O Clube é normalmente pobre e endividado. Os torcedores são explorados. O povo muda de partido, de religião, mas nunca do time do coração. No futebol os torcedores gastam muito e lhes é oferecido um jogo de cartas marcadas (Vasco x Cruzeiro), ingresso caro, banheiro ruim, copo de água a R$10, estacionamento caro, violência na saída, brigas entre torcidas e, finalmente, o milagre de voltar inteiro em casa. Somos burros ou ingênuos demais?

    Da forma que isso anda vai acabar muito mal, quem sabe em alguma desgraça.

    O recomendável para o Ministério dos Desportes seria assumir que o futebol é mesmo a grande paixão do povo brasileiro, mais do que a religião, e tomar atitudes que defendam essas pessoas dos abusos que hoje sofrem, a cada rodada. Fortalecer os Clubes e os seus afiliados; obrigar ao seu saneamento financeiro; exigir condições mínimas aos clubes para participar dos campeonatos – como estrutura esportiva, salários em dia, impostos em dia, comissão técnica, mínima quantidade de afiliados e/ou média de pública nos estádios; democratização dos salários e transparência perante a legislação: o jogador é um empresário autônomo? (pop-star, etc.) ou é um trabalhador qualquer? (carteira assinada, etc.). Mas ainda, devemos punir esse entra e sai de jogadores, como andorinhas de uma temporada só, distorcendo a identificação torcedor/Clube/jogador.

    Temos que lutar contra essa tal de bancada da bola, que impera no congresso, e que luta por manter os privilégios de poucos.

    Os jogadores organizados, hoje sob o nome de “bom senso F.C.” reivindicam horários e calendários melhores, ou seja, o futebol é deles e para eles. Mas, deveriam ser os clubes e os seus sofridos afiliados torcedores os que deveriam reivindicar este e outros assuntos, pois eles são os que configuram o “mercado” esportivo e é dentro desse mercado que os chamados profissionais (jogadores e cartolas) deverão atuar e respeitar.

    Os jogadores, de comum acordo, podem direcionar o campeonato até onde quiserem. Quem sabe isso tenha acontecido com o “bom senso”, quando jogadores do Cruzeiro entregaram o jogo ao Flamengo para sair da copa do Brasil (que não lhes interessava) e, neste recente Sábado 23/11/2013, entregaram o jogo para o Vasco.

    Os Clubes contratam pop-stars de chuteiras para que vistam temporariamente a camisa pertinente. Antigamente os jogadores nasciam das divisões inferiores e representavam aos seus clubes, durante muitos anos. O Dedé é do clube Vasco, embora jogue temporariamente no Cruzeiro, e por aí vai. O fato de jogadores “espertos” arrumarem os resultados por conta deles não torna criminoso ao Clube que dizem representar. Eles devem ser identificados e punidos. O “bom senso” e a mala branca irão caminhar cada vez mais juntos, deixando ao torcedor/expectador de bobo num jogo de cartas marcadas, como aquelas lutas mexicanas de homens mascarados.

    Uma turma de executivos de chuteiras, sentados três minutos em campo em atitude provocadora, comparsas entre sim e dos eventuais adversários de final de semana, colegas de balada, vestindo ocasionalmente uma camiseta azul, não fazem do Cruzeiro um culpado, mas sim uma vítima, assim como aos torcedores. Um ou dois jogadores poderiam dizer que são do Cruzeiro, o resto nem esteve em 2102 e talvez nem esteja em 2014. “Bom senso F.C.”? O cacete!

    Os jogadores são excelentes artistas: fingem pênaltis, caem estrepitosamente girando pelo gramado, correm atrás de bolas perdidas para fazer média com a torcida, etc. Assim, fingir que jogam “duro” não diz nada, assim como os chutões do Nilton para fora até do Maracanã. Profissionais do engano, do trote manso no meio de campo, de declarações “padrão” para jornalistas “padrão”, que levam emoções fictícias aos torcedores. 

    Não existe mais Clube A x Clube B, mas apenas um apanhado de artistas, vestindo camisas de cor diferente, de bom salário, fingindo que duelam entre sim.

    Primeiro devemos respeitar ao cidadão-torcedor, logo os Clubes e, finalmente, obrigar aos profissionais desse mercado (que ganham dinheiro com isso) que cumpram as condições estabelecidas ou, caso contrário, procurem outra atividade. Hoje, os sujeitos que ganham todo o dinheiro do futebol são os mesmos que ditam as normas e obrigam aos Clubes a se endividar, aos torcedores a pagar caro e, como estamos observando a toda hora, a assistir jogos “society” entre executivos de chuteiras, com resultado já negociado entre colegas de trabalho, dependendo das vantagens comerciais que isso traria para os poucos que mandam neste negócio, que já foi esporte.

    Tenho certeza que a maior parte dos torcedores que assistiram ao jogo: Vasco x Cruzeiro sabem que foi marmelada, assim como os jornalistas desportivos e até o próprio árbitro. Hoje aparecem com panos quentes e desculpas esfarrapadas. Ninguém quer perder a teta.

    Assim como o Serra, onde todo o mundo viu que recebeu na cabeça apenas uma bolinha de papel e não um tijolo, como alguns querem pensar e que ainda dizem acreditar nele. Somos todos culpados por aceitar coisas erradas, desde o torcedor até os políticos. A moral da nossa sociedade passa por essas coisas, de modo que o Brasil é o que é.

    Da minha parte, tiro o narizinho de palhaço da minha cara e corto o futebol de raiz, da minha vida. 

  11. Primeiro drone militar do Brasil deve começar a voar em 2014

    Primeiro drone militar do Brasil deve começar a voar em 2014

    Vant Falcão

    Por Janara Nicoletti

    Aeronave é produzida por empresas brasileiras, com recursos da Finep e apoio do Ministério da Defesa. Foram investidos cerca 100 milhões de reais no projeto, que deve receber aporte de mais 300 milhões entre 2014 e 2016.

    O Falcão, primeiro veículo aéreo não tripulado (Vant) para uso militar do Brasil, deve realizar seu primeiro voo de teste de qualificação já em 2014. A aeronave possui cerca de 800 quilos e é desenvolvida para o uso das Forças Armadas do Brasil, em missões de reconhecimento, aquisição de alvos, apoio a direção de tiro, avaliação de danos e vigilância terrestre e marítima.

    O Vant, também conhecido como drone, possui autonomia de 16 horas e pode carregar cerca de 150 quilos de equipamentos. Produzida com fibra de carbono, a plataforma da aeronave pode transportar mais combustível e equipamentos do que outros aviões não tripulados da mesma categoria. A maior parte da estrutura do drone é desenvolvida com tecnologia brasileira, como sistemas de navegação e controle, eletrônica de bordo e a plataforma do avião. Já sensores e câmeras ainda precisam ser adquiridos de outros países.

    Entenda o que são e quais os tipos de drones que existem (Clique na imagem abaixo)

    drone

    O primeiro protótipo do Falcão já foi concluído e está em fase de adequação para voos experimentais. A aeronave foi desenvolvida pela Avibras e agora integra o portfólio de produtos da Harpia, uma empresa formada pela sociedade entre Embraer Defesa e Segurança, que detém 51% das ações, Avibras e Ael Sistemas, subsidiária da israelense Elbit Systems.

    De acordo com o coordenador do projeto na Avibras, Renato Bastos Tovar, o Falcão está sendo adaptado para atender às exigências apresentadas pelas Forças Armadas, divulgadas em julho no Diário Oficial da União. A expectativa dos executores é de que seja possível firmar um contrato para desenvolver dois protótipos até 2016. Os próximos passos são exportar o drone para outros países e adaptá-lo para uso na área urbana, o que ainda não é permitido no Brasil.

    “O Falcão está no mesmo nível tecnológico dos Vants similares estrangeiros. Em termos gerais, o Brasil está muito bem posicionado em nível mundial em tecnologia aeronáutica”, explica o engenheiro aeronáutico Flávio Araripe d’Oliveira, coordenador do projeto Vant no Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial do Instituto de Aeronáutica e Espaço (DCTA/IAE), que atua no projeto de desenvolvimento do sistema de controle de navegação do drone.

    Acauã

    VANT Acauã

    Sistema de navegação é ensaiado no Vant Acauã

    O desenvolvimento do sistema de navegação do Falcão utiliza como plataforma de ensaio outro drone nacional, o Acauã. Com 150 quilos, ele começou a ser desenvolvido na década de 1980, quando foram produzidos quatro protótipos. A pesquisa parou por falta de verba e foi retomada em 2005, com recursos da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e apoio do Ministério da Defesa. “Já foram feitos 59 voos com sucesso. Atualmente, ele precisa de um piloto externo para pouso e decolagem. Estamos desenvolvendo um sistema para que estes procedimentos sejam automatizados”, explica d’Oliveira.

    Desde 2010, o Brasil possui drones israelenses, adquiridos pela Polícia Federal e Força Aérea Brasileira (FAB). Os equipamentos auxiliam em operações de proteção de fronteiras, grandes eventos, como a Copa das Confederações, e outras ações de segurança e monitoramento. “Os fuzileiros navais também já estão usando um drone menor, fabricado por uma empresa brasileira. Outra companhia tem uma proposta para o Exército. Estes equipamentos são muito úteis para dar apoio aos soldados”, comenta d’Oliveira, que destaca a importância destes projetos para independência tecnológica do Brasil.

    Entraves da falta de regulamentação

    A indústria brasileira de desenvolvimento de drones ainda é formada por empresas de pequeno porte, que produzem equipamentos com até 25 quilos. Existem 12 fabricantes no país, das quais apenas uma é considerada de grande porte, por desenvolver equipamentos maiores.drone3

    Para a Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (Abimde), o principal entrave para o mercado dos drones é a falta de regulamentação do setor. Hoje não existe no Brasil uma norma que regule os padrões de produção e de circulação aérea destes equipamentos. Esta situação gera insegurança na cadeia produtiva, diz o presidente do comitê de Vants da Abimde, Antônio Castro. “Existem empresas que desenvolvem tecnologias equiparáveis às de outros países e têm capacidade de fornecer Vants para diversos setores, mas a falta de regulamentação ainda impede a comercialização adequada destes equipamentos.”

    No Brasil, apenas três drones civis já receberam certificados de autorização de voo experimental da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Estas aeronaves podem circular apenas em áreas pouco povoadas e não é permitida operação visando lucro. Para solicitações de uso comercial, a Anac informou que é feita análise individual de cada caso. Mesmo assim, os voos devem ocorrer em áreas restritas, com data, horário e itinerário definidos, e longe do espaço aéreo comum onde outros aviões circulam. A regra vale para drones de todos os portes.

    De acordo com dados da FAB, de janeiro de 2012 a julho de 2013 foram feitas 90 solicitações de uso do espaço aéreo brasileiro por drones nacionais. Destes, 52 foram autorizados e oito continuam em análise. Não há informações sobre o número total de drones que trafegam no espaço aéreo brasileiro, mas representantes da indústria e dos órgãos de segurança reconhecem que há equipamentos voando sem autorização.

    Em nota oficial, a Anac informou que espera publicar uma regulamentação para o uso civil destas aeronaves até 2014. Uma normativa do Departamento de Controle do Espaço Aéreo determina que elas só podem circular em uma área chamada de espaço aéreo segregado, onde não há circulação de qualquer outro tipo de aeronave. A FAB justifica esta decisão pela ausência de um piloto a bordo e pela impossibilidade dos drones cumprirem uma série de requisitos previstos nas legislações aeronáuticas, em especial, as relacionadas à capacidade de detectar e evitar acidentes.

    FONTE: UOL

    http://www.defesaaereanaval.com.br/?p=25887

  12.  
     
     
    Quem são os médicos de

     

     

     

    Quem são os médicos de Barbosa que prejudicaram Genoíno

     

    Enviado por  on 27/11/2013 – 5:04 am 

    O Cafezinho foi investigar quem são os médicos selecionados por Barbosa para fazer um laudo médico que justifique trazer Genoíno de volta para Papuda. Todos os laudos anteriores indicavam que seria muito mais seguro para Genoíno se tratar em casa. Barbosa não se deu por satisfeito e pediu um último laudo, feito com médicos mais velhos, a maioria professores, acadêmicos, ou empresários da saúde, que aceitaram o jogo de Barbosa e prepararam um documento que prima por ser “contra” o réu.  É a primeira vez que eu vejo uma junta médica agir, deliberadamente, com apavorante frieza, com vistas à sabotar qualquer tratamento à Genoíno. 

    Vê-se que Barbosa foi cuidadoso. Depois de trocar o juiz, escolheu cinco médicos perfeitos para executar sua missão. A maioria são médicos já maduros, com longa carreira acadêmica e donos de clínicas particulares. Barbosa não se arriscou com nenhum jovem idealista. Chamou só macaco velho.

    Vamos a eles. Os nomes são: Luiz Fernando Junqueira Júnior, Cantídio Lima Vieira, Fernando Antibas Atik, Alexandre Visconti Brick, e Hilda Maria Benevides da Silva de Arruda.

    Segue uma ficha cada um:

     

    Luiz Fernando Junqueira Júnior, professor de cardiologia da Universidade de Brasília e presidente da junta:

    Consegui reunir pouco material sobre sua pessoa, mas obtive indícios do ambiente em que vive. Há uma página no Facebook dedicada à turma Luiz Fernando Junqueira Junior – Medicina UNB.

    O administrador é Paulo Machado Ribeiro Junior.

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    página de Ribeiro Junior é repleta de acusações contra médicos cubanos, ódio contra o PT, festejos pela prisão dos “mensaleiros”.  Essa é a turma do chefe da junta que foi examinar Genoíno.

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    ***

    Cantídio Lima Vieira, cardiologista e especialista em perícia médica:

    Esse aí tem uma história interessante. É um dos “marajás de jaleco” do Senado Federal. Médico do serviço público do Senado, Cantídio Lima Vieira possui clínicas privadas que oferecem serviços aos… senadores. Denúncia da Istoé foi logo abafada. Mas foi logo abafado.

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    Trecho da matéria: “Duas unidades médicas dos funcionários operam no Sudoeste, outro bairro nobre de Brasília. Uma delas pertence ao médico Cantídio Lima Vieira (foto). Ele tem participação em mais quatro clínicas. Duas delas, a Policlínica Planalto e a Cordis são prestadoras de serviço da mesma associação de médicos contratada pelo Senado.”

    ***

    Fernando Antibas Atik, especialista em cirurgia cardiovascular:

    Fernando Atik tem um Twitter, no qual tem 16 seguidores e segue 16 arrobas. Destas 16, as únicas fontes de informação são Jornal Nacional, Globo, G1, Globonews, CBN, Veja e Conselho Federal de Medicina. Seus últimos 2 tweets aconteceram no dia 16 de novembro, quando respondeu a uma pergunta da Veja a seus leitores:

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    ***

    Alexandre Visconti Brick, professor de cirurgia cardiovascular:

    Esse aí tem um histórico legal. Ganhou o título de cidadão honorário de Brasília por indicação do deputado distrital Junior Brunelli. Brunelli é o deputado da “oração da propina”, religioso exemplar.

     

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    [video:http://youtu.be/WK0dzsV9YWU%5D

    ***

    Hilda Maria Benevides da Silva de Arruda é mais nova e tem atuação mais discreta. Como a maior parte dos médicos brasileiros odeia o programa Mais Médicos. E faz questão de deixar isso bem claro em sua página no Facebook.

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    ***

    Claro que a suposição de que Barbosa escolheu a dedo médicos com antipatias políticas fortes contra José Genoíno é apenas isso, uma suposição. Entretanto, o laudo médico me parece negligente, porque aponta algumas condições extramamente frágeis do paciente mas conclui que ele pode continuar numa prisão.  Por exemplo, o primeito item da conclusão diz, textualmente, que o paciente deve se submeter a acompanhamento ambulatorial periódico da sua condição pós-cirúrgica.

     

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    A má fé dos médicos aparece latente já no segundo item, onde se nota uma contradição que não pode ser inspirada em outra coisa, a meu ver, senão na maldade. Os médicos concluem que o réu, portador de hipertensão, deve usar medicamento de uso contínuo, e o tratamento deve incluir “dieta hipossódica, restrição de atividade física vigorosa, prática regular de leve a moderada atividade física aeróbica e  restrição de fatores psicológicos estressantes”. Repito a frase final: “restrição de fatores psicológicos estressantes”. Mesmo assim, os médicos concluem que não é necessidade do tratamento ser feito em domicílio.

     

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    Todas as concluões são relativamente iguais, sempre repetindo expressões assim:

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    ***

    Não quero acusar nenhum médico. Vivemos uma democracia e cada um pode escrever o que quiser nas paredes virtuais de suas próprias redes.

    Mas não consigo me livrar da impressão que Barbosa catou médicos antipáticos aos réus apenas para que emitissem um laudo que chancelasse suas intenções de humilhar ainda mais José Genoíno.

    – See more at: http://www.ocafezinho.com/2013/11/27/barbosa-contratou-medicos-antipaticos-ao-pt-para-tratar-do-caso-genoino/#sthash.sSJAhmXR.dpuf

     

    http://www.ocafezinho.com/2013/11/27/barbosa-contratou-medicos-antipaticos-ao-pt-para-tratar-do-caso-genoino/

  13. Escola pública é a primeira colocada no ENEM no RN

    Escola pública é a primeira colocada no Exame Nacional do Ensino Médio no Rio Grande do Norte

    http://portal.ifrn.edu.br/campus/reitoria/noticias/ifrn-obtem-a-melhor-media-no-enem-2012-entre-as-escolas-do-rio-grande-do-norte

    26/11/2013 – Câmpus Mossoró ficou em primeiro entre as escolas divulgadas pelo INEP

    O Câmpus Mossoró do IFRN (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte) obteve o melhor desempenho do Estado no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), edição 2012. O Câmpus apresentou uma média de 619,1, sendo a mais alta no estado. As notas conseguidas pelas escolas, de acordo com as áreas do conhecimento, foram divulgadas nesta terça-feira (26), pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP).

    Além do Câmpus Mossoró, o Câmpus Currais Novos, com uma média de 592,88, e o Câmpus Natal-Zona Norte, com 584,2, ficaram entre as 11 melhores escolas do estado, ocupando o 8º o 11º lugar, respectivamente.

    De acordo com informações dos técnicos do INEP, os  demais câmpus do IFRN não aparecem na lista porque para isso seriam necessários que  mais de 50% dos alunos matriculados no último ano do ensino médio da escola tivessem feito o ENEM 2012, além de o colégio ter registrado mais de 10 estudantes inscritos no Exame.

    O cálculo das médias gerais das escolas foi feito pelo Portal UOL, que considerou a soma das notas das quatro provas objetivas realizadas no ENEM divididas por quatro. Os números podem ser conferidos no Portal (http://educacao.uol.com.br/infograficos/2013/11/26/confira-a-nota-da-sua-escola-no-enem-2012.htm), sendo possível filtrar por estado e pelo nome da escola.

  14. Nassif, bom dia!
     
    Tem alguma

    Nassif, bom dia!

     

    Tem alguma coisa errada no blog…  só consigo visualizar o seu post de hoje (27/11), depois de  rolar  a 3ª página

    e  o fora de pauta só na barra ao lado, posts recentes, dessa página. Abs.

    1. É um fato juridico muito

      É um fato juridico muito importante. Uma condenação por retaliação em funcionarios que promoveram uma GREVE LEGAL de acordo com a observância da LEI. Isso é novidade nos tempos de hoje. 

  15. Todos os “homens” de Barbosa

    Quem são os médicos de Barbosa que examinaram GenoínoEnviado por  on 27/11/2013 – 5:04 am

     

    O Cafezinho foi investigar quem são os médicos selecionados por Barbosa para fazer um laudo médico que justifique trazer Genoíno de volta para Papuda. Todos os laudos anteriores indicavam que seria muito mais seguro para Genoíno se tratar em casa. Barbosa não se deu por satisfeito e pediu um último laudo, feito com médicos mais velhos, a maioria professores, acadêmicos, ou empresários da saúde, que aceitaram o jogo de Barbosa e prepararam um documento que prima por ser “contra” o réu.  É a primeira vez que eu vejo uma junta médica agir, deliberadamente, com apavorante frieza, com vistas à sabotar qualquer tratamento à Genoíno. 

    Vê-se que Barbosa foi cuidadoso. Depois de trocar o juiz, escolheu cinco médicos perfeitos para executar sua missão. A maioria são médicos já maduros, com longa carreira acadêmica e donos de clínicas particulares. Barbosa não se arriscou com nenhum jovem idealista. Chamou só macaco velho.

    Vamos a eles. Os nomes são: Luiz Fernando Junqueira Júnior, Cantídio Lima Vieira, Fernando Antibas Atik, Alexandre Visconti Brick, e Hilda Maria Benevides da Silva de Arruda.

    Segue a ficha cada um:

     

    Luiz Fernando Junqueira Júnior, professor de cardiologia da Universidade de Brasília e presidente da junta:

    Consegui reunir pouco material sobre sua pessoa, mas obtive indícios do ambiente em que vive. Há uma página no Facebook dedicada à turma Luiz Fernando Junqueira Junior – Medicina UNB.

    O administrador é Paulo Machado Ribeiro Junior.

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    página de Ribeiro Junior é repleta de acusações contra médicos cubanos, ódio contra o PT, festejos pela prisão dos “mensaleiros”.  Essa é a turma do chefe da junta que foi examinar Genoíno.

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    ***

    Cantídio Lima Vieira, cardiologista e especialista em perícia médica:

    Esse aí tem uma história interessante. É um dos “marajás de jaleco” do Senado Federal. Médico do serviço público do Senado, Cantídio Lima Vieira possui clínicas privadas que oferecem serviços aos… senadores. Denúncia da Istoé foi logo abafada.

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    Trecho da matéria: “Duas unidades médicas dos funcionários operam no Sudoeste, outro bairro nobre de Brasília. Uma delas pertence ao médico Cantídio Lima Vieira (foto). Ele tem participação em mais quatro clínicas. Duas delas, a Policlínica Planalto e a Cordis são prestadoras de serviço da mesma associação de médicos contratada pelo Senado.”

    ***

    Fernando Antibas Atik, especialista em cirurgia cardiovascular:

    Fernando Atik tem um Twitter, no qual tem 16 seguidores e segue 33 arrobas. Destas 33, as únicas fontes de informação são Jornal Nacional, Globo, G1, Globonews, CBN, Veja e Conselho Federal de Medicina. Seus últimos 2 tweets aconteceram no dia 16 de novembro, quando respondeu a uma pergunta da Veja a seus leitores:

    ScreenHunter_2983 Nov. 27 04.25

    ***

    Alexandre Visconti Brick, professor de cirurgia cardiovascular:

    Esse aí tem um histórico legal. Ganhou o título de cidadão honorário de Brasília por indicação do deputado distrital Junior Brunelli. Brunelli é o deputado da “oração da propina”, religioso exemplar.

     

    ScreenHunter_2980 Nov. 27 03.11

    ScreenHunter_2979 Nov. 27 03.10

     

     

    ORAÇÃO DA PROPINA

    http://www.youtube.com/watch?v=WK0dzsV9YWU

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    Hilda Maria Benevides da Silva de Arruda é mais nova e tem atuação mais discreta. Como a maior parte dos médicos brasileiros, odeia o programa Mais Médicos. E faz questão de deixar isso bem claro em sua página no Facebook.

    ScreenHunter_2984 Nov. 27 04.43

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    Claro que a suposição de que Barbosa escolheu a dedo médicos com antipatias políticas fortes contra José Genoíno é apenas isso, uma suposição. Entretanto, o laudo médico me parece negligente, porque aponta algumas condições extremamente frágeis do paciente mas conclui que ele pode continuar numa prisão.  Por exemplo, o primeito item da conclusão diz, textualmente, que o paciente deve se submeter a acompanhamento ambulatorial periódico da sua condição pós-cirúrgica.

     

    ScreenHunter_2985 Nov. 27 04.49

    A má fé dos médicos aparece latente já no segundo item, onde se nota uma contradição que não pode ser inspirada em outra coisa, a meu ver, senão na maldade. Os médicos concluem que o réu, portador de hipertensão, deve usar medicamento de uso contínuo, e o tratamento deve incluir “dieta hipossódica, restrição de atividade física vigorosa, prática regular de leve a moderada atividade física aeróbica e  restrição de fatores psicológicos estressantes”. Repito a frase final: “restrição de fatores psicológicos estressantes”. Mesmo assim, os médicos concluem que não há necessidade do tratamento ser feito em domicílio. Ora, concluir que um homem idoso, sob exposição pública tão pesada, num processo tão polêmico, no qual se autoconsidera inocente, não vai ficar “estressado” dentro da cadeia é ser o que eu chamo, datavenia, de coxinha desalmado e psicótico. E se este stress se dá num homem que acabou de sair de uma cirurgia cujas chances de sobrevivência são de menos de 10%, a orientação de que ele pode se tratar na prisão me parece negligente e criminosa.

     

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    Todas as concluões são relativamente iguais, sempre repetindo expressões assim:

    ScreenHunter_2988 Nov. 27 04.59

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    Não quero acusar nenhum médico. Vivemos uma democracia e cada um pode escrever o que quiser nas paredes virtuais de suas próprias redes.

    Mas não consigo me livrar da impressão de que Barbosa catou médicos antipáticos aos réus apenas para que emitissem um laudo que chancelasse suas intenções de humilhar ainda mais José Genoíno.

    – See more at: http://www.ocafezinho.com/2013/11/27/barbosa-contratou-medicos-antipaticos-ao-pt-para-tratar-do-caso-genoino/#sthash.bknc8w3J.dpuf

  16. Leio e assisto sobre as

    Leio e assisto sobre as denúncias sobre propinas dadas pela Siemens e outras para obter vantagens em governos do PSDB em São Paulo. Até que enfim começa a aparecer a ponta do rabo, vamos puxar.

    Aí vem alguns indivíduos ligados ao PT,  que pelo menos as novas notícias alardeiam, me apresentam um documento, com falhas gritantes, que fornece munição para o  PSDB vir à mídia e mostrar a incompetência (não necessariamente inconsistência das denúncias) que grassa nesses indivíduos. Será que não aprendem?

  17. Hoje na História: Harvey Milk é assassinado em San Francisco

    Hoje na História: Ativista pelos direitos LGBT Harvey Milk é assassinado em San Francisco

    Morto logo após o prefeito George Moscone, ativista tornou-se ícone da luta pelos direitos dos homossexuais

    Wikimedia Commons

    Harvey Bernard Milk, político e ativista gay norte-americano, é assassinado em San Francisco em 27 de novembro de 1978 por Dan White, ex-supervisor municipal, que renunciara e desejava voltar ao posto. No atentado também morreu o prefeito da cidade, George Moscone. Milk foi a primeira pessoa abertamente gay a ser eleita para um cargo público na Califórnia, também como supervisor da cidade de San Francisco.

    Depois de suas experiências com a contracultura dos anos 1960, Milk mudou-se de Nova York para fixar residência em San Francisco em 1972, em meio a uma migração de homossexuais que se deslocaram para o bairro gay Castro na década de 1970. Tirou vantagem do crescente poder político e econômico do bairro para promover seus interesses, candidatando-se sem sucesso por três vezes para cargos políticos. Suas campanhas teatrais deram-lhe crescente popularidade e Milk conquistou um assento como supervisor da cidade em 1977, em meio a mudanças sociais amplas que a cidade enfrentava.

    Milk exerceu o mandato por onze meses e foi responsável pela aprovação de uma rigorosa lei sobre direitos gays para a cidade. Apesar da sua curta carreira política, ele se tornou um ícone em San Francisco e “um mártir dos direitos gays”, de acordo com o professor da USF (Universidade de San Francisco), Peter Novak. Em 2002, Milk foi chamado de “o mais famoso e mais influente político abertamente LGTB jamais eleito nos Estados Unidos”.

    Existem várias obras em homenagem a Milk, dentre as quais um documentário de 1984 premiado com o Oscar. Em 2008 foi lançado o filme “Milk”, contando a trajetória de Harvey, da chegada a San Francisco à sua morte. Dirigido por Gus Van Sant, com Sean Penn no papel principal, recebeu oito indicações para o Oscar, vencendo na categoria de Melhor Ator e Melhor Roteiro Original.

    [video:http://www.youtube.com/watch?v=ufhZ2yUHj9Y align:center]

    Em 10 de novembro de 1978, dez meses depois de empossado, White renunciou ao mandato no Conselho de Supervisores, alegando que o salário anual de 9.600 dólares não era suficiente para sustentar sua família. Milk também havia sentido o aperto da diminuição de seus rendimentos quando ele e Scott Smith foram forçados a fechar a Castro Camera. Poucos dias depois, White solicitou seu mandato de volta e o prefeito Moscone inicialmente concordou.

    No entanto, análise mais aprofundada convenceu o prefeito a nomear alguém mais afeito à crescente diversidade étnica do distrito e às inclinações liberais do Conselho de Supervisores.

    Em 18 de novembro daquele ano, noticiou-se o assassinato do deputado federal pela Califórnia Leo Ryan, que estava em Jonestown, Guiana, no famoso palco do massacre comandado pelo fanático religioso Jim Jones, quando 914 dos fiéis da seita “Templo do Povo” ingeriram veneno ou receberam tiros na cabeça.

    O episódio horrorizou a população de San Francisco. Dan White comentou com assessores as notícias dos jornais: “Vejam vocês! Um dia eu estou na capa e no próximo sou imediatamente varrido”.

    Wikimedia Commons

    Objetos pessoais de Milk no Museu de História LGBT em San Francisco

    Moscone planejava anunciar a substituição de White dias depois, em 27 de novembro de 1978. Meia hora antes da coletiva de imprensa, White entrou na prefeitura por uma janela do porão a fim de evitar os detectores de metal, dirigindo-se ao gabinete de Moscone. Testemunhas ouviram discussão entre White e Moscone e em seguida, tiros. White disparou no prefeito, uma vez no braço e três vezes na cabeça com Moscone caído ao chão. White encaminhou-se rapidamente para o seu antigo escritório, recarregando seu revólver. Interceptou Milk, pedindo-lhe para entrar por um momento. Dianne Feinstein ouviu tiros e chamou a polícia, que encontrou Milk de bruços no chão, atingido cinco vezes, inclusive duas vezes na cabeça à queima-roupa.

    Feinstein anunciou à imprensa, “Hoje San Francisco sofreu uma dupla tragédia de imensas proporções. Como presidente do Conselho de Supervisores, é meu dever informá-los de que tanto o prefeito Moscone como o supervisor Milk foram baleados e mortos”, acrescentando em seguida: “O suspeito é o supervisor White”. Milk estava com 48 anos e Moscone, com 49.

    Uma hora depois, White telefonou à mulher que com ele se encontrou numa igreja, acompanhando-o à delegacia onde se entregou.

    Naquela noite, uma reunião espontânea começou a se formar na Rua Castro movendo-se em direção à prefeitura numa vigília com velas. A multidão foi estimada entre 25 e 40 mil, tomando toda a Rua Market, estendendo-se por quase 3 km. No dia seguinte, os corpos de Moscone e Milk foram levados para a rotunda da prefeitura. Seis mil pessoas consternadas assistiram à cerimônia fúnebre em louvor a Moscone na Catedral St. Mary’s. Duas cerimônias foram prestadas a Milk; uma pequena no Templo Emanu-El e outra mais agitada no Teatro Municipal de San Francisco.

    White, por sua vez, foi condenado a sete anos de prisão por homicídio voluntário. Voltou à cidade em 1985, onde se suicidou.

    http://operamundi.uol.com.br/conteudo/historia/32627/hoje+na+historia+1978+-+ativista+pelos+direitos+lgbt+harvey+milk+e+assassinado+em+san+francisco.shtml

  18. QUE DIZ O MANUAL DE PERÍCIA

    QUE DIZ O MANUAL DE PERÍCIA OFICIAL?

    Será se a junta médica que concluiu que José Genoino não tem cardiopatia grave sabe que existe no Brasil um MANUAL DE PERÍCIA OFICIAL EM SAÚDE DO SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL?

    Será se os cardiologistas que assinaram o laudo já leram a “II Diretriz Brasileira de Cardiopatia Grave” promulgada pela Sociedade Brasileira de Cardiologia?

    Se não sabem do Manual, documento oficial que médicos que não atuam na área de perícia oficial não teriam obrigação de conhecer (embora fosse bom que conhecessem, para melhorar a qualidade dos laudos que cada um é requisitado a emitir, no dia a dia do consultório), pelo menos o documento da Sociedade Brasileira de Cardiologia, que tenta definir o que seria cardiopatia grave, eles teriam obrigação de conhecer, já que é um tema candente de sua especialidade e foram convocados para uma perícia judicial justamente para emitir um parecer sobre o assunto.

    Pois esse MANUAL DE PERÍCIA OFICIAL existe desde 2010. E por que ele foi elaborado? Bem, entre outros motivos, porque o art. 183, I, § 1º da Lei 8112/90 diz que o servidor público federal que tiver cardiopatia grave deve ser aposentado por invalidez permanente com proventos integrais.  

                Até então as Juntas Oficiais emitiam pareceres às vezes díspares (até hoje emitem), dada a dificuldade de emitir juízos sobre o assunto, mesmo para técnicos da área.

                Então o governo publicou o Decreto 6.833, de 29/04/2009, criando o SIASS, que é um subsistema que tem como finalidade, entre outras, a realização de perícias oficiais, objetivando uniformizar os procedimentos. A Secretaria de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão – SRH MPOG ficou encarregada de gerir esse serviço.

    Em 2010 a SRH, através da Portaria SRH MPOG nº 797 de 22 de março de 2010, publicou o Manual de Perícia Oficial do Servidor Público Federal.

    Naturalmente esse Manual passou a ser a bíblia das perícias oficiais. Não sou advogado, mas suponho que esse Manual tenha inclusive um caráter legal, tendo em vista à hierarquia das leis, uma vez que foi publicado no bojo de uma Portaria que minucia um Decreto que, por sua vez, minuciou uma Lei. Ou não?

    Bem. No o capítulo VII desse Manual há orientações sobre cardiopatias graves. Lá consta:

    “O critério adotado pela perícia para avaliação funcional do coração baseia-se na II Diretriz Brasileira de Cardiopatia grave, promulgada pela Sociedade Brasileira de Cardiologia, em consonância com a classificação funcional cardíaca adotada pela NYHA –New York Heart Association”.

    Aí lê-se na II Diretriz (Transcrita no Anexo V do Manual) o que são tópicos importantes na definição de cardiopatia grave:

    1) Cardiopatia Isquêmica

    2) Cardiopatia Hipertensiva: A definição de cardiopatia grave na doença hipertensiva não depende exclusivamente dos níveis tensionais, mas da concomitância de lesões em órgãos-alvo: rins, coração, cérebro, retina e artérias periféricas.

                Opa! Aqui já percebemos uma falha no laudo dos cardiologistas. Eles falam que o Genoino tem uma “hipertensão de leve a moderada”, etc. etc. Esquecem do que diz a norma acima: se há hipertensão e lesão de artérias periféricas, isso é uma cardiopatia grave!

                A Diretriz define o que é lesão de artérias periféricas: “aneurisma e/ou dissecção de aorta, trombose arterial periférica, estenose de carótida >50% com sintomas ou >70% assintomática”.

                E o que o Deputado Genoino tem? hipertensão + dissecção de aorta. Então o Deputado apresenta uma cardiopatia grave.

    ………

     8) Doenças da aorta  :  As doenças da aorta, principalmente em sua porção torácica (se não me engano é o caso do Genoino), são patologias com morbimortalidade elevada. Tanto o tratamento clínico quanto o cirúrgico ainda estão relacionados a elevadas taxas de mortalidade, tornando esse grupo de patologias alvo de extrema importância no tópico das cardiopatias graves.

    Os critérios da II Diretriz acima se referem especialmente à gravidade das lesões anatômicas. Tanto o Manual, como a própria II Diretriz sugere a observação dos critérios funcionais (aquilo que a doença provoca de alterações nas funções vitais do paciente). O critério utilizado é o da Classificação Funcional da New York Heart Association, que divide os pacientes em quatro classes. Podem ser considerados como cardiopatia graves as classes III e IV. Vejamos o que diz a Classe III (menos grave que a IV):

    Classe III: Pacientes portadores de doença cardíaca que acarreta acentuada limitação da atividade. Esses se sentem bem em repouso, porém, pequenos esforços provocam fadiga, palpitação, dispnéia ou angina de peito.

                O Perito deve pesar os dois critérios para classificar se a cardiopatia é grave. Se há lesões anatômicas graves, com risco iminente de vida (como na dissecção da aorta), mesmo que o paciente não apresente sintomatologia clínica exuberante, temos uma cardiopatia grave. O contrário também é possível: não há lesões anatômicas severas, mas há sinais evidentes da insuficiência cardíaca (Classe III) funcional, também temos uma cardiopatia grave.

               

                Finalizando, existem critérios para classificação de cardiopatia grave. Eles estão num Manual de Perícia Oficial da Administração Pública Federal, e estão nas diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia à disposição de todos os médicos.

     

                Diante desses critérios, em face de uma dissecção de aorta operada, com colocação de prótese e doença hipertensiva, qual médico hesitaria em classificar um doente assim como cardiopata grave? 

  19. PADRÃO FIFA?

    Fifa concorre a prêmio de “pior corporação do mundo”

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    A Fifa figura entre as candidatas a pior corporação do mundo do prêmio Public Eye Awards de 2014. Realizada desde 2000, a votação tem como lemas a exposição da “prática de negócios irresponsáveis” levando em conta “casos de violações de direitos humanos e trabalhistas, destruição ambiental ou corrupção”.

    As nomeações podem ser sugeridas ao longo de todo o ano, mas só as que foram realizadas até o final de agosto foram consideradas para o Public Eye Award de 2014. A indicação da Fifa teve como origem a Articulação Nacional dos Comitês Populares da Copa , formada pelos 12 Comitês Populares que se formaram em todas as cidades sede do Mundial de 2014.

    Segundo os organizadores da votação, as nomeações são avaliadas pela equipe da Public Eye e pelo Instituto de Ética de Negócios, da Universidade de St. Gall, na Suíça. O júri de especialistas selecionou as empresas “mais irresponsáveis” para o Prêmio do Público. Na apresentação do site, é descrito que a “Copa do Mundo da Fifa contribui para a violação dos direitos humanos, assim como ao direito à moradia, direito de protestar e de trabalhar”. A votação ocorre até janeiro.

    Em 2013, a Shell recebeu o prêmio do público e a Goldman Sachs ficou com o prêmio do júri. A votação que a Fifa concorre segue até janeiro e é relativa justamente ao ano do Mundial de 2014. Assim como a entidade maior do futebol, outras sete corporações foram indicadas e também concorrem nessa votação dos violadores de direitos: Gazprom, Glencore Xstrata, HSBC, Marine Harvest, GAP, Escom e Sygenta, Bayer, Basf.

     

  20. CLUBE DO BOLINHA
    27/11/2013 00:00:51

    Homens têm 20 vezes mais chances de assumir chefia

    Estudo aponta que só 4% das mulheres estão em altos cargos

    HENRIQUE MORAES

    Rio – Homens têm 20 vezes mais chances de assumir cargos de chefia no trabalho do que as mulheres. A constatação faz parte de uma pesquisa que a Bain & Company, empresa global de consultoria de negócios, fez para buscar o motivo de a representatividade feminina em altos cargos de liderança ser tão baixa. O estudo revelou que apenas 4% dos principais executivos entre as 250 maiores empresas do Brasil são do sexo feminino. Ou seja, somente nove presidentes de grandes corporações são mulheres. 

    A Bain & Company entrevistou 514 executivos brasileiros. Do total, 45% deles acreditam que mulheres não chegam a posições de topo por conta de prioridades conflitantes entre trabalho e família.

    “Historicamente, o papel de cuidar da família esteve sempre muito mais ligado à mulher e, em grande parte, isso continua nos dias de hoje. Dessa forma, não só as mulheres sentem mais esse conflito de interesses, como a sua ausência histórica do mercado de trabalho não acostumou os homens a um estilo de liderança alternativo”, explica Luciana Batista, gerente sênior da Bain & Company e uma das idealizadoras do estudo. 

    Vera Caliari, de 54 anos, coordenadora de Responsabilidade Social em uma empresa do setor de petróleo, avalia que as competências relacionadas aos cargos de chefia dependem mais da maturidade profissional do que do gênero.

    “É muito importante desconstruirmos esses papéis que a sociedade estabeleceu para homens e mulheres. De tanto ouvirmos as mesmas coisas, acabamos reproduzindo sempre esse mesmo padrão”, avalia a executiva.

    Pessoas mais altas têm melhores cargos

    Levantamento feito pelo Centro de Políticas Públicas do Instituto de Ensino e Pesquisa comparou a estatura dos profissionais com seus cargos e salários. Concluiu que as pessoas que têm altura considerada acima da média, que é mais de 1,71m, possuem mais chances de sucesso, maior probabilidade de concluir a faculdade, de ocupar cargos importantes e chegar a cargos de chefia.

    “A altura influencia principalmente na área comercial onde você tem que lidar com o público em geral. Altura dá sensação de poder”, diz o gestor e consultor de carreiras Robert Wong. 
    “Infelizmente a aparência física ainda é fator de decisão num processo seletivo ou promoção”, avalia Fatima Mangueira diretora da Mira RH.

     

     

     

     

     

  21. BOLSA EDUCAÇÃO PARA OS PROFESSORES

    Governo oferecerá R$ 1 bilhão em bolsas para capacitar professores

    Cada docente deverá receber R$ 200, segundo o ministro da Educação

    Terra

     

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    O ministro da Educação (MEC), Aloizio Mercadante, anunciou nesta segunda-feira um pacto realizado entre o governo federal e os governos estaduais para a melhoria do ensino médio. Com orçamento de R$ 1 bilhão, o MEC vai oferecer cursos de aperfeiçoamento e oferecer como estímulo uma bolsa de R$ 200 por docente.

    “É pouco. É o que podemos fazer hoje”, reconheceu o ministro, que fez um mea culpa ao dizer que “não temos mais espaço hoje para cortar uma área do MEC”. Mercadante ponderou, no entanto, que o valor representa mais de 10% do que ganham muitos professores no País.

    Além da bolsa, os professores passarão por um curso de formação dividido em diferentes etapas ao longo do ano. Estão aptos a participar todos os professores de ensino médio, um universo atual de 405 mil docentes. A meta do governo é melhorar indicadores de fluxo e proficiência no ensino médio. 

    Os cursos serão incluídos dentro do terço da jornada de trabalho dos professores voltadas a atividades de fora da sala de aula, como preparação de aulas e correção de provas. Para um professor que trabalhe 40 horas semanais, por exemplo, o curso deverá ocupar pelo menos três horas de sua semana de trabalho. Os professores receberão ainda tablets com material didático digital.  

    Mudança na formação

    O ministro Aloizio Mercadante antecipou ainda que pretende mudar os cursos de pedagogia e de licenciatura. “Queremos e vamos mexer na formação inicial dos professores”, afirmou o ministro. “Não podemos continuar formando professores sem vivência de sala de aula”. Ele não deu detalhes, no entanto, de como serão realizadas as mudanças e nem quando.

     

  22. Henfil entre os

    Henfil entre os fortes

    Reedição do Fradim mostra o artista a zombar do empobrecimento ditatorialpor Rosane Pavam — publicado 26/11/2013 11:09 Centro Cultural São PauloHenfil

    Hoje, Henfil agiria contra os abusos policiais, acredita seu filho Ivan

     

    Antes de se tornar Henfil, o menino era alvo de gozação no “complexo hospitalar-favelado” de Santa Efigênia por ser hemofílico. O sadismo explícito e inocente contra a má saúde temperou sua infância, vivida nos anos 1940 naquela periferia de Belo Horizonte. Sabedor de que o riso poderia ser mau e o humor, um remédio, Henrique de Souza Filho deu o troco da verve a cada xingamento. Mais tarde, ele, um dos mais importantes artistas brasileiros, xingaria primeiro sem perguntar depois, ciente da urgência de viver e esquecer. Viver: usar a doença a seu favor, uma vez que ninguém revidaria o soco bem dado por um hemofílico, nem o castigaria se não fizesse lição. Esquecer: o catolicismo da mãe. Jamais falar palavrão, sob pena da malagueta na língua, jamais acompanhar com as mãos certos pensamentos, sob risco de água fria, muitas foram as ideias de dona Maria para disciplinar o menino aos olhos de seu deus. Eis uma das razões por que, homem feito, Henfil caberia entre os fortes.

    “O Baixinho sou eu”, dizia ele, parafraseando um Flaubert instado a entregar a identidade de Madame Bovary, quando lhe perguntavam se um dos “fradins” representaria ele próprio. Baixim só era diminutivo no apelido mineiro. Criado em paralelo ao ingênuo frade Cumprido, seu contraponto, para a breve revista Alterosa, em 1964, ele virava os raciocínios do avesso, à moda de seu criador. Funcionava como um personagem expressivo do cinema mudo, engraçado por exagerar, aflitivo e torpe ao comentar os fatos, além de ser anarquicamente inspirado na ira dos patos de Carl Barks. Não se parecia, como o Amigo da Onça de Péricles, um sacana cuja face desautorizava um perfil. Era a própria Onça, algo que o leitor poderá comprovar ao ver republicada depois de três décadas, em coedição pelo Instituto Henfil e pela ONG Henfil-Educação e Sustentabilidade, os 31 volumes das coletâneas das tiras do Fradim anteriormente lançadas pela Codecri, a editora do Pasquim.

    Mau, decidido a extirpar o sentimentalismo que atrasava as mentes e a cultura, e inspirado nos dominicanos que Henfil admirou, Baixim engolia meleca do nariz, comia cocô, dizia-se comunista para estranhar a patuleia da polícia, declarava-se da TFP decidido a arrepiar os esquerdinhas, desfazia das crianças, ensinava os santos do Céu a fazer “top-top”, clássica onomatopeia para as situações perdidas, e jamais aceitava estar onde o colocavam. Brasileiro no último, exposto ao projeto perdido de nossa modernidade durante a cruel ditadura dos anos 1960, ele foi “morto” a certa altura por seu criador, irritado com o intelectual do Sul Maravilha que acusava o artista de repetir-se. E não é que, no Inferno, Baixim tornou obsoleto o próprio Satã, aquele que jurava jamais ter escondido em sua casa um preso político?

    Diz a pesquisadora Maria da Conceição Francisca Pires, no livro Cultura e Política entre Fradins, Zeferinos, Graúnas e Orelanas (Editora Annablume), que, com Baixim e sua turma, Henfil fazia uma crítica política e de costumes ao cristianismo oficioso das elites. Por intermédio do grotesco e do fantástico, aquele trabalho editado em periódicos tão diversos como O Dia, Jornal do Brasil,O Globo, Jornal dos Sports ou revista IstoÉ, colocava em ridículo as deidades políticas e religiosas, substituindo-as pela dúvida. “Não se tratava apenas da crítica à devoção”, escreve a pesquisadora sobre Fradim, “mas especificamente da crítica à devoção ao poder.”

    A revolução de seu humor jamais foi customizada, embora não lhe faltassem ofertas nessa direção. É que Henfil não via sentido em ser ao mesmo tempo um autor popular e comercial. O que poucos talvez desconfiassem em relação ao artista das causas certas é que ele talvez nada tivesse sido sem o Pato Donald. Fora o personagem neurótico, de traço equivalente ao de sua própria inquietude, que o levara a desenhar, como assegura a CartaCapital o filho Ivan Cosenza de Souza, 43 anos. Um almanaque com as aventuras do personagem-símbolo é um dos presentes cruciais que o filho recebeu do pai. Ele lhe mostraraMafalda (que o próprio autor, Quino, só desejava ver traduzida por Henfil) e soubera de seu apreço pela Mônica de Mauricio de Sousa.

    Foram poucos anos de convivência, uma vez que Henfil se separou de sua mãe quando Ivan tinha apenas 2 anos. A criança sabia do paradeiro do pai em diversas cidades, no Brasil e nos Estados Unidos, essencialmente por suas cartas afetivas, nas quais se via transformado no personagem Sapo Ivan. Em 1988, aos 18, o jovem jogava sinuca em Maricá quando soube pelo rádio da morte do pai, que sucumbira à Aids adquirida em transfusão sanguínea um mês antes de completar 44 anos.

    Sem a relação de camaradas adultos que gostaria de ter usufruído com o artista, Ivan mantém dele poucas e boas lembranças, como aquela de Henfil a lhe presentear com cada nova história feita. Orelana, o bode intelectual que comia os livros para conhecer seu conteúdo, o cangaceiro do bem Zeferino, a inquieta Graúna, a Onça, Baixim e Cumprido, entre tantos, eram, como Henfil lhe ensinara, seus “irmãos”. “Eu recontava a meu pai suas próprias piadas, sem cair em mim que era ele o autor.” Ivan, que não cursou faculdade e deixou de desenhar por força da injusta comparação com o artista, a si mesmo imposta, não abandona sua memória. É o presidente do Instituto Henfil, ainda sem sede, a esperar um apoio do Ministério da Cultura, ele que no dia 6 último condecorou in memoriam o artista com a medalha da Ordem do Mérito Cultural Grã-Cruz.

    Em sua casa no subúrbio carioca de Lins de Vasconcelos, Ivan recolhe toda história que lhe chegue do pai, parta ela do pesquisador, do conhecido longínquo ou de um dos “tios do Pasquim”, como Ziraldo uma vez lhe ensinou serem pessoas como ele, Jaguar ou Millôr. E é de lá que ele comandará o novo projeto, destinado à Copa de 2014, de reunir em exposição os desenhos do artista sobre o futebol e seus bastidores. Foi Henfil quem deu ao Flamengo o símbolo do Urubu, ao Botafogo, o do Cri-Cri, ao Vasco, o do Bacalhau, ao Fluminense, o do Pó-de-Arroz, sem que as torcidas respectivas se chateassem em assumir como seus os tipos depreciativos. Ele amou o esporte, mas talvez o tenha temido mais do que a censura ditatorial. Segundo Ivan, Henfil desistiu de tematizar o futebol por não suportar o sofrimento que isso lhe causava. Temia que, não intencionalmente, seu humor acirrasse as rivalidades entre as torcidas.

    “Sempre que imagino meu pai no mundo de hoje, vejo-o como um dos primeiros blogueiros possíveis. Isto porque ele tinha necessidade extrema de comunicação, exauria-se em responder de próprio punho toda e qualquer carta de leitor”, conjectura Ivan. “Henfil queria interagir, mas também influenciar. Armou a Campanha das Diretas, a da Anistia, encabeçou e puxou a massa para onde ele imaginava ser devido. A polícia comete os absurdos de hoje contra os manifestantes de rua e ninguém faz nada? O Henfil mobilizaria todo mundo contra isso, porque tinha o talento.” Henfil eterno, de seu tempo para os nossos.

           

  23. A verdadeira falsa entrevista de Francisco ao La Repubblica!

    Eugenio Scalfari, antigo diretor do La Repubblica, finalmente reconheceu ter atribuído ao Papa Francisco afirmações que esse último nunca fez em uma entrevista publicada na Italia em 1º. de outubro último.

    Sem anotações e sem gravação, Eugenio Scalfari, portanto, reconstruiu uma entrevista, como reconheceu quinta-feira em Roma, afirmando que sempre trabalhou assim ao longo de sua “brilhante carreira” (as aspas são minhas).

    Fonte:http://www.montfort.org.br/a-verdadeira-falsa-entrevista-de-francisco-ao-la-repubblica/

    Origem: http://www.lefigaro.fr/actualite-france/2013/11/22/01016-20131122ARTFIG00499-les-dessous-de-la-vraie-fausse-interview-du-pape.php

  24. PROJETO: ESTAÇÕES DO BEM
    Rio de Janeiro, 27 de novembro de 2013PROJETO: ESTAÇÕES DO BEM Caros amigos (as) fazer o bem, faz bem! Com um pouco de criatividade e boa vontade nós podemos ajudar um pouco mais, quem precisa de ajuda. Falo de muitas instituições de caridade, que vivem com muitas dificuldades e com uma simples iniciativa poderiam receber mais ajuda. Por exemplo, com o  Projeto: ESTAÇÕES DO BEM, onde as estações do metrô e de trens receberiam placas indicativas das instituições de caridades do seu bairro, com isso elas ganhariam mais visibilidades, por exemplo, estação AACD, GRAACC, FUNDAÇÂO CAZUZA, etc. Amigos (as) gosto de ajudar, e sei que assim como eu, tem muitos brasileiros solidários, que vão apoiar esse projeto do bem. Cobrem das autoridades (governos) essa iniciativa do bem.  Atenciosamente: Cláudio José, um amigo do povo e da paz. 

  25. Na oura ponta da BR-163…

    Fechado acordo para as obras de terminais fluviais no rio Tapajós

    Valor Econômico – 26/11/2013

    Com quase um mês e meio de atraso, a Associação dos Terminais Privados do Rio Tapajós (Atap), sediada em Belém, e a Prefeitura de Itaituba chegaram a um acordo para viabilizar a construção de terminais fluviais no rio Tapajós, um empreendimento bilionário considerado um dos mais importantes para o escoamento de grãos do Centro-Oeste para o mercado exterior. De acordo com o termo de compromisso, seis empresas associadas à Atap – Bunge, Cargill, Hidrovias do Brasil, Unirios (joint venture da Fiagril e Agrosoja), Cianport e Chibatão Navegações – deverão desembolsar cerca de R$ 12 milhões em 15 parcelas iguais a partir da entrega da Licença de Instalação. O valor é bem menor que os R$ 27 milhões discutidos inicialmente como compensações municipais e estaduais para as obras que colocarão Itaituba no mapa logístico do agronegócio brasileiro. Mas não isentará a associação de uma longa lista de tarefas, que incluem desde a elaboração de um projeto de aterro sanitário e coleta seletiva até o desenvolvimento de um sistema de captação, tratamento e distribuição de água e o próprio plano diretor do município. Caberá ainda às empresas a instalação de uma unidade de corpo de bombeiros e de um centro de referência em assistência social, a redução da energia elétrica à população, a reforma do ginásio municipal, a entrega de transformadores para as escolas, a compra de 10 semáforos digitais e uma ambulância. “Para nós, seria muito mais fácil criar um fundo para execução desses projetos, mas teremos de tocar, nós mesmos, essas obras”, diz o presidente da Atap, Kleber Menezes, citando regras das matrizes das multinacionais, que impedem a transferência de dinheiro a órgãos públicos. Segundo ele, uma gestora de obras será contratada para executar todos os itens acordados no termo de compromisso. Apesar da pressa para finalizar os terminais – algumas empresas contam com eles já para o escoamento da safra 2013/14 de grãos -, a demora na assinatura de uma agenda mínima se deu devido à discordância entre a demanda das autoridades locais e o que as empresas queriam ofertar. Parte das demandas, disse Menezes, eram de relevância questionável ou fora da área de atuação dos empreendimentos, como o asfaltamento de 5 Km de uma via urbana do outro lado do rio. Com o fim do impasse, as licenças de instalação necessárias para o início das construção dos terminais de transbordo deverão “se tornar prioritárias” na Secretaria Estadual de Meio Ambiente do Pará, diz Menezes. Hoje, apenas a Bunge detém esse documento. A expectativa é que até o fim deste mês a obra se torne pré-operacional. As demais estão em fase de elaboração do Eia-Rima, o estudo de impacto ambiental, ou chamamento de audiência pública. Os terminais atendem uma antiga reivindicação do setor de agronegócios de Mato Grosso: a criação de uma nova rota para o escoamento da produção agrícola da região. Com o prometido asfaltamento total da BR-163, no trecho Cuiabá-Santarém, e os terminais de transbordo no Tapajós, a safra de grãos poderia ser escoada pela hidrovia Tapajós-Amazonas até Santarém ou Santana (AM), em contraponto aos atuais deslocamentos longos e custosos por rodovias até os portos de Santos (SP) e de Paranaguá (PR). Combinados, os aportes iniciais devem somar R$ 1,3 bilhão, entre terminais e comboios, e será possível transportar pelo rio até 20 milhões de toneladas de grãos por ano do Centro-Oeste para exportação via Atlântico. Na esteira desses empreendimentos, a Bunge e a Amaggi, empresas do Grupo André Maggi, criaram a Navegações Unidas Tapajós Ltda. (Unitapajós) para escoar grãos originados em Mato Grosso. A joint venture investirá inicialmente R$ 300 milhões para a construção de 90 barcaças e cinco empurradores.

     

  26. Cargueiro da Embraer voa em 2014

    Cargueiro da Embraer voa em 2014

    KC-390 foi incluído no PAC e está focado na ampla demanda internacional por esse tipo de aeronave

     

     

     O Estado de S.Paulo 

    O gigante está trancado em uma sala grande como ele mesmo, um prédio inteiro para acomodar com folga o corpo de 35 metros. O modelo em escala real do novo jato da Embraer, o cargueiro militar KC-390, criado para cumprir várias missões, fica isolado na reservada unidade de Eugênio de Melo, a 20 quilômetros da sede da empresa em São José dos Campos. O jato em modelagem ainda está sem as asas – seriam necessários outros 35 metros.

    Do mesmo local, há pouco menos de 40 anos, o Brasil influenciou guerras travadas no Oriente Médio e no norte da África, armou Exércitos latinos e equipou ex-colônias portuguesas. Em certa época, o complexo de Eugênio de Melo abrigou a extinta Engesa – de onde saíram os blindados batizados com nomes de serpentes brasileiras, Urutu e Cascavel.
     

    Veja também:
    link ‘Há mercado em toda parte’, diz diretor do programa
    link TV Estadão: Veja imagens do KC-390

    O tempo é outro e a influência está regida pelo mercado. O KC-390 é uma iniciativa focada na ampla demanda internacional detectada pela Embraer – cerca de 700 aeronaves desse tipo serão negociadas em dez anos por US$ 50 bilhões. “Acreditamos que poderemos entrar na disputa por alguma coisa como 15% desse total, na faixa de 105 unidades”, diz o presidente da Embraer Defesa e Segurança, Luiz Carlos Aguiar.

     Supercargueiro. Incluído no Programa de Aceleração do Crescimento – o PAC da presidente Dilma Rousseff -, o cargueiro e reabastecedor vai custar R$ 4,9 bilhões até a fase de construção dos 2 protótipos de desenvolvimento. A propriedade intelectual é da FAB. A etapa de encomendas pode chegar a mais R$ 3 bilhões – ao longo de 12 anos, estima o Ministério da Defesa.

    O programa já acumula 60 cartas de intenção de compra emitidas por seis diferentes governos: Brasil (28 jatos), Colômbia (12), Chile (6), Argentina (6), Portugal (6) e República Checa (2). “Penso que, mais uma vez, chegamos na hora certa em um segmento restrito, não atendido pelas ações tradicionais”, diz Aguiar.
     

    De fato, o nicho está virtualmente vago. O principal concorrente é nobre: o poderoso Hércules C-130J, o mais recente arranjo da Lockheed-Martin, para o seu quadrimotor turboélice. A primeira versão voou faz 60 anos. Até 2010, haviam sido entregues 2.500 deles para 70 clientes.

     

     

     

    Última geração. O KC-390 leva vantagem em quase tudo, a começar pelo fato de estar saindo agora das telas dos engenheiros de projeto. Mais que isso, transporta 23 toneladas contra os 20 mil quilos do C-130. Voa a 860 km/hora, mais alto, a 10,5 mil metros, e a um custo significativamente menor.

     

    [video:http://www.youtube.com/watch?v=MRySfpe89pQ%5D

    A concorrência de outras fontes é rarefeita e não se encaixa exatamente no mesmo viés, como é o caso do japonês Kawasaki C-2, em teste desde 2010, ou do europeu A-400M. Os dois são maiores e têm valor de aquisição elevado, de US$ 120 milhões a US$ 180 milhões. O modelo da Embraer fica na faixa pouco superior a US$ 80 milhões. E carrega tecnologia embarcada de última geração.

    Os motores, por exemplo, permitem a operação nas pistas não pavimentadas e sem acabamento. As turbinas V-2500 da americana International Aero Engines não estão sujeitas à sucção de detritos. Todo o projeto ) utiliza conceitos avançados.

    O pessoal. Na Embraer, o grupo de profissionais que trabalha no desenvolvimento do cargueiro e avião-tanque para reabastecimento em voo, é conhecido como “o pessoal do KC”.

    Jovens quase todos, como o engenheiro Rodrigo Salgado, de 34 anos. Formado na escola de Itajubá, sul de Minas, trabalha na empresa há 11 anos. No programa, cuida dos aviônicos e da integração dos sistemas. Considera a possibilidade de conviver com o produto ainda por muito tempo, decorrência “do desenvolvimento contínuo e da atualização das funções”.

    De olho na impressionante cabine, repleta de telas digitais, terminais móveis e painéis de instrumentos que dão ao módulo ares de ônibus espacial, um piloto de ensaios da Força Aérea torcia para estar na equipe dos testes, previstos para o primeiro semestre de 2015. Combatente, “com mais de 2 mil horas de voo” em supersônicos, e contemplado com um curso de especialização de custo estimado em US$ 1,2 milhão, o oficial avalia o advento do KC-390 na Aeronáutica “pelo valor estratégico: a aviação militar do País será capaz de se manter no ar, em quaisquer condições, com aeronaves de abastecimento, de ataque, transporte e inteligência, todas de projeto e fabricação próprios”.
     

    O gigante da Embraer é parte de um acordo de cooperação entre a EDS e a Boeing. A composição abrange o compartilhamento de conhecimento tecnológico e avaliação conjunta de mercados. É um bom modelo. A Boeing produz transportadores de carga e reabastecedores em voo há não menos de 45 anos. A Embraer é inovadora e imbatível em redução de custos. Conforme Luiz Aguiar, a análise dos mercados potenciais incluirá clientes que não haviam sido considerados nas projeções iniciais para o KC-390. É uma forma cuidadosa de dizer que os alvos passam a incluir países como a Itália e, talvez, mesmo os Estados Unidos.

    http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,cargueiro-da-embraer-voa-em-2014,1100014,0.htm

  27. Bom exemplo

    Nassif, boa tarde

    Gostaria de registrar uma boa prática de relacionamento entre consumidor e empresa vendedora pela internet. Refiro-me ao Extra.com.

    Entrei em contato com o Extra.com via chat para dirimir algumas dúvidas sobre aquisição de determinado produto.

    A boa surpresa veio algumas horas depois com o envio de e-mail, pelo Extra.com da cópia de todo o diálogo ocorrido no chat.

    Normalmente o que ocorre é que as empresas (ou as más empresas) sequer permitem copiar o conteúdo do diálogo, você tem que ficar a cada instante fazendo um “print screen” da página para eventuais comprovações futuras.

    Parabéns ao Extra.com

    Repare que estamos a elogiar práticas que deveriam ser corriqueiras e que há muito deveriam fazer parte da relação de consumo.

    Fica o registro como um bom exemplo a ser seguido por outras empresas.

  28. E SE FOSSE CUBANO?

    MÉDICO RECEITOU CADEADO A PACIENTE OBESA NA BAHIA

    Foto: Bocão News:

     

    Em novembro de 2012, a dona de casa Adriana Santos, de 33 anos, foi orientada pelo médico José Soares Menezes a procurar um ferreiro para fazer trancas e usar cadeados na sua boca e na geladeira de sua casa para conseguir emagrecer; ‘medicamento’ receitado a Adriana foi “cadialina”; “Um para a sua boca, outro para a geladeira, outro para o armário, outro para o freezer, outro para o congelador e outro para o cofre de casa”; o médico foi denunciado ao Conselho Regional de Medicina, foi afastado e voltou às atividades em seguida; e se fosse um médico cubano? Como se comportaria a grande mídia? E os políticos de oposição?

     

    27 DE NOVEMBRO DE 2013 ÀS 12:15

     

    Bahia 247 – O município de Feira de Santana foi o centro das atenções e de histerismo há uma semana por causa de uma receita de superdosagem de Dipirona para uma criança de um ano, passada por um profissional de Cuba que atende pelo Mais Médicos, programa do governo federal.

    A própria mãe do menino acabou o mal estar ao dizer que tinha entendido que a quantidade da medicação era para todo o dia e não para dose única, como denunciou uma médica ligada a vereadores do DEM local. A Secretaria de Saúde do Estado concluiu que não houve erro e o médico Isoel foi recebido com festa na segunda-feira (25) no retorno de suas atividades.

    Agora um fato resgatado em matéria da Folha de São Paulo, esse, sim, envergonha a medicina. E a Bahia. A dona de casa Adriana Santos, de 33 anos, foi orientada pelo médico José Soares Menezes a procurar um ferreiro para fazer trancas e usar cadeados na sua boca e na geladeira de sua casa para conseguir emagrecer. O ‘medicamento’ receitado a Adriana foi “cadialina”.

    “Um para a sua boca, outro para a geladeira, outro para o armário, outro para o freezer, outro para o congelador e outro para o cofre de casa”, relatou a mulher, que à época pesava 100 kg.

    Caso ocorreu em novembro de 2012 em um posto móvel da Fundação José Silveira (conveniada à Secretaria de Saúde da Bahia) no bairro do Uruguai, onde Adriana mora, na periferia de Salvador.

    Procurado, o médico disse na ocasião que usou sentido figurado na receita. “Só usei uma linguagem figurada”. 

    Adriana disse ter contado que não poderia fazer uma cirurgia de redução do estômago. O médico, de acordo com ela, afirmou que sua filha chegou a realizar o procedimento, mas, como continuou sem fazer regime, acabou engordando novamente.

    “Ele ainda falou que, se eu não quisesse os cadeados, o jeito seria fazer jejum em quatro dias da semana. E, nos outros três, só beberia água.”

    O Conselho Regional de Medicina da Bahia recebeu recebeu a queixa da dona de casa e afastou o médico depois de apuração.

    E se fosse um médico cubano? Como se comportaria a grande mídia? E os políticos de oposição?

     

    1. O pior de tudo é que o

      O pior de tudo é que o helicóptero se transformou em FANTASMA. Saiu rapidinho do noticiario. Ah! se fosse do PT……caia a República, mas é bem capaz, da midia porca tentar vincular aos partidos da Base aliada e dizer que a culpa é do LULA. 

       

      1. O Correio do Brasil assumiu a oposição ao PIG

          Eles tão colocando tucano em negrito ehehe, vou imitar

        —————————-

        Deputado tucano entra no rol de suspeitos por tráfico internacional de drogas

        27/11/2013 12:12
        Por Redação, com Viomundo – de São Paulo e Belo Horizonte

           

         

        Advogado do piloto Rogério Almeida Antunes, preso por transportar mais de 400 Kg de cocaína no helicóptero do deputado estadual Gustavo Perrela (PSDB-MG), Nicácio Pedro Tiradentes afirmou, em entrevista, que seu cliente aponta o parlamentar tucano como proprietário da droga apreendida, domingo, durante uma batida policial. Almeida Antunes, ao site de notícias Viomundo, afirmou que o deputado Perrella, de Solidariedade, no interior mineiro, “mentiu ao dizer, em entrevista, que o piloto roubou o helicóptero que estava em nome da Limeira Agropecuária e foi apreendido em uma fazenda no município de Afonso Cláudio, Espírito Santo, com mais de 400 quilos de cocaína a bordo”.

         

        O advogado, contratado pela família do piloto, esteve com o acusado, na véspera, e após deixar o encontro, revelou que Rogério Antunes “era homem de confiança” do deputado Perrella, a ponto de ocupar um cargo na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, onde ganhava sem sequer aparecer no local do serviço. O fato também foi confirmado na edição desta quarta-feira do diário conservador mineiro O Estado de Minas, o qual afirma que o piloto era “agente de serviço de gabinete da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Com salário de R$ 1,7 mil”.

        “Antunes está lotado desde abril deste ano na 3ª Secretaria da ALMG, presidida pelo deputado Alencar da Silveira Júnior (PDT). O pedetista informou que Rogério seria demitido nas próximas horas”, afirma.

        Segundo o advogado, antes de decolar com o carregamento da droga, que tinha como destino a Europa, segundo fontes policiais, o piloto fez duas ligações para o deputado Perrella. A viagem, de acordo com o advogado, tratava-se de um frete para o transporte de “suplementos agrícolas”. Ambos sustentam desconhecer que se tratava de cocaína. Antunes também disse ao seu advogado que o parlamentar estaria tentando “empurrar o pepino” para ele, que era o piloto da aeronave.

        Ao lado do governador paulista, Geraldo Alkmin, e do senador mineiro Aécio Neves, Perrella publica foto em uma rede social

        Ao lado do governador paulista, Geraldo Alkmin, e do senador mineiro Aécio Neves, Perrella publica foto em uma rede social

        Antunes também sugeriu que estaria em curso a tentativa de livrar outro envolvido, pessoa “de posses” que acompanhava o vôo, mas não identificou esta pessoa, com a qual o advogado deve se encontrar nas próximas horas, para obter novas informações. Além do piloto foram presos o co-piloto Alexandre José de Oliveira Júnior, de 26 anos, o comerciante Róbson Ferreira Dias, de 56, e Everaldo Lopes de Souza, de 37.

        “O advogado disse que a fazenda destino da carga era de propriedade do senador Zezé Perrella (PDT-MG), ex-presidente do Cruzeiro e pai de Gustavo Perrella. Segundo o advogado, a propriedade está em nome da Limeira Agropecuária e teria sido comprada ‘por cinco vezes o valor’ de mercado. Nicácio Tiradentes informou que pretende entrar nas próximas horas com habeas corpus para tirar o piloto da cadeia”, afirma o Viomundo.

        – O deputado não poderia enlamear o menos favorecido pela sorte – disse o advogado, se declarando “magoado”.

        Segundo ele, o piloto “não fez nada sem autorização”. Para provar isso, Nicácio pretende pedir quebra do sigilo telefônico do piloto:

        – Deu duas ligações (para o deputado). Aí que mora o perigo – concluiu.

        Ouça, aqui, a entrevista do advogado ao editor do Viomundo, Luiz Carlos Azenha.

        http://correiodobrasil.com.br/noticias/politica/deputado-tucano-entra-no-rol-de-suspeitos-por-trafico-internacional-de-drogas/665630/

  29. Aécio e Alckmin são ligados a dono do helicóptero da cocaína

    Um helicóptero carregado de pó foi apreendido em fazenda de um deputado ligado a Aécio Neves. Piloto que levava 450 kg de cocaína diz que deputado está tentando ‘empurrar pepino’ para ele

    helicóptero cocaína minas gerais

    Viomundo

    O advogado Nicácio Pedro Tiradentes disse que o deputado estadual Gustavo Perrella (Solidariedade-MG) está mentindo. Tiradentes representa o piloto Rogério Almeida Antunes, que dirigia o helicóptero apreendido em uma fazenda no município de Afonso Cláudio, Espírito Santo, com mais de 400 quilos de cocaína a bordo.

    Perrela afirma que o piloto roubou o helicóptero.

    Tiradentes passou algumas horas com o acusado. Ele saiu do encontro dizendo que Rogério era “homem de confiança” do deputado Perrella, tanto que ocupava um cargo na Assembleia Legislativa de Minas Gerais mesmo sem dar expediente.

    De acordo com o advogado, o piloto fez duas ligações para o deputado Perrella antes do voo em questão.

    Ele sustenta que tanto o piloto quanto o deputado acreditavam tratar-se de implementos agrícolas. Disse também que o deputado estaria tentando “empurrar o pepino” para o piloto. Ele sugeriu que haveria a tentativa de livrar outro envolvido, pessoa “de posses”.

    Além do piloto foram presos o co-piloto Alexandre José de Oliveira Júnior, de 26 anos, o comerciante Róbson Ferreira Dias, de 56, e Everaldo Lopes de Souza, de 37.

    O advogado disse que a fazenda destino da carga era de propriedade do senador Zezé Perrella (PDT-MG), ex-presidente do Cruzeiro e pai de Gustavo Perrella. Segundo o advogado, a propriedade está em nome da Limeira Agropecuária e teria sido comprada “por cinco vezes o valor” de mercado.

    Nicácio Tiradentes informou que pretende entrar nas próximas horas com habeas corpus para tirar o piloto da cadeia.

    “O deputado não poderia enlamear o menos favorecido pela sorte”, disse o advogado, se declarando “magoado”.

    Segundo ele, o piloto “não fez nada sem autorização”. Para provar isso, Nicácio pretende pedir quebra do sigilo telefônico do piloto: “Deu duas ligações [para o deputado]. Aí que mora o perigo”.

    helicoptero-po1 http://www.pragmatismopolitico.com.br/2013/11/aecio-e-alckmin-sao-ligados-dono-helicoptero-da-cocaina.html

     

    1. É evidente que o Deputado
      É evidente que o Deputado quer que se caracterize o roubo da aeronave para que ela não seja arrestada e incorporada a força policial de combate ao tráfico. Agora, a PF já disse que foi alertada, ha mais de vinte dias, para a movimentação suspeita do helicóptero naquela área. E, SÓ ONTEM, APÓS A APREENSÃO, é que o “distraído” deu pela falta dele, que vale, por baixo 3 milhões de reais? Tá bom….eu acredito.

      1. É evidente que o deputado…

        Qualquer um que conheça um pouquinho de tráfego (é trafego mesmo,rsrsrs) aéreo sabe que aeronaves não podem sair por aí, como os carros, sem uma autorização de vôo e controle. Roubo de helicoptero sem qualquer alerta ao sistema de tráfego?

  30. As coincidências envolvendo o acidente do estádio do Corinthians

    Como coincidência pouca é bobagem, o UOL havia estreado a manhã com a seguinte matéria, curiosissimamente afim ao tema “desabamentos”…

    http://tvuol.uol.com.br/assistir.htm?video=laudos-da-pericia-sobre-desabamento-em-sao-mateus-ainda-nao-estao-prontos-04024D983360DCB94326&tagIds=1793&orderBy=mais-recentes&edFilter=editorial&time=all&

     

    Aí (tudo hoje) vêm duas notícias.

     

    A primeira (http://blogdojuca.uol.com.br/2013/11/fim-de-novela-para-o-financiamento-do-estadio-do-corinthians/) informa que “Nesta quinta-feira, enfim, será assinado o contrato entre o BNDES, a Caixa Econômica Federal e o Corinthians.”

    A segunda (http://rodrigomattos.blogosfera.uol.com.br/2013/11/27/desastre-na-obra-derruba-parte-do-itaquerao/)  é que um guindaste (o maior do mundo, segundo a CBN – http://cbn.globoradio.globo.com/editorias/esportes/2013/11/27/BOMBEIROS-BUSCAM-OPERARIOS-DENTRO-DO-ESTADIO-DIZ-REPORTER-QUE-PRESENCIOU-ACIDENTE.htm) caiu, causando mortes e destruição de parte do estádio.

    Estádio emblemático, por ser aquele em que será (seria?) realizado o primeiro jogo da Copa. Estádio acompanhado de muito perto (mais de perto que os demais estádios em construção ou reforma) pela imprensa, talvez por ser o do Corinthians, ou porque esse clube tenha entre seus torcedores notórios um ex-presidente não muito querido da dita imprensa.

     

    E o acidente acontece num dia emblemático, como fica patente pela notícia do blog do Juca Kfouri.

     

    Ainda bem que não sou adepto de teorias conspiratórias, do tipo “o World Trade Center não foi derrubado pelo Bin Laden”; “o atentado na maratona de Boston foi armação”.

     

    Mas, ah! Se eu fosse!…

     

  31. Nada no blog sobre o

    Nada no blog sobre o helicóptero?

    Será que somente  eu e mais meia dúzia achamos relevante esse episódio?

    Um senador que tem uma aeronave apreendida com 400kg de cocaína, cujo o piloto é funcionário fantasma da Assembléia Legislativa?

    Senador e deputado ligados a um candidato a Presidência da República?

  32. Spike Lee está no Brasil
    Spike Lee está no Brasil desde outubro rodando um documentário sobre o país, mas encontra tempo em sua agenda atribulada para ver seus amigos brasileiros e curtir um pouco da cultura local.

    Na noite de domingo (24), o diretor de Hollywood foi ao Teatro Oi Casagrande, no Rio de Janeiro, para prestigiar o musical sobre Elis Regina acompanhado de Seu Jorge.

    Spike Lee está gravando o documentário Go Brazil, Go e já entrevistou diversas personalidades negras, como Gilberto Gil, Lázaro Ramos, Benedita da Silva, já que a ótica racial é o viés do filme. Ele também conversou com Lula, Dilma, alguns deputados e ministros e chegou até a acompanhar a votação de cotas raciais. O diretor pretende lançar o filme até a Copa do Mundo de 2014.   

  33. Tudo indica que a máfia dos

    Tudo indica que a máfia dos fiscais começou no governo Serra

     

    Promotoria afirma que máfia do ISS pode ter começado em 2005

    O Ministério Público informou ontem que o esquema de cobrança de propina pela máfia do ISS pode ter começado na Prefeitura de São Paulo pelo menos desde 2005.

    Até então, os promotores trabalhavam com a hipótese de a fraude no imposto ter começado em 2007, na gestão Gilberto Kassab (PSD).

    Donato volta à Câmara, chora e ataca construtoras
    ‘Imposto pago a menos será cobrado’, diz Haddad sobre Máfia do ISS

    Entre janeiro de 2005 e abril de 2006 a cidade foi comandada por José Serra (PSDB). O ex-prefeito tucano foi procurado ontem por meio de sua assessoria de imprensa, mas não se manifestou.

    Essa mudança em relação ao período em que há suspeitas de funcionamento do esquema ocorre após novo depoimento do auditor Eduardo Barcellos, prestado anteontem à Promotoria.

    Ele fez acordo de delação premiada –para colaborar em troca de redução de pena. Barcellos citou a participação do também auditor Amílcar Cançado Lemos no esquema.

    “A coisa é mais antiga do que a gente pensava. Isso já vem há bastante tempo. Pelo menos, desde 2005, que será desde quando nossas investigações irão se concentrar”, afirmou o promotor César Dario Mariano da Silva.

    Ainda de acordo com Silva, foi nessa época que Barcellos diz ter tomado conhecimento da cobrança de propina por parte de Cançado.

    Barcellos disse ter comunicado o fato a Ronilson Rodrigues (outro investigado no esquema), mas que nenhuma providência foi tomada.

    “Nada fez porque, ficou sabendo depois, Ronilson já pegava dinheiro naquela época. Já repartia dinheiro, já recebia propina desde 2005”, afirmou o promotor.

    2002

    Gravações divulgadas anteriormente de conversas de Luís Alexandre Magalhães, outro auditor suspeito de integrar a máfia do ISS, indicavam a possibilidade de o esquema ter começado em 2002 –gestão Marta Suplicy (PT).

    De acordo com a Promotoria, isso ainda não se confirmou. Magalhães deve ser ouvido para dar explicações sobre isso, já que falava sobre documentos que teria guardado.

    Cançado deve ser o primeiro auditor fiscal a ser processado pelo Ministério Público. Na segunda, o promotor Silva deve ajuizar uma ação de improbidade administrativa e enriquecimento ilícito contra ele.

    O auditor não deu explicações à Promotoria e, agora, só poderá fazê-lo à Justiça. Ele tinha um prazo de dez dias para apresentar justificativa do seu patrimônio aos promotores, mas não o fez.

    A Folha não conseguiu contato com Cançado ontem.

    EMPRESAS

    A Promotoria encaminhou ontem a intimação para construtoras suspeitas de pagamento de propina ao grupo: BKO, Tarjab, Tecnisa e Trisul.

    Os promotores ameaçam pedir à Justiça a quebra do sigilo dessas empresas caso elas não colaborem.

    As construtoras, por sua vez, disseram que aguardam ser notificadas oficialmente. Afirmaram, porém, que estão à disposição das autoridades.

    Para o promotor Roberto Bodini, as empresas que se dizem vítimas da máfia do ISS não se comportam como tal.

    “É um comportamento que se repetiu por anos. Não dá entender essas empresas que se dizem vítimas, um setor que se diz vítima, dizer que não conseguia trabalhar na legalidade, mas nunca procurou a legalidade”, afirmou ele.

  34. DANADÃO

     

    Pode ,Arnaldo? O cara já foi absolvido em sua cassação.

               

    Conselho de ética da Câmara aprova nova cassação de Donadon

    O Conselho de Ética da Câmara aprovou nesta quarta-feira (27) a cassação do deputado-presidiário Natan Donadon (sem partido-RO). O processo segue para análise do plenário da Câmara.

    Ele pode ser o primeiro parlamentar a ter o pedido de perda de mandato analisado por voto aberto. O Congresso deve promulgar na quinta-feira (28) uma emenda à Constituição que colocou fim ao voto secreto para cassações e vetos presidenciais. Ainda não há data para o processo ser analisado.

    Primeiro parlamentar preso desde a ditadura, Donadon acabou absolvido pelo plenário da Câmara em agosto em um processo de cassação aberto após o STF (Supremo Tribunal Federal) ter determinado sua prisão.

    Na votação secreta, faltaram 24 votos para alcançar os 257 necessários para a cassação do mandato. A Casa acabou suspendendo Donadon e convocou o suplente para assumir o mandato. Nesse primeiro processo, a cassação passou pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) e pelo plenário.

    Numa tentativa de reverter a decisão, o PSB protocolou uma nova representação contra Donadon, desta vez no Conselho de Ética.

    A representação defende a perda do mandato porque Donadon quebrou o decoro ao ter votado contra a própria cassação, o que é proibido pelo regimento interno, e saiu algemado da Câmara, o que teria afetado a imagem da Casa.

    A perda do mandato foi aprovada por 13 deputados. Nenhum parlamentar presente votou contra. O conselho acolheu o parecer do deputado José Carlos Araújo (PSD-BA) que defendeu a cassação. “O parlamento está com uma ferida aberta, que necessita ser urgentemente tratada para estancar a sangria de credibilidade. Não é compatível que um presidiário recluso em casa de correção em regime fechado por mais de trezes anos continue a ostentar o diploma de parlamentar”, disse o relator.

    O deputado Roberto Teixeira (PP-PE) chegou a pedir vista, mas após discursos de colegas pressionando e apontando novo desgaste para a Casa, ele recuou.

    A sessão que se estendeu por duas horas foi marcada por longas falas defendendo que a Câmara precisa se redimir e recuperar sua imagem junto a sociedade.

    A defesa alega que o novo processo de cassação é irregular porque já houve uma avaliação da Casa sobre o caso. Os advogados argumentaram ainda que Donadon nunca quebrou o decoro parlamentar por ato de própria vontade.

    A partir do dia 3 de dezmebro, Donadon pode recorrer à CCJ contra a decisão do conselho.

    Donadon foi condenado a mais de 13 anos e deve ficar preso em regime fechado ao menos até setembro de 2015, quando seu mandato já terá acabado. A condenação foi pelo desvio de R$ 8,4 milhões da Assembleia de Rondônia.

     

  35. TEM UM OUTRO LUIS NASSIF, O LUIZ!

    Gente, passou por mim um texto assinado pelo LUIZ Nassif. É um besteirol medonho, mas tem gente que acredita!

    Não consegui trazê-lo para cá, mas o enviei ao Luis Naasif

     

  36.  
    [SP] CryptoParty:

     

    [SP] CryptoParty: criptografia para as massas!

     

    A primeira edição da CryptoParty São Paulo ocorrerá no último sábado deste mês, dia 30 de novembro, das 9p0 às 19h00. A CryptoParty (ou CriptoFesta) é um evento gratuito e aberto ao público para aprender como usar ferramentas básicas de criptografia para dar maior segurança à sua comunicação. O objetivo dos organizadores é incentivar a criação e disseminação de uma cultura de defesa da privacidade entre as pessoas que utilizam a Internet.

    Os participantes poderão, em um formato (meio) descontraído, assistir palestras sobre segurança da informação e privacidade, discutir o tema e também conhecer as ferramentas de proteção contra a vigilância praticada por empresas e governos.

    A cada nova revelação do WikiLeaks e de Edward Snowden ficamos apavorados e preocupados com a ameaça do controle e da vigilância. Então é necessário não só lutar politicamente contra novas leis e práticas de vigilância, mas também torná-la tecnicamente impossível. “O universo acredita na criptografia”, escreveu Julian Assange, fundador do Wikileaks, da embaixada do Equador em Londres, uma vez que “é mais fácil criptografar informações do que descriptografá-las”[1]. Se a política falhar (e não estamos num momento muito otimista), a criptografia poderá ser a nossa última esperança contra o domínio das grandes empresas e governos.

    A CryptoParty é uma iniciativa global[2] e descentralizada para apresentar softwares de criptografia e explicar seus conceitos para o público em geral. Portanto, não é necessário conhecimento prévio sobre o assunto para participar. A CryptoParty São Paulo está sendo organizada, desde o início de outubro, pela Actantes, entidade de defesa da privacidade e liberdade na rede [3], pelo Grupo de Trabalho “Segurança e Privacidade” da rede social livre Saravea[4] e por colaboradores individuais.

    A programação do dia começará às 9p0 e terminará às 19h e contará com a realização de oficinas (tutoriais), mesas de debate e desconferências (palestras relâmpago). O anonimato da rede Tor[5], chave pública de criptografia (GPG)[6] e OTR (Off The Record)[7] são algumas das ferramentas a serem apresentadas e discutidas durante a festa.

    No final da tarde, às 17h, o criptógrafo e professor da UNB, Pedro Rezende fará uma palestra mostrando os riscos da biometria para as sociedades democráticas. Falará também da urna eletrônica brasileira, desmistificando o discurso de segurança impecável e mostrando seus pontos obscuros e falhas.

    Além disso, durante o dia inteiro teremos um Install Fest (festival de instalação) do sistema operacional GNU/Linux Debian[8]. A CryptoParty adota o software livre como marco zero na discussão de segurança. Nós não confiamos em softwares proprietários, isto é, em programas que não nós permitem observar, auditar, modificar e compartilhar o código fonte[9].

    A programação completa pode ser vista no site[10] ou através do hidden service do Tor[11]. Pedimos para todos os participantes que leiam antes a seção “dúvidas e perguntas mais frequentes”(FAQ) da CryptoParty[12].

    [1] Julian Assange, Cypherpunks: Liberdade e o Futuro da Internet

    [2] cryptoparty.in

    [3] actantes.org.br / actantes.inf.br

    [4] GT Segurança e Privacidade e CryptoParty – necessitamos de colaboração em diversos subgrupos de trabalho!

    [5] torproject.org

    [6] GPG – https://pt.wikipedia.org/wiki/GNU_Privacy_Guard

    [7] OTR – https://en.wikipedia.org/wiki/Off-the-Record_Messaging

    [8] Debian – http://debian.org/

    [9] Essas são basicamente as 4 liberdades definidas no Projeto GNU que definem um software livre

    [10] https://cryptoparty.inf.br/#programacao

    [11] http://7rpom2smywmsynlu.onion

    [12] https://cryptoparty.inf.br/#faq

     

    http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2013/11/526830.shtml

     

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