Fora de Pauta

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Redação

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  1. http://daytoninmanhattan.blog

    http://daytoninmanhattan.blogspot.com.br/2011/01/1908-felix-warburg-mansion-1109-fifth.html

    BANCOS HISTORICOS – CASA WARBURG – Celebre familia de baqueiros de origem veneziana, fundada por Anselmo del Banco em Veneza no Seculo XIV, mudaram-se para Bologna e depois para a cidade alemã de Warburg, na Renania do Norte. Os banqueiros judeus de Veneza formam uma classe à parte por seu papel historico. Os Warburg consituiram-se em dois ramos, Sigmund e Moritz Warburg,  filhos de Moses Warburg, a casa inicial na Alemanha foi a M.M.Warburg em Hamburgo, fundada em 1798, de grande importancia, lá trabalhou Hjalmar Schacht, que como presidente do Reichsbank em 1924 acabou com a inflação alemã, seu plano de reforma monetaria foi totalmente copiado com o nome de Plano Real em 1994 no Brasil, como se sabe Schacht foi depois Ministro da Economia de Hitler.

    Os dois ramos abriram casas em Londres, S.G.Warburg em 1946 e Warburg Pincus em Nova York, 1938.

    Com o advento do nazismo os Warburg mudaram-se quase todos em 1938 para os EUA, os poucos que ficaram foram para o campo de concentação de Sobibor onde terminaram executados apsar de suas solidas ligações com alguns lideres do Terceiro Reich, como Schacht.

    Da longa historia da familia se destacam casamentos importantes por sua caracteristica de alianças bancarias, Felix Warburg casou-se com Frieda Schiff, filha do poderoso Jacob Schiff, socio principal da casa Kuhn Loeb, que teve muitos negocios com o Brasil na Republica Velha e Paul Warburg casou-se com Nina Loeb, filha de Salomon Loeb, da mesma casa Kuhn, Loeb. Paul Warburg foi o principal inspirador da criação do Federal Reserve System em 1913, fez parte ao mesmo tempo do board de 15 das maiores empresas dos EUA, a seu tempo um dos banqueiros mais influentes dos Estados Unidos.

    A familia Warburg não teve só banqueiros. Dramaturgos, escritores, cientistas, botanicos, criticos de arte, Otto Warburg ganhou o Premio Nobel de Medicina de 1931.

    Uma familia que rivaliza com os Rothschilds em proeminencia historica, cultura e influencia,  de Veneza à Wall Street.

    Ainda hoje os Warburg são importantes financistas em Londres e Nova York, atuando nos maiores negocios do eixo Wall Street-Cuty londrina, em fusões, aquisiçõs e administração de fundos.

    No dia de ontem Warburg Pincus juntamente com um fundo  adquiriu a marca brasileira de camisas Dudalina.

  2. Tentando entender JB

    ENTREVISTA COM SIGMUND FREUD

    S. Freud: “Eu prefiro a companhia dos animais à companhia humana.”

    George Sylvester Viereck: Por quê?

    S. Freud: “Porque são tão mais simples. Não sofrem de uma personalidade dividida, da desintegração do ego, que resulta da tentativa do homem de adaptar-se a padrões de civilização demasiado elevados para o seu mecanismo intelectual e psíquico. O selvagem, como o animal, é cruel, mas não tem a maldade do homem civilizado. A maldade é a vingança do homem contra a sociedade, pelas restrições que ela impõe. As mais desagradáveis características do homem são geradas por esse ajustamento precário a uma civilização complicada. É o resultado do conflito entre nossos instintos e nossa cultura. Muito mais desagradáveis são as emoções simples e diretas de um cão, ao balançar a cauda, ou ao latir expressando seu desprazer. As emoções do cão (acrescentou Freud pensativamente) lembram-nos os heróis da Antigüidade. Talvez seja essa a razão por que inconscientemente damos aos nossos cães nomes de heróis antigos como Aquiles e Heitor.”

    [entrevista concedida ao jornalista americano George Sylvester Viereck, em 1926. O texto integral foi publicado no volume Psychoanalysis and the Fut, número especial do “Journal of Psychology”, de Nova York, em 1957.]

  3. Há 119 anos em 19/12/1894 começava o julgamento de Dreyfus

    Nassif já postei isso aqui, mas acho pertinente postar de novo, já que hoje se comemoram os 119 anos do início do julgamento do caso Dreyfus, que foi a AP470 da época:

    https://jornalggn.com.br/noticia/zola-para-fazer-ligacao-entre-caso-dreyfuss-e-o-mensalao

    Zola, para fazer ligação entre caso Dreyfuss e o mensalão
    jornalggn.com.br
    seg, 16/09/2013 – 09:24

    Fiódor Andrade
    Dreyfus e a imprensa imunda
    Ref.: O histerismo da mídia e sua razão de ser, em artigo de Hélio Doyle

    É mesmo um caso dreyfus em versão brasileira, com antipetismo no lugar do antissemitismo.

    Veja o artigo clássico de Zola:

    E é um crime ainda terem se apoiado na impressa imunda, terem se deixado defender por toda a canalha de Paris, de modo que é essa canalha que triunfa insolentemente, diante da derrota do direito e da simples probidade. É um crime terem acusado de perturbar a França aqueles que a querem generosa, na vanguarda das nações livres e justas, quando tramaram eles próprios a impudente conspiração para impor o erro ao mundo inteiro. É um crime confundir a opinião pública, utilizar para uma sentença fatal essa opinião pública que foi corrompida até o delírio. É um crime envenenar os pequenos e humildes, exasperar as paixões de reação e de intolerância, abrigando-se atrás de um odioso anti-semitismo, de que a grande França liberal dos direitos do homem sucumbirá, se não for curada. É um crime explorar o patriotismo para as obras do ódio; é um crime, por fim, fazer do sabre o deus moderno, quando toda a ciência humana está a serviço da obra iminente da verdade e da justiça.

    O texto completo em português pode ser lido aqui:

    http://www.omarrare.uerj.br/numero12/pdfs/emile.pdf

    E uma última citação do mesmo texto:

    Já o disse antes, e vou repeti-lo aqui: quando a verdade fica soterrada, ela toma corpo, e ganha tal força explosiva

    que, quando explode, leva tudo consigo.

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    imprensa e judiciário
    ligações perigosas
    denunciar
    Favoritar
    ||
    Source: https://jornalggn.com.br/noticia/zola-para-fazer-ligacao-entre-caso-dreyfuss-e-o-mensalao

    [video:http://www.youtube.com/watch?v=2WhF5nVy03g&list=WLEA60F9B85703E54A align:center]

  4. A saudade que arde. A peleja dos migrantes mexicanos em NY

    Sonhos, realizações, frustrações e tormentas. O que faz com que os migrantes se arrisquem em busca de alguma vida nos Estados Unidos diz mais da América Central do que as estatísticas sobre o continente

    Por Allan da Rosa

    Do Rede Brasil Atual

    Sequestro e tráfico de imigrantes ilegais são rotina na fronteira (GARY WILLIAMS/EFE)

    Spirit of East Harlem – O mural, na Rua 104, é símbolo da diáspora latina em Nova York (CARLOS PRADO/FLICKR/CC)

    Guzmán tem 22 anos e está há dois invernos em Nova York. É Dia das Mães e caminha pelo Harlem latino. Alguns pagam gostosuras para suas coroas ou comem sozinhos, com suas famílias distantes na cabeça. Nas calçadas predomina o verde, vermelho e branco da bandeira mexicana e tendas vendem tacos, chicharrón e quesadillas. A pimenta é a de sempre, mas o que arde é saudade. Guzmán compara com as senhoras que passam e diz que sua mãe é mais bonita. Simpático, pede para não tirar fotos. Ele é mais um jovem entre os milhões de sem-documento nos Estados Unidos e mostra sua felicidade clandestina pela tela do celular.

    São assim os personagens do êxodo mexicano. O telefone de Guzmán conecta Puebla, sua província deixada para trás. A facilidade é espantosa para quem até os anos 1990 gastava muita plata por alguns minutos de conversa. Hoje, até as comunidades rurais mais minguadas do México já têm cabinas de internet lotadas, rodea­das­ de centros comerciais e de câmbio.

    O ciberespaço já foi meio também para organizar passeatas, cursos e festas, ali se traduzem de rezas a hinos de futebol, se ensinam receitas de cozinha e se pressionam autoridades locais: 10% da população mexicana está nos Estados Unidos, 15% da força de trabalho deixou o país e o envio de remessas corresponde a 10% da renda nacional.

    Guzmán mostra pelo celular a família cantando em seu aniversário, as fotos dos brinquedos comprados com o dinheiro enviado. Depois do festejo, restam a gravação e ainda uma velinha virtual que nunca apaga. Quando seleciona as imagens da criançada com as máscaras dos ídolos dos ringues e as caveirinhas do Dia dos Mortos, data insubstituível da cultura mexicana, seu sorriso baixa melancólico. Assim terminam as conversas por Skype, um torneio de lágrimas lá e cá. O clima muda, é hora de arejar.

    Uma loja de artigos de futebol, rara em Nova York, exibe chuteiras e camisas de times e de seleções da América Central. O dono destranca o cadeado para responder sobre o jogo do Puebla e volta ao telejornal com a avalanche de cadáveres degolados e a epidemia de escândalos de corrupção. Mexican Grocery e Mojitos Bar Grill têm seus toldos pomposos e suas calçadas repletas de barracas. Uma igreja tem também sua placa bilíngue: Capilla Evangélica American Spanish Gospel Chapel.

    As esquinas são coalhadas de escritórios para envios de divisas, compra de passagens e recarga de telefones. O La Nacional brilha seu cartaz neon: “más cerca de ti”. A Rua 123 é a principal do East Harlem. Alonga-se até o Harlem negro, onde a Lenox Avenue vai se chamar Malcolm X Boulevard e a Rua 125 tem suas placas com o nome de Martin Luther King. Mexicanos estão em todos os quadrantes, mas aqui é seu centro maior, onde o vocabulário é em spanglish (espanhol com inglês). Políticos, publicitários e comerciantes sabem que daqui a dez anos o espanhol será a língua mais falada da cidade.

    Uma viatura passa lentamente e na calçada uma rapaziada fuma seu porro. Ali ninguém trafica, só consome, e todos ficam atentos. A abordagem que pode exigir os malditos papéis que quase ninguém tem. “Se me pegam, me jogam no presídio”, diz o jovem Andrés, de 22 anos, chapeiro e carregador em um restaurante coreano no Bronx. Desde 2002 o notório stop and frisk (pare e confira) instituiu o “enquadro” (um termo para abordagem policial) a qualquer um que pareça suspeito, e negros e hispânicos somam 86% dos abordados em Nova York.

    Guzmán me acolheu porque fui apresentado por Karla Quiñonez-Ruggiero, presidenta da Adelante Alliance, organização que atua em alfabetização, assistência jurídica e prevenção médica a senhoras com mais de 50 anos. É uma das muitas entidades autônomas dos imigrantes ­mexicanos, entre clubes, comitês, igrejas, associações profissionais e ONGs, que patrocinam festas, abrigam despejados, organizam casórios, passeatas e batalham no campo jurídico por bolsas de estudo.

    O Movimento Justiça Comunitária atua contra ordens de despejo e o crescimento ilegal do preço dos aluguéis. “Os indocumentados não têm cobertura nos hospitais. Passam anos e anos e não veem um doutor, não sabem se têm uma infecção, uma DST. Faltam educação e assistência mínimas. E sobram discriminação nas consultas e exigências nos hospitais, “onde mal te atendem se você falar em espanhol”, diz Karla, que viveu até a adolescência no Distrito Federal, a capital mexicana. Em 1994, ela trabalhou nas bases indígenas de Chiapas. O célebre espírito de solidariedade da região a marcou e a acompanhou quando migrou. Nos últimos anos, puxou também várias campanhas pelo voto nas eleições presidenciais de seu país. “Quase ninguém de nós pode votar porque não tem o bilhete especial que credencia o eleitor, feito apenas no México.”

    Nos últimos anos o Departamento de Segurança Nacional dos Estados Unidos deteve, encarcerou e deportou os teimosos ou apenas recolheu seus cadáveres pela areia do deserto

    Emprego é favor

    Magdalena Gutiérrez saiu de Tlaxcala, na região central do país, ainda nos anos 1990. Desejava regressar o quanto antes e diz que penou tanto de saudade quanto de fome, mas casou e criou nova família. “Trabalhei em limpeza doméstica e em cozinhas de restaurantes. Era menor de idade e recebia quase nada, sempre esperando pelo aumento prometido nas casas e lanchonetes de Manhattan. Trabalhava 12 horas por dia com duas refeições, sete dias por semana”, diz Magdalena, hoje mãe de Adriana Gutiérrez Flores, pequena comerciante e palestrante em eventos culturais. “Quem não tem os papéis sente medo de ser denunciado ou demitido sem levar nada. Estar trabalhando era como um favor e reclamar era como apunhalar os patrões.”

    O imigrante mexicano médio não tem sequer nove anos de estudo, não domina a escrita em espanhol, muito menos em inglês. “De outros países latino-americanos, como Venezuela e Colômbia, as pessoas vêm com mais anos de estudo”, diz Karla. “A educação poderia dar um pouco mais de força às comunidades, principalmente às mulheres que nem terminaram o ensino primário. Mas é difícil se dedicar 16 horas por dia a um trabalho e estudar.”

    A porção maciça de semianalfabetos entre mexicanos migrantes destoa de outro fenômeno, o da saída dos diplomados, na chamada fuga de cérebros – porém, o acesso à educação superior no México também é quase um luxo. Apenas 2% da população frequentou uma pós-graduação e, destes, apenas 3% obtiveram doutorado. Nos últimos 15 anos, fugindo de condições precárias de trabalho, seguiram para os Estados Unidos quatro doutores por dia.

    Travessia

    A pecha de “ilegal” será uma tatuagem, para quem consegue passar pela vigilância da fronteira. Pode ser pelas braçadas no Rio Bravo, que serve de fronteira entre os dois países ao longo do Texas e onde já boiaram tantos cadáveres. Ou após as peregrinações pelos desertos do Arizona ou de Sonora. Se forem hondurenhos ou guate­maltecos, tiveram ainda outras duas ou três fronteiras para atravessar. Ser sequestrado, recrutado ou ven­dido como escravo pelas gangues do caminho, extorquido ou roubado pelos agentes públicos ou ser violada sexualmente são perigos constantes. Tudo irá compor o acordo prévio com os ­“coi­otes”, guias muito procurados.  “Eles são empresários e aventureiros. Só que a realidade deles tem mudado. Os Zetas, grupo criminoso mais brutal do país,­ controlam a rota do sul ao norte do ­México. Todo coiote que viaja no trem tem de pagar pedágio. Senão, morre.

    Espiões sobem nos trens em todo o percurso, vigiando e contando quem está com quem”, diz Alejandro Reyes, escritor que já percorreu os caminhos migrantes.

    Em 2009, pelos dados da Pesquisa sobre Migração na Fronteira Sul, 600 mil guatemaltecos conseguiram ingressar nos Estados Unidos e outros 20 mil foram sequestrados. De 2010 a 2012, 15 mil pessoas pediram abrigo nos albergues cristãos mexicanos, segundo a Casa Sagrada Família, sediada em Apizaco, no estado de Tlaxcala. É considerável o número de crianças e de gays e lésbicas expulsos de suas casas que se arrisca.

    Chegam com diarreia, desidratados ou vomitando água contaminada, cheios de bolhas nos pés, febris por infecções do caminho. “Na Mesoamérica, de onde vem a maioria dos migrantes, há uma tradição camponesa muito forte. Os tratados de livre comércio, a inundação dos mercados com produtos da agroindústria ­norte-americana, a espoliação da terra pelas indústrias extrativistas… Isso tudo destrói formas de vida e empurra os camponeses para as cidades. Mas tem outros motivos, o principal deles a separação das famílias, rasgadas… São muitos os casos de crianças viajando sós à procura de pais que migraram”, conta Alejandro.

    A Rua 123 é a principal do East Harlem. Alonga-se até o Harlem negro. Mexicanos estão em todos os quadrantes da cidade, mas aqui é seu centro maior, onde o vocabulário é o spanglish

    A migração é uma resposta  dos pobres, dos espirrados; uma espora de esperança que muitas vezes acaba no esgoto ou na cadeia. Mas é a essência também de lucrativas e complexas redes de transporte e de armazenamento de mercadorias, de tramas financeiras e logísticas refinadas, o que não escapa à atenção das organizações de migrantes, dos albergues e da vigilância militar. Nos últimos anos a Operação Streamline, puxada pelo Departamento de Segurança Nacional dos Estados Unidos, deteve, encarcerou e deportou os teimosos ou apenas recolheu seus cadáveres pela areia do deserto.

    Mas, seja um caso de pena mínima de dois meses de cadeia ou de alguém mofando esquecido e endividado nas penitenciárias privadas, seja na deportação para a região mexicana de Nogales, onde são jogados à poeira, ou na chegada em farrapos de volta à cidade original, a memória do horror se encavala à audácia de quem não se abate e de novo tentará voltar aos subempregos das capitais do norte, jurando sobreviver à travessia de novo, mesmo se candidatando a uma nova pena de 20 anos nas prisões de lá.

    As histórias do cárcere são repetitivas: pouca ou nenhuma comunicação com a família que fica para trás e as dívidas na conta do presídio para a aquisição de papel higiênico ou de créditos telefônicos. Para acionar familiares, vendem-se travesseiros ou sapatos para os assassinos e estupradores com quem dividem celas. Com muita sorte, consegue-se o dinheiro para a volta à comunidade de origem.

    Há companhias que cobram apenas metade do preço a presos deportados, solidariedade que lembra momentos de generosidade no caminho de ida: entre as pedras e a mira infravermelha que recebiam na cabeça, também vinham água e pães jogados aos trens.

    Alejandro ressalta marcas da viagem: “No trem há algo extraordinário. O vento, o som das rodas de ferro nos trilhos, os galhos batendo na gente, os sons da floresta, o burburinho das cidades e povoados. Contam-se histórias. A palavra que une o passado doloroso e saudoso a um incerto futuro. E há ainda o mais medonho, o silêncio quando o trem para num descampado sem razão aparente. A ansiedade da espera e a possibilidade de que, a qualquer momento, esse silêncio seja quebrado pelos tiros, gritos, prantos de um ataque do crime ou um por um enquadro dos agentes da migração”.

  5. Chuva de Primavera

    Chuva de Primavera
    Silvia Badim

    Do Biscate Social Club

    Então eu parei. Eu parei naquele porto silencioso e foi lá que eu abri as mãos e deixei ir, deixei escorrer pelos dedos as tantas dores que me compunham, aquelas velhas dores já passadas pelo tempo. Lá era minha foz, e eu me fazia mar. Meus rios beijavam, enfim, às águas salgadas, e eu não tinha mais medo de me saber em maresias. Fusão, transformação, e o novo era eu. Eu toda em mutação de novos tempos. Ali, naquele altar de mim, eu me curvei. Era hora de dobrar os meus apegos, e as minhas resistências. Ajoelhei aos pés das águas de Oxum e lá deixei, uma a uma, rumo ao vasto oceano das estrelas. A água gelada me arrepiava os pêlos, e eu estava feliz. Eu estava pronta.

    E foi nesse momento que você chegou, inesperada em rápidas notícias. Foi de repente que você choveu em mim, trazida pelas nuvens que me encontraram ali, bem ali, em frente àquelas águas profundas. Era lá que eu estava quando a travessia chegou ao fim, foi para lá que me levaram os meus rios de tantos tempos. Foi tanta água, tanto caminho e eu tinha me esquecido como era estar fora da correnteza que me tirava o ar. Enfim eu respirei e era dia, dia claro de vento morno a me acariciar os cabelos. Tinha flor e uma sombra para descansar e contemplar o horizonte que se abria rosa no desabrochar da primavera. Céu azul que não previa chuva, mas você me choveu. Chuva fresca de pingos grossos. Chuva de desejos de verão e frescor de folhas verdes.

    Você choveu e eu pude te receber assim, nua, leve, de corpo lavado e alma acalentada pelo encontro das águas. Eu estava só e sem mágoas, eu estava livre e você choveu inteira a me penetrar a pele, minha nova pele. Eu fui sentindo a novidade me preencher quente, meu corpo todo pulsou com você por dentro, meus sentidos acordaram todos em novos tempos e eu tremi de alegria. Fiquei tomada de desejo, paralisada na terra que se enchia em poças largas, férteis de novos dias. Nadei na chuva e em você em mim.

    Desde então você cresce, cresce por dentro e eu sinto vontade, uma vontade imensa de continuar a nadar sem margens e sem contornos, sem limites e sem bússolas, com você grudada em mim. Meus pés estão sentindo a terra molhada por entre os dedos, terra que me penetra os orifícios. E então eu te olho e te sinto e me solto em sorrisos, em tesão, em beleza, em química, em admiração, em olhar profundo, em celebrações, em motivações, em inspirações. Em um porvir de ondas que eu quero todas, em sede de ser.

    [video:http://www.youtube.com/watch?v=D5Y11hwjMNs align:center]

  6. Luis,não sei se e do seu

    Luis,não sei se e do seu conhecimento,já tive cinco comentários censurados,deletados,tesourados etc.Nao sei quais as regras e regulamentos do blog.Nao uso palavras de baixo calão,não uso linguajar de esgoto,não e do meu feitio.Nao sei porque desse procedimento.Poderia mandar me responder?

  7. Não saberia o que dizer se o

    Não saberia o que dizer se o jornalista Luis Nassif ,autor da maior obra(considero assim)do jornalismo brasileiro que e “O Caso Veja”,que tenho encadernada,praticasse censura em seu blog.So pode ser eu mau entendido.Luis,por favor não deixe sem resposta.

  8. Congresso Nacional aprova

    Congresso Nacional aprova Orçamento 2014

    Luciano Nascimento
    Repórter da Agência Brasil

    Brasília – Em sessão extraordinária, que entrou pela madrugada desta quarta-feira (18), o Congresso Nacional aprovou a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2014.  A proposta segue agora para sanção presidencial.  

    O esforço para aprovar a proposta de Orçamento começou na manhã dessa terça-feira (17) com a discussão, na Comissão Mista de Orçamento (CMO), do relatório final da LOA, que foi suspensa por falta de acordo. Os parlamentares retomaram a discussão no começo da noite, concluindo a votação pouco antes da meia-noite.

    Enquanto ocorria a reunião da CMO, o plenário do Congresso também aprovou o Projeto de Lei (PLN) 13/13, que altera o Plano Plurianual (PPA – Lei 12.593/12) 2012-2015, em diversos itens. De acordo com o Regimento Interno, antes de votar o Orçamento, o PPA teria que ser aprovado. Com as duas aprovações, os parlamentares iniciaram a sessão de votação da LOA.

    O relator, deputado Miguel Corrêa (PT-MG), agradeceu o esforço dos parlamentares para aprovar o Orçamento, mas lamentou o que chamou de “receita enxuta”. “Tivemos uma demanda relativa ao tamanho do nosso país, mas com uma receita enxuta, que significa que a distribuição desses valores tivesse um peso muito grande dentro das bancadas”, disse.

    O valor total do Orçamento da União para 2014 é R$ 2,48 trilhões. Do total previsto para o próximo ano, R$ 654,7 bilhões serão destinados para o refinanciamento da dívida pública.

    O salário mínimo previsto para entrar em vigor a partir de 1º de janeiro do ano que vem é R$ 724, aumento de 6,6% em relação ao mínimo atual.

    O montante reservado para as áreas fiscal, da seguridade social e de investimento das empresas estatais, soma R$ 1,8 trilhão, sendo R$ 105,6 bilhões para investimento das empresas estatais federais e R$ 1,7 trilhão para orçamentos fiscal e da seguridade social, dos quais R$ 100,3 bilhões foram destinados para a Saúde (destes R$ 5,16 bilhões em emendas parlamentares individuais e coletivas).

    Para a Educação a previsão de recursos é R$ 82,3 bilhões. O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) receberá R$ 61,7 bilhões. 

    O relatório elevou o investimento público em R$ 900 milhões para o próximo ano e manteve despesas com pessoal. De acordo com a proposta o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), ficou estipulado em 3,8% e a inflação medida pelo Índice Nacional de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA), de 5,8%.

    Apesar de diminuir em relação ao ano passado, quando ficou em 34,8% do Produto Interno Bruto (PIB), a dívida líquida ainda permanece em um patamar alto, estimada em 33,9% do PIB, em 2014. 

    O deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) criticou o montante reservado para o pagamento da dívida pública e defendeu uma auditoria das contas. “É preciso rever a concepção central da peça orçamentária que parece que é um dogma e que significa diminuição do investimento social. Por isso que o PSOL vota contra esta concepção de Orçamento, acordada coma ampla maioria [dos parlamentares], mas que não ajuda em uma perspectiva de país”, disse.

    Os parlamentares aprovaram ainda a inclusão de R$ 100 milhões para o Fundo Partidário, aumentando para R$ 364,3 milhões o valor previsto para 2014. De acordo com a legislação, a maior parte do recurso (95%) do fundo é distribuída de acordo com a proporção de cada partido na Câmara e 5% de forma igual a todos os partidos com registro no Tribunal Superior Eleitoral.

  9. Atenção, por favor!

    Recebi um e-mail de minha cunhada, repassando um suposto script do Luiz ( com z ) Nassif, com o título: ” Desabafo de Luiz Nassif, que desistiu do Brasil. Há palavras pesadas contra o PT e contra todos os brasileiros. Pena que eu não saiba colar para conhecimento de todos. Acredito que deve estar correndo pela internet  e, logo alguns receberão. É algo muito chocante, para quem conhece o comportamento de Nassif. É possível descobrir quem fez essa fraude?

    Marly

  10. PROJETO: ÔNIBUS DA VIDA
    PROJETO: ÔNIBUS DA VIDA Caros amigos (as)  hoje em dia quase nenhuma prefeitura tem projetos, para a população de rua. Não existe abrigos dignos,  não tem acolhimento, e nem atendimento para essa população de rua. Por isso, gostaria de sugerir, para os bons prefeitos o projeto, ÔNIBUS DA VIDA, um grande veículo com um banheiro, barbeiro, assistentes sociais, psicólogos, e religiosos, para que as mesmas ganhem confiança dessa gente, para procurar um jeito de tirar essas pessoas, dessa triste vida. Depois desse primeiro contato a prefeitura poderia estudar o caso, desse morador de rua, e buscar uma maneira inteligente de ajuda-lo. O que não pode, é que os prefeitos não façam nada e não busquem alternativas para ajudar, quem precisa de ajuda. Infelizmente, hoje em dia, essas pessoas. por grande parte dos nossos governantes, são tratadas como lixos humanos, não tem projetos voltados, para mudar esse triste quadro de abandono e descaso. No Brasil se gasta e investe tanto, com outras coisas sem retorno, mas infelizmente, não se investe quase nada, para salvar e recuperar vidas humanas. Uma parte do dinheiro recuperada da corrupção, poderia ser voltada, para ajudar essa gente, que precisa de ajuda. Nós temos vários ônibus parados, que poderiam ser reformados e doados para as prefeituras, e instituições de caridade, que poderiam ser utilizados nesse projeto, mas infelizmente, falta boa vontade e humanidade, por parte de vários políticos.  Atenciosamente: Cláudio José, um amigo do povo e da paz. 

  11. Milho, censura e corrupção na ciência
    Milho, censura e corrupção na ciência Em 2012, uma equipe científica liderada por Gilles-Éric Séralini publicou um artigo mostrando que ratos de laboratório alimentadas com milho transgênico da Monsanto durante toda a sua vida desenvolveram câncer em 60-70% (contra 20-30% em um grupo de controle), além de problemas hepático-renais e morte prematura.

    Tradução: ADITAL

    Agora, a revista que publicou o artigo se retratou, em outra amostra vergonhosa de corrupção nos âmbitos científicos, já que as razões apresentadas não são aplicadas a estudos similares da Monsanto. O editor admite que o artigo de Séralini é sério e não apresenta incorreções; porém, os resultados não são conclusivos, algo característico de uma grande quantidade de artigos e é parte do processo de discussão científica.

    A retratação aconteceu após a revista ter contratado Richard Goodman, ex-funcionário da Monsanto, como editor especial. É o corolário de uma agressiva campanha de ataque contra o trabalho de Séralini, orquestrado pelas transnacionais. O caso recorda a perseguição sofrida por Ignacio Chapela, quando publicou na revista Natureque havia contaminação transgênica no milho camponês de Oaxaca.

    Em outro contexto, mas sobre o mesmo tempo, Randy Schekman, galardonado com o Nobel de Medicina 2013, ao receber o prêmio chamou a boicotar as publicações científicas, “como Nature,Science e Cell” (e poderia ter incluído a que agora retratou a Séralini) pelo dano que estão causando à ciência, ao estar mais interessados em impactos midiáticos e lucros do que na qualidade dos artigos. Schekman assegurou que nunca mais publicará nessa revista e chamou a publicar em revistas de acesso aberto, com processos transparentes. Soma-se a outras denúncias sobre a relação incestuosa das indústrias com esse tipo de revista, para conseguir a autorização de produtos através de publicar artigos científicos.

    O estudo de Séralini é muito relevante para o México porque os ratos foram alimentados com milho 603 da Monsanto, o mesmo que as transnacionais solicitam plantar em mais de um milhão de hectares, no norte do país. Caso seja aprovado, esse milho entraria massivamente na alimentação diária das grandes cidades do país, cujas ‘tortillerías’ (que fabricam tortilhas, feitas por milho), que se abastecem principalmente nesses Estados. Como o México é o país onde o consumo humano direto de milho é o mais alto do mundo e durante toda a vida, o país se converteria em uma repetição do experimento de Séralini, com gente em vez de ratos, com altas probabilidades de desenvolver câncer em alguns anos, em um lapso de tempo suficiente para que o governo tenha mudado e as empresas neguem sua responsabilidade, alegando que foi há muito tempo e não se pode demonstrar o milho transgênico como causa direta.

    O artigo de Séralini foi publicado na revista Food and Chemical Toxicology após uma revisão de meses por outros cientistas. A horas de sua publicação e em forma totalmente anticientífica (não podiam avaliar os dados com seriedade nesse tempo) cientistas próximos à indústria biotecnológica começaram a repetir críticas parciais e inexatas, curiosamente iguais, já que provinham de um tal Centro de Meios de Ciência, financiado pela Monsanto, pela Syngente, pela Bayer e por outras multinacionais.

    Para retratar o artigo, agora se alega que o número de ratos do grupo de controle foi muito baixo e que os ratos Sprague-Dawley usadas na experimentação têm tendência a tumores. Omitem dizer que a Monsanto usou exatamente o mesmo tipo e a mesma quantidade de ratos de controle em uma experimentação publicada em sua revista, em 2004; porém, somente por 90 dias, reportando que não havia problemas, conseguindo a aprovação do milho Monsanto 603. Séralini prolongou a mesma experimentação e o ampliou, durante toda a vida dos ratos e os problemas começaram a aparecer a partir do quarto mês. Fica claro que a revista aplica duplo padrão: um para a Monsanto e outro para os que mostram resultados críticos.

    A equipe de Séralini explicou que o número de ratos usados é padrão em OCDE em experimentos de toxicologia; porém, para os estudos de câncer são utilizados mais. Porém, seu estudo não buscava câncer, mas possíveis efeitos tóxicos, o que ficou amplamente provado. O maior número de ratos em estudos de câncer é para descartar falsos negativos (que haja câncer e nãos e veja); porém, nesse caso, a presença de tumores foi tão grande que, inclusive, para essa avaliação seria suficiente. Desde o início, sua equipe também assinalou que mais estudos específicos de câncer devem ser feitos.

    Em âmbito global, há vários comunicados assinados por centenas de cientistas defendendo o estudo de Séralini; porém, no México, a Cibiogem (Comissão de Biossegurança), fazendo jus à sua falta de objetividade e compromisso com a saúde da população, publica somente o lado da controvérsia que favorece às transnacionais, ignorando as respostas de inúmeros cientistas independentes.

    Isso é mais preocupante já que o governo afirma que a liberação do milho transgênico no México será decidido por critérios científicos. No entanto, consulta somente cientistas como Francisco Bolívar Zapata, Luis Herrera Estrella, Peter Raven e outros que têm conflitos de interesse devido à sua relação com a indústria biotecnológica. O tema do milho no México excede os aspectos científicos; porém, qualquer consulta deve ser aberta e com cientistas que não tenham conflitos de interesse. Por exemplo, levar em consideração os documentos da Unión de Científicos Comprometidos con la Sociedad, apoiados por mais de 3 mil cientistas em âmbito mundial

    [Publicado originalmente em espanhol em La Jornada].

  12. Potências irritadas com o êxito da política industrial do Brasil

    MEDIDAS ANTICÍCLICAS IRRITAM GRANDES POTÊNCIAS – Êxito da política econômica anticíclica de Dilma Rousseff, utilizada desde 2011 e que tem como pilares fundamentais a preservação do pleno emprego, o aumento da massa salarial e a redução das desigualdades sociais, bem como o fomentar da indústria nacional, começa a incomodar a União Europeia, os EUA e o Japão. 

    Que bom!

    Vão agora processar o Brasil na OMC em função da corretíssima política econômica empreendida por Dilma. Pois que processem. Isto é a prova de que estamos no caminho certo.

     

    Europa exige fim de redução de IPI nos carros e leva Brasil à OMC

     

    No primeiro processo contra o Brasil em anos, Bruxelas acusa Brasil de protecionista e de dar apoio “proibido” às indústrias nacionais

     

    O principal pilar da estratégia industrial e de exportação do governo Dilma Rousseff sofre um duro abalo. Hoje, a União Europeia anunciou que acionou os tribunais da Organização Mundial do Comércio contra a política de incentivos fiscais dados pelo Brasil, acusando as medidas adotadas de serem protecionistas e afetando os interesses das montadoras europeias.

    Há anos os governos europeus e de outras regiões do mundo atacam as barreiras estabelecidas pelo Brasil. Mas, agora, esse será o primeiro questionamento nos órgãos legais da OMC contra o País desde o início da crise mundial, que eclodiu em 2008.

    A disputa aberta é contra as políticas de incentivos fiscais dados pelo Brasil a diversos exportadores, como isenção tributária em vários setores. Para a Europa, essa ajuda é “proibida” pelas regras internacionais do comércio e quer que o governo Dilma retire essas iniciativas. Mas é setor automotivo que está no centro da nova crise.

    O governo brasileiro insistiu por anos que suas medidas eram legais. Mas, agora, o governo Dilma tem o centro de sua política industrial questionado.

    “Nos últimos anos, o Brasil aumentou o uso de um sistema de impostos que é incompatível com suas obrigações na OMC, dando vantagens a indústrias domésticas e isolando elas da concorrência”, declarou a UE. “Isso é feito principalmente por isenções e redução de impostos”.

    Em setembro de 2011, o governo estabeleceu um isenção de IPI para carros de montadoras que se comprometam a investir no País e comprem peças locais. Em 2012, o plano foi renovado por mais cinco anos, o que deixou Bruxelas, Washington e Tóquio irritados. Governos de países ricos alertavam já nos últimos meses que o discurso original do governo brasileiro em 2011 era de que esses incentivos seriam temporários. Agora, irão durar até 2017. Incentivos fiscais também foram dados para computadores, smartphones e semicondutores.

    O governo brasileiro sempre alegou que as medidas beneficiavam montadoras europeias, justamente contra a concorrência asiática. Mas, segundo Bruxelas, as medidas adotadas por Dilma tem afetado as exportações do bloco. Em 2011, 857 mil carros foram importados ao mercado brasileiro. Em 2013, esse número caiu para 581 mil até outubro.

    Num primeiro momento da disputa, europeus e brasileiros tentarão encontrar uma solução sem a participação de árbitros da OMC. Os governos terão 60 dias para chegar a uma “solução pacífica”. Mas, tradicionalmente, casos abertos em Genebra dificilmente são resolvidos nesse período.

    http://blogs.estadao.com.br/jamil-chade/2013/12/19/europa-abre-processo-contra-incentivos-fiscais-no-brasil/

  13. Gaia e a Astronomia do Século XXI

    Satélite lançado hoje ao Espaço promete revolucionar nosso conhecimento acerca da Galáxia, gerando dados científicos de qualidade excepcional sobre mais de 1 bilhão de estrelas.
     

    Créditos: ESA

    Por H. J. Rocha-Pinto

    Hoje, às 6:12 da manhã, hora local na Guiana Francesa, partiu para o Espaço, a bordo de um foguete Soyuz, o satélite científico Gaia, da Agência Espacial Europeia (ESA). O lançamento foi realizado pela companhia Arianespace, líder do mercado mundial de lançamento de satélites e, atualmente, a única capaz de levar ao espaço uma ampla variedade de carga para todos os tipos de órbitas circum-terrestres, incluindo missões de abastecimento para a Estação Espacial Internacional.

    Poucos minutos após o anúncio de que Gaia tinha sido posto em órbita, a presidente da Arianespace, Stéphane Israël, declarou que a empresa está orgulhosa de lançar com sucesso uma terceira missão científica na ESA apenas neste ano, garantindo aos países europeus acesso independente ao Espaço.

    O satélite Gaia teve seu planejamento iniciado em 1993, após o sucesso da missão Hipparcos, também da ESA, lançado em 1989. Ambos os satélites, Hipparcos e Gaia, foram concebidos como satélites astrométricos, artefatos explicitamente especializados na medição precisa da distância angular entre estrelas. São, por isso, bastante diferentes de satélites astronômicos que operam como grandes telescópios, tal como o Hubble, cujo trunfo é a grande capacidade de coletar a luz de objetos astronômicos fracos, sejam planetas, estrelas, nuvens de gás interestelar ou galáxias.

    Essa informação é o ingrediente chave para que a posição de uma estrela na esfera celeste possa ser representada por coordenadas celestes precisas e todo um conjunto de propriedades físicas seja estimada. Por exemplo: a oscilação periódica anual das coordenadas da estrela, devido ao movimento da Terra em torno do Sol, é tanto maior quanto mais próxima de nós estiver a estrela, o que nos permite medir sua distância por uma triangulação similar à empregada por agrimensores. Também é possível medir a velocidade da estrela, pela comparação entre suas coordenadas em épocas distintas.

    Representação artística do Gaia no Espaço. Créditos: ESA/ATG medialab e ESO/S. Brunier

    Hipparcos foi lançado em 1989, um ano antes do Hubble, mas teve uma missão bem mais curta: 5 anos, ao fim dos quais produziu dados astrométricos de qualidade excepcional. Gaia foi concebido para usar os conceitos da missão Hipparcos com tecnologia de ponta para produzir um catálogo de posição com pelo menos 50 vezes mais estrelas e com mil vezes mais precisão do que aquele produzido pelo Hipparcos.

    Sua missão também durará um mínimo de 5 anos. Além de posições e distâncias para cerca de 1 bilhão de estrelas, os instrumentos do Gaia permitirão o cálculo da velocidade espacial, fluxo de radiação em diferentes partes do espectro eletromagnético e composição química da maioria dessas estrelas, possibilitando a criação de um mapa tridimensional de grande parte de nossa Galáxia. Através do Gaia, os cientistas pretendem compreender melhor a estrutura, formação e evolução da Via Láctea, bem como dar contribuições significantes para nosso conhecimento acerca de planetas extrassolares, do Sistema Solar, de outras galáxias e até mesmo da Física Fundamental.

    Uma vez que o Gaia corresponde a um salto de qualidade muito grande com respeito ao satélite similar que o antecedeu, seus resultados devem dar início a um novo e empolgante ciclo de descobertas. Em conjunto com outros instrumentos astronômicos recém-construídos ou que devem começar a operar nos próximos 5 anos, Gaia dá a partida efetiva para a Astronomia do século XXI.

  14. Atlético perde para o Raja e está fora da final

     

    Irreconhecível, Atlético perde para o Raja e está fora da final
    O campeão da América, dono de um elenco de grandes jogadores, sucumbiu diante da maior zebra da história do torneio

    iG Minas Gerais | THIAGO PRATA |

    18/12/2013 19:34:32

    Marrakech, Marrocos. O sonho de conquistar o mundo acabou da pior forma possível. A eliminação do Atlético nas semifinais da competição, disputada no Marrocos, nesta quarta-feira, foi um vexame; um dos maiores dos 105 anos do clube. O campeão da América, dono de um elenco de grandes jogadores, de nível de seleção brasileira, sucumbiu diante da maior zebra da história do torneio: o Raja Casablanca (MAR). Para uma equipe que obteve um milagre contra o Tijuana (MEX), reverteu desvantagens que muitos davam como irreversíveis ante Newell’s Old Boys (ARG) e Olimpia (PAR), e protagonizou um futebol-arte nas duas últimas temporadas, a atuação na derrota por 3 a 1, para o time da casa, pode ser rotulada com os piores adjetivos possíveis: vergonhosa, pífia, sofrível, apática. O pensamento do time já começou errado antes mesmo do Mundial começar, quando colocava o Monterrey (MEX) como adversário nas semifinais. Os jogadores e o técnico Cuca se esqueceram que outros clubes estavam disputando o torneio e poderiam surpreender. E foi isso o que aconteceu. O Atlético não enfrentou o Monterrey. E não vai encarar o Bayern de Munique (ALE). Tudo por conta da incompetência e do futebol medíocre contra um time que fez por merecer eliminar o Auckland (NZE), o Monterrey e o Galo, e faz por merecer chegar à decisão diante do esquadrão alemão. Se houve um clube grande nesta quarta, ele foi o Raja. Um Atlético apático em termos defensivos, perdendo oportunidades de ouro na frente e sentindo a pressão de se jogar fora de casa. Todos os erros que o Galo cometeu em muitas de suas derrotas no ano, longe de seus domínios, foram reproduzidos ao longo do duelo em Marrakech. Era sofrível ver a quantidade de erros de passe dos alvinegros. E não era um defeito de um ou dois jogadores, mas de quase toda a equipe. Quem destoava eram o goleiro Victor e o meia-atacante Fernandinho. Principal válvula de escape do Atlético, Fernandinho fez uso de suas maiores virtudes para envolver a defesa do Raja: a velocidade e a habilidade. Somente com faltas é que os marroquinos conseguiam impedir os avanços do camisa 11. Por sua vez, os atacantes Tardelli e Jô eram figuras apagadas. Quando o sistema defensivo atleticano se abriu, Iajour apareceu bem na frente para chutar no canto direito de Victor, no início do segundo tempo, e incendiar a torcida local: 1 a 0. Depois que Fernandinho foi derrubado próxima à área adversária, Ronaldinho empatou. Com a categoria de sempre em cobranças de falta, acertou o canto esquerdo de Askri. A bola ainda bateu na trave antes de morrer no fundo do gol: 1 a 1. Só que o Galo continuou a cometer erros infantis. O segundo tento do Raja veio num lance duvidoso. O árbitro viu pênalti do zagueiro Réver. Moutaouali tratou de converter e recolocar o time da casa em vantagem. E no finalzinho, para sacramentar a atuação de gala do novo “Mazembe”, Mabide anotou o terceiro tento.

     

  15. O deus destino é cruel!

    Renata Bueno, Pizzolato e as ironias da vida

    Enviado por on 19/12/2013 – 1:23 pm 7 comentários

    Renata Bueno, deputada brasileira no Parlamento Italiano, ganhou alguma projeção nacional há pouco tempo, quando tentou se vender como alguém que teria autoridade para descobrir informações sobre Henrique Pizzolato, condenado na Ação Penal 470, que está foragido na Itália.

    A moça deu declarações estapafúrdias à imprensa, de que Pizzolato teria conseguido passaporte na Espanha, e de que um “grupo forte” apoiaria Pizzolato. Tudo invenção de sua cabeça. Pizzolato entrou na Itália com um documento comum emitido pelo Consulado do Paraguai. E não tem grupo forte nenhum lhe apoiando. Tem, sim, um sobrinho na Itália, engenheiro da Ferrari, que é simplesmente um dos executivos mais bem pagos do mundo na sua área de atuação. Se este parente está lhe ajudando de alguma forma, não sei.

    Vamos às ironias mencionadas no título do post.

    Renata Bueno está sendo investigada no STF, junto com seu pai, o deputado federal Rubens Bueno, líder do PPS na Câmera e anti-petista raivoso, por crimes relacionados a falsidade ideológica e caixa 2 de campanha eleitoral.

    Trecho de notícia publicada em julho deste ano, no jornal Gazeta do Povo, o principal jornal do Paraná.

    O material divulgado pelo STF diz que “em fevereiro de 2012 foi instaurado inquérito para apurar delito de falsidade ideológica supostamente cometido por Renata Bueno, filha de Rubens Bueno, candidata ao cargo de vereador em Curitiba. O crime estaria associado a acusação de realização de esquema de “caixa 2” de campanha. Em maio deste ano o Ministério Público Federal, visando o aprofundamento das investigações, solicitou a realização de diligências que envolveriam também o deputado federal Rubens Bueno.

    Até aí tudo bem. Bueno é inocente até prova em contrário. A maior ironia vem agora.

    O marido da deputada, Juliano Borghetti, envolveu-se recentemente numa violenta escaramuça entre torcidas num jogo entre Vasco e Atlético Paranaense, e, com mandado de prisão expedido, não foi encontrado pela polícia.

    img_1_38_1838

    Ironia das ironias: a polícia acredita que ele esteja na Itália…

    E agora, a deputada que tão rápido se aprestou a trazer informações sobre o foragido petista Pizzolato, hoje na Itália, poderá também auxiliar jornalistas a colher notícias sobre o seu próprio marido!

    Julio e Renata

    Juliano e Renata

    PS: Borghetti enviou nota à imprensa dizendo que não fugiu (ainda) para a Itália. Bem, sempre haverá tempo para isso… Parece que ele já se entregou à polícia.

    – See more at: http://www.ocafezinho.com/2013/12/19/renata-bueno-pizzolato-e-as-ironias-da-vida/#sthash.2UpV0Kpr.dpuf

    Renata Bueno, Pizzolato e as ironias da vida

    Enviado por on 19/12/2013 – 1:23 pm 7 comentários

    Renata Bueno, deputada brasileira no Parlamento Italiano, ganhou alguma projeção nacional há pouco tempo, quando tentou se vender como alguém que teria autoridade para descobrir informações sobre Henrique Pizzolato, condenado na Ação Penal 470, que está foragido na Itália.

    A moça deu declarações estapafúrdias à imprensa, de que Pizzolato teria conseguido passaporte na Espanha, e de que um “grupo forte” apoiaria Pizzolato. Tudo invenção de sua cabeça. Pizzolato entrou na Itália com um documento comum emitido pelo Consulado do Paraguai. E não tem grupo forte nenhum lhe apoiando. Tem, sim, um sobrinho na Itália, engenheiro da Ferrari, que é simplesmente um dos executivos mais bem pagos do mundo na sua área de atuação. Se este parente está lhe ajudando de alguma forma, não sei.

    Vamos às ironias mencionadas no título do post.

    Renata Bueno está sendo investigada no STF, junto com seu pai, o deputado federal Rubens Bueno, líder do PPS na Câmera e anti-petista raivoso, por crimes relacionados a falsidade ideológica e caixa 2 de campanha eleitoral.

    Trecho de notícia publicada em julho deste ano, no jornal Gazeta do Povo, o principal jornal do Paraná.

    O material divulgado pelo STF diz que “em fevereiro de 2012 foi instaurado inquérito para apurar delito de falsidade ideológica supostamente cometido por Renata Bueno, filha de Rubens Bueno, candidata ao cargo de vereador em Curitiba. O crime estaria associado a acusação de realização de esquema de “caixa 2” de campanha. Em maio deste ano o Ministério Público Federal, visando o aprofundamento das investigações, solicitou a realização de diligências que envolveriam também o deputado federal Rubens Bueno.

    Até aí tudo bem. Bueno é inocente até prova em contrário. A maior ironia vem agora.

    O marido da deputada, Juliano Borghetti, envolveu-se recentemente numa violenta escaramuça entre torcidas num jogo entre Vasco e Atlético Paranaense, e, com mandado de prisão expedido, não foi encontrado pela polícia.

    img_1_38_1838

    Ironia das ironias: a polícia acredita que ele esteja na Itália…

    E agora, a deputada que tão rápido se aprestou a trazer informações sobre o foragido petista Pizzolato, hoje na Itália, poderá também auxiliar jornalistas a colher notícias sobre o seu próprio marido!

    Julio e Renata

    Juliano e Renata

    PS: Borghetti enviou nota à imprensa dizendo que não fugiu (ainda) para a Itália. Bem, sempre haverá tempo para isso… Parece que ele já se entregou à polícia.

  16. Serra desiste de desistir

    Fonte: Conversa Afiada

    Saiu no Globo:

    http://oglobo.globo.com/pais/serra-desconversa-sobre-sucessao-presidencial-11113485

    CURITIBA. O ex-governador de São Paulo, José Serra, indicou nesta quinta feira, em Curitiba, que ainda não teria desistido da candidatura à Presidência pelo PSDB. Na cidade para receber a medalha da Ordem do Pinheiro, o tucano saiu pela tangente quando questionado se havia desistido da corrida à sucessão presidencial.

    – Só quis dizer a quem acha que precisa esperar para anunciar a definição (do candidato) que não há necessidade nenhuma disso -, afirmou, quando questionado sobre postagens feitas por ele esta semana em redes sociais, quando disse que os que defendem a candidatura de Aécio Neves devem fazer a indicação “sem demora”.

  17. Pipocou !!!!

    Segundo o Stanley  Burburinho e o Brasil 247, a “ministra”  rosa weber não quis assumir o inquérito do trensalão e o  repassou ao ministro Marco Aurélio Mello.

    A “ministra” esta lá, é muito bem paga, … tem um monte de aspone,… pra recusar um processo. Processo que esta embasado em provas coletadas no Brasil e na Suiça, alem da  delação premiada dos diretores da Siemens,… então ela não teria como absolver na relatoria. 

    Se isso for verdade, é a desmoralização completa dessa corte de fantoches, com 2 ou 3  que podem ser chamados de JUÍZES.

     

     

  18. Timor Leste paga contas de médicos cubanos

    … na Guiné Bissau ! Duvida?

     

    Aqui: 

     

    http://www.timordigital.com/noticias.php?noticia=1013093

     

    A Guiné Bissau disputa pesadamente com alguns outros países qual é o país mais pobre do planeta, talvez no título “failed state”. E o Timor Leste faz parte (ou fazia, depois dessa notícia) desse grupo de países. 

     

    A Guiné Bissau, ex-colônia portuguesa, como o Brasil, tem se tornado recentemente uma espécie de parada de traficantes de drogas que chegam de lancha da América do Sul com destino à Europa, entre outras atividades. 

     

    É bem verdade, que a dívida é um trocado, qualquer cidadão de país mais desenvolvido conseguiria pagar também, mas é interessante ver que um país pobre está ajudando outro mais pobretão ainda. 

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