Jornal GGN – No momento de ameaças às instituições democráticas, a Associação dos Advogados e Advogadas pela Democracia, Justiça e Cidadania (ADJC) reúne juristas, políticos e intelectuais no seu 4º Seminário Nacional, que discutirá a defesa do Estado de Direito nesta sexta-feira e sábado, 10 e 11 de julho. Em decorrência da pandemia do novo coronavírus, o encontro será virtual e transmitido ao vivo nas redes sociais da entidade.
A primeira mesa do Seminário “Em Defesa da Vida, da Democracia e da Constituição”, será aberta nesta sexta-feira, às 18h, pela ex-presidenta da Associação Brasileira de Advogados Trabalhistas (Abrat), Silvia Burmeister.
Em seguida, às 18h30, participam do debate o ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes; o governador Flávio Dino (PCdoB-MA); e o presidente do Conselho Federal Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Fellipe Santa Cruz. A mediação será do ex-deputado constituinte e coordenador nacional da ADJC, Aldo Arantes.
No sábado, às 9h, o evento continua com a mesa “Aspectos Jurídicos da Luta em Defesa da Vida, da Democracia e da Constituição”, com coordenação da presidenta da Comissão de Direito Sindical da OAB-CE, Jane Calixto. A segunda mesa do dia reunirá os constitucionalistas Lênio Streck, Martônio Mont’Alverne, Marcelo Cattoni, Marcelise Azevedo e Pietro Alarcon.
Para Aldo Arantes, o seminário ocorre num momento em que “os advogados têm papel cada vez mais relevante” no cenário nacional, diante das ameaças às instituições democráticas.
“Vivemos sob uma crise de diversas dimensões – sanitária, política, econômica e social. Por conta de um governo genocida, o Brasil tem mais de 60 mil mortos e mais de1,6 milhão de pessoas infectadas pelo coronavírus”, afirma Aldo. “O governo está se isolando enquanto diversos setores se movimentam, por meio de manifestos e iniciativas”, disse Aldo.
A ADJC surgiu em 2016, em meio à luta para barrar o golpe contra a ex-presidenta Dilma Rousseff e “agora denuncia e enfrenta a escalada autoritária do governo Jair Bolsonaro”, afirmou a entidade e nota.
De acordo com Aldo, a ADJC tem papel fundamental no momento político atual. “Há muito mais condições hoje para que a luta pela democracia ocupe centralidade no debate. Os advogados e a ADJC têm um papel a cumprir”, completou.
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