Grande demais pra quebrar

 

Grande demais pra quebrar…

nota inicial – a bem da democracia, da ética, e do atual estágio das tratativas, faço um apelo público para que ou o governo de Dilma, ou o sr Abílio Diniz se distanciem – que ele abdique temporariamente da sua cadeira no Conselho de Gestão – até que o equacionamento do setor a ele ligado se defina.

Afinal, será que interessa ao BRASIL, às suas inúmeras regiões metropolitanas e seus milhões de famílias, será que interessa ao país ver uma rede Carrefour quebrar ?

De imediato acho que posso dizer com relativa tranquilidade que não. Mas então, qual seria a melhor solução para o enrosco em que o SETOR e seus empresários nos meteram, em especial nestas últimas duas décadas ?

Há sim muito mais do que um jogo privado de interesses envolvidos. Fora da preservação da boa concorrência, dando chances para que a “evolução natural” aconteça, independente de eventuais desequilíbrios conjunturais, há pontos como:

Há aspectos que envolvem a  segurança da nossa economia e das contas externas por ex., porque convenhamos, não é fácil ao país – nem seguro – vê-lo trabalhar o ano inteiro pra depois ter BOA PARTE deste esforço remetido quase que no todo pra estrangeiros – estrangeiros que aqui, em épocas diversas, aportaram SIM muito pouco dinheiro e emprego ..ou pior, ter que ver, por qualquer outra razão que seja, ver o país ser levado a reboque de decisões (tipo importação/produção/terceirização externa etc) tomadas por agentes estrangeiros ao sabor de seus próprios interesses (nacionais, públicos e privados).

Doutro lado, e não menos grave, não é nada saudável ajudarmos a desenhar um quase que monopólio aonde tanto o Estado, como governos, poderes constituídos nas três esferas, fornecedores, consumidores, sindicatos, concorrentes, inúmeros outros setores e a própria democracia correm o risco de se saírem ainda mais enfraquecidos pelo poder econômico dado a poucos.

..e o que dizer ainda de permitirmos que esta transação se faça com aval do governo, tendo como beneficiário direto somente um ou outro BANQUEIRO (BMG-Panamericano) e/ou empresário já do ramo, tudo com juros subsidiado, cujo diferencial será PAGO pelo povo ..e isso pra dinamitar empregos ?.

Há décadas que assistimos dum lado o império de Abílio Diniz e doutro, o do Carrefour crescerem, crescerem em grande parte SIM por aquisição, não por organicidade como dizem. Há anos que vemos Monsieur Abiliô sentar-se em cadeira de visão privilegiada junto a inúmeros governos, e isso desde os militares. ..e claro, tudo isso não foi só por amor a pátria não, evidente.

Há anos vemos o setor ser encolhido, aglutinado, perigosamente concentrado em poucos que, em seu devido tempo, não nos pareceram ser tão leais aos interesses públicos por eles hoje lembrados ..tipo quando Monsieur Abiliô VENDEU o seu “patriotismo” aos franceses da Casino sem pestanejar ..ou tipo ainda quando vimos este setor pressionar enormemente as Instituições a ponto de detonar empresários e empregos aos quais em tese não lhe são, ou NÃO deveriam lhe ser afeitos, tipo com o ATACADO (com oferta ostensiva, ofensiva ao consumidor, e bem sucedida, que as redes fizeram junto ao Atacadão e Assai em SP por ex), ou em alterarem a LEI pra se permitirem vender também combustível e/ou remédios ..pior ainda, como com as recentes ações quando vimos o Pão de Açúcar MATAR os concorrentes por fagocitose, quando lhes prometeu sombra e água fresca, na verdade cadeira e ações, falta de concorrência, nas sociedades com as redes Ponto Frio e Casas Bahia..

e que se dane a concorrência, devem ter pensado ??!!

..triste agora constatar, para os personagens hoje em litígio, que esta ganância em quererem-se comprar o MUNDO pode agora, pelo julgo de homens públicos RESPONSÁVEIS, pode ser efetivamente o fiel da balança que impedirá que tais tratativas sigam adiante

bem  ..a esta altura, se me fiz entender, penso que pelo texto da pra concluir que:

1.que NÃO interessa ao país perder um personagem, um player do porte dum Carrefour.

2.NÃO é correto usarmos dinheiro publico pra subsidiar e alavancar LUCRO pra poucos e ainda torrar empregos.

3.NÃO é saudável ao setor continuar se concentrando.

4.é extremamente arriscado pra a economia e a segurança do país sermos omissos e não agirmos via Estado para que um bom equacionamento seja dado.

5.chega a ser inconsequente como NAÇÃO permitirmos que um setor inteiro, de grande espectro e importância, seja dado a controle de estrangeiros.

Diante do exposto, e pela combinação destas conclusões, penso que outras ações poderiam ser levadas à mesa para reflexão de nossas autoridades que ainda guardam algum tipo de consciência, por exemplo:

-que o ESTADO brasileiro assuma sozinho, ou em sociedade, o controle da rede Carrefour no Brasil, ao menos até que algum interessado em sua parte apareça  ..desde que este interessado NÃO queira de viabilizar com juros subsidiado e mais, que em hipótese alguma seja dado a ele o direito de transferência futura do controle para à rede Casino/Pão de Açúcar e empresas coligadas.

-a bem do país que o Estado auxilie e se posicione nas tratativas que envolvem a rede Casino e o Grupo Pão de Açúcar

..e a Monsieur Abiliô uma lembrança, a de que quando jogamos às vêzes ganhamos, noutras, perdemos.

..recordar também é viver

Nos anos 80/90 o BRASIL enfrentava um surto “estaguinflacionário” motivado principalmente pelo choque do petróleo e pela constante crise do Balanço de Pagamentos (esta que foi explorada ao caroço pra nos enfraquecer, principalmente pelos EUA e seus agentes) ..e quem não se lembra de alguns empresários que foram DESTRUÌDOS desde aqueles tempos, da profusão de redes que tínhamos pelo comércio e que hoje desapareceu ? ..sim, faz parte do jogo dirão alguns ..verdade  ..mas eu retrucaria tb lembrando que ao menos à época (proporcionalmente) o setor tinha mais empregos e MAIS empresários, não ?

e pra refletir..

Quase que todo dia critico esta “despolítica” econômica que vemos desde a implantação do Plano Real, uma previsível e monocórdica que se utiliza de um instrumento para o combate de inúmeros males  ..instrumento este, o juros básico, que na imensa maioria das vezes mais acumulou problemas do que nos trouxe de soluções VERDADEIRAS ..e diante disso eu gostaria de repetir  um comentário que fiz aqui mesmo ontem, neste BLOG, quando o tema era INFLAÇÃO e o relatório do BC que previa que ela aumentaria proximamente, lá eu disse..

“..evidente  ..senão como ele iria justificar mais um aumento de juros que custará pra mais, no mínimo,  de R$ 5 BILHÔES ao país/ano ?  ..ou isso, ou impor aos companheiros que apostaram junto, prejuízo no futuro  ..isso não! pensaram e fizeram

..e enquanto isso  ..controle do crédito  ..aperto maior e esclarecimento sobre o uso do cartão  ..da prestação de bolso embutindo juros de agiota  ..da exigência pela divulgação de regras de juros no comércio (CDC)  ..de se coibir prestação a perder de vista ..de se impor mais máquinas de consulta e respeito às regras no comércio ..de se combater cartel ..ou mesmo de se permitir que venda a VISTA sofra desconto frente as a prazo e/ou no cartão

..todas medidas que iriam ferir o amigo ABILIO  ..enquanto isso tudo fica esquecido

sei sei… já entendi o final”

será que com este último raciocínio, e apesar das outras justificativas, será que eu consigo deixar claro de o porque eu achar que a concentração do PODER na mão de poucos é um perigo ?

Abaixo segue esquema societário publicado pela ROLHA ..esquema este que não deixa claro quem são os verdadeiros personagens que estão por traz das nomenclaturas, pois ontém mesmo L.Nassif disse que quem comandará o Carrefour BR de fato, se o governo decidir financiar esta excrescência, este CRIME contra a economia, serão o banco BTG/Panamericano e Monsieur ABILIÔ

fonte :http://www1.folha.uol.com.br/mercado/936347-casino-diz-que-abilio-diniz-ignora-etica-e-age-de-forma-ilegal.shtml

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