Greve dos petroleiros atinge 50 unidades da Petrobras

Total de grevistas chega a 17 mil; trabalhadores de três plataformas da Bacia de Campos aderiram à paralisação

Petroleiros paralisam atividades por tempo indeterminado. Foto: Reprodução/FUP

Jornal GGN – Chegam a 50 as unidades da Petrobras que aderiram à greve promovida pela Federação Única dos Petroleiros (FUP) e seus sindicatos desde o último sábado (01/02).

Petroleiros de outras três plataformas da estatal na Bacia de Campos aderiram à paralisação – ao todo, trabalhadores de 17 unidades na região estão de braços cruzados. Segundo comunicado divulgado pela FUP, o total de trabalhadores do Sistema Petrobrás envolvidos já supera os 17 mil, distribuídos por 12 estados do país.

A Comissão de Negociação Permanente, que desde a tarde de sexta (31/1) ocupa uma sala no edifício-sede da Petrobras, e permanece à espera de um retorno efetivo da Petrobrás quanto às demandas da categoria.

A comissão é formada por Deyvid Bacelar, Cibele Vieira, Tadeu Porto e José Genivaldo da Silva, da FUP, e Ademir Jacinto, do Sindiquímica-PR.  Segundo Bacelar, “ainda não houve nenhum movimento da direção da empresa para negociar conosco, o que reivindicamos desde o início da ocupação”.

Sobre a decisão do ministro Ives Gandra, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que reconheceu a legalidade da greve, mas impôs condições à sua manutenção, sujeito à multa diária que pode chegar a R$ 4,5 milhões, a FUP e seus sindicatos questionam a Petrobrás sobre como proceder para o cumprimento da determinação, mas a federação considera o valor da punição “abusivo”, além de questionar o percentual de 90% de trabalhadores em atividade determinado pelo despacho.

A Federação Única dos Petroleiros reivindica a suspensão imediata do programa de demissões de 1.000 funcionários da Fábrica de Fertilizantes (Fafen) do Paraná, comunicado pela Petrobrás e que, segundo a empresa, será iniciado em 14 de fevereiro. As demissões ferem a cláusula 26 do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), que determina que qualquer demissão em massa deve ser negociada previamente com os sindicatos, o que não ocorreu.

Redação

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