“Estamos preparados para um segundo turno”, afirma Cândido Vacarezza, do PT, líder do governo na Câmara dos Deputados. A candidata à presidência pelo PV, Marina Silva, é apontada como a principal responsável pela segunda fase das eleições, a ser realizada 31 de outubro.
Às 19h32 o país registrava 66,44% das sessões apuradas com as seguintes proporções: Dilma, 44,45% dos votos; Serra 34,09% e Marina 20,36%. Vacarezza diz que o Partido dos Trabalhadores trabalha desde o princípio das propagandas eleitorais com a possibilidade de um segundo turno, “a expectativa de que só teríamos um turno se formou recentemente, nos últimos 15 dias”, completa.
O deputado aponta que a “onda Marina”, foi responsável por reverter as recentes expectativas de Dilma sair vitoriosa nas votações desse 3 de outubro, quando trouxe aos debates a necessidade de mais uma fase para que as propostas de governo sejam melhor explicadas. A articulação de meios de comunicação na cobertura do caso Erenice Guerra também contribuíram, mas em menor proporção, para a baixa de votos a favor de Dilma.
O líder do governo na Câmara arremata que o PT tem condições de apresentar boas propostas de governo, caso haja segundo turno. Quanto a recomposição do quadro partidário do país, pós eleições, Vacarezza concorda que, independente dos resultados, haverá uma reconfiguração dos partidos resumidos da seguinte forma: um bloco mais liberal formado por PSDB e DEM; outro bloco fortalecido dos partidos de esquerda (PSB, PCdB, PCTU), “que irão passar a ter outro diálogo no debate nascional”; unificação do PMDB e fortalecimento do PT. Além disso, Dilma sairá do primeiro turno com força para governar, uma vez que boa parte dos deputados e senadores a frente das votações, são do PT ou de partidos coligados à sigla.
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