Miliciano ligado a Flávio Bolsonaro fica fora de lista de Moro

Ex-capitão Adriano da Nóbrega foi citado em investigação envolvendo senador, e é acusado de comandar a mais antiga milícia do Rio de Janeiro

Jornal GGN – A lista dos mais procurados do Brasil, divulgada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, não incluiu o ex-capitão da Polícia Militar Adriano da Nóbrega, mencionado na investigação de “rachadinha” no gabinete do senador Flávio Bolsonaro (sem partido – RJ) na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

Nóbrega está foragido há mais de um ano, e também é acusado de comandar a mais antiga milícia do Rio de Janeiro e suspeito de integrar um grupo de assassinos profissionais do estado.

A lista foi divulgada pelo ministro da Justiça, Sergio Moro. Segundo o ministério, o ex-capitão não foi incluído porque “as acusações contra ele não possuem caráter interestadual, requisito essencial para figurar no banco de criminosos de caráter nacional”.

A listagem em questão conta com 27 nomes, sendo que 25 possuem atuação regional ou nacional, mas dois dos citados integram um grupo de milicianos que atua apenas na zona oeste do Rio de Janeiro: Wellington da Silva Braga, o Ecko, e Danilo Dias Lima, o Tandera, seu braço direito.

Segundo informações do jornal Folha de São Paulo, o Ministério Público afirma que contas bancárias controladas pelo ex-PM foram usadas para o pagamento de Fabrício Queiroz, ex-assessor do filho do presidente Jair Bolsonaro e suposto operador do esquema do gabinete de Flávio.

Adriano da Nóbrega também foi defendido por Jair Bolsonaro em pronunciamento realizado na Câmara dos Deputados, em 2005, quando havia sido condenado por um homicídio – do qual ele foi absolvido em novo julgamento. Durante sua prisão preventiva, Flávio o condecorou com a Medalha Tiradentes, uma honraria concedida e destinada a premiar pessoas que prestaram relevantes serviços à causa pública do Estado do Rio de Janeiro.

Redação

4 Comentários

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  1. “Ministro do STF é um cargo no judiciário, que seria o reconhecimento máximo na carreira. Como ministro da justiça, [Moro] vai ter que explicar todos os arroubos do presidente, vai ter que engolir muito sapo e ainda vai ser profundamente criticado por isso. Veja que um dos fundamentos do pedido feito ao comitê da ONU para anular o processo do Lula é justamente o de falta de (im)-parcialidade do juiz. E, logo após as eleições, ele [Moro] é convidado para ser ministro. Se aceitar vai confirmar para muitos a teoria da conspiração. Vai ser um prato cheio. Às vezes, o convite, ainda que possa representar reconhecimento (merecido), vai significar para muita gente boa e imparcial, que nos apoia, sem falar da imprensa e o PT, uma virada de mesa, de postura, incompatível com a de juiz”. – Procurador Jatoeiro Antonio Carlos Welter

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