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Luis Nassif

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  1. Jazz: loucura e criatividade

    Por Claudia Belfort

    Miles Davis tinha alucinações e delírios paranóicos, abusava de drogas (álcool, barbitúricos, heroína e cocaína), teve diversos relacionamentos sexuais, alguns deles simultaneamente, gostava de participar de orgias e praticar voyerismo. Ele, Chet Baker e Scott La Faro eram loucos por emoções fortes e adoravam carros velozes. Theolonious Monk também usava diferentes tipos de drogas, passava dias sem dormir andando de um lado para outro aparentemente sem reconhecer ninguém. Bud Powell foi diagnosticado como esquizofrênico, sofreu diversas internações em hospitais psiquiátricos, uma delas por dez meses. Charles Mingus e Oscar Pettiford eram irascíveis e megalomaníacos. Mingus ainda apresentava traços de paranóia. Paul Desmond e Bill Evans tinham baixa auto-estima, remorsos, sentimentos de culpa e uma visão pessimista do mundo. Desmond sofria de alcoolismo, Evans era dependente de cocaína. Todos eles foram músicos geniais do período clássico do jazz moderno americano (1945 – 1960) e sofriam de algum tipo de transtorno psíquico.

    Miles Davis – foto: Anton Corbijn (Groninger Museum)

    As informações são de uma pesquisa publicada no British Journal of Psichiatry e indicada via twitter pelo psiquiatra Daniel Barros. Bom, a publicação é de 2003, mas como os dois temas, jazz e transtornos mentais, não têm data (além do fato que adoro jazz) resolvi trazê-la aqui. A investigação foi conduzida por Geoffrey I. Mills, doutor em psicologia e pesquisador da Universidade Manchester, na Inglaterra, que pretendia estudar a incidência de distúrbios mentais num grupo de jazzistas americanos. Mills usou como ponto de partida outras pesquisas que relacionavam criatividade a transtornos afetivos e até apontavam a possibilidade de uma psicopatologia atuar como elemento vital do processo criativo.

    O alvo de Mills foram 40 grandes músicos de jazz, de quem ele analisou dados biográficos coletados em revistas e livros para buscar de evidências de psicopatologias que se encaixassem nos critérios do DSM-IV (Manual Diagnóstico e Estatístico de Doenças Mentais, publicado pela Associação Psiquiátrica Americana). Os resultados (veja abaixo), segundo o autor, são similares aos já identificados em pesquisas semelhantes feitas em grupos que atuam em profissões artísticas ou criativas e tendem a confirmar, ainda de acordo com Mills, a conexão entre transtornos de humor e pessoas criativas.

    Dos 40 músicos de jazz pesquisados:

    10% (4) tinham histórico de transtornos psiquiátricos na família

    17,5% (7) tiveram infância instável ou infeliz

    52,5% (21) foram viciados em heroína durante algum periodo da vida.

    27,5 (11) eram dependentes de álcool e 15% (6) abusavam de álcool

    8% (3) eram dependentes de cocaína

    8% (3) tinham transtornos psicóticos

    28,5% (11) tinham transtornos de humor

    5% (2) apresentavam transtorno de ansiedade

    17,5% (7) tinham tendências de busca de sensação como desinibição, busca por emoções fortes e aventuras, relacionados ao transtorno de personalidade borderline.

    2 cometeram suicídio (J.J. Johnson e Frank Rosolino)

    Para mim, com transtornos ou sem, são todos geniais.

    [video:http://www.youtube.com/watch?v=td3SE3zEVP0 align:center]

    [video:http://www.youtube.com/watch?v=H6mfWun73vI align:center]

    [video:http://www.youtube.com/watch?v=qVb9e1DgKJ4 align:center]

    http://blogs.estadao.com.br/sinapses/jazz-loucura-e-criatividade/

  2. Os magníficos bailes ao som de Ray Conniff

    Ray Conniff é considerado o rei do easy listening, estilo de música orquestrada, que surgiu na década de 1950 vista por críticos como música estritamente comercial é também conhecida como ‘lounge music’. No Brasil como música ambiente, ou ainda, mais popularmente, como música de consultórios ou de elevador. Suas raízes estão nas Big Bands dos anos 1930 e 1940, de onde se originou a maioria de seus intérpretes, onde atuavam como instrumentistas ou como arranjadores. Que é o caso de Ray Conniff que atuou e formou uma sólida base musical como trombonista e arranjador nas Big Bands. Quando organizou a sua própria orquestra em 1955, associou vozes masculinas a trombones, trompas e saxofones baixo, e vozes femininas a pistons, clarinetes e saxofones altos. Seu coral utilizava o vocalise, um coro que imitava sons de instrumentos dando-lhe uma característica inovadora e só sua. Em todos os lugares era recebido com enorme entusiasmo pelas platéias. Ray Conniff fez um grande sucesso até o final da década de 1960, período em que seu som ainda era ouvido em bailes de clubes, nas rádios e nas festinhas caseiras. Continuou gravando e realizando concertos até o dia de sua morte em 12 de Outubro de 2002.

    [video:http://www.youtube.com/watch?v=vifdH2rkkiE align:center]

    [video:http://www.youtube.com/watch?v=pg5JbArNF48 align:center]

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