Murilo Portugal e as medidas macroprudenciais

Do Estadão

”Medidas macroprudenciais são bem-vindas”, diz Portugal

18 de março de 2011 | 0h 00

Ricardo Leopoldo – O Estado de S.Paulo

O novo presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Murilo Portugal, que substituiu Fabio Barbosa no cargo, elogiou a posição do governo de adotar medidas macroprudenciais junto com a elevação dos juros para conter a demanda agregada e pressões de alta de inflação, durante sua cerimônia de posse, na noite de ontem.

“Essas medidas são bem-vindas e devem aumentar ainda mais a robustez do sistema financeiro nacional.”

PortPortugal reconheceu que o patamar do spread de operações financeiras no Brasil é elevado, mas ressaltou que vem caindo de forma constante nos últimos anos. “É preciso ressaltar também que alguns componentes que formam o spread do Brasil, como a questão tributária sobre o sistema financeiro, não têm paralelo em outros países.”

Portugal ressaltou que a política econômica do governo é positiva porque focaliza a estabilidade de preços com crescimento da economia e aumento da renda da população, com melhor distribuição. Ele acrescentou que o Brasil tem 141 milhões de pessoas com conta corrente e 93 milhões com caderneta de poupança. “Com o avanço da economia e melhora da renda da população, deve ocorrer ao longo do tempo um incremento da bancarização no País.”

Segundo Portugal, num primeiro momento, quando os novos clientes abrirem contas em bancos pode até ser que os spreads cobrados em operações financeiras para eles subam.

Contudo, ele ressaltou que ao longo do tempo a tendência é que esses clientes formem um histórico de crédito, o que vai viabilizar naturalmente a queda dos juros das operações financeiras. “Até porque muitas dessas pessoas têm apenas como patrimônio o seu próprio nome.”

O presidente da Febraban também afirmou que o aumento do crédito no longo prazo está relacionado com reformas microeconômicas a fim de reduzir as despesas das empresas. De acordo com entidades empresariais, como a Confederação Nacional da Indústria, é vital que o governo adote uma reforma tributária a fim de pelo menos conter, no curto prazo, a carga de impostos do País em relação ao Produto Interno Bruto (PIB). 

Luis Nassif

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