Na Unicamp, economistas debatem neoliberalismo e crise no Brasil

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Foto: Divulgação
 
Jornal GGN – A partir da semana que vem, de terça (30) a quinta (02/06), professores e estudantes de economia irão se reunir no 22º Encontro Nacional de Economia Política (ENEP), promovido pela Sociedade Brasileira de Economia Política na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). 
 
O tema do encontro deste ano será “Restauração neoliberal e as alternativas na periferia em tempos de crise do capitalismo”. Pedro Rossi, coordenador da comissão organizadora do evento, afirma que há uma “imposição de uma agenda de reformas neoliberais no Brasil defendida pela mídia e por um pequeno grupo de economistas que busca criar falsos consensos”.

 
O evento contará com a apresentação de mais de 200 trabalhos e 10 minicursos e também terá painéis especiais sobre os 150 anos de O Capital, as alternativas para a economia brasileira e a conjuntura na América Latina. Entre os convidados, está Costas Lapavitsas, deputado do parlamento da Grécia, e nomes como Michael Heinrich, Leda Paulani, José Paulo Netto, Luiz Gonzaga Belluzo, Guilherme Boulos, entre outros. 
 
Leia mais abaixo: 
 
Encontro discute a crise e neoliberalismo no Brasil 
 
Num momento em que se impõe ao país uma agenda de reformas neoliberais – e impopulares – como saída única para a crise fiscal, o 22o ENEP desperta grande interesse por propor o debate sobre economia como ciência social. Mesas especiais e minicursos serão transmitidos ao vivo pela internet
 
Mais de mil pessoas, em sua maioria professores e estudantes de economia, são esperadas no 22o Encontro Nacional de Economia Política (ENEP) que terá lugar na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) entre os dias 30 de maio e 2 de junho. 
 
Para Pedro Rossi, coordenador da comissão organizadora, “a enorme procura pelo evento ocorre em meio à crise política e à imposição de uma agenda de reformas neoliberais no Brasil defendida pela mídia e por um pequeno grupo de economistas que busca criar falsos consensos”. Este ano, o tema principal será “Restauração Neoliberal e as Alternativas na Periferia em Tempos de Crise do Capitalismo”. 
 
Entre os economistas da Sociedade Brasileira de Economia Política (SEP), sociedade civil sem fins lucrativos organizadora do encontro, prevalece a opinião de que essas reformas atendem a uma minoria, removem direitos sociais e podem concentrar renda no Brasil. 
 
O grande interesse no encontro da SEP mostra que é preciso criar espaços de discussão sobre alternativas às políticas de austeridade econômica, que já cobraram um alto custo social no Brasil e continuam a ser defendidas pelo discurso dominante do país como o caminho de recuperação econômica, segundo Marco Antônio Rocha, professor do Instituto de Economia e organizador do evento.
 
O evento também ocorre em meio à crise da economia mainstream, cuja incapacidade de explicar a realidade concreta decorre diretamente da despolitização das decisões econômicas e do uso de axiomas e hipóteses com pouca aderência à realidade. Nesse contexto, a SEP atrai o interesse de centenas de alunos de graduação do curso de economia ao oferecer um espaço de debate e desenvolvimento de diversas correntes teóricas que apresentam a economia como uma ciência inescapavelmente social. 
 
Para Ana Paula Guidolin, aluna de graduação de economia da Unicamp e também organizadora do evento, “os alunos buscam entender a realidade concreta e as disputas políticas que influenciam nas decisões econômicas e para isso, a economia não pode ser apresentada como uma ciência exata, alheia às classes sociais e às relações de poder”. 
 
Na programação do evento, além da apresentação de mais de 200 trabalhos e 10 minicursos, haverá painéis especiais sobre as políticas de austeridade, os 150 anos de O Capital, as alternativas econômicas para o Brasil, a conjuntura latino-americana e o papel dos movimentos sociais.
 
Dentre os convidados internacionais está Costas Lapavitsas, que é economista renomado e deputado do parlamento grego, que acompanhou de perto os desdobramentos da crise europeia e as consequências da austeridade. Além dele, muitos outros palestrantes renomados participam do evento como Michael Heinrich, Leda Paulani, José Paulo Netto, Luiz Gonzaga Belluzo, Guilherme Boulos, dentre outros. 
 
Entre os dias  30 de Maio e 02 de Junho, o evento terá transmissão ao vivo pela internet.  O programa completo e as noticias do evento podem ser acessados na página do evento ou facebook da SEP. 
 
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Redação

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  1. Editorial do Jornal o Globo afirma que JB$ é símbolo do capital

    Editorial do Jornal o Globo afirma que JB$ é símbolo do capitalismo de estado entre amigos.

    No referido editorial, o Jornal o Globo sustenta que:

    “Tudo isso é típico do capitalismo de Estado que, pela via da direita e da esquerda, o Brasil tem praticado há décadas. Um capitalismo para compadres, em que empresários próximos ao poder são premiados, sem maiores preocupações com eficiência e produtividade. Por isso, esses ciclos (com Geisel, Lula e Dilma) resultam em grandes prejuízos para o Erário.

    O caso JBS se junta ao da Odebrecht, e de outras empreiteiras da Lava-Jato, e revela de maneira clara a contrapartida desses empresários na forma de financiamentos de campanha – caixa 1, com propina, e 2 -, além da prática ampliada da corrupção. É a outra face deste capitalismo de Estado e de amigos.”

    https://oglobo.globo.com/opiniao/jbs-simbolo-do-capitalismo-de-estado-entre-amigos-21395020#ixzz4iBNk0WuS Se as operações financeiras fossem entre compadres do estado e compadres do mercado para benefícios recíprocos, o Joesley deveria fazer doações apenas aos compadres do poder, isto é, ao Lulopetismo. Porque o Joesley pagava propinas para os políticos de todos os partidos? 

    As instituições financeiras que se beneficiaram do Proer simbolizam muito mais do que a JB$ o capitalismo de estado entre amigos. Mas isso não vem ao caso, pois o Proer era tucano, não petista.

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