O gestor que despreza o M de meta e acaba por fazer m… – 1 e 2

K e K

ATO 1

“Poderíamos não atender [as metas], porque meta é meta. Meta não é compromisso. Compromisso é assinado e, se não cumprido, é um equívoco”, disse Kassab.

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff1006201113.htm

São Paulo, sexta-feira, 10 de junho de 2011
Sem construir hospitais, Kassab improvisa 3

Unidades provisórias terão menos da metade dos leitos previstos por meio de PPP

TALITA BEDINELLI
DE SÃO PAULO

O prefeito Gilberto Kassab (PSD) disse ontem que construirá hospitais provisórios em São Paulo. A medida é a alternativa que ele achou para cumprir uma de suas promessas de campanha: inaugurar três hospitais.
As unidades provisórias ficarão em prédios onde seriam implementados centros de tratamento de dependentes de álcool e drogas. Os locais não estão definidos.
Quando os hospitais definitivos ficarem prontos -o que só deve acontecer depois que Kassab sair da prefeitura-, eles deixarão de ser hospitais e se tornarão centros.
O anúncio foi feito no lançamento do edital da PPP (parceria público-privada) da saúde, publicado no “Diário Oficial” ontem, seis meses após o previsto. Era pelas parcerias que Kassab pretendia erguer os três hospitais.
Nelas, uma entidade privada constrói, reforma e mantém as unidades de saúde, que serão administradas pela Secretaria da Saúde ou por Organizações Sociais.
Mas, por causa da demora na publicação do edital, as novas unidades de saúde não devem ficar prontas em 2012, final do mandato.
A previsão é que a construção dos três novos hospitais pela PPP demore 18 meses. O processo licitatório deve levar entre três e quatro meses.
Os três hospitais provisórios terão 175 leitos no total, divididos entre zona sul (50), leste (50) e norte (75).
Esse número de leitos é menos da metade do que terão os três hospitais que serão construídos pelas parcerias: um total de 550 leitos.
“Poderíamos não atender [as metas], porque meta é meta. Meta não é compromisso. Compromisso é assinado e, se não cumprido, é um equívoco”, disse Kassab. “Mas vamos atender com essas três iniciativas pontuais.”

ATO 2

“Dados da prefeitura indicam que quase metade da cidade tem uma relação baixa de área verde por habitante.”

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff0706201101.htm

São Paulo, terça-feira, 07 de junho de 2011
Kassab cria parques onde SP já é verde
Regiões com grande cobertura vegetal concentram os maiores entre os novos parques que serão criados até 2012
Não há previsão de novas áreas verdes em áreas áridas da cidade, como Brás, Sé, Santa Cecília e República

EDUARDO GERAQUE
EVANDRO SPINELLI
VANESSA CORREA
DE SÃO PAULO

O programa da Prefeitura de São Paulo que visa atingir cem parques na cidade até 2012 prioriza justamente as regiões onde o verde é bastante presente.
Regiões áridas da cidade, como bairros do centro e da zona leste, vão continuar assim. O clima desértico destes locais não vai mudar.
As áreas verdes de São Paulo estão concentradas nos extremos sul e norte da cidade. Existe ainda um pequeno trecho a leste.
Essas regiões concentram os maiores entre os novos parques que a prefeitura vem construindo desde 2007.
Nestes locais estão sendo feitos cinco novos parques com mais de 1 milhão de metros quadrados de área. Para efeito de comparação, o parque Villa-Lobos, em Alto de Pinheiros (zona oeste), tem 732 mil metros quadrados.
Parte dos novos parques são compensações ambientais exigidas para obras como o trecho sul do Rodoanel e a marginal Tietê.
Por outro lado, não há previsão de criação de áreas verdes, por exemplo, em Santa Cecília, Brás, Sé, Bela Vista e República, distritos que têm menos de 0,5 m2 de cobertura vegetal por habitante, segundo o último levantamento oficial, realizado em 1999.
Dados da prefeitura indicam que quase metade da cidade tem uma relação baixa de área verde por habitante.
No ano passado, a prefeitura gastou R$ 23,5 milhões na construção de parques.
A Secretaria do Verde e do Meio Ambiente informou que nas regiões com maior cobertura vegetal é onde há maior potencial de implantação de parques com maior área, mantendo ou recuperando a vegetação em áreas de preservação permanente.
O secretário Eduardo Jorge, no entanto, disse que a intenção é distribuir as áreas verdes por toda a cidade.
Jorge, preferido do prefeito Gilberto Kassab (PSD) para disputar sua sucessão em 2012, citou o exemplo do Grajaú, que não tinha nenhum parque até 2005 e deve ganhar cinco. A área, porém, já é bastante arborizada por ficar no entorno da represa Guarapiranga (zona sul).
“Dentro deste cenário, lanço um desafio”, diz Márcia Hirota, diretora de gestão do conhecimento da ONG SOS Mata Atlântica. “Por que não fazer um grande plano de devolver um pouco de verde para bairros da zona leste da cidade?”, questiona.

Redação

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