O Líder Dos Direitos Civis Martin Luther King Foi Homenageado Com Memorial

VoaNews | Washington, DC

O Presidente dos EUA, Barack Obama liderou a nação neste domingo homenageando o líder dos direitos civis Martin Luther King Jr. -com um novo memorial nacional em Washington, DC.

 King foi a principal voz da nação, na era moderna, no movimento pelos direitos civis, e este é o primeiro grande monumento construído no National Mall em homenagem a um afro-americano.

Martin Luther King Jr. ganhou destaque na década de 1950 e 60 como o jovem líder de um movimento de protesto não-violento para a igualdade racial. “A grandeza da América é justamente o direito de protestar pelo direito”, disse ele.

King, um pastor de Atlanta, Geórgia, liderou centenas de milhares de afro-americanos em uma causa para acabar com a segregação racial legalizada no sul dos Estados Unidos. O movimento provocava a violência, às vezes, quando os segregacionistas brancos tentavam fazer cumprir as leis destinadas a manter as raças separadas – em lugares como restaurantes, hotéis, cinemas, trens, ônibus e escolas.

King começou a ganhar destaque em dezembro de 1955, quando participou de um passeio em ônibus público especial para os negros em Montgomery, Alabama.

“Esse foi o dia em que decidimos que nós [afro-americanos] não mais iríamos tomar ônibus segregados”, King afirmou.

Um ano depois, a Suprema Corte dos EUA de Alabama julgou que a lei de segregação nos ônibus era inconstitucional. Foi a primeira grande vitória dos direitos civis para King e seu movimento.

 “Dr. King foi um grande homem”, relembra o reverendo Calvin Woods, que trabalhou ao lado de King durante uma série de protestos em Birmingham, Alabama. “Ele era um homem humilde, que podia falar com qualquer um”, disse ele. “Ele passava o tempo ouvindo as pessoas e procurava sempre entender ao máximo a conversa”.

 “Eu estou muito feliz por participar com vocês no dia de hoje, naquilo que ficará para a história da nossa nação como a maior demonstração pela liberdade”, declarou King.

Em 28 de agosto de 1963, mais 250.000 pessoas dirigiram-se à capital do país para o que hoje é conhecido como a “Marcha de Washington.” O mais famoso discurso de King foi o destaque do protesto histórico clamando empregos e liberdade.

 “Eu tenho um sonho, que minhas quatro pequenas crianças vão um dia viver em uma nação onde elas não serão julgadas pela cor da sua pele, mas pelo conteúdo de seu caráter”, disse King.

A ativista de direitos civis Barbara Arnwine disse que o discurso de King trouxe esperança para muitas pessoas. “Ele estava dizendo à nação, ‘Alcance mais alto. Você sabe, seja pretensioso em todos os aspectos quando se tratar de igualdade racial, porque só quando formos uma casa unida seremos forte como uma nação'”, disse ela.

O sonho de King para uma América melhor começou a tomar forma em 1964. Aos 35 anos de idade ele se tornou o mais novo ganhador do Prêmio Nobel da Paz. Ao mesmo tempo, o movimento dos direitos civis pressionou e conseguiu que os parlamentares e o presidente Lyndon Johnson aprovassem (a Lei dos Direitos Civis em 1964 e a Lei dos Direitos de Voto em 1965) um marco na legislação que tornou inconstitucional a segregação racial em locais públicos e as práticas discriminatórias que impediam os negros de votar.

 “Eu quero dizer ao povo da América e às nações do mundo que nós [afro-americanos] estamos em ação e nenhuma onda de racismo pode nos parar”, declarou King.

Não muito tempo depois dessas conquistas, no entanto – em Abril de 1968 – King foi assassinado em Memphis, Tennessee.

Mais de quatro décadas depois do seu assassinato, a nação homenageia Martin Luther King e sua visão de igualdade racial com um memorial nacional em Washington. A base que fundamenta o memorial é a “Rocha da Esperança”, uma escultura de granito que retrata King, com vista para os memoriais dos ex-presidentes na margem da Tidal Basin.

Harry Johnson é o presidente da fundação que trabalhou para construir o memorial de120 milhões de dólares para King. “Quando você estiver por aqui queremos que isto seja surreal e que você possa realmente ver, ponderar e pensar sobre os atos do Dr. King, e também sobre o que Dr. King significa, hoje e no futuro, para todos nós que nunca o conhecemos,” Johnson observou.

Vernon Roberts, um visitante de New Jersey, diz que o memorial Martin Luther King é único. “Isso nos dá [afro-americanos] uma perspectiva diferente dos memoriais presidenciais que você vê em Washington, DC. Ele nos oferece a oportunidade de estudar, conhecer e realmente crescer. E é uma forma de incentivo para todos nós”, disse ele.

Aqueles que ajudaram a construir o memorial nacional Martin Luther King dizem que é uma duradoura homenagem a um homem de paz, cujo movimento lutou muito pela democracia, justiça e para melhorar a vida de milhões de descendentes da África. 

Redação

0 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador