Operação Spoofing não mostra elo entre hacker e vazamentos do Intercept

As autoridades atingidas pela suposta atuação dos 4 hackers presos até agora são do Rio de Janeiro e São Paulo, e não têm relação com a Vaza Jato

Foto: Agência Brasil

Jornal GGN – Embora sirva de combustível para os bolsonaristas que defendem a Lava Jato a qualquer custo – como a deputada Carla Zambelli (PSL-SP), que está ansiosa pela “delação premiada” dos hackers presos na terça (23) – o fato é que, até agora, a Operação Spoofing não mostrou qualquer elo entre as alegadas invasões em celulares de autoridades e o vazamento de mensagens de Telegram que fomentou as reportagens do Intercept.

A edição de O Globo desta quarta (24), por exemplo, é pura indecisão sobre esse “detalhe”: alguns textos misturam a Operação Spoofing com a Vaza Jato, mas outros admitem que “ainda não há indício de relação direta”.

Quem está usando a Spoofing para subir o tom contra Glenn Greenwald e equipe esquece, deliberadamente, de olhar para a lista das vítimas da suposta atuação dos 4 hackers presos até agora:

Além de Sergio Moro, estão:

  • O desembargador Abel Gomes, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, que fica no Rio de Janeiro.
  • O juiz federal Flávio Lucas, da 18ª Vara Federal do Rio.
  • O delegado da Polícia Federal Rafael Fernandes, da Superintendência paulista.
  • O delegado da Polícia Federal Flávio Vieitez Reus, que atua em Campinas.

O que esses nomes têm a ver com a Vaza Jato do Intercept ou mesmo com a operação conduzida antes por Moro?

A invasão relatada por Deltan Dallagnol, segundo O Globo, não consta no documento que autorizou a busca e apreensão e as prisões dos hackers, a maioria do interior de São Paulo.

Apenas 3 dos 4 presos já tiveram a identidade divulgada: “Gustavo Henrique Elias Santos, de 28 anos, que trabalha como DJ e já respondeu por porte ilegal de arma; sua esposa, Suelem; e Walter Delgatti Neto. Outro suspeito é conhecido em Araraquara pelo envolvimento em golpes na internet.”

 

Redação

17 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Sei lá! De qualquer modo – e conhecendo o modus operandi dessa turma – estou preocupado com a forçada de barra e essa falsa narrativa que estão construindo para incriminar Glenn Greenwald, a fim de impedi-lo de fazer seu trabalho.

    Acho que jornalistas, juristas, advogados poderiam criar uma rede de solidariedade profissional em torno do jornalista, ao se posicionar – preventivamente! -, o mais direta e duramente possível, contra mais esse golpe que se avizinha.

    1. Não conte com a colaboração das empresas privadas que estão se dando bem com o golpe para deixar seus contratados jornalistas trabalharem. Aliás não conte nem com boa parte desse contratados quererem realizar suas profissões direito: muitos deles “fecham” com os donos das firmas que os contratou, seja por puxassaquismo ou por concessão de bônus. Bônus por volume… Renata Lo Prete chorando ao vivo porque Dilma foi eleita e por aí vai.

  2. Vamos ver o que eles ganham o quanto perdem para indiciar o Glen ou se apenas serão chipados e soltos.
    Na verdade, mesmo que sejam constrangidos a indiciar o Glen, o que se pretende é alcançar a fonte do Intercept.
    Quero ver as estratégias do Glen nessa saia justa.
    O certo é que a única coisa que NÃO PODE SOBREVIVER nessa briga é a VERDADE DOS FATOS.

    1. .Glenn deve estar tranquilão…
      o que vai resolver isso aí é a real intenção do invasor, que a meu ver era apenas obter informações de investigações para posteriormente serem vendidas para investigados

      hackear de verdade é quebrar mentes com o conhecimento do que se faz, não do que se tem, razão do desespero da lava jato porque só o conhecimento pode proporcionar liberdade para muitos

      já tivemos muitos casos parecidos, no tempo do Serra

    2. .Glenn deve estar tranquilão…
      o que vai resolver isso aí é a real intenção do invasor, que a meu ver era apenas obter informações de investigações para posteriormente serem vendidas para investigados

      hackear de verdade é quebrar mentes com o conhecimento do que se faz, não do que se tem, razão do desespero da lava jato porque só o conhecimento pode proporcionar liberdade para muitos

      já tivemos muitos casos parecidos, no tempo do Serra

  3. Conhecem a expressão: “loque”?
    Eles devem pensar que todos somos, ou eles são.
    Pois é uma mistureba, entre esttas prisões e o material do intercept.
    Nada tem uma coisa com a outra.
    Analfabetos tecnológicos.

  4. Até agora, o único que falou a verdade foi Lula. Ele disse: “Eu vou provar quem são os verdadeiros ladrões deste país”.

  5. Cada dia o Brasil fica mais desmoralizado ….parece enredo de história em quadrinhos elaborada por alunos do maternal…..Quanto amadorismo….

  6. Nassif: não tem nada desse tal de “spoofk-os-cambau-de-bico” seja o que for. O negócio é ouvir qualquer coisa que se possa assemelhar a “Green-das-quanta”. O resto os sabujos do PríncipeParisiense dão um geito. Bota esse gringo desgraçado que atrapalhou a gloriosa caminhada do TogaSuja ao Çupremu e o latifúndio do Avivado de PatoBranco. Liquidaram um montão de gente e índio àtoa. Os verdeSauvas precisam parar com esses maledicentes do tal de Intercept. Vão acabar implantando a Democracia no Brasil. Absurdo. A caserna não haverá de permitir tal retrocesso. Daqui a pouco até roubar será crime. Vão acabar fechando o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. Povinho atrasado.

  7. Dados reveladores: 1) o nome dado à operação Operação Spoofing – “termo que, segundo a PF, designa ‘um tipo de falsificação tecnológica que procura enganar uma rede ou uma pessoa fazendo-a acreditar que a fonte de uma informação é confiável quando, na realidade, não é” (FSP)”, denuncia por si-mesmo o caráter arbitrário e falacioso dada investigação que – sem chegar a um veredicto – a priori incrimina a os investigados presos pela operação , a qual cabe perguntar “quem disse que é isso que acontece, se não a PF, a mando de Sérgio Moro? Estabelecer esse tipo de juízo por antecipação é próprio e confirma o modo de operação do ministro da Justiça, desde que era era juiz da Lava Jato, conforme os fatos e revelações do Intercept. 2) O modo de noticiar pela grande mídia, sem estabelecer elo factual com a Vaza Jato, mas deixar os fios soltos para que o espectador estabeleça a ligação e interpretação é técnica poética mais que conhecida – desde os haicais ao cinema de Eisenstein – para produzir sentido por ideogramas, ou seja, pela justaposição de duas imagens ou conteúdos que, numa cópula ou conúbio, produzem sentido segundo a capacidade de interpretação, aceitação e leitura proposta por aquele que interpreta a mensagem. Em vez de signos arbitrários, dados factuais e decorativos, ficam os silêncios e espaços abertos a serem preenchidos por aquele que interpreta; daí, a mistura, ou o que se chama de “indecisão”, obedece estratégias bem definidas, a partir do imaginário criado por essa mesmo mefistófeles midiático que promoveu esse juiz fastico 3) ninguém se surpreenda se alguém que comete crimes assumir a autoria de um crime inexistente para obter uma delação premiada, afim de escapar daqueles.

  8. gostei da abordagem dessa matéria…
    os caras fazem ligações absurdas pra ver se pega…
    e tem site mesmo alternativo que ainda entra nessa.

  9. Estranho essa reportagem do Luiz . Me lembra até aquela Velho ditado : casa de ferreiro espeto é de pau…

    Ele não é o pai da até então Demitida de Veja em 2015, Joice que foi denunciada no Conselho de Ética do Sindicato dos Jornalistas do Paraná (Sindjor-PR) por plágio de 65 matérias e reportagens em passagens anteriores por veículos como Gazeta do Povo, Bem Paraná e G1, ao longo de 2014.
    Seu Manoel sempre será um homem íntegro e de caráter indiscutível . Antes de escrever deveria primeiro ter conhecimento da história e trajetória de vida deste grande senhor…

    Tá faltando conhecimento senhor autor

  10. O caso do Dr. Manuel é só mais um exemplo de ilegalidade que vem acontecendo nos processos criminais no país.

    A regra é a prisão. Pouco importam as medidas cautelares previstas no CPP. O lema é: vamos prender para apurar…quando na verdade, deveria ser o inverso. Mas não!! O que dá mídia!? é a prisão!!! Pouco importa a integridade física e moral da pessoa indiciada ou processada.

    Operadores do Direito, que muitas das vezes deveriam agir com imparcialidade, são motivados pela vaidade, sem ao menos se preocuparem com as pessoas.

    O Dr. Manuel ganhou a vida buscando o conhecimento, contudo, no final da sua vida, por ironia, foi vítima do desconhecimento, ou seja, aqueles que deveriam estar imbuídos na busca de conhecimento para manejar as leis, se quer têm o trabalho de estudar e buscar conhecimento para fazer o mínimo do trabalho correto.

    Infelizmente, não acredito que as pessoas que cometeram erros ao decidir pela prisão do Dr. Manuel possam possam ter a humildade de reconhecer o erro e mudar, mas esse desabafo poderá chegar um dia em alguém que possa refletir a respeito e tentar mudar as coisas.

    Enfim, espero que essa mensagem possa alcançar a todos, principalmente, aqueles que têm o poder de decidirem pelas pessoas, para que, então, possam pensar antes de tomarem suas decisões.

    Do Dr. Manuel fica o enorme legado positivo de tudo que ele fez como homem, pai, esposo, profissional, por fim, a todos que ele sempre ajudou.

    O Dr. Manuel íntegro e na certeza de inocente.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador