Papa diz que tecnologia precisa ‘de princípios morais tanto teóricos quanto práticos’

“Os desenvolvimentos notáveis no campo da tecnologia, em particular aqueles que lidam com a inteligência artificial, criam implicações cada vez mais significativas em todas as áreas da atividade humana."

Foto BBC

Jornal GGN – Em reunião, Papa Francisco pediu aos gigantes do Vale do Silício, na sexta-feira, dia 27 de setembro, que não permitam que avanços tecnológicos, como a inteligência artificial, levem a uma nova forma ‘barbárie’, onde a lei do mais forte prevaleça sobre o bem comum. A informação é do jornal Fusion Today.

Os comentários foram feitos aos participantes de uma conferência no Vaticano em que compareceram executivos de grandes empresas, como o Facebook, Mozilla e Western Digital. Presença ainda de ganhadores do Prêmio Nobel, especialistas em ética católica, agências reguladoras governamentais, empreendedores de internet e investidores.

Foram três dias de reuniões, findas no sábado 29, onde foram debatidos temas como algoritmos e blockchain.

“Os desenvolvimentos notáveis no campo da tecnologia, em particular aqueles que lidam com a inteligência artificial, criam implicações cada vez mais significativas em todas as áreas da atividade humana. Por esta razão, debates abertos e concretos sobre este tema são mais necessários agora do que nunca”, disse Francisco aos participantes.

Entre eles estavam Mitchell Baker, presidente-executiva da Mozilla; Gavin Corn, conselheiro-geral associado e diretor da equipe legal de cibersegurança do Facebook; Jim Welsh, vice-presidente sênior da Western Digital; e Reid Hoffman, cofundador do LinkedIn.

Aos participantes, Papa Francisco alertou que a tecnologia precisa “princípios morais tanto teóricos quanto práticos”. A inteligência artificial foi outro ponto dos debates, e o perigo de seu uso para “circular opiniões tendenciosas e dados falsos que poderiam envenenar os debates públicos e até manipular as opiniões de milhões de pessoas, a ponto de ameaçar as próprias instituições que garantem uma coexistência civil pacífica”.

Redação

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