A Índia se tornou o primeiro país do mundo a pousar com sucesso uma espaçonave perto do polo sul da lua. O módulo de pouso Vikram da espaçonave Chandrayaan-3 – que significa “nave lunar” em sânscrito – realizou o feito inédito na história de todos os programas espaciais nesta quarta (23).
Além de ser o primeiro a pousar no polo sul lunar após três tentativas, a Índia agora é o quarto país do mundo a pisar na lua.
“A aterragem bem-sucedida marca a emergência da Índia como potência espacial, à medida que o governo procura estimular o investimento em lançamentos espaciais privados e negócios relacionados baseados em satélites”, apontou o The Guardian.
No território explorado pela Índia, cientistas acreditam que existem reservas de água congelada e elementos preciosos.
O potencial do sul lunar
O plano da Índia é que sua missão passeie pela superfície da lua por duas semanas, capturando fotos, realizando experimentos sobre a geologia e as origens da Terra e investigando a presença de gelo de água.
O gelo de água lunar, se encontrado em quantidades significativas, permitirá que a humanidade estabeleça na lua uma base de abastecimento para futuras missões. Do gelo de água lunar seria possível extrair oxigênio para as tripulações e combustível para as naves.
Manobra de pouso vital
A última tentativa da Índia em explorar o polo sul da lua ocorreu em 2019, mas a missão falhou no momento do pouso, que exige uma manobra muito complexa para mudar a posição da nave da horizontal para a vertical.
O pouso bem-sucedido da Índia ocorre dias após a Rússia anunciar que sua primeira missão lunar em 47 anos, que também teve como alvo o polo sul, falhou depois que sua espaçonave Luna-25 saiu de controle no momento da aterrisagem e caiu.
Viagem mais longa que Apollo
A Chandrayaan-3 decolou de uma plataforma de lançamento no sul da Índia em 14 de julho de 2023, levando muito mais tempo para chegar à lua do que as missões Apollo nas décadas de 1960 e 1970, que chegaram em questão de dias.
Segundo The Guardian, a Índia utiliza foguetes muito menos potentes do que os EUA naquela altura. A sonda precisou orbitar a Terra várias vezes para ganhar velocidade antes de embarcar em sua trajetória lunar de um mês.
Acompanhe a história em tempo real no vídeo abaixo:
Com informações do jornal The Guardian
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