Pesquisador avalia Bolsa-Floresta

Dados do relatório do comitê interministerial sobre mudanças do clima, do governo federal, apontam que o desmatamento no bioma Amazônia responde por mais de 60% das emissões de gazes de efeito estufa do Brasil, daí a necessidade da aplicação de políticas públicas para viabilizar o desenvolvimento da região sem que para isso seja necessária a destruição da floresta.

O incentivo à permanência de populações indígenas, tradicionais e ribeirinhas que dependem da mata para sua subsistência foi uma das formas encontras pelo Estado da Amazônia para manter o bioma, uma vez que a interação entre essas pessoas e o ecossistema é sustentável. Em setembro de 2007 a Secretaria de Meio Ambiente implementou o Programa Bolsa-Floresta (PBF), no âmbito da política “Zona Franca Verde”.

No artigo “Bolsa-Floresta: um instrumento inovador para a promoção da saúde em comunidades tradicionais da Amazônia”, o professor da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq) da Universidade de São Paulo (USP), Virgilio M. Viana, apresenta os conceitos, estratégias e resultados do programa e ressalta a importância dos nativos para o desenvolvimento e preservação local. Viana Viana explica que as populações que nasceram e dependem do bioma “detêm rico conhecimento étno-ecológico sobre a floresta, que deve ser um componente estratégico para a redução da pobreza e a melhoria da sua qualidade de vida”.

Baseado no programa de serviços ambientais da Costa Rica, e vinculado a proposta de créditos de carbono, o PBF é uma compensação financeira para os serviços prestados pelas comunidades tradicionais que vivem nas Unidades de Conservação (UC) do estado. As famílias cadastradas recebem o valor mensal de R$ 50 pela manutenção dos espaços que cuidam, como incentivo, e não remuneração.

O programa também destina às associações dos moradores das UCs o equivalente a 10% da soma de todas as bolsas entregues por família, estimulando o cumprimento das regras do PBF por parte de cada grupo. Dentro do programa, também existe o Bolsa Floresta Associação – cada comunidade recebe cerca de R$ 4 mil por ano a serem aplicados na produção sustentável de produtos como peixe, óleos vegetais,frutas, madeira e mel.

Atualmente o programa beneficia 5.346 famílias com a meta de atender até 2010 todos os moradores das Unidades de Conservação.

Para acessar o artigo na íntegra, clique aqui.

Acesse também:

Portal do Bolsa-Floresta

Conheça o Plano Nacional sobre Mudança do Clima

Redação

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