Por que a economia patina? Simplesmente porque assim o querem!

Por que a economia patina? Simplesmente porque assim o querem!

Assisti com atenção o vídeo do Nassif em que ele indignado coloca seriamente que com o que está sendo feiro no país, não importando a teoria econômica que os economistas do governo professem, qualquer economista sabe que a economia brasileira não vai voltar a crescer tão cedo.

Vejo claramente que o Nassif acima de seu sólido conhecimento de comentarista econômico há várias décadas, está revoltado por uma aparente imbecilidade crônica da equipe econômica, só que a questão não fica resolvida nem entendida pelo indignado comentarista econômico, simplesmente porque ele não pensou na hipótese absurda, ou seja, que O NÃO CRESCIMENTO da economia brasileira seja algo PROPOSITAL.

Por que Nassif não postula esta hipótese? Simplesmente porque aos olhos de qualquer brasileiro não comprometido com políticas geoestratégicas do Império Norte-Americano, isto é algo absurdo, pois a médio e a longo prazo isto levará a fome, a miséria e a degradação da própria REPÚBLICA.

A base desta hipótese absurda é simples, é a mesma que leva os Estados Unidos levar para o Iraque, a Líbia e agora a Síria uma política que denomino de IMPERIALISMO DE DESTRUIÇÃO! Em outras palavras o objetivo do Império não é mais criar um mercado interno de consumo pelos seguintes motivos, para evitar o consumo interno de produtos primários do país e deixa-los como reserva para a farra de consumo dos Irmãos do Norte, e o segundo motivo mais imediato, é a aplicação deliberada de uma que com uma política de DECRESCIMENTO através de uma política receciva. Isto não é absurso, pois exatamente isto  já proposto foi proposto na última eleição presidencial pelo assessor econômico de Marina Silva.

Posso explicar melhor tomando o exemplo de uma discussão que tive hoje mesmo com minha filha mais jovem que está estudando para o vestibular. Ela veio me falar da PEGADA ECOLÓGICA do Brasil, quando ela citou os dados e como eu os conheço em detalhes, não só como eles são calculados mas também por quem os calcula, comecei a discutir com ela e disse que a nossa pegada ecológica é mínima, e os dados apresentados para o público em geral é uma verdadeira falácia, pois da forma que esta é calculada ela não faz o balanço entre importação e exportação da pegada ecológica, que deveria ser medida ao inverso, quem mais exportasse a pegada ecológica deveria diminuir o seu saldo e vice-versa nas importações.

Explico melhor, se o Brasil não exportasse tanta água em forma de alimentos ao primeiro mundo, ou não exportasse tanto metano produzido pelos rebanhos, que infelizmente não são consumidos pelos brasileiros, teríamos uma pegada ecológica totalmente compatível e sustentável com a nossa biodiversidade. Porém nosso destino é produzir produtos primários para satisfazer a voracidade dos países industrializados capitalistas.

Voltando ao IMPERIALISMO DE DESTRUIÇÃO, este novo tipo de imperialismo não tem o mínimo interesse que os países periféricos desenvolvam um mínimo de consumo que permitam as pessoas levarem uma vida decente e honesta, sem exageros ou desperdícios (uma pegada ecológica baixa), pois mesmo com esta vida decente, honesta e de baixo impacto sobre a natureza, um consumo como muito fala o presidente Lula, isto não pode e não deve ser permitido a periferia. Se o povo da América Latina e da África inventarem de comer três refeições ao dia, tiverem luz e gás para sua casa e cozinha, e mais alguns eletrodomésticos nada refinados, além da pegada ecológica subir abaixo dos desperdiçados do norte, os preços da COMMODITIES irão necessariamente subir. Se no lugar de ficarmos diminuindo o consumo de derivados de petróleo, aço e utilizarmos parte da área agriculturável para gerar alimentos para as pessoas, e isto for acompanhado pelos outros países, TODAS AS COMMODITIES subirão de preço.

O aumento do preço das commodities tem dois efeitos, primeiro gera inflação nos países desenvolvidos agravando a crise dos mesmos e segundo gera um desequilíbrio na balança de pagamentos entre norte-sul favorável aos países do Sul, que com políticas econômicas razoáveis incentivarão o crescimento da indústria nestes países, aumentando ainda mais o peso econômico dos países atualmente não industrializados.

Fica simples enxergar o porque da necessidade da criação de um IMPERIALISMO DE DESTRUIÇÃO, que tem por objetivo simples de gerar a destruição da estrutura produtiva de todos os países com reservas de produtos básicos, porém como na Líbia e no Iraque, não é necessário muitas pessoas para extrair o petróleo para a exportação, estes países podem ser destruídos na parte que não interessa, ou seja, o que está acima da terra. Já no Brasil é necessário uma população semiescrava para produzir alimentos e outros produtos básicos, logo bombardear o país não é a melhor solução.

 

Redação

3 Comentários

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  1. Mais teoria conspiratória

    Mesmo se fosse verdade, não faz sentido. O que os países ricos ganham se os vizinhos são pobres? Mais imigrantes ilegais, menos produtos comprados deles, dívidas não pagas.

    Em tempo: o preço das comodities não depende de decisão, nem do vendedor, nem do comprador. Quem decide são as forças do mercado, que dependem de mil fatores.

    1. Como sabiamente dito, teorias conspiratórias é a ……………

      Como sabiamente dito, teorias conspiratórias é a forma que conspiradores empregam para desqualificar teorias.

      Meu caro, por que o ouro é caro? Porque desde a antiguidade as forças do mercado que o manipulavam? O simplesmente porque ele é raro?

      Há uma série de metais e outros produtos primários que estão ficando escassos ou como no caso do petróleo custosos energeticamente para estraí-los onde o energy returned on energy invested (EROEI or ERoEI) ultrapassa a unidade, ou seja, gasta-se mais energia para estraí-lo do que a energia recuperada.

      Há coisas físicas que não é uma mera questão de capital, o custo sobe exponencialmente com a raridade.

      1. Há também uma explicação psicológica

        O apego a teorias conspiratórias é um sinal de desalento e fuga da realidade.

        Em tempo: desde a fundação da OPEP tem sido feitas tentativas de estabelecer um patamar artificial para os preços do petróleo, mas o preço sempre volta aos valores de mercado. Simplesmente porque é melhor para todos.

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